Fallen Angels escrita por Lívia Nunes


Capítulo 33
O Princípio do Fim


Notas iniciais do capítulo

Olá, alguém ai? Bem espero que sim, pois, apesar do tempo que passou tem um capítulo quentinho pra vocês aqui heueheu
Bem, não tenho nem o que falar né, demorei pra caramba pra postar - quase 3 meses :C -, mas ultimamente ando passando por muita coisa e fica meio difícil a inspiração aparecer, ainda mais um capítulo tão intenso quanto esse. Bem, vocês saberão o porquê, infelizmente :C quando terminei de revisá-lo tudo o que pensei foi: "Oh shit, POR QUE DIABOS EU ESCREVI ISSO?", mas foi algo necessário para a história e para o desfecho dela. Bem, sem mais delongas vamos ao que interessa!
O.B.S.: não deixem de ouvir as músicas que serão mostradas no decorrer do capítulo, ajudam a dar aquele "clima". É só clicar no link, sem problemas. Ok?! E se quiserem, claro, lerem as respectivas traduções, ficaria feliz HEUHEUEH resolvi escolher músicas que realmente transparecessem os sentimentos dos personagens, então, almost lover será os sentimentos de Claire e come back when you can seria de Trish, belezinha? Pfvr, só não entendam tãão literalmente, hein? É só para dar uma figurada, como sempre, tem parte das músicas que não tem tando a ver assim, mas acredito que vocês saberão diferenciar. Tá livia, cala a boca agora blz.
Tradução de Almost Lover - Claire: http://letras.mus.br/a-fine-frenzy/1061628/traducao.html
Tradução de Come Back When You Can - Trish: http://letras.mus.br/barcelona/1514665/traducao.html



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Dias, semanas talvez. Eu não contava mais o tempo que parecia se arrastar em minha direção. Eu me sentia vazia, como se as palavras que pareciam, agora, tão antigas e sem significado queimavam em minha mente: “você irá afastá-lo ou iremos matá-lo. Sua escolha.

Eu estava sem chão. Meu chão. Trish.

Os últimos dias tinham sido monótonos e sem vida nos momentos em que eu não via Trish. Eu estava evitando-o o máximo que eu conseguia, o máximo que eu me permitia, mas a cada hora que eu passava longe de sua presença mais eu me convencia de que isso era uma tarefa um tanto quanto impossível. Eu o queria ao meu lado, era pedir de mais? Logo agora em que nós estávamos nos entendendo tão bem... O fato de os séculos terem se passado e nossas almas sempre terem permanecido longe uma da outra, separadas, me trazia algum tipo de entendimento agora. E não era algo o qual deixava as coisas mais fáceis para lidar.

Trish parecia mais pensativo a cada passo forçado para trás que eu dava em nossa difícil relação. Provavelmente coisas nada agradáveis habitavam sua mente e eu realmente não queria saber do que elas tratavam, na verdade eu meio que já sabia, infelizmente. Ele achava que eu não o queria mais por perto. Minhas desculpas eram sempre as mesmas: “tenho dever de casa”, “preciso estudar para as provas”, “preciso gravar as falas do teatro”, “tenho ensaio com os Fellcats”. Nada era novo, as coisas pareciam piorar e eu precisava dar um fim a isso. Agora, imediatamente. Mas antes precisava de conselhos de uma pessoa, meu porto-seguro, conhecida também como Jenna McKinley.

Levanto-me do sofá da Bay Window de meu quarto e me jogo em cima da cama de bruço, estendendo o braço para pegar o celular na cabeceira da cama. Procuro o nome de Jen na agenda e aperto “Ligar” enquanto fitava a careta envolta da cabeleira loira desarrumada de Jen na foto do discador. Sorrio e coloco o celular na orelha.

Sério que você está me ligando às oito da manhã de um sábado? Vá se f... — Jen resmunga do outro lado do telefone com a voz rouca de sono, provavelmente eu havia a acordado.

— Bom dia para você também, Jen. — Interrompo-a com um sorriso na frase.

Ouço Jen soltar um xingamento incompreensível e um barulho, como se ela estivesse acabado de abrir uma porta. Uma torneira é ligada antes de ela responder.

