Sweet escrita por Ann Vincent


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Olá Gente... Milhões de desculpas... Mas tive problemas e bloqueio eterno... Desculpe mesmo... Foi quase um més sem atualizar... Não me matem, não ainda. U.U



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Amy On.

Quase cinco horas da tarde, estava ansiosa, o tempo não passava. Quanto mais eu olhava o relógio sobre a mesa, os ponteiros passavam mais lentamente... Precisava esperar Mikey chegar. Durante a manhã inteira que passei organizando a bagunça que era aquele apartamento, pensava em uma maneira de terminar o que nunca devia ter começado com ele. Nunca devia té-lo envolvido nisso, foi meu primeiro erro. Pelas horas, eles já deviam estar aqui. Mas eu sabia que hoje demoraria um pouco mais no estúdio. Quando acordei pela manhã, estava sozinha, Gerard saiu sem me contar como foi ontem com a Natália, tudo bem... Ele ou ela, vão me contar querendo ou não. 

Cinco e quinze... Eu ainda estava ali, precisava esperar Mikey chegar, ou não poderei ir ver Frank. Não assim, sinto-me uma traidora, não tenho esse direito. Nunca tive...

Levantei-me do sofá e fui para a cozinha, peguei o que restou de uma torta e comi impaciente. Até meu telefone tocar novamente... Estendi o braço e o peguei, era Mikey avisando que estava chegando, e pedindo desculpa pela demora... 

...

Lá estávamos nós dois, Mikey sentado em nossa cama, olhando-me atentamente, enquanto eu andava de um lado ao outro na sua frente. Procurava uma forma de dizer tudo a ele, mas nada do que eu pensava parecia correto. 

- Amy, ficar andando de um lado ao outro não ajuda.- Mikey disse sério, fazendo-me encará-lo ainda mais confusa.

Caminhei até a cama e me ajoelhei a sua frente segurando suas mãos. 

- Mikey... Você vai ter todo direito de me odiar depois de hoje... Mas só quero que me escute okay?

Olhei para ele, que ainda permanecia sério. Tive tanto medo da reação dele. Mikey era tão frágil. 

- O assunto é sério não é Amy!

- Sim...- Abaixei o rosto!

- Okay querida, conte-me...

Respirei fundo diversas vezes, e sentei-me ao seu lado.

- Mikey, precisamos terminar.- Disse de uma vez, fechando os olhos. Não queria vê-lo.

Passaram-se minutos de silêncio, até que Mikey pareceu entender tudo... Ele soltou minhas mãos e se levantou irritado, agora quem andava de um lado ao outro nervoso era ele. Um milhão de coisas passavam em minha mente, Gerard irá me odiar eternamente, vou perder meu melhor amigo. Mikey sempre será meu amigo, meu anjo da guarda, mesmo que tudo mude entre nós. Nunca vou esquecer dele.

- Você não pode fazer isso.- A voz rouca e tremida de Mikey quebrou o silêncio.

- Eu... Preciso...- Sussurrei

- Não, não precisa Amy. 

- Mikey, isso está desgastando a nós dois. Ou acha que não vejo. 

- Eu amo você Amy, não pode fazer isso.

- Desculpe...- Desviei os olhos de Mikey para um porta-retrato nosso no criado mudo, não queria que ele me visse chorando.- Eu te amo Mikey, mas não do mesmo jeito.

- Você não me ama!- A voz de Mikey agora ficou ríspida, causando-me arrepios de medo.

- Eu amo, amo muito! Mas de uma...

- Fica quieta Amy...- Interrompeu-me. 

Já estava sem forças para segurar o choro. Ultimamente, era apenas isso que tenho feito, segurar o choro!

Mikey ficou em silêncio novamente, mas não por muito tempo... Ele caminhou até a cama e segurou meu pulso colocando-me em pé... Logo em seguida abraçou-me forte, caminhou comigo até a porta e me empurrou para fora do quarto, trancando a porta logo em seguida.

- Mikey, abre a porta! MIKEY- Comecei a bater na mesma, mas ele parecia nem me ouvir.

Deixei meu corpo cair ao chão, já não conseguia mais segurar as lágrimas, então as deixei cair... Toda a dor que estava sentindo, e que eu mesma provoquei agora estavam saindo... Eu temia por Mikey naquele quarto... Encostei-me na porta e comecei ouvir barulho de coisas sendo quebradas... Barulho de vidro sem quebrado.  Meu coração dava pequenas falhas, a cada nova coisa que Mikey quebrava no quarto! Em saber que a culpa desse ato dele, era minha... Nunca vou me perdoar se algo acontecer com ele. 

