Mirror Mirror On The Wall... escrita por Mel Fonseca
Notas iniciais do capítulo
eu achei essa fic super abandonada no pc... e dei umas risadinhas lendo aqui... resolvi postá-la :3
A jovem andava com passos apressados pelo corredor vazio e mal iluminado. Caminhava sem rumo na tentativa de afastar todos aqueles pensamentos indesejados que perturbavam seu sono durante a noite.
Respirou profundamente, soltando um suspiro pesado. Sentia-se completamente sufocada e deslocada, queria sair dali a qualquer custo.
Hogwarts nunca fora tão insuportável.
As paredes chiaram, chamando sua atenção. As pedras começaram a esfarelar e uma porta se revelou.
Sala precisa.
A garota entrou cautelosa olhando o ambiente de baixo a cima:
– E minha mãe diz que eu sou desorganizada... - Murmurou num tom irônico. As pilhas e objetos e bugigangas da sala começaram a desaparecer, como se dissolvessem no ar, feito fumaça.
Apenas um objeto permaneceu intacto, um espelho. A jovem caminhou até ele, olhando para os lados, com medo de ser pega fora da cama aquela hora da noite. Parou em frente ao enorme espelho.
A Moldura era dourada e envelhecida, esculpida com minúsculos desenhos ou palavras, ela não soube identificar.
A menina conseguia ver perfeitamente seu reflexo através da camada de poeira - Pelo menos tenho você pra me entender! - Ela disse para seu próprio reflexo.
Aproximou a mão do vidro na tentativa de livrar um objeto tão belo de tanta poeira.
Porém, ao tocar a superfície do espelho sua mão o Atravessou. Ela se afastou tropeçando nos próprios pés, caindo sentada, de olhos arregalados.
– Que diabos foi isso?! - Questionou segurando o pulso dolorido. Aproximou-se novamente do espelho, tocando-o com os dedos que atravessaram a superfície plana percebendo que não havia um "Fundo".
Estava temerosa em colocar a cabeça para olhar. " Minha vida não pode ficar pior mesmo! Se eu perder a cabeça vai ser um beneficio!", ela disse a si mesma. Fechou os olhos e aos poucos aproximou o rosto do vidro, torcendo para que não desse de nariz com o espelho. Ao abrir os olhos ela pode ver a sala precisa, mas algo estava errado. Estava tudo ao contrário. As coisas ressurgiram e a porta estava em outro lado. Ela olhou para trás e viu o espelho. Estudou o lugar antes de alcançar a porta e sair completamente desnorteada. Andou confusa para o corredor da direita:
– Aonde pensa que vai Andando pelos corredores a essa hora da noite?! – uma voz zombeteira e reprovadora soou as suas costas.
– Desculpe Perc... – A garota parou ao se virar. Não era Percy Weasley. Ela sabia exatamente quem era aquele garoto alto, de olhos verdes, cabelos milimetricamente penteados de lado e uniforme sonserino, mas como poderia ser possível. Ela o encarava confusa e abismada.
– perdeu algum pertence na minha cara?! – Ele perguntou rispidamente em resposta a maneira que ela lhe encarava. A jovem voltou a si gaguejando algumas silabas antes de sair correndo. Tom arqueou as sobrancelhas.
– MEU DEUS O QUE FOI AQUILO?! – Ela arfou com a mão no peito – AQUELE ERA TOM RIDDLE! NÃO PODE SER! COMO? O QUE EU FIZ MEU MERLIN! RESPIRE FUNDO! - Precisava falar com alguém que pudesse ajuda-la. “Dumbledore!” pensou imediatamente. Correu até a sala do diretor e bateu na porta:
– Professor Dumbledore! Por favor abra, preciso falar com o senhor! – Ela falou. Um homem abriu a porta, mas não era Dumbledore. Um senhor de cabelos brancos e rosto enrugado a olhou de cima reprovando o chamado no meio da noite
– Por Merlim! O que a Senhorita quer! –A garota o olhou de cima a baixo. Ela o encarou de olhos arregalados
– M-me desculpe! – Murmurou antes de correr dali. Esbarrou em algo no meio do caminho. Caiu no chão:
– Você será advertida! É a segunda vez essa noite! – A voz de Riddle sobrepôs o silêncio. A garota o encarou apavorada, ela sentia-se como a presa e ele era o predador. Ela se levantou para sair correndo mais uma vez, agora a procura da sala precisa, mas Riddle Segurou seu braço e a arrastou.
