As Brasileiras escrita por Felipe Chemim


Capítulo 10
A Viúva De Petrópolis


Notas iniciais do capítulo

Uma viúva que quer se aventurar em um novo amor...



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Brasil... Sudeste... Rio De Janeiro... Petrópolis. Petrópolis possue 774, 606 Km², que conta com uma população de 296. 044 pessoas. Também é constantemente chamada de Cidade Imperial, pois foi fundada pela iniciativa de Dom Pedro II. Essa cidade também é a sede do Laboratório Nacional de Computação Científica. Já em turismo temos desde a Casa Do Ipiranga até a casa a Casa Da Princesa Isabel, que parece que reencarna nas menininhas de hoje em dia... Mas também tem aquelas mais “destacadas”, se é que você me entende... Como a nossa heroína de hoje,
A Viúva De Petrópolis

Nadia(em frente ao espelho):Ai vamos a mais um dia de luta...

(ela arruma o cabelo e verifica a maquiagem...)

(Nadia sai do banheiro e se dirige à sala)

Nadia: Nossa!Esqueci a televisão ligada!Ai meu deus....Lá vem conta alta de luz...

Não que Nadia fosse uma mendiga...

Como uma moeda tem duas faces, Nadia tinha azar e sorte... Conseguiu casar-se quatro vezes com homens ricos... Que, para seu azar, morreram tempo depois do casamento... E ela acabou herdando toda a fortuna desses senhorinhos, que não tinham outros herdeiros...

Acabou mudando de bairro por causa dos comentários que ela seria uma golpista de baixo escalão que queria extrair tudo dos asilos... Digo, senhores...

(Nadia desliga a TV e sai de casa para o seu trabalho)

Toda mulher batalhadora tem alguém que sente inveja do seu padrão...No caso de Nadia...A invejosa era sua vizinha...Catarina...

Nadia(olhando para Catarina que estava na janela):Tá olhando o que Dona Catarina? Vai cuidar da sua vida!Humpf!

Catarina:Eu tenho olho pra olhar!E eu posso ficar na minha janela o quanto eu quiser!Pago por isso...

Nadia: E eu sei muito bem daonde é que você tira esse dinheirinho...

Catarina: Ah por favor Nadia!...

Nadia: Por favor digo eu... A “senhorita” que vá fazer o seu serviço daonde tira o dinheiro que paga esse aluguel... Enquanto eu vou trabalhar...

Quem passasse pela rua pensava que era briga de duas senhoras que fugiram de um asilo-hospício e que brigavam por uma dentadura velha...

Catarina: Vem aqui que eu te quebro...

Nadia: Uma dama como eu não se mistura com pessoas da sua laia... Bom dia...

(Nadia continua andando,sem dar atenção para Catarina)

Catarina:Ei! Eu estou falando com você!

Nadia que era uma mulher muito decidida, o que, na maioria das vezes, foi o que conquistou os seu falecidos maridos... E ela continuou sem dar atenção para Catarina, que parecia uma louca que esqueceu do remédio, se bem que estava na hora de ela tomar um de seus remédios...

(aparece Nadia entrando num ônibus...)

(ela paga a passagem para o cobrador e se senta num dos bancos do ônibus, com sua bolsa no colo...)

(ela vê um rapaz em pé, com gravata, camisa social, terno, uma pasta na mão e a outra se segurando... Logo se interessa por ele...)

O problema era que Nadia era carente e um pouco solitária... E sempre queria se apaixonar e criar um novo amor...

E ainda por cima tinha fetiches por executivos...

Executivos, seguranças,  mecânicos, bombeiros, médicos, policiais, professores, faxineiros, adestradores de cães, matadores de aluguel, palhaços... Enfim.... Tudo quanto é profissão em que um homem tinha um uniforme...Até por ladrões ela tinha...mas não se arriscava....

(ela viu que o homem soutou em um ponto...e ela foi atrás...Mesmo tendo que ir pro trabalho...)

(ela o viu parado para atravessar a rua e parou do lado dele...)

Nadia: Err...Oi,tudo bem?

Homem:Olá.Tudo ótimo e você?

Nadia: Melhor agora....

Homen: Como?

Nadia: Nada... Qualé o seu nome?

Homem:Meu nome é Murilo,e o seu?

Nadia: Me chamo Nadia...

