Minha mão estava no cabelo do meu Jake, por isso só precisei mostrar a ele toda a cena de hoje de manhã para ele entender do que se tratava a cena de cassino. Jake começou a gargalhar, mas logo se recuperou.

-Bom, se você perder... Eu não quero nem ver.

-Eu não vou perder você vai ver.

-Como você tem tanta certeza?

-Eu tenho estratégias sabia?!

-Jura?! Essa eu quero ver! – Ele disse rindo. Levei Jake para a sala.

-Iai gente. – Jake disse.

-Oi Jake. – Todos disseram.

-Bem Jacob, você já sabe. A geladeira está à disposição. – Vovó disse.

-Obrigado. – Ele respondeu.

-Iai pirralha, pronta para perder? – Emm me provocou.

-Quem deveria te fazer essa pergunta sou eu! – Rebati.

-Muito bem, quero uma partida justa. Sem trapaças ou qualquer tipo de distração causada propositalmente para o outro adversário. – Vovô disse.

-Tudo bem. –Eu respondi.

   Estavam papai, mamãe, Rose, Alice, vovô e vovó no sofá grande. Emmet e Jasper no sofá pequeno e eu estava sentada no tapete com Jake ao meu lado.

   -Quem fizer mais pontos ganha! – Eu disse.

-Feito – Emm e Jass responderam.

   Começamos então uma partida épica, com uma música fácil no início. Acabamos ficando empatados. Na segunda musica, Jasper tinha uma pontuação maior. Eu fazia um pequeno teatro, me fingindo de desentendida e errando os botões propositalmente, pois eu sabia que se eu acertasse todas as notas na música final, eu ganharia do mesmo jeito. Essa era a minha estratégia, jogar com a paciência enquanto eles jogavam com o entusiasmo. Papai estava olhando toda a hora para mim com um sorriso de satisfação no rosto, pois ele estava vendo minhas estratégias e parecia estar orgulhoso disso. Eu fingia estar me atrapalhando toda, até que chegou à última música.

-O que vale é a intenção pirralha. – Emm disse.

-Ainda bem que você sabe. – Respondi.

   Quando a música começou, Emmet e Jass erraram algumas notas, pois era difícil, mas eu toquei todas as notas fazendo com Jasper perdesse e Emm começasse a ficar para trás. Quando tudo acabou, na pontuação final, eu havia ganhado e ainda tinha batido o Record!

-Não é possível! – Emmet disse.

-Ela estava atuando?! – Jasper disse com uma cara de retardado, como se ele não acreditasse, o que me fez gargalhar junto com o Jake.

-Nossa! Ela testou a inteligência de vocês e o Q.I. Foi abaixo do mínimo para vocês! – Papai dizia entre uma gargalhada e outra. – Até parece que ela não sabia diferença de amarelo e vermelho! A menina é boa atriz, não adautônica!- (n/a: só um pequeno relato vergonhoso, quando eu era pequena, eu confundia vermelho com amarelo! Rsrsrs)

-É grandão, o que vale é a intenção. – Jake disse ao Emm.

-Se eu tivesse a Nessie no meu exército a alguns tempos atrás e ela fizesse as minhas estratégias, eu não teria perdido nenhum soldado! – Jass disse ainda olhando para o nada com a mesma cara de retardado. Não prestou. Papai, Jake e eu começamos a gargalhar.

-Muito bem, muito bem. Pode passar a grana vocês dois – Eu disse apontando para o Emm e o Jass.

-Eu estou te avisando pirralha, vai ter troco! – Emm falou.

-É não pensa que acabou! – Jass completou.

   Coloquei os quarenta dólares no bolso de trás do meu short e fui para a cozinha. Pude sentir que o Jake me acompanhava.

-Por um instante eu achei que você fosse perder. – Jake disse enquanto eu pegava um copo de água e sentava no balcão do armário para ficar de frente para ele.

-Eu te disse que eu tinha uma estratégia!

-É, mas eu não achei que fosse tão boa! – Ele disse me fazendo rir junto com ele.

   Quando ele olhou para baixo, viu o colar que ele me deu. Ele abriu um pequeno sorriso e foi descendo a mão até o colar, me causando deliciosos calafrios. Ele abriu o colar e deu uma risada incrédula.

-Minha foto?! – ele disse.

-É. Você queria que estivesse à foto de quem ai dentro?! – Perguntei.

-Sua... Sei lá.

-Não. Você é mais importante. – Respondi (n/a: corrigindo, você é mais bonito!) ficamos assim por um tempo, até que a Rose me chamou.

-Nessie querida, venha cá. – Rose chamou. Fui em direção a cozinha e puxei Jake comigo.

-Oi.

-Nós vamos caçar querida. – Mamãe falou.

-Emm, Carlisle, Esme e eu. – Rose respondeu.

-Nós também. – Mamãe falou olhando sugestivamente para papai que deu aquele sorrisinho torto dele.

-Alice e o Jass ficaram aqui co vocês. – Papai disse como um aviso, olhando para o Jake.

-Tudo bem. – Eu respondi. Todos saíram e me deram tchau.

-Nossa. Faz quanto tempo que eles estão em jejum?! – Jake perguntou abismado.

-Eles acham que eu sou troxa Jake! Eles não foram caçar, porque eles já foram ontem. Fora que o meu pai estava BEM alegrinho. Alegrinho de mais pro meu gosto. Junta tudo e você vai entender. – Eu disse.

-Ah... Nossa! – Ele falou surpreso.

-É eu sei. Eles são bem descarados. – Completei.

-E eles realmente acreditam que você não saiba nada a respeito... Disso! – Ele riu incrédulo.

-Não liga não. Eu não sou idiota, mas eles não sabem disso. Ou então sabem e se fingem de desentendidos. – Eu respondi calmamente.

  Na mesma hora, Jake e eu ouvimos Alice e Jass se beijarem, logo depois eles caíram do sofá e deram alguns risinhos. Depois a única coisa que pude ouvir foi eles subirem em velocidade máxima escada a cima. Jake me olhou de boca aberta.

-Vem, vamos subir. Se eu conheço bem, isso daí vai demorar... – Eu disse.

   Subimos para o meu quarto e Jake entrou.

-É sempre assim?! Essa taradice toda?! – Ele perguntou me fazendo gargalhar.

-Não. Só de vez em quando. – Respondi.

   Jake olhou as minhas fotos e pediu que eu desenhasse uma para ele. Eu estava sentada em um a pedra olhando o mar. Depois de desenhar, dei a folha a ele e também a foto original.

-Perfeito. – Ele disse.

   Ouvimos então, várias batidas no andar de cima.

-Está ouvindo isso? – Jake me perguntou.

-Estou. Eles vão demolir a casa daqui a pouco. – Falei. Levantei e deixei os lápis e o caderno em cima da minha escrivaninha. – Vem, vamos arrumar alguma coisa para comer.

   Fomos para a cozinha. As batidas na parede do quarto lá em cima estavam cada vez mais fortes. Jake e eu nos olhamos e como se nós tivéssemos combinado isso, desatamos a rir de pura incredulidade.

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