Acabei adormecendo encostada na porta, com o som de coisas sendo destruídas por minha causa!

"Estava em uma praia, com ondas baixas e areia fininha... O sol se despedia no horizonte, dando ao céu uma vista de fim de tarde. Como adorava ver o pôr-do-sol. Olhei em volta, e nada além de colinas e árvores podia se ver. Como se a praia estivesse cercada por grandes coinas, e o mar. Tinha uma casa com paredes brancas e cercas de madeira. Senti uma enorme vontade de entrar na casa... Comecei a caminhar só então percebi que usava um vestido branco, mais parecia uma camisola de hospital, mas branca, tinha várias manchas de sangue por toda ela. No exato momento em que vi as manchas, a praia começou a se desmanchar como neblina e chiados começaram tão baixos. Olhei novamente para minha roupa, e percebi que segurava uma faca nas mãos. Soltei ela e comecei a correr entre as árvores, procurando por uma saída, mas parecia que andava em círculos pois acabava indo a praia novamente..."

Senti mãos me balançarem de um lado a outro, e duas vozes chamando meu nome, uma estava entrando em desespero, já a outra era calma, e mais próxima... Abri os olhos desesperada, encontrei com os olhos de Gerard e Natália. Ambos estavam ajoelhados no chão. Estava assustada, quase nunca tenho pesadelos. 

Gerard puxou meu corpo e sentou-me no chão, só então percebi que estava deitada. Natália parecia preocupada, eu não conseguia responde-los, apenas os ouvia. 

Vi Nattie se levantar e sair, enquanto Gerard gritava algo para ela, logo depois, ele pegou-me no colo e levou-me para a sala, deitando-me no sofá. Eu ainda não conseguia reagir, como se meu corpo inteiro estivesse em transe ou hipnose. Eu estava estática.

Natália reapareceu com um copo de água nas mãos, que pouco a pouco ela tentava me dar, mas eu não conseguia beber, logo depois tudo se escureceu, e eu apaguei. 

Quando abri os olhos novamente, era como se estivesse dentro de um carro, conseguia ver as luzes dos postes de iluminação da rua, passando tão rapidamente aos meus olhos. Era tudo tão confuso, onde estava indo? Tentei me mexer mas algo impedia-me, eu não tinha forças para isso. Meu corpo inteiro estava suado, e eu tremia de frio.

Logo o carro parou bruscamente, e os passageiros da frente desceram, alguém abriu a porta de onde eu estava, e começou a me tirar do carro, olhei para cima e vi que era Gerard. Ele praticamente correu comigo para dentro de uma porta iluminada e bem grande. Olhei em volta, sem forças para segurar meu pescoço, e vi muitas pessoas de roupas brancas e jalecos. Eu estava em um hospital? Era isso?

Gerard deitou-me em uma superfície macia, que começou a andar sendo guiadas por dois enfermeiros, fiquei olhando a imagem de Natália e Gerard cada vez mais distante, até desaparecer, e eu entrar em uma sala, com uma luz gigante em cima de mim... Acabei apagando novamente, ao sentir uma picada, e minha veia arder.

Frank On.

Entrei na enfermaria correndo em direção a recepção do hospital. Tinha uma senhora baixinha, para quem perguntei histérico por informações, ela disse-me para ir a recepção, e assim fiz.  

- Por favor, Amy Summers?- Perguntei para uma das duas moças que estavam na recepção.

- Ela acabou de dar entrada senhor. Precisa esperar junto aos outros, na sala de espera do hospital, que o doutor irá trazer notícias dela.

Agradeci a moça, enquanto a outra mal olhava para mim, segui para a sala de espera e encontrei com um Gerard bem cansado e abatido, uma Natália bebendo água, quase amassando o copo de plástico com as mãos. Ray e Bob também, estavam lá, mas um quase dormia e o outro olhava para o chão.. Estava faltando Mikey... Onde ele pode estar? 
Caminhei até Gerard, e sentei-me na cadeira vazia ao seu lado.

- O que aconteceu?- perguntei, e vi que Gerard suspirou antes de responder-me.

- Ela desmaiou.- Disse ele apenas, mas eu sabia que tinha mais coisas... Coisas essas que ele não queria contar-me.

