Chasing Cars escrita por JuhChagas


Capítulo 18
Ring, whatever...


Notas iniciais do capítulo

Hey guys, desculpem a demora para postar... Essa semana eu tive prova e tudo foi muito corrido, mas finalmente cheguei! Nesse capitulo terá citação do livro "The Perks of Being a Wallflower", que eu li e se tornou um dos meus favoritos. O filme vai estrear logo logo aqui no Brasil, sendo que o principal é o nosso lindo Logan, a Emma Watson e Nina Dobrev também estarão, enfim, será ótimo! Deem uma pesquisa nele ♥
VOCÊS VIRAM A NOVA CAPA?! DEIXAM A OPINIÃO DE VOCÊS LÁ NO REVIEW!
Obrigada a todos que estão comentando, eu não estou respondendo aos reviews, mas saibam que eu leio todos e cada um é especial para mim. Leitores novos, sejam bem vindos meus amores!
Enjoy it *--*



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POV Narrador




Um mês. Exatamente um mês havia se passado desde que Annabeth e Percy estavam oficialmente juntos. É claro que a partir daquela noite na praia, ambos já se consideravam mais que amigos, mas o fato de serem “namorados” só ficou claro na tarde em que Sally resolveu preparar sua famosa lasanha mais uma vez e, bem... Digamos que Sally claramente indagou “Então, vocês já são namorados ou meu filho ainda não tomou coragem, Annie?”.



Agora as duas mãos masculinas, surpreendente macias, repousavam sobre o rosto da loira. Annabeth sentia o calor sendo emanado do corpo do namorado em suas costas e quando o cheiro multiplicado do mesmo tomou seu olfato, ela soube que adentravam o quarto de Percy. Ela foi direcionada a cama e se sentou na beirada deixando a ponta dos dedos reconhecerem a textura do edredom.



-Percy, porque você es... – ela começou sem mais conter sua curiosidade, mas foi interrompida pelo hálito quente contra sua nuca e o forte arrepio que correu pela sua pele.



- Se eu tirar as mãos, você promete não olhar? – a voz era baixa e rouca antes dele plantar um beijo febril na curva de seu pescoço.



Annie mordeu o lábio inferior ao sentir o sangue pulsar fortemente nas maças do rosto. Era engraçado para ele como ela reagia sempre envergonhada as suas caricias, riu divertido pelo nariz.



- Hm... Prometo. –com isso sentiu as mãos deslizarem para longe. Manteu as pálpebras apertadas mesmo quando o peso da cama ao seu lado se dissipou.



Sentiu as malditas borboletas brincando em seu estômago e teve que inspirar profundamente na tentativa de acalmá-las. Será que essas nunca paravam? Ouviu os pés descalços se distanciarem contra o carpete claro de madeira do quarto e permitiu-se abrir levemente o olho esquerdo com medo de ser flagrada. Percy estava de costas, pegando algo no fundo de uma gaveta em sua escrivaninha. Ela não podia ver seu rosto, mas sabia que um sorriso meio brincalhão meio sedutor esboçava em seus lábios. Não pode deixar de sorrir abertamente ao lembrar-se dos momentos que tiveram como namorados.



Todas as tardes de “estudo” e filmes, todas as vezes que ela adormeceu contra seu peito como se fosse seu próprio travesseiro, as vezes que fora acordada pelos beijos preguiçosos do moreno, os divinos almoços de Sally, as tiradas maliciosas que ele proferia sempre com a voz rouca nos inúmeros mergulhos na piscina, as vezes que amanheceu com os fortes braços envolvendo sua cintura, comprovando que nada daquilo, era apenas um fruto de sua imaginação, como temia.



- Sem espiar, Annabeth Chase! – a tentativa de fazer coma voz soasse irritadiça foi em vão e ambos acabaram gargalhando fortemente.



- Ok, ok... – murmurou conformada pressionando as pálpebras mais uma vez quando Percy ameaçou voltar-se para ela. Sentiu a cama se afundar ao seu lado novamente sem fazer o menor ruído. – Então...



Os dedos tamborilavam sobre as pernas cruzadas como um índio e Percy os entrelaçou aos seus e isso foi como um calmante à loira que mais uma vez tomou uma profunda lufada.



