Chasing Cars escrita por JuhChagas


Capítulo 19
Video games.


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas saiu o capitulo novinho pra vocês! Eu queria agradecer a todos que vem acompanhando a fic, estou realmente feliz (apesar dos fantasminhas haha) e agradecida pelos reviews lindos de vocês!
Estou tendo alguma complicações, nada sério, mas não vou mais prometer que "vou postar tal dia", porque venho quebrando essas promessas, então prefiro não jurar nada.. Apenas digo que logo vem o próximo capitulo, ok?!
Enjoy it :)



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                                                           Pov Narrador

     Aquela era a última chamada para o vôo de Londres. A última vez que Thalia hesitava em soltar Nico. O abraço que ambos se envolviam era apertado, caloroso, e já cheio de saudade. Ela sabia que por período indeterminado não teriam mais os braços esguios e fortes pressionando-a contra seu peito. E Nico sabia que por período indeterminado não teria á quem segurar com tanto desejo.

     - Eu deveria apenas desistir. – ela fungou com o rosto escondido em seu pescoço. – Eu deveria ficar aqui e enfrentar meus problemas como uma mulher, não como uma garota.

    Nico riu fraco pelo nariz.

     - Ir não faz de você menos mulher, menos madura. Na verdade mostra que você sabe quando se ausentar e deixar as coisas apenas se acalmarem.

      - Garota! – ela se amaldiçoou logo em seguida e Nico a apertou ainda mais. Se fosse possível os dois corpos seriam um só naquele momento.

      - E eu amo essa garota. Amo essa mulher. Eu amo você, Thalia. Suas razões ou decisões não importam. Tudo que nós temos que saber é isso: o que nós temos aqui e agora, esse sentimento, ele aguenta qualquer coisa, distância, tempo, tudo.

       - Eu te amo demais, Nico. – e os lábios foram selados em um beijo longo, de despedida. Nico foi capaz de sorrir entre o beijo. Aquela era uma das primeiras vezes que Thalia olhava em seus olhos e dizias que o amava. Ela era simplesmente assim, o seu jeito de demonstrar sentimentos nunca foi por meio de palavras e Nico sabia dessa sua dificuldade, mas agora ela finalmente havia dito.

     - Vai passar rápido. Eu vou te visitar nas férias, e você pode vir pra cá em algum feriado, eu não sei, mas... Vai dar tudo certo. Nós vamos fazer dar certo. Ok?  

     Thalia rapidamente abraçou a todos novamente. Seu pai, Annie, Percy, Luke e Nico. Os primeiro passos em direção ao check-in foram indecisos, mas logo ela suspirou fundo e tomou a coragem necessária. Por cima do ombro os lábios da morena se moveram em “Eu te amo” por fim. A cabeleira foi se distanciando, até que sumiu pelos portões de embarque e Nico deixou-se cair sentado na cadeira mais próxima, enterrando a cabeça nas duas mãos. Odiava estar sem sua Thalia, odiava não ter ninguém para brigar só por pirraça dele e depois resolver as desavenças com beijos, ele odiava... Argh, murmurou com a voz abafada quando já sentiu a saudade esmagar seu peito. Ele odiava absolutamente tudo quando ela não estava por perto.

                                                                   xxx

     Annabeth soltou um agudo grito quando o personagem desfigurado apareceu no fim do corredor completamente escuro e o se apertou mais ainda contra o peito de Percy.

     - Perseu, tira esse filme. Tire agora! – a última parte o moreno mal pode ouvir pois o rosto de Annabeth se escondia entre os cobertores.

     - Com medo, anjo? – sussurrou envolvendo-a fortemente, mas a única resposta que recebeu foi Annabeth afundando ainda mais o rosto no cobertor felpudo e assentindo de leve. – Ok. Se bem que não seria uma má idéia te deixar com muito medo e tirar proveito dessa situação durante a madrugada.

     Um soco contra seu peito.

     - Ai, anjo. Ok, não se fala mais nisso. – e ouviu a risada melódica acompanhar a sua rouca. Ele tirou o pano do rosto da namorada e depositou um beijo casto no topo de sua cabeça. – Vamos jogar vídeo game então?

      O sorriso de Annie foi instantâneo e enorme. Os dias se passavam assim entre eles- assistindo filmes, jogando vídeo games, fazendo tudo e fazendo nada ao mesmo tempo- e era exatamente desse jeito que eles gostavam, sentiam que não precisavam de nada mais que aquilo. Após Percy tirar o filme, Annie ajeitou-se no sofá, ficando finalmente sentada e com as pernas cruzadas como um índio- aquele já era um costume da loira- e Percy escorregou para o chão da sala de sua própria casa e descansou as costas no sofá e a cabeça nas pernas da namorada.

     O tempo passava rápido demais entre os dois e ambos já haviam perdido a conta de quantos videogames diferentes eles já haviam jogado naquela tarde. Decidiram que o de corrida seria o último do dia, e sentaram-se lado a lado. A corrida começou.