Fora minutos, que para mim pareciam horas, Natália abraçava o novo namorado e quase cochilava. Bob e Ray estava conversando comigo, ou tentando distrair-me, já que de segundo a segundo eu olhava para a porta. Já tinha bombardeado umas duas enfermeiras com perguntas sobre Amy, mas nenhuma delas respondeu-me... 

- Por favor, os familiares de Amy Summers.- Um senhor de jaleco apareceu na porta da sala.

No mesmo segundo, todos nós levantamos, até Natália que estava dormindo no ombro de Ger. Olhei para o homem a minha frente esperando que ele falasse alguma coisa. Ele nós encarava confuso. 

- Como ela está?- Bob perguntou impaciente no meu lugar.

- Senhorita Summers, está bem agora. 

- O que ela teve doutor...?

- Amy está com anemia profunda... Nenhum de vocês perceberam que ela não está se alimentando direito?

- Eu percebi...- Mikey disse, aparecendo do nada.

Ele tinha o aspecto abatido, e cansado. Como se tivesse chorado muito... Suas roupas estavam molhadas e sujas, não parecia que ele havia penteado os cabelos, já que estavam todo desgrenhados, sua voz estava rouca. 

- Vou receitar algumas vitaminas a Amy, ela terá que tomar todos os dias, e se alimentar corretamente!

O médico falou mais algumas coisas, de como deveríamos cuidar dela, e da alimentação de Amy, logo depois liberou a entrada nossa no quarto dela... Mas um por vez, já que ela ainda não estava forte o bastante para receber todos nós. 

O primeiro a ir, foi Gerard, já que ele a encontrou e a trouxe ao hospital... Ficando apenas eu, Natália, Bob e Ray na sala de espera. Mikey não ficou com a gente, ele foi embora dizendo estar com dor de cabeça. Que belo namorado senhorita Amy. Minutos depois Gerard voltou sorrindo, era minha vez de ir vê-la, já que Nattie disse que volta amanhã para vê-la. 

Caminhei pelo corredor de portas brancas, olhando atentamente os números nelas. 654, 655, 656, 657... e finalmente 658. Abri a porta com meu coração dando pequenas falhas. Evitei olhar para a cama, onde Amy estava... Caminhei até a mesma de cabeça baixa. 

- Frankie...- A voz fraca e quase sem som de Amy, fez-me sorrir.

Levantei o rosto para vê-la. E lá estava Amy, com uma agulha em sua veia administrando pequenas doses de soro em seu corpo... Sua pele estava tão clara, seus lábios rachados, e olheiras tão profundas. 

Sentei-me no pequeno espaço na cama, e peguei a mão de Amy, percebendo que não existia mais a aliança ali. 

- Está melhor?- perguntei calmamente.

- Sim... Mas não gosto de hospitais Frank, minha mãe morreu aqui.- Ela fechou os olhos e pude ver lágrimas caindo. 

- Hey, está tudo bem, logo você vai embora daqui.- Limpei as lágrimas e beijei teu rosto.

- Eu terminei com Mikey.

- Você fez o quê?

- Terminei com o Mikey. Nunca devia té-lo envolvido nisso.

Fiquei sem saber o que responder a ela, finalmente ela poderia voltar a ser minha, eu estava tão feliz, mas tão preocupado também. 

- Estou cansada.

- Descanse Amy.

- Vai estar aqui quando eu acordar?

- Sim... Eu prometo.

Amy sorriu fraco e logo adormeceu novamente... Beijei o alto de sua cabeça e voltei para a sala de espera Gerard e Natália já tinham ido embora. Contei a Bob e Ray que Amy estava dormindo, ambos decidiram voltar na manhã seguinte para vê-la, e foram embora. Conversei com um enfermeira e com o médico que autorizou passar a noite com Amy. 

Voltei ao quarto, e ela continuava na mesma posição que havia dormido. Sentei-me em uma poltrona ao lado da cama e peguei a mão sem soro de Amy. Fiquei olhando-a enquanto dormia tão profundamente, parecia estar em paz, em um belo sonho. Às vezes suspirava, outras respirava fundo murmurando algumas coisas, que eu não conseguia entender. Horas depois adormeci também...


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Notas finais do capítulo

Prometo que não demoro quase um més novamente para atualizar, mas tive vários contra-tempos. Desculpem... Beijão... ♥



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