Memories escrita por police_girl


Capítulo 1
capitulo 1




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Londres, 1854 d.c.

O barulho de choro era ouvido naquele dia, as lágrimas que desciam se misturavam com os pingos de chuva, o castelo chorava por si, uma multidão o cercava e vários homens carregavam diferentes caixões, sabia-se que em algum deles jazia a mulher mais bela que já existira em todo o mundo e no outro um homem que não poderia ser descrito com palavras, não haviam se passado nem uma semana desde o ultimo enterro naquele lugar, e agora esta tragédia.

- eles eram tão novos. – comentou uma mulher vestida de preto para uma outra que chorava desesperada.

- alguém tem de encontrar este assassino! – falou um homem.- este deve ser o homem mais perigoso que já existiu na face da terra, um psicopata, ousou matar um anjo da terra e um dos homens mais generosos que eu já vi, já não bastava ter matado o irmão dele agora mata-o junto com a moça?

As lágrimas seguiram até uma parte destinada aos mortos daquele lugar, nobres... nobres que nunca se misturariam, mas aqueles não eram assim, depois de enterrados a tristeza não conseguia sair, todos choravam, se perguntando quem seria o monstro que teria matado um anjo, as lágrimas se cessaram meses depois... porém no coração daquelas pessoas nunca cessaria a tristeza de perder... eles.

 

 

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x. Londres, 2009 d.c.  x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

Ele andava descontrolado em direção a mulher de olhos azuis encostada na parede, ela chorava, gritava, ela correu em outra direção mas ele puxou seu braço e fez que uma pequena mesa marrom caíssem no chão junto com os vasos, mais uma coisa quebrada e no chão, o local estava completamente bagunçado, até o candelabro dourado e antigo estava quebrado no chão, ele colocou a mulher na parede e ficou a olhando, ele falou algo, porém tudo o que viu foi um mexer de lábios, a mulher respondeu do mesmo jeito, o rosto era perfeito, as feições daquela mulher, parecia um anjo, mas as lágrimas... lágrimas que sujavam a imagem do rosto perfeito e os cabelos encaracolados bagunçados, os olhos azuis derramavam lágrimas desesperadamente, o homem segurava uma faca no pescoço dela, abaixou a faca delicadamente até o local aonde estaria o coração, ela chorava e falava coisas que pareciam que ela implorava para que ele não fizesse aquilo, de repente... um clarão... e uma voz gritando:

- saia daqui.

- Rin! Rin!- a menina abriu os olhos, na sua frente ela viu seu tio myouga, ele a olhava preocupado, ela esfregou os olhos com as mãos e bocejou.

- o que foi tio myouga? – o homem passou um pano pela testa.

- não me assuste desse jeito de novo menina, você não acordava, fiquei preocupado.

A menina abaixou a cabeça tentando lembrar direito do sonho, mas agora as faces estavam borradas, além de que não se lembrava do que eles falavam, somente uma frase falada por uma voz angelical porém fria: saía daqui.

 - me desculpe tio é que... eu acabei cochilando.

Ele suspirou.

- Rin, você não pode continuar desse jeito! Em quantos empregos você está nessas férias?

A menina o olhou e pensou um pouco.

- três. De manhã trabalho numa loja no mercado, a tarde numa lanchonete e daí eu vou para o shopping trabalhar numa loja também, por que?

O homem balançou a cabeça negativamente.Rin perdera os pais a poucos anos num acidente de carro então tivera que começar a trabalhar, porém nessas férias ela estava sobrecarregada.

- vá dormir, são... uma da manhã. – a menina assentiu e se dirigiu ao seu quarto.

Entrou no quarto e foi até o banheiro, sentindo a água escorrer pelo seu corpo, fechou os olhos tentando lembrar de algum detalhe de seu sonho, porém nada, somente aquela voz, passou a mão nos cabelos negros lisos sentindo a água molha-los completamente, os lavou e logo saiu do banho, andou até o espelho e se viu, olhou para o espelho e de repente um rosto apareceu, não era o seu, e aquele não era seu corpo, Rin tinha os olhos arregalados o máximo que podia e não piscava, atrás da mulher apareceu um homem muito bonito, quando ela ia ver o rosto dele ela piscou e no espelho.. era ela.

Rin balançou a cabeça negativamente e suspirou, estava ficando louca de tanta coisa que fazia, vestiu-se com uma camisola qualquer e apagou a luz, deitou-se na cama, suspirou... seu sonho... queria se lembrar... de seu sonho....

 

Saía daqui.

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.

 

- espere aqui que seu pedido logo será entregue. – falou Rin sorrindo falsamente.

Ela suspirou quando o homem foi pegar seu pedido, estava cansada, e hoje ela não precisaria ir trabalhar na shopping a noite,  lhe deram folga, passou a mão nos cabelos.

Se passara uma semana desde que tivera aquele sonho, e a cada noite ela vinha tido pesadelos ou não conseguia dormir de luz apagada, seus pensamentos eram sempre os mesmos, primeiro ela pensava no tio que tinha um câncer no pulmão que se alastrava cada vez mais... ele precisava ir ao médico. Mas eles não possuíam dinheiro ou posses, ela suspirou, não tinham dinheiro para o hospital, segundo... ela pensava naquela mulher. A mulher do Sonho. Ela era extremamente linda pelo que Rin lembrava( não que fosse muita coisa que ela se lembrava), e aquela voz... Rin passou a mão nos cabelos bagunçando-os.

- senhorita?- ela olhou para frente e viu um homem já idoso, ele era extremamente magro e usava umas roupas meio surradas, possuía uma pequena barba e seu cabelo branco estava preso num rabo de cavalo pequeno.

- sim, o que deseja? – ele suspirou e perguntou direto.

- a senhorita é sobrinha do senhor Myouga? – ela arregalou os olhos e assentiu.

- o que aconteceu com meu tio?

- nada senhorita, se acalme.- falou o homem suspirando. – sou um velho amigo de seu tio e soube a  pouco tempo sobre a situação de saúde dele.

A moça abaixou a cabeça.

- não temos dinheiro para o hospital.- os olhos marejaram.- e... e a situação dele só piora.

Ela limpou algumas lágrimas que caíram de seus orbes castanhos.

-eu falei com o meu patrão que é uma pessoa muito generosa sobre isso.- ela o olhou esperançosa.- ele falou que pagará o hospital para seu tio.

A menina sorriu, era tanta a sua felicidade, ele pagaria? Ela queria conhece-lo para agradece-lo pessoalmente.

- obrigada, obrigada, oh! por Deus, isso seria... seria maravilhoso e.- o homem a interrompeu.

- tem um porém.- ela sentiu aquela alegria se esvair, se fosse dinheiro eles não teriam nenhum.- ele gostaria que a senhorita fosse trabalhar para ele.

A menina o encarou confusa.

- como assim?

- meu patrão possuí poucos empregados e é dono de uma propriedade enorme... ele viu sua foto e quis que você trabalhasse para ele.

Como assim vira sua foto? Somente com isso? sentiu medo, mas... seu tio.

- quando eu vou? – o homem sorriu misteriosamente..

- daqui a uma semana.

Em seguida o homem saiu, Rin abaixou o olhar com medo, ela... tinha algo errado... ela sabia que tinha...  só não sabia o quê.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

o próximo capt será maior.
beijos
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police_girl.



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