Murilo: Bom, tenho que ir para o trabalho... Vou indo...Até mais

(Murilo sai e continua andando...)

Nadia: Claro... Té...

Foi então que Nadia se lembrou do seu trabalho...Aí foi uma correria....Ela saiu correndo mais que vários atletas até um ponto de ônibus....O ônibus que ela pegaria demorou 15 minutos pra vir....Faltando mais 15 pro trabalho dela....Ela estava um pouco longe do local.... A viagem demoraria uns 30 minutos... E colocando em observação, Nadia nem precisou de calculadora para descobrir que chegaria atrasada... E por sorte ainda conseguiu ficar ao lado do motorista...

Nadia: Acelera moço!Tenho que chegar no trabalho!

Homem:Não posso.Tenho passageiros e estou seguindo regras...

Nadia não gostou nada...Mas aceitou....

Chegou no trabalho atrasada e levou uma bronca do seu chefe... Rodolfo...

(Rodolfo era um senhor de um quarenta e poucos anos, usava um bigode grisalho e tinha pouco cabelo, nos lados...)

Rodolfo: Se a minha empresa fosse para atrasar, não estaria onde está!

Nadia(falando baixinho...): Quase falindo...

Rodolfo: Como?

Nadia(disfarçando): Casa vez mais subindo!

Rodolfo: Ahn...

(Nadia revira os olhos...)

Rodolfo: Espero que não aconteça mais isso! Volte ao trabalho, está perdoada...

(Nadia segue andando...)

Nadia(falando baixinho): Eu não pedi seu perdão...

Nadia era uma viúva rica, mas tinha que se mexer e fazer alguma coisa, por isso trabalhava e usava o dinheiro herdado pelos falecidos apenas para necessidades, quando tivesse...

(a tarde passa e aparece Nadia arrumando coisas dentro da bolsa...)

Como no dia de hoje, que as contas passaram do orçamento e ela resolveu pegar um pouco do dinheiro para ajudar...

Nadia: Ai essa bolsa grande...

Em geral, a bolsa de uma mulher também podia se chamar buraco negro, porque quando se coloca uma coisa dentro, é difícil achar...

Nadia(tirando o cartão de vale transporte): Ahá, achei...

(ela arruma a bolsa no braço e começa a andar pela rua, em direção do ponto de ônibus...)

(a rua estava quase deserta, então ela passa por um homem com uma blusa moletom preta e com o rosto coberto pelo capuz da blusa... Esse mesmo homem a segura, com uma faca perto do pescoço...)

Nadia: Ai que isso...

Assaltante: Quieta...

Nadia: Me larga...

Assaltante(puxando a bolsa...): Passa a bolsa...

Nadia: Não!

Assaltante(ameaçando com a faca): Passa ou eu te furo...

Nadia era um tanto quanto mesquinha e por isso ainda resistiu agarrando a grande bolsa como uma leoa segura uma zebra...

Nadia: Tá certo...

(Nadia solta a bolsa e o assaltante a agarra e começa a correr...)

(nossa heroína olha para ele desesperada e no exato momento que ia gritar “Pega ladrão” um homem passou uma rasteira no miliante, que caiu no chão. A faca deslizou para o meio da rua e a bolsa bateu contra a parede...)

(Nadia, mesmo com a dificuldade do salto, corre até o assaltante e pega a bolsa...)

Nadia: Você quase roubou meus documentos!

Assaltante(sendo segurado pelo homem): Documentos? E o dinheiro? Eu te vi saindo do banco!

Nadia(pegando o dinheiro do sutiã): Dinheiro eu não guardo na bolsa!

Assaltante: Ah!!! Por quê fez tanta questão de não me dar a bolsa?

Nadia: É uma bolsa da Europa...

Policialfalando num rádio-comunicador): Chamem uma viatura...

Nadia não ouviu o resto da frase, porque ficou prestando atenção naquele homem, que acima de tudo era um policial, que de acordo com seus pensamentos sexuais maléficos, era um pedaço de mal caminho...

Policial: Você está bem...

(Nadia fica apenas olhando-o, como se tivesse hipnotizada...)

Policial: Senhorita, você está bem?

Nadia: Ahn?! Eu?! Tô sim...

Nadia se sentia encantada... Como uma princesa de contos de fada...

(o policial tinha os cabelos negros bem cortados, no momento estava fora do trabalho, por isso estava sem uniforme...)

