Meu pai chegou por volta das 6:30 da tarde, fui até a sala e resolvi enfrentar a fera:

-Pai, quero falar com você. – falei um pouco nervosa

-Diga filha. – ele respondeu

-Bom... É que... – comecei a gaguejar, mas minha mãe chegou bem na hora e cochichou no meu ouvido:

-Calma Gabi. Eu estou aqui com você. – eu apenas assenti e comecei a falar.

-Pai, é que eu estou namorando um menino, ele mora aqui no apartamento vizinho e ele vem aqui hoje para você conhecê-lo. – falei tudo de uma só vez, para não amarelar depois.

Meu pai me olhou, e apenas balançou a cabeça e só depois me respondeu:

-Eu estarei aqui esperando. Que horas ele vem? – ele perguntou

-Eu vou ligar para ele vir. – falei dando um sorriso enorme

-Parece que foi ontem que eu vi essa menina dar a sua primeira palavra, dar seus primeiros passos. Olha hoje, já está no terminando o ensino médio, arrumou um namorado... É parece que a nossa filha realmente cresceu. – meu pai falou isso pra minha mãe e demos um abraço coletivo e bem apertado.

-Tá bom! Chega de melosidade! – falei e todos nós rimos. – Vou lá no quarto, ligar pra ele.

Liguei para ele, que ficou muito nervoso, percebi porque ele não parava de gaguejar. Era engraçado ver o Nathan daquele jeito. Eu podia escutar as risadas e os gritinhos dos meninos ao fundo, o que deixava aquela situação ainda mais constrangedora para o Nathan e ainda mais engraçada pra mim. Desliguei o celular e fui para a cozinha e minha mãe estava preparando o jantar:

-Vai fazer o quê pra hoje mãe? – perguntei

-De entrada uma Salada Ceasar, o prato principal é Salmão com molho de alcaparras e a sobremesa e Sorvete de morando com calda de chocolate. Será que ele vai gostar? – minha mãe perguntou indecisa

-Claro que vai! Pelo menos eu acho tudo isso uma delícia. – falei surpreendida com o prato que minha mãe tava preparando.

-Obrigada filha. – minha mãe respondeu com um sorriso enorme. – Ele vem que horas?

-Daqui uma hora mais ou menos. – falei

-Hum...dá tempo de preparar tudo. – ela respondeu

Ficamos conversando na cozinha, depois o meu pai chegou e me perguntou:

-Qual é o nome desse rapaz?

-Nathan Sykes. – respondi

-Pelo nome, parece ser de boa família. – ele falou

-Ele é uma ótima pessoa. – falei suspirando e deixando escapar um sorriso bobo.

Meu pai só ficava observando e minha mãe só ria da minha cara. Toda vez que eu falava do Nathan, eu ficava daquele jeito e isso era muito engraçado.

1 hora depois...

Estávamos todos na sala aguardando Nathan e eu já estava apreensiva com a demora dele, até que a campainha toca. Fui atender e o Nathan deu um sorriso de lado, ele não me beijou, porque seria falta de respeito com meus pais. Eu sentei num sofá ao lado do Nathan, que segurava muito forte a minha mão, e ficamos de frente para o sofá dos meus pais.

-Então... – Nathan começou a falar.

Continua...