Se você soubesse o quanto eu te odeio nesse momento não estaria tão bem-humorada assim.

Bem-humorada. Isso parece até piada. Ironizo.

Tusso falsamente para me livrar do nó na garganta que se instala no mesmo instante.

— E ai, Starbucks daqui a trinta minutos? — Pergunto, enrolando a ponta do travesseiro. — Te pago um Cappuccino.

No mesmo instante sinto a energia da ligação mudar e subitamente Jen se anima.

É o mínimo que você pode fazer por ter me acordado tão cedo em um sábado, SÁBADO, CLAIRE. — Ela grita no final da frase, me fazendo dar uma gargalhada. — Mas tudo bem, eu vou com você. Me pegue aqui daqui a trinta minutos, não se atrase ou caso contrário acabarei dormindo.

O tom de ameaça no final da frase antes de Jen desligar me faz rir mais ainda, mas no momento em que tiro o celular da orelha e me olho no reflexo do espelho em minha frente e lembro-me do porquê do encontro com Jen, entro em um colapso emotivo.

*********************

Depois do choro imediato e estranho, me arrumei rapidamente. Optei por um casaco do time do colégio e um short jeans, o dia não estava frio como de costume e eu agradeci mentalmente isso. Meu cabelo estava mais armado que o normal, tentei prendê-lo, mas ele pareceu pior ainda, então o deixei solto e sem graça como sempre. Bem, minha cara estava um desastre completo: bolsas de olheiras embaixo de meus olhos mostravam minhas infelizes tentativas de dormir bem nas últimas noites, por isso passei o delineador e coloquei um óculos para tentar amenizar o estrago.

Bem, eu estava melhor do que quando acordei.

Com esse pensamento em mente segui até a casa de Jenna, chegando lá às nove da manhã.

Estaciono no meio fio e buzino, encostando a testa no volante e fechando os olhos. Respiro fundo e sinto um aperto no estômago diferente, não me agradava nem um pouco.

Começo a escutar a música que saia das caixas de som embutidas nas portas do carro e me arrependo.

Goodbye, my almost lover

Goodbye, my hopeless dream

I'm trying not to think about you

Can't you just let me be?

So long, my luckless romance

My back is turned on you

Should I known you'd bring me heartache?

Almost lovers always do

Tradução

Adeus, meu quase amante

Adeus, meu sonho sem esperança

Estou tentando não pensar em você

Você não pode apenas me deixar?

Até logo, meu romance sem sorte

Virei minhas costas pra você

Eu deveria saber que você me traria dor?

Quase amantes sempre trazem

Argh. Sério?

[ N/A: A Fine Frenzy – Almost Lover]

Aperto bruscamente o botão no sistema de som e desligo-o. Não precisava de músicas românticas nesse momento.

Vejo Jen correr através do gramado e escancarar a porta do carona, deixando uma lufada de vento quente entrar no carro.

— Eu disse para você estar aqui em 30 minutos, e não em uma hora. — Ela resmunga, olhando em minha direção.

— Ah, cale a boca, Jenna. Você sempre me faz esperar séculos aqui no carro, apenas te dei o tempo que precisa para se arrumar. — Olho-a de soslaio.

— Ok, dessa vez você ganhou. — Ela levanta os dois braços em sinal de rendição. Sorrio, vitoriosa. Jenna McKinley assumir que outro indivíduo tinha a razão era uma coisa rara e devia ser apreciada quando ocorria.

Seguimos em direção ao centro de Fell County enquanto falávamos de bobagens e amenidades. Paro no estacionamento da cafeteria e saímos do carro, andando lado a lado.

Assim que sentamos na mesa da varanda do Starbucks, uma garçonete com muito lápis de olho nos olhos vem nos atender com uma expressão de desprezo.

— O que vocês vão querer? — Ela diz rudemente, fingindo tirar uma sujeira inexistente de suas unhas pintadas de preto e roídas. Engulo a seco antes mesmo de olhar para Jen e saber exatamente sua reação diante daquilo.

— Acho que o Starbucks está precisando revisar seus funcionários. — Ela ataca, simplesmente. — Eu vou querer um cappuccino de chocolate e um muffin de baunilha.