(logo veio uma viatura que prendeu o bandido...)

***

(Nadia andava de um lado para o outro pela sala, pensando no policial...)

Nadia: Ai! Ele é tããããooo lindo! Como é que irei encontrar com ele novamente?

(ela se senta na poltrona estofada vermelha...)

Nadia: E se eu ligasse para a polícia pedindo socorro? Daí uma viatura viria aqui...

Nadia era esperta, sabia que, se ele não tava trabalhando de dia, consequentemente estaria a noite...

Só que mentir para a polícia é um crime... Isso a preocupava...

Mas achou que iria valer a pena...

Nadia(no telefone e fingindo estar chorando): Alô? É da polícia?

Atendente: É sim... Senhora o que aconteceu?

Nadia: Eu acho que tem alguém na minha casa...

Atendente:  Você viu alguém?

Nadia: Eu ouvi barulhos na porta e me escondi...

Atendente: Aonde a senhora está?

Nadia: No porão da minha casa... Por favor alguém me ajuda...

Atendente: Calma senhora... Aonde você mora?

(Nadia lhe dá o endereço...)

Atendente: Obrigada senhora...

Nadia(fingindo chorar): Vem rápido...

Atendente: Calma senhora... Já estou enviando uma viatura...

(Nadia desliga e fica feliz que seu plano deu certo...)

(...mas lembrou que teria que se esconder no sótão...)

( no sótão...)

Nadia: Ai coisa nojenta... Tenho que limpar isso aqui... Arg... Espero que não tenha ratos...

(ela espera a viatura chegar...)

Para a sorte de Nadia, parece que o jogo de baralho da polícia brasileira tinha acabado e eles resolveram que iriam ver esse caso e acabaram chegando rápido, porque Nadia ouve um barulho de carro e pessoas descendo...

Ela também imaginou que fariam como toda polícia, bateriam primeiro e perguntariam depois...

Ah, antes que me esqueça, os homens bateram palmas...

(mãos se levantam e batem palma...)

Voz 1: Tem alguém aí?

Nadia, que ainda estava no sótão, estranhou, pois, se tivesse mesmo um ladrão, e ela estivesse escondida, por quê ela responderia?

Nadia(gritando): Tô no sótão...

Voz 2: Nós podemos entrar?

Primeiramente Nadia pensou que estava sendo sacaneada...

Nadia: A porta tá aberta...

(ela ouve a porta se abrindo e fica esperando os policiais irem até o sótão ou pelo menos falarem algo...)

(Nadia ouve um barulho de pneus... Pneus de um caminhão dando partida... Mas fica esperando os policiais...)

E Nadia espera... espera... espera... e nada! Aí é que desceu em Nadia a pomba gira, junto com um espírito feminino tão curioso que fez ela descer do sótão para verificar o que aconteceu...

E foi aí que veio uma raiva feminina especial em Nadia chamada estresse TPM...

Nadia(desesperada e com as mãos na cabeça): O QUE HOUVE COM A MINHA CASA?!

(a casa de Nadia estava toda vazia, alguém -ou “alguéns”- tinham pegado os móveis da casa inteira!)

Nadia: Meu sofá de Paris...

(e então a viatura da polícia chegou e três homens desceram do carro, inclusive Ricardo, mas não que ele importava muito agora...)

Ricardo: O que houve?

Foi aí que Nadia ligou os fatos e lembrou que deveria ter olhado pela janelinha do sótão quem eram os homens que haviam vindo, e que eram assaltantes, não policiais, que fugiram no caminhão, com todos os seus móveis...

Nadia(agarrando Ricardo pela gola da camisa): Fui assaltada!

Polícia: Calma senhora, nós faremos um boletim...

No telefone ela estava fazendo cena, mas agora no “tudo real” ela não queria perder a pose...

Nadia: É senhorita! E é bom que façam isso mesmo e devolvam todos os meus móveis...

Ricardo: Calma...

Também, como não era nenhuma santinha, muito pelo contrário, começou a se aproveitar da situação...

Nadia: Vamos naquela lanchonete? Preciso beber algo...

Ricardo: Claro... Rapazes, cuidem de tudo...

Policial 1: Podexá...

Esse e único que respondeu não era bom das ideias e era levado fácil pelas mentiras dos outros...

Policial 2: Até logo madame...

