Garoto Errado. escrita por AlgodãoDoce


Capítulo 8
A proposta;


Notas iniciais do capítulo

Me acorde pra vida
Me ensine a viver
Eu quero ver o sol nascer
Perto de você
Me acorde pra vida
Me ensine a viver
Me dê uma saída pra ir embora com você ♪
****
Postei mais um capitulo, porque não sei se vou postar mais hoje, mas mesmo assim comentem porque talvez eu poste sim.



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Narrado por Julie:


Daniel olhava fixamente para frente, resolvi olhar também, e vi que vinha Nicolas, bufei. Não queria vê-lo, na verdade, eu estava um pouco magoada com ele, e também não queria ver Daniel nervoso, mesmo não sabendo o motivo, ele sempre ficava irritado ao ver Nicolas.

– Julie. - Nicolas sorriu.

– Oi. - Respondi um pouco fria.

– Cê tá sozinha? - Pergunta o nerd de olhos azuis.

– Ahh... na verdade eu estava esperando alguém... - me enrrolei um pouco, olhei para Daniel. Eu realmente não sabia mentir.

O Fantasma se levantou ao ver que Nicolas se aproximava da outra cadeira 'vazia'.

– Quem está esperando?

– Ah... - Olhei para o meu celular. - A BIA!, é ... a Bia.

– Ata... enquanto ela não chega, queria falar com você. - Admito que senti meu coração disparar, olhei para Daniel que estava em pé, ele ainda permanecia com o mesmo olhar triste de antes. Ele abaixou a cabeça e foi andando.

– Ai! Fala logo...- Disse impaciente, sinceramente não queria que Daniel tivesse ido.

– Julie.. é que eu queria te fazer uma proposta.

O encarei, esperando ele dar continuidade, Balancei a cabeça.

– É que hoje eu vi a Renata... - Arrg...

– Sim, o que que tem?

– Eu pedi pra sair com ela, mas... ela riu de mim. E foi embora.- Nicolas fez uma cara triste.

– Não fica assim... - Sinceramente, senti pena, sei como é gostar de alguém e não ser retribuido.

– Por isso eu estou aqui. Queria falar com você. - Ele deu um sorriso, - Preciso de um favor seu.

– Tá, qual?

– Me ajuda a fazer a Renata gostar de mim.

Quase engasguei com a minha propria saliva.

– Nicolas, não dá! Você não pode obrigar ninguém a gostar de você.

– Eu sei, só estou pedindo para você fingir ser minha namorada, só para ver se isso disperta algum sentimento na Renata, por favor. O que que custa, sou seu melhor amigo. Já te fiz vários favores. - Nicolas implorava.

Com isso tudo, me senti mais confusa do que já estava. Não sabia se gostava do Nicolas, ou se estava começando a sentir algo pelo Daniel.

– ... Só não quero passar por um amor não retribuido, de novo. - Falei, pensando no Dan.

– Hã? - Nicolas me olha confuso.

– Não nada.

– Huum... e então, aceita me ajudar a conquistar a Renata?

– Poxa Nicolas, não sei se é uma boa ideia. - Eu posso me apaixonar mais ainda por você. =/

– Por favor...

Não iria conseguir negar para aqueles olhos lindos.

– Tá.

– Obrigado Juh, mas tarde agente se fala. - Ele se levanta animado. - Parece que a Bia está bem atrasadinha hein... você tá aí esperando ela. - Eu e ele rimos, eu sabia que Bia não viria mesmo.

– Ahh... Daniel... - Suspirei pensando nele, ainda não acreditava que estava acontecendo. Estou me apaixonando por um fantasma dos anos 80.


Narrado por Daniel:


Estava quase chegando em casa, ainda pensava naquela pergunta boba que fiz para Julie, nem ao menos sabia se ela tinha me respondido. Só sei que eu mesmo sabia a resposta, Jamais daria certo. Não posso por a Julie em risco, não posso falar sobre meus sentimentos, sou um fantasma, Demétrius iria ficar de olho em mim, talvez colocaria tudo a perder, inclusive a minha amizade com a Julie.

E agora, ela está com o cretino na lanchonete, deve estar dando aquelas tipicas risadinhas...

Cheguei na edicula, atravessei a parede, e me joguei no sofá, entediado.

Se eu conseguisse me apaixonar de novo, dessa vez, por uma fantasma, tudo seria mais facil para mim. E para Julie também.

Me lembrei dos tempos da Apollo 81 e o colégio, aquelas meninas atiradas, sempre queriam ficar comigo. Sempre se diziam 'apaixonadas' mas nunca acreditei em nada do que elas diziam, pra mim amor era pura besteira.

– Oi Daniel! - Me aparecem Martim e Félix.

– Me deixem em paz.

– Nossa, já acordou bem-humorado. - Brinca Martim

– Como sempre. - Conclui Félix, ironicamente.

– Vocês dois não tem nada melhor para fazer? - Encarei Martim e Félix.

– Agente acabou de sair da rua, e com uma surpressa. - Diz Félix, com um sorriso.

– Vem meninas! - Chama Martim, derrepente surge Débora.

– Oiii

– Nossa... Por favor, que tortura. Tira essa garota irritante da edicula vai.

– Meu Deus Daniel, come um pouco de acuçar, tá muito amargo. - Brinca Débora. - E eu não vim sozinha.

– oi. - Aparece Mannu.

Estranhei sua presença ali, me lembro que Mannu havia morrido uma semana antes de mim e dos meninos. Ela era muito amiga de Martim e Félix, mal falava comigo pelo meu jeito arrogante e por ser muito timída. Me lembro que a uns 30 anos atrás, Mannu tinha um segredo, um segredo não muito secreto: Ela era apaixonada por mim.




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Notas finais do capítulo

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