Jenna sorri calorosamente para a garçonete que ainda estava em choque com o primeiro comentário. Jenna agia como se ele nunca tivesse existido. Eu olhava da garçonete para ela sem entender direito ainda o que havia acontecido.

Balanço a cabeça mentalmente antes de fazer o pedido.

— Café duplo e três donuts com recheio de creme, obrigada. — Digo educadamente, tentando consertar o estrago de Jenna.

A garçonete de unhas roídas olha com desdém para Jenna antes de se voltar para o balcão a fim de preparar os pedidos.

Assim que ela sai volto meu olhar para Jen, que havia sacado uma lixa de unhas da bolsa e as usava, como se precisasse melhorar suas unhas perfeitas.

— O que foi? — Jenna arregala os olhos inocentemente quando percebe que a estou encarando.

Balanço a cabeça negativamente com um sorriso na ponta dos lábios.

— Nunca irei me acostumar com a tenacidade de Jenna McKinley.

— E é melhor mesmo, ela nunca vai mudar. — Jen responde, balançando a cabeleira loira, me fazendo rir.

Ficamos mais alguns minutos conversando sobre as estaduais que se aproximavam quando, de repente, Jenna resolve ser Jenna:

— Percebi pela sua voz quando você me ligou essa manhã que não estava bem, e isso só me confirmou ao ver sua cara quando entrei no carro. Não é por nada, Clai, mas seus óculos não estão ajudando muita coisa. — Ela dispara, me pegando de guarda baixa.

— Ah, hm, é, não é nada. — Digo, ajeitando os óculos em meu nariz mesmo que eles não tivessem caindo. Olho em sua direção e uma sobrancelha perfeitamente feita estava arqueada, como se a minha resposta não a tivesse convencido. Novidade. — Digo, não quero estragar nossa manhã com problemas idiotas.

— Sério, Claire Stephanie Blanc? Depois de todos esses anos você vem e me joga uma merda dessa? Por favor, você não deveria se quer hesitar em me falar qualquer coisa. Que se dane a nossa manhã!

Suspiro, Jenna estava com a razão. Como sempre.

— Tudo bem, tudo bem. É só que... Aconteceram umas coisas que não podem ser explicadas em uma cafeteria e...

— Coisas de Anjo? — Ela pergunta, se inclinando sobre a mesa.

— Sim. E... Eu preciso me distanciar de Trish. — Respondo, olhando para as minhas mãos entrelaçadas em meu colo. Sinto um calor em meu peito ao dizer o nome de Trish e isso me faz esquecer as coisas por alguns segundos.

— Como assim? Você não gosta dele mais? Isso é impossível.

— Eu sei que é, porque não é bem isso. Você realmente acha que eu iria querer me distanciar da única pessoa que já me fez sentir o que eu sinto por ele? Como você disse, coisas de Anjo. — Respondo o mais diretamente possível, como se minha mente me impedisse de aprofundar em um assunto que não me era nada confortável, como autodefesa.

A garçonete nos traz nosso pedido e a conversa é interrompida, por hora.

**************************

Depois de nossa curta conversa sobre o que eu faria a seguir, Jenna parecia o mais quieta que lhes era possível. O que significava que seus pensamentos estavam turbulentos.

Eu já não podia dizer o mesmo.

Minha mente estava... Parcialmente vazia. O mais vazia que uma mente poderia estar, que a minha mente poderia estar. Eu simplesmente sabia o que deveria fazer, mas não era algo que eu queria fazer. Era um grande dilema em minha cabeça. Um dilema vazio.

Assim que entramos no carro, Jen se volta para mim com lágrimas nos olhos.

— Jen, o que...

— Não, não, Claire. Você sempre foi tão forte comigo, sempre quando eu caia você estava ali como um muro inquebrável. Eu simplesmente não consigo imaginar o que você deve estar passando nesse momento, não sei o que eu seria se estivesse na sua situação. Eu quero ser um muro para você também, Clai. E você sempre foi tão boa comigo e com Matt que tenho certeza de que fará as melhores escolhas que lhe é possível, você sempre as faz com certeza e eu confio em você mais que tudo, nunca se esqueça disso. Eu te amo, Claire, te amo tanto... — A voz de Jenna foi falhando até que ela não conseguia falar mais nada e apenas me abraçou, chorando em meu ombro.

