Everytime I Look For You escrita por LunacyFringe


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Nem demorei viu *-*
Boa leitura (:



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Frank POV

As aulas acabaram rápido e nós caminhávamos para casa em passos lentos. Mikey conversava com Ray sobre o dia dele e Ray se divertia com o jeito afobado do Mikey. Gerard chutava uma tampinha de garrafa e eu tinha as mãos enterradas no bolso do casaco e o capuz na cabeça.
– E então ela disse que o Batman era sem graça porque ele não tinha poderes, e eu disse que ele era espetacular por isso, ele não tem poderes e mesmo assim salva a cidade dos crimes, ele se arrisca pelo bem de todos. Aí ela disse que os vilões do Batman eram mais legais que ele. – Mikey falava rápido e gesticulava.
– E eles são. – Ray disse.
– Eu sei. – Mikey abaixou a cabeça.
– Frank, você tá bem? – Ray perguntou.
– Hum? Ah, sim. Estou bem. – Sorri fraco.
– Amanhã tem prova né? – Perguntou.
– Oh, amanhã tem prova?! – Gerard parou de chutar a tampinha e nos olhou. – De quê?
– Física. – Falei e dei os ombros. – Mas a matéria é fácil.
– Desde quando física é fácil?! – Gerard disse desesperado. – Física é uma matéria criada por pessoas que gostam de fuder com as outras só porque são mais inteligentes. Física não é de Deus.
– Nossa Gerard, que drama. – Revirei os olhos. – O Ray também sabe a matéria, estuda com ele hoje.
– Vish, desculpa aí Gee, mas hoje eu não posso. – Ray disse. – Eu tenho Karatê hoje.
– Você faz Karatê cara? – Gee o olhou surpreso.
– Aham, quer que eu te mostre? – O cabeludo sorriu maligno.
– Não, não, obrigado. – Gerard sorriu amarelo.
– Ué... O Frank pode te ajudar, mano. – Mikey sorriu para nós.
– Ah Mikey, pensei que fossemos amigos! – Falei sério.
– Mas eu sou seu amigo! – Mikey soou desesperado.
– Não dá bola pra ele Mikey, o Frank tem problemas para se relacionar com as pessoas. – Ray disse. – Eu acho que você devia ajudar o Gee, assim vocês ficam mais amigos. – Ele sorriu.
– Ah Frankie, me ajuda. – Gerard sorriu.
– Não, e tchau pra vocês. – Falei atravessando a rua e pegando as minhas chaves na mochila.
Entrei em casa e, como sempre, ela estava vazia. Joguei minha mochila no sofá e fui em direção à cozinha, procurando algo comestível. Achei lasanha congelada e vibrei de alegria, pensei que não teria nada pra comer, mas minha mãe linda fez compras ontem.
Eu almocei, depois dormi, vi um DVD do Green Day, pulei, cantei e cai do sofá, tudo isso até as 15hrs, quando algum estraga prazeres tocou a campainha. Eu odeio visitas!
– Eu espero que seja importante. – Caminhei bufando até a porta e a abri.
– Oi Frankie! Eu trouxe salgadinhos, Coca-Cola, uns livros de física e chiclete. – Tirou um pacotinho do bolso. – Quer?
– Gerard... – Coloquei a mão do rosto. – Eu disse que não!
– Frankie, se você não me ajudar eu vou rodar! E eu não posso reprovar de novo... – Fez biquinho. O encarei sério.
Ele acha mesmo que eu vou ajudar ele só por causa desse biquinho ridículo?
– Fran... – Piscou os olhos seguidamente. Ele sempre faz isso! – Por favorzinho...
Argh.
– Entre Gerard! – Revirei os olhos. Ele sorriu exagerado e entrou.
Olhou em volta, ainda sorrindo, e largou as coisas em cima da mesa. Virou de frente pra mim e me olhou, balançando os braços.
– Então... – Falou.
– O que? – Perguntei pegando minha mochila jogada no sofá.
– O que vamos fazer primeiro? – Perguntou.
– Como assim primeiro? Eu vou te ensinar a matéria e depois você vai embora. – Falei indo para a cozinha.
– Nossa, trouxe meu pijama pra nada... – Falou baixo.
– Você achou que fosse dormir aqui? – Ri sarcástico. – Ninguém entra na minha casa, muito menos dorme.
– Nossa, Frank... Okay me desculpe. – Abaixou a cabeça.
– Ah, bom... Err... – Cocei a cabeça. – Senta ai, vamos começar. – Falei virando de costas para ele, pegando dois copos no armário. – Desculpa aí tá? Eu... Ainda estou estressado pelo que -.
– Tudo bem Frank. – Virei para ele e ele sorria. – Eu entendo que você esteja triste. Quer um chiclete?
– Eu não quero chiclete. – Sentei à mesa o olhando sério. Suspirei. – A matéria é simples, Gerard.




