Garoto Errado. escrita por AlgodãoDoce


Capítulo 15
Algo Sobrenatural.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/216467/chapter/15

Narrado por Julie:


O filme assustava, estava encolhida no sofá, segurava o pescoço de Daniel, já que Nicolas me deixou sozinha para abraçar a tal Renata, sinceramente, mal conheço ela, mas não gostei muito do seu jeito, ela é meio atirada, parece que gosta de rapazes mais velhos, como o Daniel.

Em falar em Daniel, percebi que ele estava um pouco calado, senti que ele estava tremendo.

– Julie... - Nicolas me chama.

– Oii? - O respondi, me soltando de Daniel. O mesmo segurou o meu braço, parecia que não queria me soltar.

– Tá com medo meu amor? - Ele pergunta, piscando para mim, Nicolas me jogou um olher de ' Sou seu namorado, lembra? '

– To ... um pouco. - Me virei para o Daniel, - Mas to bem. - Disse me recostando nele.

– Ahh, minha linda. - Nicolas me puxa, acabei caindo em seu peito.- Vem pra cá. Deixa esse aí... - Fala Nicolas, apontando com os olhos para Daniel.

– Cretino... - Responde Daniel.

– Hã? - Nicolas se levanta rapidamente, e encara o fantasma mascarado. - Me chamou de quê? - Daniel se levanta, e o fita de nariz empinado.

– Te chamei de cretino.

– Meninos, vamos assistir o filme. - Reclama Renata.

– Não... antes vou dar uma lição nessa ovelhinha. - Nicolas se prepara para dar um soco em Daniel, mas ele desvia.

Aquilo estava me deixando totalmente nervosa, Valtinho olhava os dois, torcendo para ter uma briga. Bia estava preocupada, e Renata comia toda a pipoca do pote.

– Porque não deixa a Julie em paz?!

– Porque ela é minha namorada. - Revida Nicolas. Mas Daniel sabia que era mentira.

– Sei... - Daniel me olhou, torci para que ele não desmentisse e dissesse a verdade perto de Renata.

– E você? O que tem a haver com isso?!

– A Julie não é uma menina qualquer, que você larga, e puxa. Larga e puxa, ela não é um brinquedinho. - Sorri ao ver que Daniel me defendia.

– Aham.. então devo ser totalmente grosseiro e arrogante com ela o tempo todo... como você faz?! - Nicolas o fita.

– To subindo... - Daniel deixa Nicolas, e sobe as escadas. Indo para o meu quarto.

– Preciso de água. - Sussurrei, indo até a cozinha.

Admirei Daniel ter me defendido ao invez de dizer algo do tipo ' Ela não é sua namorada de verdade, cretino. '

– Julie... - Chama Bia na cozinha.

– Oi amiga. - Sorri.

– Tá tudo bem com o Daniel? - Estranhei sua pergunta.

– Sei lá, achei um pouco estranho ele ter dito aquilo... mas acho que sim.

– Não sei não Juh, ele parecia chateado quando subiu. É melhor você ir falar com ele.

Hesitei com a cabeça.

– Vou lá.

Subi as escadas, enquanto subia, vi Nicolas do outro lado do sofá, enquanto Renata estava abraçada com a almofada... Acho que ela não quer nada com ele.

Abri lentamente a porta do meu quarto, lá estava ele, sentado na minha cama... só espero que não tenha mexido nos meus cadernos como da ultima vez...

Entrei no quarto, ele estava vendo TV. Ainda usando a máscara.

Sentei do seu lado, Daniel não falava nada. Apenas me fitava.

– Que filme está assistindo? - Puxei assunto.

– Porque você dá tanta atenção ao Nicolas?... - Começa ele, respirei fundo. Já vi que vou ouvir umas poucas e boas dele.

– Só estou ajudando ele.

– Ele precisa de ajuda piscológica. E não ajuda com a pipoca, ele tem mãos, não precisava dar na boquinha. - Ele reclamava.- Estou vendo um filme qualquer. - Daniel responde a minha pergunta anterior, parecia querer mudar de assunto.

Olhei para a TV do quarto, estranhei o filme ser de romance.

– Já vi esse filme, é a Filha do Presidente. - Tentei mudar de assunto também, não estava muito afim de ter mais uma discução com ele.

– Romances... - Ele bufou... - Ridiculo.

– Acho esse filme lindo, pena que já está no final. - Disse encarando a TV - Nossa, esse cara que dança com a filha do presidente é lindo... - Sorri.

– Huh... Porque não dá pipoca na boquinha dele... - Daniel fala baixinho, mesmo assim consegui ouvir.

– Ahh... a cena do beijo... - Suspirei, adorava essa cena. - HEY! - Gritei para Daniel, que havia mudado de canal, justo na cena do beijo. - Porque fez isso?! - Perguntei tentando puxar o controle de sua mão;

– Odeio romances. - Ele desliga a TV.

Olhei em volta, vi que a porta do quarto estava fechada. Olhei para a janela, o dia já havia virado noite. Deveria ser umas seis pra sete horas.

– Eu... gostei do jeito que você falou com o Nicolas. - Sorri. - Obrigada.

– Huh..

– A porta está fechada, só tem nós dois aqui... Porque não tira essa máscara?...

Daniel não me respondeu. Me aproximei lentamente de seu rosto. Ele estava paralizado. Puxei sua máscara para cima. E a tirei. Ele me fitava com uma expressão séria, ele olha para baixo. Tirei lentamente o gorro preto de sua cabeça, liberando seus cachos.

Sorri... Assim era bem melhor, ver o seu rosto. Daniel mordia seus próprios dentes, parecia estar com raiva, ou então.....

– Daniel, você estava com cíumes? - Perguntei. Sei lá, isso me veio na mente derrepente.

Ele voltou a olhar para mim, mas não me respondeu. A essa altura, iria perguntar de novo, insistindo em sua resposta, mas estavamos tão perto um do outro, que eu esqueci que deveria insistir.

Ele me fitava, me olhava no fundo dos olhos. Com um olhar conquistador, Daniel chegava mais perto, eu sabia exatamente o que queria nesse momento. Conseguia sentir minha pele arrepiar com a nossa aproximação.

– Estava? - Perguntei em um tom de sussurro.

– Schh... - Foi sua resposta. - Esqueçe isso. - Ele também sussurra, rapidamente, ele chega mais perto, faltando apenas centimetros de distancia dos nossos lábios, fechei os olhos, ainda desejando que isso acontecesse, mesmo confusa com meus sentimentos. Até que... o telefone toca. Me afastei com o som. Droga...

– Alô? - Atendi. Olhei para Daniel, o mesmo fitava o teto, devia estar pensando. ' Como eu pude quase beijar a cretina... '

– Oi filha, sou eu. Papai.

– oi pai. - Falei um pouco desanimada.

– Como estão você e o seu irmão?

– Pedrinho tá na casa do Patrick, e eu to bem;

– Ahh.. só liguei para dizer que estou com saudades.

Sorri.

– Também estou pai.

– Ok, preciso ir. Beijo. - Ele desliga.

– Daniel... - Falei delicadamente, olhei para ele, o fantasma colocava o gorro preto e a máscara. Estranhei sua atitude, mas voltei a perguntar. - Estava com cíumes?

– Já tá de noite, é melhor descançar, amanhã teremos o show. - Responde ele frio. - Tchau. - Ele sai do meu quarto, sem me responder;


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sempre tem um pra atrapalhar... kk ' Enfim.... Posto com Reviews!