Eu sentia uma enchente crescendo rapidamente dentro de mim, e sabia que quando a barreira contra isso não pudesse mais impedir de a enchente devastar tudo, seria impossível contê-la. Não poderia desabar agora com Jenna, ela ficaria desesperada, mais do que já está. Então apenas a abracei forte e enterrei o rosto em seu cabelo, respirando fundo e lutando contra as lágrimas que insistiam em alagar meus olhos.

Ela se afasta de mim para poder me olhar e vejo que suas bochechas estão coradas e seus olhos tão vermelhos e cheios de lágrimas que me assustei; nunca tinha visto Jen chorar a esse ponto. Sentia-me lisonjeada que meu sofrimento silencioso pudesse a afetar tanto.

— Clai, você não precisa ser forte o tempo todo. Eu estou aqui por você, confio em você. Apenas faça o que precisa ser feito e depois me encontre lá em casa, estarei te esperando. — Ela diz contra as lágrimas e me abraça mais uma vez antes de sair do carro e acenar quando chega a calçada. Ela começa a andar de volta para a casa.

Ela sabia o que eu deveria fazer agora, e, infelizmente, eu também sabia.

***************************

Apenas me concentrei na mente de Trish e consegui achar o caminho que me levava a ele. Uma pequena parte de mim contava com que eu não conseguisse acha-lo e assim teria mais tempo para me preparar para o inevitável. Essa pequena parte de mim morreu no instante em que eu cheguei ao lugar em que, supostamente, seria o lugar em que Trish estaria.

[N/A: Barcelona – Come Back When You Can]

Saio do carro e fito a paisagem diante de mim: grandes pinheiros que pareciam alcançar as nuvens, grama verde e recém-cortada, uma cabana de madeira no meio do pequeno lote com os pinheiros altos em volta. Ela tinha aparência agradável; a aparência que uma cabana que poderia abrigar um casal de idosos gentis deveria ter. Janelas quadradas e grandes com cortinas vermelhas e grandes do lado de dentro, pelo o que pude ver. Uma escada de três degraus no centro da varanda que levava a uma porta de um tom mais escuro de madeira que o resto da cabana...

Minha análise é interrompida quando vejo a silhueta de Trish afastar a cortina vermelha para olhar quem havia chegado. Sinto sua presença. Meu corpo inteiro sente sua presença e é quase impossível resistir ao magnetismo que ele causava em mim.

Fecho os olhos e tento controlar meu corpo, cerrando meus punhos. Abro os olhos e ando vagarosamente até a entrada, subindo os degraus rapidamente e antes de chegar à porta Trish já me esperava com ela aberta.

Seus olhos me avaliavam, como se procurasse algo nos meus que denunciasse minha vinda até aqui. Ele não parecia ter achado uma resposta.

Com a força que vinha contendo durante o caminho inteiro, ergo um bloqueio mental para que Trish não pudesse entrar em meus pensamentos, se ele o fizesse ele descobriria o porquê de eu estar aqui e nada disso daria certo; ele veria o quanto eu não queria estar fazendo isso.

— Por que eu não consigo...? — Ele pergunta como se o tivesse fazendo para si mesmo, como se sentisse impotente.

— Como você não consegue entrar em meus pensamentos? Bem, acho que essa conversa pode ser feita sem truques. — Digo com a voz embasbacada, o nó na garganta já se fazendo presente.

A postura de Trish muda com minhas palavras e ele fica na defensiva.

— O que está acontecendo, Claire?

— Trish, por favor, entenda... Nós... Nós não podemos mais fazer isso. E-eu não posso fazer isso. — Digo, olhando no fundo de seus olhos azuis e vendo toda a profundidade deles... Eu só queria me afogar ali, neles. Era o meu lugar.

— Do que você está falando, Claire? — Ele perguntou, começando a soar um tanto quanto desesperado. Ele tentou dar um passo em minha direção, mas eu dei um para trás e acabei ficando sem saída; a coluna de madeira que sustentava a varanda em minhas costas e Trish em minha frente.

— Você sabe do que estou falando. Por favor, por favor, não faça disso mais difícil do que já é. — Imploro, acabando falando algo que não estava nos planos. Fecho os olhos e quando os abro Trish estava mais perto do que deveria.

