Only You escrita por Leticia Di Angelo, Laís di Angelo


Capítulo 23
Dia perfeito!




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POV Emily

Sabe um dia perfeito? Quando tudo que você realmente quer acontece? Meu dia tinha sido assim. Acordei nove horas da manhã. Agatha estava na cama dela e dormia como uma pedra. A única coisa que eu estranhei é que ela estava de roupa, ou seja, deve ter chegado muito tarde, estava muito cansada e dormiu de roupa mesmo. Não quero nem saber o que ela fez na noite anterior.

Me levantei com cuidado para não acorda-la, mas do jeito que ela estava, só iria acordar lá para as duas da tarde. Tomei meu banho e coloquei um short jeans, uma camiseta cinza e meu all star preto. Desci até a cozinha e me deparei com Nico e Malu tomando café juntos, no maior silencio possível. Nem meu pai, nem Cíntia estavam lá, eles deviam estar trabalhando.

–Bom dia – eu disse animada. Fui até Nico e o beijei, na frente da Malu mesmo, para ela ver que ele é meu.

–Bom dia – Nico respondeu. Malu apenas deu um sorriso. Me sentei ao lado de Nico e comecei a tomar café.

–Amanhã é segunda, né? – eu perguntei e Nico concordou – Ah! Droga! Vou precisar ir para a escola!

–Então – Nico disse – Vamos precisar nos divertir muito hoje.

–A casa é de vocês – Malu disse se levantando – Vou estar na casa de uma amiga o dia todo. Mamãe está trabalho e seu pai também, só voltam de noite. Agatha e Jake ficaram acordados até seis horas da manhã, então vão ficar dormindo até tarde.

–Eles ficaram acordados até seis da manha? – eu perguntei rindo.

–Sim – Malu disse – Eu acordei às seis da manhã com os dois rindo.

–Jake está dormindo que nem uma múmia lá no quaro – Nico disse rindo.

–Agatha também – eu disse.

–Enfim – Malu disse - Divirtam-se.

Nisso ela pegou uma bolsa e saiu da casa.

–O que nós vamos fazer? – Nico perguntou colocando a xícara dele na pia. Imitei-o.

–O que quiser – eu disse.

–Você tem skates? – ele disse sorrindo maroto.


Fomos até a rua de minha casa, que não é movimentada, com meus skates.

–Eles estão meio velhos – eu disse – É porque nós não os usamos faz muito tempo. Para falar a verdade, só Agatha andava com isso. Com os dois. Eu nunca andei.

–Você nunca andou de skate? – Nico perguntou surpresa e eu afirmei – Pois vou te ensinar!

Ficamos mais ou menos, duas horas andando de skate. Nico me ensinou a andar, foi engraçado.

–Mais rápido Emily! – Nico disse rindo, ele estava lá na frente – Eu estou indo devagar e você não consegue me acompanhar!

Tentei ir mais rápido, mas acabei caindo.

–Eu já perdi a conta de quantas vezes eu caí! – eu disse brava e Nico riu mais ainda. Ele parou e veio até mim, me ajudando a levantar. Fiquei olhando para ele por um tempo, ele era tão bonito.

–Por que está me olhando assim? – Nico perguntou sem graça.

–Nada não – eu disse sorrindo e peguei o boné dele, colocando em minha cabeça.

–Ei – ele disse – Me devolva!

Subi no skate e comecei, ou melhor, tentei andar rápido.

–Vem pegar – eu disse rindo.

Aos poucos fui ouvindo o som do skate dele se aproximando.

–Eu vou te alcançar – ele disse.

–Não vai não. – eu gritei. Tentei ir mais rápido, mas fiquei com medo de cair. Ele estava bem atrás de mim, se esticasse o braço, iria ma alcançar e me derrubar, mas ele não fez isso. Ele continuou andando, do meu lado, dessa vez.

–Te alcancei – ele disse.

Fui diminuindo a velocidade e ele me acompanhou.

–Não vai pegar o seu boné? – eu disse rindo.

–Não quero mais – ele disse – Ficou bom em você.

Sorri para ele.

–Você é o tipo de garota que fica bom com tudo, né? – ele disse. – Você coloca all star, jeans e boné e fica linda, coloca vestido e fica linda, coloca moletom e fica linda.

–Mentira – eu disse corando.