– Me largue! – Ela resmungou.
– Ah! Então você fala! – Ele zombou. Sem Solta-la.
– Preciso falar com o prof. Dumbledore! É urgente! – Ela disse aflita. Tom a estudou desconfiado, mas aquela garota estava tão apavorada que não poderia estar mentindo. Ele a arrastou por alguns metros e bateu numa pequena porta:
– Sim? – Uma voz abafada veio de trás da porta.
– Desculpe incomodá-lo professor Dumbledore, mas há uma jovem querendo falar com o Senhor...- Tom disse para a porta. Dumbledore a abriu, olhou por cima dos óculos de meia lua alternando entre os jovens. Riddle soltou a garota
– Boa noite Srta. – Dumbledore sorriu como se para uma neta. Ó céus Dumbledore estava TÃO diferente! Sua barba e cabelos não eram brancos e sim acaju, estava visivelmente mais novo e estava... VIVO!. Alguns segundos depois a jovem deixou seus olhos caírem para o pijama azul com estrelinhas amarelas de professor e se conteve para não rir.
– Pro-professor será que posso falar com o senhor, a sós? – Ela gaguejou. Tom revirou os olhos.
– Entre, por favor! - Dumbledore deu passagem – Obrigada por traze-la, Boa noite Tom... – Dumbledore agradeceu antes de fechar a porta. Indicou para que a garota pudesse se sentar – Eu não conheço a senhorita... – Ele disse estudando a garota.
– Senhor, o que eu vou lhe contar... Vai parecer uma loucura completa, mas o senhor TEM que acreditar em mim, é minha única esperança! – Ela disse agoniada. Dumbledore assentiu.
– Então quer dizer que a senhorita é do futuro e chegou aqui através de um espelho... – Ele repetiu como se para entender as palavras.
– Sim, e bem... Não sei como voltar! – Ela explicou.
– Tentou voltar para o espelho? – Ele perguntou. A garota bateu a mão na testa.
– Eu estava tão assustada e impressionada que me esqueci desse detalhe! – Ela se odiou por dentro, por ter perdido algo tão simples e fácil. Dumbledore sorriu.
– Então acho melhor à senhorita voltar para seu tempo – Ele falou. A garota concordou – obrigada pela visita Srta...
– Grigori, Melina Grigori... – Ela completou. O professor sorriu. Ele a guiou até a porta.
– Boa noite Srta. Grigori, boa viagem de volta – Ele desejou. A garota assentiu.
– Obrigada Senhor – Ela respondeu. Antes de sair. Dumbledore a olhou virar o corredor antes de fechar a porta. A jovem andou a passos rápidos procurando a sala precisa. Até a porta se revelar a sua frente. Olhou para os lados e para trás para ter certeza de que ninguém a veria. Ela entrou na sala fechando a porta e entrando no espelho de volta ao seu tempo. Mas o que ela não sabia é que um certo garoto alto, de cabelos arrumados e olhos claros a observava atentamente, estudando cada passo até desaparecer por dentro do espelho. Tom cerrou os olhos. Ele se aproximou do espelho e ao abrir os olhos estava numa sala precisa diferente. Ele saiu do cômodo e pode ver a garota virando a curva:
– Você ai! – Chamou. Ela se virou rezando para não ser um monitor. Ao se virar ficou completamente estática. Não conseguia mover um músculo.
– O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO AQUI?! – ela perguntou aflita – você TEM que ir embora!
– Por quê? – Ele arqueou uma sobrancelha dando um sorriso irônico.
– Vá embora Riddle! – Ela falou apontando a sala precisa.
– Como sabe meu nome? – Ele perguntou franzindo o cenho.
– Dumbledore falou antes de dispensá-lo da sala dele... – Ela explicou impaciente – Agora vá...