(na lanchonete...)

Nadia(bebendo água com açúcar): Obrigada...

Ricardo: Então... Err...

Nadia(cruzando as pernas): Nadia...

Ricardo: Então Nadia, não se preocupe, conseguiremos achar os ladrões...

Nadia(colocando a mão no peito do policial): Eu sei... Você é copetente...

Ricardo: É, nós somos copetentes...

(fica um silêncio... Quando Ricardo olha para Nadia e fica olhando-a...)

Nadia: O que foi?

Ricardo: Nós já não nos conhecemos?

Nadia(bebendo mais água): Não, deve estar me confundindo...

Nadia: Então Ricardo... Você gostaria de sair para jantar comigo um dia desses...?

Ricardo: Claro!

Nadia: Sério?

Ricardo: Aham... Depois te dou meu telefone e marcamos... Agora vou ver como está lá na sua casa...

Nadia: Claro...

Dona Catarina, que parecia uma alma penada, aparecia de uma hora para outra, bem quando o trêlêlê de Nadia tava pegando fogo...

Catarina: Muito bem Nadia...

Nadia: Ahn? O que? Não sei do que você tá falando...

Catarina: Olha, por acaso você pratica macumba? Por quê eu quero aprender a pegar um homem desse...

Nadia: Ah, claro, não consegue por si só... E se eu praticasse macumba, você não estaria mais entre nós...

(Nadia sai andando...)

Catarina: AH! ISSO FOI UMA AMEAÇA?!

(Catarina fica falando sozinha novamente...)

(mostra-se várias cenas de Nadia saindo com Ricardo em vários restaurantes...)

E Nadia parecia viver um conto de fadas, mesmo Ricardo ainda recusando suas indiretas...

E mal sabia ela que tava ficando mais suspeita que mordomo de filme de terror...

(aparece Ricardo procurando coisas num site de busca...)

Ricardo(lendo o que escreve): Nadia Pinhe...

(Ricardo rola a página em busca de resultado...)

Ricardo: Vamos às imagens...

(Ricardo acessa as imagens de câmeras de segurança do poste na esquina da rua da casa de Nadia, e vê o momento que os assaltantes chegam com o caminhão e roubam tudo...)

Ricardo: O horário da chegada dos assaltantes é depois do horário do telefonema... Isso quer dizer que ela mentiu o tempo todo... Ela cometeu um crime contra a polícia!

(Ricardo fica pesquisando mais sobre a vida de Nadia...)

Ricardo: O primeiro falecido morreu ao cair da escada... Um senhor de 82 anos... Coitado... Outro morreu com um tiro ao reagir a um assalto no meio da noite... 51 anos... Outro invadiram sua mansão e mataram a facadas... Essa mulher é amaldiçoada ou o que?

Ricardo continua procurando mais sobre a vida de nossa heroína, enquanto ela se diverte pensando em planos para conquistar o coração do galã policial... Detalhe: ela está num apartamento que comprou há anos, é perto da casa rouba e ela deixou-o todo mobiliado caso ocorresse alguma emergência, pois bem, aqui está...

Nadia(vendo novela na televisão): Ele tá te enganando sua boba!

(ela joga uma pipoca na tela da televisão...)

Nadia: Idiota! É bom que morra!

(a campaínha toca...)

(Nadia se levanta rapidamente e um pouco assustada... E com um pouco de trauma dos assaltantes, ela pega um facão na cozinha e atende a porta: é Ricardo...)

Ricardo: Posso entrar?

Nadia(com a faca escondida nas costas): Claro...

(se virando toda hora para Ricardo não ver o facão, Nadia fica disfarçando...)

Nadia: O que foi? A gente não ia se encontrar depois?

Ricardo: Íamos...

Nadia: Por quê? Não vamos mais?

Ricardo: Não... A propósito, eu já sei de tudo...

(Nadia se assusta e aperta o facão escondido, ela respira fundo, olha para o lado e olha para Ricardo novamente...)

Mais branca do que folha sulfite no pacote, Nadia parecia que iria dessa para melhor, encontrar seu falecidos maridos...

***

Nadia estava quase fazendo sua mão sangrar de tanto que ela apertava...

Nadia: Tudo? Tudo o que?

Ricardo: Tudo que eu digo é todo o seu plano!

Nadia(apertando a faca e se aproximando de Ricardo): Plano? Que plano?

