Dark Woods Circus escrita por Hellscy


Capítulo 3
O elenco jovial


Notas iniciais do capítulo

Estou amando escrever essa fic ^^
e ta mais facil do q escrever as outras
Bjuks =*



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 Eu observava com muita atenção o show inteiro e sem querer passar nenhum detalhe.

 E os artistas eram todos diferentes e sem copias comparados os que eu vi a minha vida inteira, eram interessantes.

Um com duas cabeças

            Os primeiros a se apresentarem foram os loiros que me trouxeram à esse mundo fantástico escondido entre as trevas do bosque.

            Os gêmeos de cabelos soltos e perfeitos como raios de sol; a pele branca como papel estava marcadas por cicatrizes e pontos grande de costura assim como o rosto pintado, basicamente a pintura na face era uma lágrima azul que riscava as bochechas deles e pontos laranja que aumentavam enquanto saiam do outro olho, era a mesma maquiagem para ambos.

             Lágrimas estranhas e que saiam de seus olhos azuis profundos

             Azuis? mas não eram verdes? Ou eu estava tão entusiasmada que percebi errado? Talvez fosse isso já que eu estava mais entusiasmada de que minha vida poderia ter mais emoções se eu fosse para o circo.

             Os gêmeos também dividiam uma roupa estranha, do lado dele era em tom de verdes e do lado dela tons de laranja com os lados separados por um babado que cruzava o troco deles, mas a calça que era junto da camiseta era diferente, era bufante e branca com listras verticais pretas. No pescoço a menina sorridente levava um colarinho feminino enquanto o menino sério levava um colarinho masculino.

              Ambos se apresentavam unidos, fingiam ser um corpo só, e tocavam as mãos.

              os fantasmas riam,

              Eles fingiam para o público que ria que eram um corpo só com duas cabeças...

              riam alto de suas palhaçadas coordenadas

              ...ou então fingiram pra mim, na cidade, que eram dois copos separados.

A diva deformada

            Se olha-se pro outro lado, o lado em que os gêmeos não estavam sendo iluminados pelos holofotes, veria um lado escuro com falta de luz, mas apenas o suficiente para que visse a moça solitária.

            Ela era tinha tantos detalhes que me fazia observa-la ainda por mais tempo do que qualquer um.

            Mas afinal ela era uma diva e sendo assim foi feita para ser vista.

            A garota tinha pele clara como a dos gêmeos e cabelos muito compridos e de um azul claro fosco, seus fios eram bagunçados e de diversos tamanhos, mas nem assim aos meus olhos ela era feia. Usava um vestido de festa enorme e de rosa claro com diversos detalhes e desenhos em azul, era um tomara que caia que mostrava suas pernas, mas atrás continuava em uma cauda longa e mal feita, cheia de tecidos postos um em cima do outro formando algo bufante, ou estavam amarrados ou costurados, era apenas mal feito, mas mesmo que fosse desse modo parecia planejado, sobre a saia havia uma crinolina pela metade que ficava apenas de um lado.

           Começando na metade de seu braço direito ela tinha uma manga preta que se abria e continuava até chegar na mão. Na cabeça fazendo contraste com os cabelos azuis havia enfeites como um quadrado vermelho aberto que deixava escapar algumas das madeixas de dentro dele e cordões coloridos e meigos.

            A garota estava jogada no chão frio e se encontrava dentro de uma jaula sem escapatória por não haver portas, barras de aço as mantinha fora do mundo e para garantir seus olhos eram vendados com uma tira de pano branco assim impedindo sua visão sobre as pessoas

            Mas porque trancafiada?

            A menina desgostava do seu exílio, ela parecia melancólica e triste, muito diferente dos gêmeos ou do casal ainda do lado de fora e escondidos entre as árvores, ela era solitária em sua prisão e assim desesperada.

             Mas como saber? Seus olhos vendados impediam que eu conseguisse ver suas expressões.

             Segurando as barras de ferro, que custaram para ser achadas, ela tentava se levantar se apoiando e foi assim que eu consegui ver o que a cauda do vestido não permitia.

              Ela tinha pernas altas, brancas e elegantes de ovelhas

              Eram altas e parecia bem tratada com os cascos lindamente pretos e acima dos cascos um fita preta para cada formando um laço.

              A diva tentava se equilibrar em seus "pés", mas não conseguia e assim tremia e mesmo segurando nas barras ela caiu e ficou jogada novamente no chão.

             A garota era trancafiada por quê? eu conseguia pensar em duas alternativas...

             ela odiava aquele lugar dava pra ver,    

             ...a jovem tinha uma beleza notável e assim era raridade...

              mesmo sem ver seus olhos e ela ser despercebida no escuro do circo, dava para perceber ela sofrendo de dor e agonia

             ....e sua raridade aumentava pela sua característica especial. 

A besta azul que adora comer coisas frias

            Mais no escuro e dessa vez sem nenhum centímetro de claridade, era difícil vê-lo, mas ele estava lá e todos sabiam.

            Ele só não chamava atenção ou não queria chamar atenção, mas acabou chamando a minha.

            O garoto estava sentado em frente à uma mesa de jantar pequena, seus cabelos eram azuis bem escuros e de tamanho médio não passando do seu pescoço, a franja cumprida chegava até seus olhos, mas parecia ter sido cortada de péssima forma para não cobrir seus orbes totalmente.

            Sua roupa era diferente de uma para palhaçadas ou de jovem triste. Era uma camisa de forca também azul escura e com desenhos novamente incompreensíveis de preto, as mangas da camisa se amarravam para trás pendendo suas mãos e seus braços estava amarradosm por um cinto muito bem preso e com cadeado que os aperta contra o corpo.

             Outra figura interessante.

             À sua frente havia um prato de cerâmica branco com sua comida, algo que eu não conseguia ver direito, mas parecia algo frio e sem preparo,

             restos....

             O rapaz se entregava a escuridão do lugar em que estava, ele parecia entediado e perverso, sem sorriso no rosto e pela boca rachada de frio escapava algo que lhe deixara a marca. A cabeça levemente inclinada e sem se mover, apenas os olhos direcionaram o olhar para sua comida

              Após fitar sua refeição por alguns instantes ele sorriu...

               uma besta 

              ....um sorriso malvado e endemoniado que deixara escapar um fio de saliva da boca...

              uma besta sedenta por carne

              ....um sinal de satisfação para o garoto das trevas.

 Todos eram tão diferentes uns dos outros e era por isso que eles me mantinham ainda mais curiosa e feliz.

 Estava sendo algo na minha vida que eu nunca presenciei, algo novo e inédito.

 Todos interessantes de sua maneira apenas aumentava ainda mais um lado meu infantil que eu nunca tinha experimentado antes.

 Todos...

Todos do elenco jovial com suas formas um tanto estranhas.    


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