Contatos escrita por liljer


Capítulo 1
Contatos.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, e espero que gostem. >.



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O sol estava alto no céu, apesar de que eu estava na Sibéria. A maioria dos negócios em que eu mantinha pelo mundo, eram às vezes, controlados aqui, da Sibéria. Centro de muitas coisas. Também, local preferido de alguns Strigois. Mas eu, de certa forma, mantinha minha própria linha de proteção com vários Guardiões.

Eu escutei o som de uma leve batida na porta, o que me fez suspirar de exasperação. Eu odiava ser incomodado. Ainda mais, àquela hora da manhã.

“Mr. Mazur.” disse um dos guardiões. Um autêntico americano, Peter.

“O que você quer?” murmurei, mal humorado.

“Desculpe-me, mas tenho uma ligação para o senhor. Ela alegou ser urgente.”

Oh, diabos! Quem me ligaria àquela hora? Mesmo ainda sendo noite para o mundo Moroi, ainda eu estava de pé, obviamente, já que eu vivia fora dos horários do mundo vampiro, tratando de negócios, mas de alguma forma, fazia quase 24 horas em que eu não dormia. E aquilo estava me deixando com um humor infernal.

“Disse um nome?” perguntei, tentando controlar meu mal humor.

“Sim”, disse ele “Janine Hathaway.”

Era como um verdadeiro balde de água fria. Fazia exatamente dezessete anos em que Janine não ligava para mim. Nem sequer mandava alguma noticia sobre ela ou sobre nossa filha, Rosemarie. Mas de alguma forma, nesses últimos anos, eu me dei ao trabalho de me informar muitíssimo bem sobre Rose. Mas as coisas mudaram um pouco após ela e a Princesa Dragomir desaparecerem nesses últimos anos. E bem, agora eu tinha Janine na linha telefônica querendo falar comigo. Do outro lado do mundo.

Eu peguei o telefone celular da mão de Peter e o atendi, enquanto o próprio saia.

“Abe Mazur” eu disse em uma voz firme.

“Ibrahim” sua voz soou de forma neutra do outro lado. Eu senti uma pontada de preocupação.

“O que aconteceu? Você não me liga desde Monte Carlo, e o incidente com o Szelsky. Devo admitir que você não cumpriu essa sua promessa de esquecer que eu existia.” Eu disse, em meu melhor tom sarcástico.

“Ibrahim” ela repetiu, então, eu senti toda a minha muralha de exasperação e sarcasmo se destruir por completo.

“O que aconteceu?” minha voz saiu fraca, aguardando o pior.“foi algo com Rose?”

O silêncio que se veio a seguir me incomodou aos montes. E se algo tivesse acontecido a ela? Eu havia escutado a história sobre o ataque ao St. Vladimir há menos de um mês. Eu havia, também, escutado o quão bem Rose fora naquela batalha terrível, mas de alguma forma, eu não podia evitar que algo pudesse ter acontecido a ela.

“Rose saiu da St. Vladimir” disse Janine, sua voz baixa. Algo terrível havia acontecido... “Saiu por conta própria essa manhã”

“Continue” ordenei. Janine deu um longo suspiro, eu poderia dizer que ela estava chorando, se eu não a conhecesse tão bem. Ou talvez, com os anos, ela havia amolecido. Eu não sabia dizer.

“Eu conversei com Vasilisa” ela continuou, de forma estranha. “ ela me assegurou de que Rose havia ido atrás do antigo mentor...”

“Mentor?” minha voz saiu estrangulada. Eu havia escutado histórias sobre a batalha, também que alguns guardiões haviam sido mortos. Eu apenas temia demais a sua resposta.

“Sim, Dimitri Belikov” ela disse, sua voz fria de repente “ele– bem, ele morreu na batalha, quando fomos resgatar alguns reféns... E... Acabou sendo pego por Strigois na cavernas. Olha, Ibrahim! Eu não sei exatamente o que te dizer. Apenas que... Você tem contatos. Você poderia–”

“Eu compreendo, Janine” eu disse, de repente, me sentindo exausto. E eu compreendia. Janine queria Rose de volta. Assim como eu também a queria protegida. E se... De alguma forma, as histórias estivessem certas, esse tal Belikov havia se tornado um Strigoi. E sendo assim... Eu o havia avistado certa vez. E eu tinha que admitir que se Rose realmente viesse atrás dele, ela muito provavelmente, não voltaria para casa. Talvez, nem sequer sairia da Sibéria. Porque uma boa parte de mim dizia que ele a mataria. E talvez meu lado paternal tivesse gritado mais alto naquele instante.

“Por favor...” Janine sussurrou do outro lado da linha, me fazendo perder parte de toda a minha resistência. Eu caí sobre a cadeira de couro do meu escritório.

“Eu prometo a você, Janine... Eu vou trazer nossa filha de volta. Nem que eu tenha que colocar o mundo inteiro de pernas para o ar. Ela irá voltar para você.”

“Ótimo.” E com isso, o silêncio veio do telefone. Ela o havia desligado. Eu senti um forte aperto no peito.

Talvez eu não tivesse comparecido na vida de Rose como um verdadeiro pai. Eu não havia lhe enviado presentes no natal. Eu não havia ido visitá-la nesses últimos anos. Mas algo era certo nisso tudo. Ela sempre seria minha filha. E com esse pensamento, eu me senti sussurrar.

“Eu vou recuperá-la.” E eu iria.



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