Ricardo: Mentir para a polícia! Eu vi que o assaltantes chegaram depois do seu telefonema de emergência...

Nadia: Ah tá...

(Nadia se senta na poltrona e esconde a faca na almofada...)

Ricardo: “Ah tá”? O que você fez foi um crime!

Nadia: Bom, eu podia mentir... Dizer que tinha alguém lá de verdade e depois chegaram os ladrões...

(ela se levanta, chega perto de Ricardo e põe a mão no peito do policial...)

Nadia: Mas vou falar a verdade... Foi por você...

Ricardo: Como?

Nadia: Eu me apaixonei por você e... E eu te quero!

(Nadia parte para cima e o beija, os dois caem na cama e ela começa a desabotoar sua camiseta...)

(Ricardo a empurra de cima dele e passa a mão em sua boca...)

Ricardo(se levantando): Você acha que eu viria aqui só por um telefonema falso?

(Nadia não fala nada e fica com cara de abestada olhando de cima para baixo Ricardo...)

Ricardo: Nadia!

Nadia: Ahn o que?! Não prestei atenção no que você disse... Tava vendo esse seu corpo maravilhoso... Você é um “deus grego”...

Ricardo(fechando a camiseta): Nadia!

Nadia: Ricardo!

Ricardo: Eu também sei da outra história!

Nadia: Outra história?

(Nadia fica nervosa...)

Ricardo: É! De seus falecidos maridos...

Nadia(indo para a poltrona): O que tem eles? Que Deus os tenha...

Ricardo: Afinal foi você que mandou eles com Ele...

Nadia(pegando a faca escondido...): Oi?

Ricardo: Eu sei que foi você que mandou um assassino matá-los para ficar com a herança...

Nadia(mostrando o facão): Elementar meu caro “Sherlock”... Foi um bom investigador...

(ela ficava apontando o facão como se fosse atirá-lo a qualquer momento...)

Nadia: ...Mas parece que perdeu alguns detalhes... Eu não mandei nenhum assassino de aluguel matar nenhum dos velhotes...

Ricardo: Mandou sim! Tem dedo seu nessa história!

Nadia: Mas não tem assassino nenhum! Quem matou eles fui EU! O primeiro joguei na escada e armei como se fosse acidental... Depois acabei convencendo o segundo a ir levar o lixo e ficou parecendo que ele foi assaltado e assassinado... O terceiro foi um planinho fácil...

Foi aí que o Ricardão percebeu que a viúvinha solitária era na verdade uma viúva negra!

Nadia: E eu queria que o próximo fosse você!

(ela aponta a faca para ele...)

Nadia: Sabe esse negócios de fetiches né? O primeiro era um médico dos simpáticos... O segundo era um bombeiro, que eu vi as fotos antigas e era tão musculoso... O terceiro entendia tudo de carro, foi mecânico e o quarto um ex-presidiário que fugiu comigo...

Ricardo: Eu sabia que te reconhecia! Você era a bandida que fugiu anos atrás...

Nadia: Sim! E para você ver, consegui ficar em Petrópolis sem ser presa... Hahaha...

Ricardo: Até agora...

Nadia: E quem vai me prender? Você e mais quem?

(Nadia arma a faca contra Ricardo...)

Ricardo: Eu e a minha arma...

(Ricardo tira uma pistola da calça...)

(os dois se encaram...)

Foi aí que rolou aquele clima bang bang dos filmes de cowboys, os dois se entre olharam e Nadia nem esperou contar até três, foi logo atacando...

(Nadia se joga em cima de Ricardo e corta seu braço, que solta a arma, ela chuta a pistola para de baixo do sofá e esfaqueia o estômago do policial, que cai no chão, ferido...)

Ricardo: Não adianta, tem viaturas lá em baixo, se eu não descer em cinco minutos, eles sobem...

Nadia: O que?

(Nadia olha pela janela e várias viaturas estavam lá em baixo..)

Nadia: Adeus...

(Nadia joga a faca no sofá, pega uma peruca loira e sai do apartamento, entra no elevador, disfarçadamente e quando sai, vê as viaturas, com vários policiais...)

Nadia: Vamos lá...

Nadia sai do prédio e tenta passar pelos policiais... E parece estar dando certo!

...Até que sua vaca vai pro brejo quando Ricardo reúne forças, se arrasta pelo apartamento e grita da janela:

Ricardo: Pessoal! É ela!