–Verdade – ele disse – Vamos voltar?

Concordei e mudei a direção do skate, e assim, fizemos o caminho de volta.



– Que horas são? – eu perguntei para Nico.

Nós estávamos entrando em casa, já tínhamos guardado os skates.

–Quase meio dia – ele disse – Está com fome?

–Sim, mas o pior é que não tem comida. Não tem ninguém em casa. Agatha não acordou para cozinhar e nós não sabemos cozinhar.

–Tem algum restaurante aqui perto? – ele perguntou.

–Tem uns restaurantes bons uns quarteirões para cima. Fica em uma pracinha, como se fosse o centro da cidade, só que tranqüilo. – eu disse.

–Por que não vamos lá? – ele perguntou.

–Porque daí Agatha e Jake vão ficar sem comida.

–Eles não vão comer mesmo se tivesse comida.

–Mas eu estou sem dinheiro. O dinheiro fica com o meu pai. – eu disse.

–Eu pago – ele disse.

–Nem pense nisso. É caro as coisas.

–E...? Vamos logo, eu estou com fome.

–Deixa eu pedir dinheiro para a Agatha – eu disse.

–Não – Nico me puxou pelo braço.


Fomos até a pracinha que tinha ali perto e entramos no primeiro restaurante que tinha.

–Nico – eu disse – Aqui é chique, vamos para outro.

–Senta logo – ele disse, ou melhor, mandou. Fiquei com medo da voz dele e obedeci.

Nós almoçamos como se fossemos gente rica, com comida chique e musica ao vivo.

–Isso pode ser considerado um encontro – Nico disse, do nada, e eu ri.

–Mas nós já estamos namorando.

–Eu sei – ele disse – Mas eu gosto de encontros.

–Eu também.

Tentamos nos comportar como gente adulta, rica e chique, mas não deu muito certo. Nico jogou água em mim e daí eu joguei suco nele e nós começamos a fazer uma mini guerra de comida. Até que um homem veio pedir para que nós parássemos ou teríamos que nos retirar.

Começamos a rir, mas paramos. Nico pagou a conta, mesmo eu insistindo que não. Ele não deixou eu ver o valor e agora eu estou muito curiosa.

Saímos no restaurante de mãos dadas.

–Quer um sorvete? – Nico perguntou e eu afirmei.

–De chocolate – eu disse toda feliz.

Tomamos nosso sorvete de chocolate no caminho para casa. Quando chegamos vi Agatha na cozinha, de pijama, cabelo bagunçado e olheiras.

–Acordou? – eu disse toda feliz.

–Sim, mas estou morrendo de sono. – ela disse – E quando estou com sono eu fico chata. Por isso, vou tomar um remédio para essa dor de cabeça horrível e vou dormir até as seis da tarde e ninguém vai me obrigar a fazer o contrario.

–Tudo bem – eu disse – Vai perder um dia que você poderia aproveitar com o Jake.

–Ele vai fazer o mesmo – ela disse – Estou levando o remédio para ele. De noite vamos para uma festa.

–Que festa?

–De uma menina chata da escola.

–Se ela é chata, porque você vai? – eu perguntei.

–Porque é uma festa! E eu gosto de festa! Nunca ouviu a expressão: dormir o dia inteiro e ir para festa de noite?

–Na verdade – eu disse – Isso é uma musica.

–Não importa! É isso que eu vou fazer! Às seis vou acordar para me arrumar.

–Mas amanhã é segunda! – eu disse!

–E...?

–Eu posso ir? – eu perguntei.

–Claro!

Nisso ela sumiu.

–Nossa – Nico disse – Ela é estranha.

–Eu sei, eu sei. O que quer fazer?

–Não sei. Eu que dei a idéia do skate e de almoçar. Agora é você.

–Que tal se agente fazer cupcake, pipoca e víssemos um filme?

–Fechado – Nico disse rindo – E você sabe fazer cupcake?

–Sei – eu disse. – Enquanto eu arrumo tudo você pode usar viagem nas sombras e alugar o filme, pode ser?

–Ok, que filme você quer?

–Não sendo de terror...

Nico me deu um selinho e sumiu.

Fui para a cozinha e comecei a separar os ingredientes e objetos. Já estava tudo pronto, era só esperar o Nico para começar. Ele apareceu 10 minutos depois.