     - Você acha que vai ficar bem? Quer dizer... Deve ser difícil. – Percy murmurou mexendo os dedos habilmente e já ultrapassando vários carros. Ouviu um suspiro pesado de Annabeth.

     - Eu não sei. Ele é seu amigo há mais tempo que meu, você o conhece melhor. Acha que ele vai ficar bem?

     - Eu não sei. – repetiu, mas ele esperava que sim. Ele conhecia Nico desde... Desde sempre. Na verdade, ele não lembrava um único dia de sua vida sem conhecer o Di Ângelo. Eles eram como irmãos. E Percy só desejava que Nico aguentasse firme agora, que o relacionamento deles agüentasse firma agora, pois era mais que claro o bem que Thalia fazia para ele.

     - Você ficaria?- A voz de Annabeth era mais baixa que o normal.

     - O que? Desculpe. – ele havia ficado tão submerso em seus pensamentos que não ouvira a pergunta.

     - Você ficaria bem se eu fosse embora? – era refez a pergunta e manteve-se encarando fixamente a tela da TV, mas os carrinhos pouco importavam para ela. Ela só teve medo de olhar-lo nos olhos. E nem sabia o porquê, na verdade, mas cogitar uma possibilidade mínima já era doloroso.

     - Annie, que pergunta é essa? – o tom de Percy mostrava confusão.

     - Responda, Percy. – o medo engoliu Annabeth como uma enorme onda. Porque ele não a respondia de vez?

     - Hey... – o jogo foi pausado e o moreno largou seu controle na mesa de centro da sala, e tirou os de Annabeth de suas mãos. Ela finalmente o fitou. – Não. Eu ficaria devastado. Seria como se os dias amanhecessem, mas não houvesse luz. Mas se tudo isso fosse para o seu bem, se fosse para te manter segura, ou fazer-te feliz, então o que eu sentiria não importa. Eu a deixaria ir, e engoliria toda a dor de não te ter aqui só por saber que essa é a sua vontade. Mas a verdade é que, não. Eu não ficaria bem. Assim como Nico não está bem.

     Mais um pouco e as testas estavam coladas.

     - Eu acho que Nico vai ficar bem. – a loira respondeu a primeira pergunta de Percy. E ele apenas concordou com um murmúrio.

     - Eu te amo, ok? E mais uma coisa: eu não quero que você nunca mais pense na possibilidade de “você ficaria bem se eu fosse embora?”, porque você não vai embora, e eu não vou embora. Não tem essa com a gente, Annabeth. Entendido?

     - Entendido. – ela sussurrou com uma risada fraca e suave.

     - E eu te amo demais, mas isso é só um mero detalhe. Entendido? – a voz masculina já tinha uma ponta de risada.

     - Entendido. – Annabeth mal pôde terminar a palavra e Percy já a beijava.

     Era um beijo lento, cheio de ternura e paixão, mas também com afinco. Era o tipo de contato que diz “Você não vai me perder.” A verdade é que assim como ela, Percy tinha medo perdê-la ou ter que ir por alguma razão. Ele não queria pensar que em um momento de ausência, algum outro cara poderia aparecer e roubar o coração de sua Annie, e é por isso que agora intensificava o beijo. Queria mostrar que ele estava ali, e ele estava ali por ela, não só fisicamente, mas emocionalmente, parte de si mesmo que esteve longe por muito tempo. Mostrar que ela havia trazido de volta essa parte e como era grato por isso.

       As mãos femininas brincaram com os fios castanhos escuros e lisos, com um caminho não traçado enquanto Percy lentamente, sem pressa alguma, depositou seu peso sobre ela até que ambos estivessem deitados no sofá. Percy aliviou seu peso em um braço, com medo de machucá-la e deixou que as pernas se entrelaçassem. Percy segurava o rosto da Annie com sua mãe quente, e a mesma deslizou quando sua nuca com o tempo. Ambos já sentiam a falta de ar e então Percy separou as bocas, mas não antes de mordeu levemente o lábio inferior da namorada que sorria deliberadamente.

      Os beijos febris do moreno desceram até o maxilar simétrico e traçaram um caminho até o pé do ouvido, e então ele fez o que fazia de melhor: provocar. Ele mordiscou o lóbulo da orelha e se surpreendeu com o tom rouco que sua voz tinha, sem ele nem ao menos perceber. Sussurrou “Minha loira.” Mais uma vez os beijos desceram e finalmente encontraram a pele morna do pescoço de Annabeth. Ele trabalhava por toda a extensão, hora com seus dentes, hora com sua língua e lábios. Annabeth mordeu o próprio lábio tentando reprimir um baixo e tímido suspiro, mas Percy o conseguiu ouvir e de alguma forma aquilo aqueceu seu coração e corpo de forma instantânea. Ela sentiu o peso de Percy ser mudado para apenas um dos braços enquanto uma de suas mãos descia pela lateral de seu corpo.