Nadia(correndo, tirando a peruca e jogando-a no chão): Droga!

(Nadia até que consegue correr até um certo ponto, quando um dos policiais atira uma arma de choque nela, que cai desmaiada...)

Dona Catarina, que como eu disse era como uma alma penada, apareceu para ver as últimas notícias e espalhar de casa em casa...

Catarina: MEU DEUS DO CÉU! Nadia tá sendo presa... Sempre desconfiei... Ei, você sabe o que aconteceu?

Homem: N...

Catarina: Aposto que é coisa ruim... EU PODIA TER MORRIDO!

E aproveitou a situação...

(Catarina se agarra no homem...)

(Nadia acorda, e está detida dentro de uma das celas de uma cadeia... Para sua sorte, na ala das mulheres não tem nenhuma, só ela, solitária...)

Nadia: Aonde eu tô...?

Ricardo: Aonde você deveria estar há anos...

(Ricardo estava com gazes tampando os ferimentos que Nadia provocou nele...)

Nadia: Eu quero meu advogado!

Ricardo: Se você tivesse com o que pagar... Descobrimos seus golpes e todo o seu dinheiro foi... Digamos assim, “desvalorizado” para você...

Nadia(se agarrando na cela): Me tira daqui...

Ricardo: Agora vou indo... Cuida de tudo Jefferson...

Jefferson era aquela policial com cara de malandro que estava junto com o policial bobão e com Ricardo no dia que os assaltantes levaram tudo...

(Ricardo sai...)

Jefferson: Ôôô Tadeu...

Tadeu era o policial bobão que se deixava levar... E Jefferson explicou que iria na lanchonete, olhou mais uma vez para Nadia e saiu...

E foi aí de novo que bateu em Nadia um espiríto de vilão de novela das nove que consegue pensar num plano para escapar de quando tá na pior justamente no penúltimo capítulo...

Nadia(com a perna enroscada na grade da cela): Tatázinho...

(Tadeu finge que não escuta...)

Nadia: Tadeu...

Tadeu: O que foi?

Nadia(passando a língua nos dentes): Vem aqui vem...

Num despertar de excitação, Tadeu viu que ali tava tendo um massacre ecológico num zoológico: uma periguita pegando fogo e Nadia querendo afogar o ganso! Ou a serpente...

Tadeu(se levantando): F-Fazer o que?

Nadia: Por quê não vem descobrir?

(aparece Nadia andando na rua girando uma algema, com outro vestido, cheio de bolinhas e uma peruca loira...)

E o pior é que Tadeu foi descobrir, e acabou é descobrindo que ficar preso numa cela não é bom...

(Nadia para na esquina com um homem de barba falsa e peruca loira...)

Nadia: Tá preso na gaiola Jefferson...

Jefferson: Ótimo... Você tá ficando experiente em sair de prisão...

Nadia: Eu sou experiente em muita coisa...

Jefferson: Tanto que não me coloque na coleção dos falecidos maridos...

Nadia: Você não é meu marido... Nem rico... É meu passatempo...

(Nadia e Jefferson entram num carrão...)

Assim nossa heroína de hoje, que tá mais para vilã esperta que se safa no final, conseguiu seu “feliz pra sempre” ao lado de seu “passatempo”, como ela mesma diz... Depois, Jefferson acabou dando um sumiço em Tadeu e inventou uma história dizendo que Nadia o sequestrou e ele apareceu morto “misteriosamente”... Nossa heroína resolveu ficar um tempo sem marido e casar-se com a viúvez, mas sempre acaba traindo a viúvez quando se aventura com um dos seus passatempos...



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Notas finais do capítulo

No próximo episódio:
Entre o paraíso e belezas naturais do Maranhão, você vai conhecer a história de Rita, uma mulher que teria tudo para ser feliz, se não fosse Jonas, um homem rude e mal educado que se diz apaixonado por ela... E de tão apaixonado, forçou a linda Rita a se casar com ele! E o tratamento depois do casamento forçado não é um dos melhores, como por exemplo, surras por ciúmes... E o pior é que ela não pode nem denunciar para a polícia, pois Jonas tem capangas lá dentro e outros homens só para seguí-la o dia inteiro! Esse é o drama vivido por Rita, "A Forçada Do Maranhão".



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