A medida que Danna falava Arthur ficava cada fez mais irritado e angustiado, Rick senti-a orgulhoso de Danna, “ Poxa... Como minha pequena cresceu... ”  esse era o pensamento de Rick... Como Rick estava feliz... Feliz por estar de volta a sua cidade natal, por ver que Danna era novamente sua, por saber que ela ainda o ama perdidamente assim como o amava no passado.

- Danna pense bem... Ele a deixou... – Arthur tentava de todas as formas argumentar, mas era em vão... Tão em vão quanto tentar misturar água e óleo.

- Chega Arthur... – Rick o interrompeu, fuzilando-o com o olhar. – Deixe Danna em paz.  Se ela disse que não quer não tente forçá-la.

- Arthur você não presta... Sei que armou tudo... Sei que você me separou do Rick, sei que foi você junto com minha mãe que inventaram a história de Rick ter morrido... – O tom doce e meigo de Danna dava lugar a um tom amargo, frio e por hora intimidador.

- Danna... Escute-me, eu fiz o que fiz por que lhe amo... Amo muito e estiou arrependido de ter terminado com você... E-eu a quero de volta – A voz de Arthur falhava com o aumento de sua angustia.

- Arthur... E-eu, eu, eu ti ODEIO – Disse ela por fim virando-se para Rick. – V-vamos embora R-Rick e-eu não me sinto bem ficando aqui

- Danna, como pode ser tão fria? Eu cuidei de você todos esses anos, não se lembra de quanto nos conhecemos?. – As memórias de Arthur levaram-no para longe, anos antes de Rick e Danna passarem a namora, anos antes da morte do pai de Danna, anos antes do telefonema que seria o fim.

Danna andava pelas ruas em uma noite escura com seu vestido longo preto de alças , o céu delatava que iria chover, em meio as nuvens escuras havia um espaço que mostrava a lua cheia.

- Não quero voltar agora – Resmungou Danna para si mesma. -  Eles não precisam mais de mim mesmo.

A poucas quadras da onde Danna estava, Arthur caminhava absorto em seus pensamentos, não via a hora de chegar em casa, falar com seus pais, estava feliz em saber que havia finalmente conseguido retornar. Um tempo se passou e os dois se encontram esbarrando um no outro.

- De...Deculpe-me – Danna assustou-se ficando desequilibrada, nunca se sentiu tão imprestável quanto naquele momento.

- Não... Desculpe-me você. – Arthur sorrio ajudando-a a se levantar – Eu ti conheço?

- Talvez. – Ela observa Arthur com seu traje do colégio interno “FLYE” um traje social azul marinho.

- Meu nome é Arthur e o seu? – Disse ele observando-a.

- D-Danna. – Ela sorrio corada.

- Lindo nome – Ele retribuiu o sorriso.

- Onde mora? –Danna perguntou despreocupadamente.

- Moro a duas quadras do parque Hope, na rua fraternidade, conhece?

- Eu moro na rua de Traz.-A jovem Sorrio carinhosamente.

No presente enquanto Arthur lembrava de cada momento feliz que esteve ao lado de Danna e mergulhava na solidão, Danna e Rick de afastavam deixando-o só. As lagrimas correm pelo rosto do jovem em cólera, o ódio de Danna era inexistente, porem Rick não tinha a mesma sorte.

Nos separamos por um erro

O fim do jogo não era para ser assim

Infinitas falhas não planejadas

Nos guiaram até aqui.

Juntos somos a matéria

O elemento sem controle

Separados somos amantes

Sem sonhos irradiantes

Pode entender a minha dor?

Seria capas de medir meu amor?

Do que adiantou me sacrificar?

Se hoje outro toma meu lugar.

Eu tentei de tudo

Para junto a ti ficar

Mas tudo a nossa volta

Pareceu conspirar

Perdoe-me ser assim

As falhas todas pertencem a mim

Você foi meu sonho de verão

O anjo mais perfeito de minha imaginação.

Pode entender a minha dor?

Seria capas de medir meu amor?

Do que adiantou me sacrificar?

Se hoje outro toma meu lugar.

A quero comigo para sempre

Um sempre sem fim.

Um sempre onde seremos,

Para sempre Você e eu.