— Claire? Não, não, isso não é certo. Você está falando coisas que realmente não quer dizer. O que aconteceu? Fale comigo! — Ele grita, segurando meus dois ombros com as mãos.

As lágrimas começavam a rolar por minhas bochechas e era a única coisa que eu poderia fazer honestamente nesse momento.

— Trish, por favor, por favor...

Eu só conseguia implorar. Só conseguia implorar por palavras que nunca viriam. Como se quer eu pude ter pensado que eu seria capaz de fazer isso? Eu deveria saber, deveria saber que nada disso daria certo. Nunca dá.

— Sim, Claire, por favor! Está acontecendo alguma coisa, eu sei que está e não deixarei você fazer isso sem uma explicação!

Tento engolir as lágrimas para poder falar com clareza. Eu parecia estar entrando em um colapso emotivo intenso, centenas de vezes pior comparado com o que tive em casa antes de sair.

Eu precisava, precisava mentir, precisava convencer Trish de que isso era a coisa certa a se fazer...

— Eu não o amo mais, Trish. — Sussurro sem pensar, minha voz fraquejando ao pronunciar cada palavra.

No momento em que minhas palavras, fracas, o acertam, ele larga meus ombros e dá um passo para trás como se eu tivesse fincado uma faca em seu peito. Ele cambaleia passos para trás e encosta as costas na parede da cabana e começa a deslizar de encontro ao chão. Eu não consigo, simplesmente não consigo vê-lo nessa situação. Por culpa minha.

Seus olhos estavam vazios quando se voltaram para mim.

Corro em sua direção e me jogo no chão a sua frente, segurando suas mãos em meu rosto e chorando como nunca chorei na vida.

— Trish, por favor... Entenda...

— Entender? Entender o fato de que você não me ama mais? O que aconteceu? — Ele sussurra fracamente, os olhos ainda vazios como nunca vi.

Ele solta suas mãos das minhas e se levanta do chão, me deixando sozinha ali. Caída, chorando. Deus, eu não consigo.

— Trish, coisas aconteceram, coisas necessárias, por favor, eu preciso que você me entenda. É necessário. — Eu não conseguia formular uma frase coerente e isso foi o melhor que consegui dizer.

Ele parecia intocável, como se não respirasse ou ao menos piscasse.

Ele se agacha e agarra meus ombros novamente, me fazendo bater com as costas na parede de madeira quando ele me obriga a olhar dentro de seus olhos. Agora não estavam tão mais vazios, havia raiva e... Paixão.

— Infelizmente isso não me faz te amar menos, Claire. Você consegue entender a profundidade disso? Isso tudo está certo para você? Porque eu vejo em seus olhos, Claire... — Ele sussurra e sinto calafrios na espinha, o rosto a poucos centímetros do meu.

— Nada está certo aqui, Trish... Por isso eu preciso disso. — Sussurro de volta, quase com palavras sem vida.

Suas mãos trilham um caminho quente para o meu pescoço e param por alguns instantes ali, voltando para meus ombros e descendo até a cintura, como se estivesse memorizando o caminho de meu corpo. Cerro os punhos novamente e mantenho as mãos ao lado do corpo.

Meus lábios estavam entreabertos e meu hálito misturava-se com o hálito de Trish, tudo tão perto... Mas eu havia vindo até ali, não poderia desistir de tudo agora. Não quando tudo já havia caído abismo abaixo.

Toco com a ponta dos dedos o rosto de Trish e sinto seu corpo retesar ao meu toque, ele fecha os olhos.

— Desculpa.

Antes que seus olhos pudessem abrir novamente e sua mente entendesse o que havia acabado de acontecer ali, me esquivo do corpo de Trish e levanto, correndo da cabana, correndo de Trish e perdendo uma parte de mim mesma a cada passo que ficava mais distante de Trish. De mim.


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Notas finais do capítulo

E AI, MEREÇO REVIEWS? Cês perceberam que estou animada né? Então bora pros reviews povo. Não esqueçam de comentar o que acharam dessa coisa com a música, eu achei bem legal até HEUHEUHEA beijinhos ♥



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