      A Chase teria corado se pudesse ver a cena entre os dois, mas nada naquele momento realmente importava, porque ela percebeu que a chama dentro de si crepitava mais forte a cada minuto que Percy a beijava como se as línguas estivessem em uma dança sensual. Eles se queriam, mas não só como namorados, eles se queriam como homem e mulher.

      Em algum momento no caminho que a mão de Percy fazia, ele parou segurando o quadril feminino protetoramente e deixou os dedos brincarem sem rumo exato com a pele de sua cintura. Percy sentia o sangue pulsando cada vez mais forte por suas veias. Ele já havia se deitado com garotas e aquilo não era novidade para ele, mas de alguma forma, com Annie era diferente. Era como se tudo fosse pela primeira vez, aquele sensação estranha que tomava o corpo e controlava nossas ações, o nervosismo... Agora, para ele, era tudo novo. Ele deixou a cintura e continuou descendo sua mão até que esta encontrasse a coxa nua de Annabeth. O shorts dela era curto, deixando grande parte de sua pele eriçada à mostra. Mais uma vez Percy desenhou coisas aleatórias com os dedos, e depois, gentilmente, puxou uma das pernas de Annie para sua própria cintura, enlaçando-se. As pernas de Annabeth circularam o quadril masculino e ela pode sentir o quanto Percy já a desejava.

      - Percy! – uma batida na porta da frente. – Sou eu, filho. Eu esqueci a chave, poderia abrir para mim, por favor? – Sally pediu com a voz doce de sempre.

     Ambos se separaram rapidamente, como se nunca houvessem estado tão perto, e Percy sussurrou “Desculpe” antes de plantar um selinho rápido nos lábios da loira e levantar-se, caminhar até a porta. Sally entrou com algumas sacolas de mercado nas mãos e o casal foi logo ajudá-la.

     - Annie, querida, está tudo bem?- depois de depositar as sacolas sobre a bancada da pia, Sally se aproximou tocando o rosto da jovem. Oh, deuses, devo estar corada, pensou Annabeth.

     - Ah, não é nada. – ela disse a primeira coisa que veio a sua cabeça. Afinal dizer que você tinha acabado de interromper uma seção de amassos no sofá poderia não soar muito bem.      

      - Ficará conosco para a janta, certo? Só preciso tomar um banho, mas logo vou começar... – Sally começou abanando as mãos ansiosamente.

     - Sinto muito, Sally, mas não poderei ficar hoje... Obrigada de qualquer forma. – sem dar chances de Sally perguntar a razão da sua ida, Annabeth logo envolveu a em um abraço forte e deu um beijo carinhoso em seu rosto. – Até mais, Sally.

      Sally só teve a chance de dizer “Até mais” quando Annabeth já havia saído de seu campo de visão com Percy seguindo-a. Já do lado de fora da casa, ambos encaravam o chão sem dizer muito.

       - Não queria ter te deixado com vergonha. Sinto muito. – Percy deu um passo em sua direção e tomou suas mãos nas suas. Surpreendeu-se com o sorriso aberto de Annabeth.

       - Não tem problema, Percy. Mesmo. – ela acabou com a distância entre ambos, ficando na ponta dos pés e deixando os braços envolverem o pescoço do namorado. – Eu amo você.

       O beijo que se seguiu não foi como o que trocaram no sofá há menos de 10 minutos, mas era tão bom quanto. Percy circulou a cintura protetoramente, e acabou com qualquer espaço entre os corpos. O beijo se estendeu por poucos segundos mais, até Annabeth afastar-se com rápidos selinhos. “Eu também amo você.” Percy respondeu entrecortado por cada selinho. Abraçou-a fortemente. Não era com se ela estivesse indo para longe dele, mas estava saindo do seu lado, então era quase a mesma coisa para o mesmo. Inspirou o cheiro dos cabelos dourados e deixou aquela sensação de felicidade tomá-lo como uma droga ilícita, sorrateiramente te deixando atordoado.

      Quando a soltou, por fim se beijaram rapidamente e logo a figura feminina se afastava, atravessando o seu jardim da frente. Ao cruzar a cerca de limite das casas, Percy sorriu perverso e chamou o nome dela em voz alta. Ela parou na hora, olhando-o.

     - Então, sabe aquela conversa que nós estávamos tendo antes da minha mãe chegar? Nós poderíamos terminá-la depois... O que acha disso? – apesar da distância, ele pode vê-la rolando os olhos com divertimento. Sem dizer nada, ela retomou o percurso e depois de perdê-la de vista por trás da porta da casa ao lado, Percy adentrou a sua própria murmurando algo como “Minha loira”.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?! Espero que sim! deixem vários reviews e recomends pra eu ficar megaaa feliz e postar logo amores!
Ps: quem ai tem tumblr?! segue lá, please http://juhchagas.tumblr.com/
Love Always,
JuhChagas.