–Vamos começar – Nico disse todo feliz.

Por um momento foi fácil fazer cupcake. Fizemos tudo direitinho. Colocamos a massa para assar.

–Agora falta a cobertura – eu disse.

–A melhor parte – Nico disse – Vai ser do que?

–Chocolate!

Começamos a derreter o chocolate na panela.

–Posso passar o dedo? – Nico disse quase babando.

–Está quente – eu disse.

–Posso?

–Não! É falta de higiene.

–Mas já deve ter esfriado!

–Não!

–Por favor!

–Não!

–Ah! Vai! Por favor! Eu te amo!

–Nem vem Nico – eu disse e ele fez um bico muito fofo.

Fui até o fogão para ver se a massa estava pronta. Ainda ia demorar. Quando me virei, dei de cara com o Nico colocando o medo da colher.

–Nico! – eu disse e fui até ele para tirar a colher, mas ele começou a correr. – Volta aqui!

Ficamos correndo em círculos pela cozinha até que eu consegui alcançar ele. Ele se virou rindo e esfregou a colher no meu nariz, deixando chocolate nele. Fiquei muito brava. Arranquei a colher da mão dele e esfreguei no rosto dele, ficando um rastro de chocolate desde a testa dele até o seu queixo.

–Ops! - eu disse sarcastica. Ele ficou bravo e olhou ao seu redor, a unica coisa que tinha era... A farinha...

Nico jogou farinha em mim e eu fiquei toda branca, fiz o mesmo com ele e depois de 10 minutos nós estavamos todos brancos e com chocolate. Bem, a cozinha também estava toda branca. Começamos a rir e eu dei um beijo em Nico, mas acabei cortando o beijo rindo.

–O que foi? - ele perguntou.

–Não é legal beijar alguem com farinha!

Ele riu e beijou me nariz.

–Seu nariz estava com chocolate - ele disse rindo e eu ri junto.

Ouvi um barulhinho do forno.

–Por que você não vai tomar banho enquanto eu termino? - eu disse - Daí eu vou tomar banho enqaunto você limpa a cozinha.

–Fechado - Nico disse e deu um beijo em minha testa - Tinha chocolate!

Eu ri e terminei de fazer os cupcakes enquanto ele tomava banho. Teve um momento que Agatha apareceu, viu a bagunça, não disse nada, pois a mão na cabeça e voltou a dormir.

Depois eu fui tomar banho e quando voltei a cozinha estava limpinha.

–O que você fez na cozinha? - eu disse assustada - Magica?

–Bom, você demora no banho - ele disse - Deu tempo de arrumar tudo e fazer a pipoca.

Fiquei pensando em como eu destruo o planeta acabando com a agua com meus banhos demorados.

–Vamos ver o filme? - ele perguntou.

–Que horas são?

–Quatro horas. Vamos ver o filme, acabamos as seis horas e já podemos nos trocar para a festa.

–Ok - eu disse animada - Que filme você trouxe?

–Atividade Paranormal 3 - ele disse animado.

–O que?! Eu disse que não queria terror! Eu tenho medo! Não vou ver!

–Ah! Qual é! A unica coisa que você pode ter medo sou eu! E você não tem medo! Vai ver sim! Não precisa ter medo!

Depois de alguns minutos dizendo que não ia ver, fui ver o filme com o Nico.


Eu nunca mais vou ver um filme de terror! O filme não está nem na metade e eu j;a estou morrendo de medo! Me agarrei ao Nico como se ele fosse um travesseiro, ele deve ter gostado disso, e nas piores partes eu fechava os olhos, fazendo ele rir.

Teve uns momentos que Nico se aproveitou, e teve a mão boba dele. Como foi a primeira vez que ele faz isso, eu fiquei assustada, mas fui esperta e tirei a mão dele.

Mas no meio de tudo isso, teve uns momentos que nem o Nico estava prestando atenção no filme, os momentos em que ele me beijava é claro!

Acabamos o filme eram seis horas e vinte minutos da tarde. Agatha e Jake já tinham acordado e meu pai e Cintia já tinham chegado.

–Vamos nos trocar? - eu perguntei para o Nico.

–Vamos - ele disse se levantando e indo para o quarto dele.

Subi para o meu quarto e vi Agatha se maquiando e... Uau!




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