-Então... – ele imitou o tom ansioso da namorada. – Você pode abrir os olhos agora.



Ela o fez, mas ao invés de notar o que o moreno tinha em mãos, as orbes se encontraram e nenhum dos dois fez qualquer esforço para pararem de se fitarem. Era divertida a forma como pequenos pingos azuis brincavam na imensidão oliva naquele dia e sem nem perceberem sorriam bobamente um para o outro. Ele se aproximou lentamente, sem nunca desviar o olhar e pouco antes de beijar-lhe o nariz carinhosamente, soltou:



- Eu sei que sou lindo, maravilhoso, e você me ama incondicionalmente, mas eu realmente acho uma falta de consideração se você não abrir meu presente. – ele deu de ombros como se apenas estivesse fazendo uma sugestão.



- Idiota. – e novamente ambos riram.



Percy finalmente entregou o presente a Annabeth e notou os olhos cinza brilhavam infantis apenas pelo formato do embrulho.



- Um livro! – ela exclamou na mesma entonação que uma criança usaria para um pirulito.



- Geralmente as pessoas dizem isso depois de abrir o embrulho. – e Percy foi arremessado de costas contra a cama. Ele permaneceu encarando o teto branco do quarto enquanto ouvia o farfalhar de papéis. Depois de um minuto houve apenas silêncio. – Você não gostou?



Silêncio.



Ele se sentou com velocidade e encarou Annabeth que fitava a capa do livro estática. “The Perks of Being a Wallflower”. Será que ela não gostara? Ele havia comprado esse livro especialmente porque já havia lido inúmeras vezes e era um de seus favoritos...



- Annie, não gostou? – ela finalmente o encarou. Seu sorriso era de orelha a orelha e Percy imaginou se sorrir desta forma não doía.



- Eu... Eu amei, Percy! Como você sabia que eu queria este livro?



- Eu vi você folheando o meu e então pensei que... – ele começou logo sendo interrompido.



- Eu amei! Obrigada Cabeça de Alga. – e os braços finos logo circulavam o pescoço seu pescoço e as mãos e braços do moreno a apertou contra si. Sentiu a voz feminina fazer cócegas ao pé de seu ouvido: – Eu te amo.



- Eu te amo, pequena.



xxx



Nico abriu a porta de quarto já tão conhecido pelo mesmo, apenas para achá-la como tinha imaginado. Seu coração era chumbo e pesava infinitas toneladas naquele momento. Thalia estava deitada de bruços na cama de casal e apesar de não emitir nenhum som, ele sabia que ela chorava pelo movimento que suas costas criavam.



Na verdade, ele soube que ela chorava quando seu telefone tocou e tudo que houve foi silêncio e um “Nico” entrecortado e baixo. Sua resposta foi natural e tão rápida quanto um tiro, “Estou indo.”. Ele se aproximou quieto, o cérebro buscando algo a dizer a ela, mas era difícil, afinal nunca tinha visto Thalia daquele jeito.



Ela se virou quando o ouviu chegar mais perto e escondeu o rosto com ambas as mãos. Ela odiava chorar, odiava sentir tudo desmoronando dentro de si, odiava se sentir vulnerável como naquele momento, e acima de tudo odiava que as pessoas notassem a sua fraqueza, mas ela precisava dele agora. Em três passos ele já havia atravessado o quarto e os braços longos e delineados pelos músculos já a circulavam com destreza. Ela afundou o rosto na curva de seu pescoço quando os soluços aumentaram de freqüência e se tornaram audíveis.



Thalia tentava formar palavras, mas tudo era em vão, nenhuma voz saia de sua boca. Nico notou seu desespero e depois de limpar as lágrimas que caiam como uma cachoeira, segurou o rosto avermelhado entre as grandes mãos, encostou as testas por breves segundos antes de selar os lábios castamente. Nico pode sentir o gosto das lágrimas em contraste à ternura do beijo.



- Eu sei. Não precisa dizer nada. – ele, de fato, sabia como as coisas andavam tensas na casa dos Grace. Ele sabia que Thalia tinha sua pose fria e dura e sabia que há muito tempo havia superado o fato que sua mãe já não vivia entre eles, mas isso não significava que outra mulher pudesse substituí-la, e tal pensamento estava acabando com ela. Ele sabia da possibilidade de Thalia se mudar para longe, e ele sabia que as coisas seriam difíceis, senão impossíveis, e cogitar a idéia de perder Thalia era mais dolorosa que todos os ossos de seu corpo sendo quebrados, mas qualquer dor seria suportável por Thalia.