– Eu vou... Mas você vem comigo! – Ele a arrastou pelo braço. A jovem se contorceu tentando se livrar das mãos que a prendiam com afinco.
– TOM RIDDLE ME LARGA! – ela gritou – Mas que droga garoto eu não posso voltar com você! Não pertenço aquela... – Ela se refreou antes de dizer “época” – Escola!
Ele sorriu
– Acha que eu não sei que estamos numa época diferente sua tola?! – Ele perguntou irônico.
– Como vo-você... – Ela gaguejou. Ele revirou os olhos.
– Meu tempo na biblioteca é precioso, consigo reconhecer qualquer artefato mágico... – Ele explicou impaciente. A garota segurou o rosto dele entre as mãos.
– Olha aqui seu pirado, vê se me deixa em paz ta legal?! E quer fazer o favor de voltar para sua época?! – Ela o empurrou contra o espelho, mas ele não se moveu um centímetro se quer. Ele jogou a cabeça para trás e gargalhou.
– Eu não vou voltar – Ele disse por fim. A jovem revirou os olhos e cruzou os braços.
– O que você quer? – perguntou batendo o pé impaciente no chão.
– Eu esperava que você quisesse voltar comigo, mas como vi sua aflição a minha estadia por aqui acho que vou...
– Mas que droga garoto! Pra que você quer que eu vá com você?! Não tenho nada pra...
– Gosto de atormentar as pessoas é simples assim, e eu te achei bonitinha – Ele zombou. Ela ficou pasma
– Você não faz sentido algum! – ela bufou.
– Bom posso dar um jeito de acabar com seus amig...
– EU VOLTO COM VOCÊ, TA LEGAL?! – Ela se amaldiçoou. Ele sorriu vitoriosamente. O jovem estendeu o braço para a garota, que cruzou os próprios membros superiores e passou por Tom ignorando seu gesto. O garoto bufou uma risada.
Eles atravessaram o espelho. A jovem observou sacar a varinha:
– O que vai fazer...? – Antes que ela pudesse terminar ele havia conjurado.
– Diffindo! – O espelho se quebrou ficando em pedaços no chão. A moça ficou horrorizada.
– Não não não! – tentou juntar os pedaços de espelho. Tom sorriu de lado antes de puxá-la pelo pulso – Você é louco! Tem noção do que fez?
– Garanti que você não vai voltar! – Ele disse com displicência.
– Riddle eu não pertenço a essa época, aqui não é meu lugar! Qual é a sua? – Ele a estudou por um momento. Ele virou ignorando a pergunta, saiu da sala precisa deixando a garota lá encarando suas costas.
A garota sentiu um desespero como nunca havia sentido na vida. Um aperto no coração como se algo muito errado estivesse acontecendo e estava:
– Dumbledore – murmurou para si mesma. “Mas deve estar dormindo” “O problema aqui é grande querida! Tire o vovô da cama!”. Ao sair correndo trombou com Tom que a segurou pelos braços para que não caísse:
– É sério, você PRECISA parar com isso! – Ele repreendeu. A garota revirou os olhos.
– Sai da minha frente Tom Riddle! – Ela falou num murmúrio letal. Ele ergueu uma sobrancelha sorrindo de lado.
– Faça-me sair... – Tom desafiou. A garota num ato discreto puxou a varinha, momentos depois sua varinha fora arremessada para longe. “NÃO PODE SER! ESSE FILHO DA PUTA SABE FAZER FEITIÇOS NÃO VERBAIS?!” – Posso e também posso ler seus pensamentos, sua oclumência é péssima...
A jovem o fitou letalmente.
– É melhor sair da minha frente agora Tom Riddle – O moço a olhou de cima.
– Suas roupas são bem estranhas – Ele comentou. A jovem revirou os olhos antes de pegar sua varinha do chão. Ele a olhou confuso – cupcake?!
– Estupenfaça! – Ela murmurou - Não Riddle, como você pode ver não sou boa oclumente... então arrumei outra forma de disfarçar minhas ações – Ela sorriu satisfeita antes de sair andando e deixar pra trás um Riddle desacordado.
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