Acho que fazia umas duas horas que eu estava tentando explicar a matéria para o Gerard. A mula não entendia uma palavra que eu dizia e não sabia aplicar as fórmulas, mas fazia os cálculos de cabeça em segundos. Ô pessoa estranha esse Gerard!
– Frank, fala inglês, por favor? Porque em hebraico não tá funcionando pra mim. – Me olhou sério.
– Eu vou falar em burrês, quem sabe assim você entende? – Sorri falso pra ele, que fez cara de cu.
– Como você é engraçadinho, criança. – Falou sarcástico.
– Hey, eu não sou criança! – Protestei. – Eu só tenho ossos pequenos.
– Criança. – Falou sorrindo de lado.
– Vou te bater. – Fechei o punho.
– Uuui. – Fez como se fosse me morder, e eu me esquivei. Gerard riu loucamente.
– Depois eu que sou gay. – Revirei os olhos, indo para longe ele.
– MERDA DE VIDA. – Ouvimos uma pessoa falar da sala.
– Pai? – Perguntei receoso.
– Argh, eu não consigo achar uma merda de emprego nessa cidade, e sabe que o que vai acontecer?! Sua mãe vai pagar as merdas das contas de novo! – Entrou na cozinha e se escorou na parede, tentando abrir a porta da geladeira.
– Pai, por favor. – Abaixei a cabeça. Não acredito que Gerard ia assistir um showzinho do meu pai.
– Todos os lugares que eu vou nessa merda de cidade, eu só ouço “esse é o alcoólatra do Iero; esse é o marido da Linda, coitada, casada com esse traste; esse aí não consegue emprego em nenhum lugar e ainda tem um filho para dar exemplo”. – Falava enrolado. Eu me questionava se as pessoas falam realmente isso, ou se era coisa da cabeça alterada dele. – Todos uns filhos da puta! Essa vida é uma filha de uma puta! - Abriu a geladeira. - Sua mãe só compra essas besteiras pra ela! Cadê as cervejas?! – Falou jogando os leites e iogurtes da mamãe no chão.
– Pai, para, por favor. – Falei colocando as mãos no rosto. Gerard estava encolhido ao meu lado.
– Você tem vergonha do seu pai, Frank?! – Se aproximou. – Tem vergonha de mim?! – Me encarou nos olhos. – Você sabe que eu sofro todo santo dia para conseguir um emprego! – Saiu da cozinha. – MAS ESSA MERDA DE VIDA ESTÁ SEMPRE ME LEMBRANDO DO QUÃO DERROTADO EU SOU! COM UM FILHO QUE SENTE VERGONHA DE MIM E UMA ESPOSA QUE SE MATA TRABALHANDO PRA TER COMIDA PRA COLOCAR NA MESA! – Gritou subindo as escadas.
Eu e Gerard ficamos em silencio por um bom tempo. Por isso eu não gosto que venham a minha casa, eu nunca sei quando meu pai vai entrar por aquela porta fazendo seu discurso de bêbado. Minhas bochechas estavam quentes, eu realmente estava envergonhado.
– Vai embora Gerard. – Deitei meu rosto na mesa. – E não venha mais aqui.
– Frank, eu -.
– Vai embora, Way, por favor! – Fechei os olhos com força.
– Não fica assim. – Passou a mão nos meus cabelos. Senti ele se levantar. – Eu vou embora, mas a gente se fala amanhã. Não faça nenhuma besteira.
Levantei o rosto e o fitei.
– Não vou fazer nada. – Levantei também.
O levei até a porta e ele saiu, sem dizer mais nada. Caminhei em direção à escada e fui para o meu quarto, me sentando na frente da escrivaninha.
Liguei o computador e coloquei uma musica qualquer para tocar no último volume, ignorando os barulhos que o meu pai fazia no quarto dele. Peguei meu lápis de olho e fiz os “x” que eu tanto amava nos meus olhos. Subi em cima da cama e comecei a pular ao som de Ramones.
Que foi? Super Heróis também gostam do bom e velho rock ‘n’ roll.


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Notas finais do capítulo

Então galerinha, é o seguinte:
Vocês estão gostando mesmo da fic?
Eu devo mesmo continua-la?
Sei lá, eu sou toda insegura e não sei se a fic tá boa '-'
Bom... É isso!
Reviews...? Plís? *pisca*
BJO BJO BJO