Qualquer dor seria suportável a ele, se fosse para tirar a dela.



- Vem cá. – ele se deitou e abriu com braços quando Thalia se aconchegou em seu peito. Afagou o cabelo negro como os seus e permitiu que por longos minutos nada fosse dito.



- Você me perdoaria? – ela perguntou com a voz abafada. Ele sabia que a pergunta correta era “Você me perdoaria se eu partisse?”.



- Você me ama? Eu quero dizer... O seu amor suportaria qualquer distância? – ele indagou torcendo os lábios em seguida. Temia a resposta.



- Qualquer distância. – ela repetiu assentindo com a cabeça. Ela levantou o olhar para encontrar o dele e para sua surpresa ele sorria abertamente.



- Então nós faremos funcionar. – e o sorriso se alargou mais, ele pois uma mecha de cabelo dela atrás de sua orelha. – A gente dá um jeito em tudo. – e mais um beijo antes de Thalia adormecer em seus braços. Nico não evitou uma única lágrima ao pensar que essa seria uma das ultimas vezes em um período indeterminado de tempo.



Xxx




- Se eu soubesse que você me ignoraria pelo resto da tarde pra ficar lendo esse livro, eu nunca o teria dado de presente! – ele murmurou bravo enquanto fitava Annabeth com os olhos atentos ao livro.



Ela desviou o olhar das páginas para ele e riu com vontade absurda. Fechou o livro e o depositou sobre o criado mudo ao lado da cama. Ela afundou-se nos braços de Percy e inalou o cheiro em sua camiseta, fechando os olhos.



- Você é muito babaca, Percy.



- Sou mesmo, mas eu não ligo. Sabe por quê? – ele perguntou mordendo o lábio inferior para não rir. Sabia do tapa que viria a seguir, mas não perderia a piada.



- Por quê?



- Eu, sendo babaca desse jeito, consegui achar alguma babaca que me ama, então está tudo certo... – e sentiu a ardência do tapa contra seu peito, mas riu sendo acompanhado pela sonora risada de Annabeth.



Eles não sabiam quanto tempo havia se passado, mas os dedos de Percy percorreram um caminho estranho e desenharam figuras aleatórias e desconexas na pele quente do braço da loira. Ele tinha algo dentro de si que não queria expor, mas não notou quando as palavras já se formavam em sua língua.



- Eu sei que você queria um anel, aliança, sei lá... – desejou que as palavras voltassem para o interior de sua boca quando Annie se sentou sobre os calcanhares e o fitou.



- Como assim?



- Quero dizer, todas as garotas querem. – ele deu de ombros desviando o olhar sem ponto específico.



- Hey, eu não sou como todas as garotas, lembra? Eu sou uma babaca, você mesmo disse isso. – e ele riu pelo nariz pela tentativa de animá-lo da namorada.



- Eu sei, mas... É que eu queria ter te dado um anel, aliança, sei lá. Acho que é importante.



- Eu não ligo para essas coisas. Na verdade, acho que farei melhor proveito de um livro do que de um anel, aliança, sei lá... – ambos riram quando ela se aproximou distribuindo vários selinhos por toda a face de Percy.



- Eu ainda não pude comprar, mas eu juro que vou, loirinha. – ele prendeu seu corpo em um abraço apertado e girando-os na cama de forma em que ele ficasse por cima.



- Isso é besteira, deixa pra lá, Percy. – ela franziu o cenho em cara de reprovação. Percy rolou os olhos deixando claro que o faria de qualquer maneira. Um genuíno Cabeça de Algas, pensou Annie copiando o movimento de olhos dele. – Ok, ok... Agora, chega de papo.



Percy sorriu malicioso com as palavras e atendeu ao pedido da namorada.



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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?! Eu sei que ficou bem paradinho, mas no proximo as coisas já melhoram loves... Esse lance do anel, aliança, sei lá (haha) ainda vai dar muito rolo, aguardem! hahaha Deixem reviews e recomendações guys, eu vou tentar responder todos *--*
Love Always,
JuhChagas.