O menor caminhava pela chuva com as mãos pregadas ao bolso traseiro sempre fitando o chão.

Engolia o choro. Achava que ninguém notaria a sua expressão, com os olhos inchados, com o olhar distante...

Não sabia o que sentia se era angústia, ódio, rancor ou até mesmo temor! De perdê-lo para alguém, para o ex, pois sabia que no fundo ele ainda pensava nele.

Afundava-se em pensamentos tolos deveria tomar uma atitude, ele pensava, deveria fazer algo para reverter à situação.

Caminhou o mais rápido possível para a casa de seu amado, ao se debater frente à porta, que estava entre aberta, invadiu com silêncio para não ser descoberto.

Ele caminhou ate a sala, cujo era o primeiro cômodo.

Estranhou em não escutar nenhum tipo de som pensava então que ele poderia ter saído e deixado à porta esquecida, ah mais ele se enganou.

Começou a escutar sons, gemidos na verdade, vindos de um lugar não tão distante.

Dava passos rápidos e curtos com medo do que emitia esses sons agonizantes. Suspirou parando frente ao corredor que dava acesso aos quartos, pensava enquanto caminhava até se deparar ao quarto que vinham todos aqueles barulhos que atormentavam sua cabeça.

Deu seu ultimo suspiro antes de abrir uma leve fresta da porta.

Tinha vontade de correr pela cena que acabara de ver. Seu irmão, aquele que confiava aquele que tinha a imagem de herói deitado ali, como se fosse um amante juntamente com o dono de seu coração, que no momento, estava rompido, partido em pedaços e jogado aos ventos.

Ficou segundo parado ali observando a cena sem ser notado antes de correr de volta a rua, sem chorar, sem ter expressão alguma em sua face.

Ele não corria para casa, apenas andava sem se dar conta do que tinha visto. Ia de cabeça baixa deixando os fios castanhos cobrirem seu belo rosto deixando os baixos e pesados olhos rasgados tensos e confusos.