PDV - Bella.

Dor, escuridão e solidão tudo de novo. Esme estragou tudo, mas não posso culpá-la uma hora ou outra Edward iria ficar sabendo, mas queria que tivesse sido por mim e não por outra pessoa muito menos a mãe dele. Mas o que acabou comigo não foi o fato dela ter contado mas sim a reação dele, do meu Edward.  Não esperava que ele fosse reagir daquele jeito me deixando sozinha sem em deixar explicar e saindo sem olhar pra trás, mesmo comigo tendo berrado tanto pra ele voltar, mesmo chorando em sua frente. Edward foi frio, incompreensível e não se importou comigo como o Edward de antes. Suspirei, ele não podia voltar a ser como antes. Muito menos eu. Não sei se vou agüentar outra recaída... Não sem... sem ele.

- Bella, meu amor. – Ouvi alguém me chamar de longe. Sai do meu quarto e encontrei minha mãe no pé da escada. – O jantar está pronto.

- Obrigada mãe, mas não vou comer. – Sorri para ela.

- Quer me contar o que aconteceu? – Perguntou subindo as escadas.

- Esme já foi contar para você também? – A ironia era obvia em minha voz. Entrei no meu quarto sabendo que minha mãe iria atrás de mim. Não demorou nem um minuto e lá estava ela encostando a porta.

- O que aconteceu Bells? – Perguntou se sentando ao meu lado em minha cama. Começou a brincar com o meu cabelo – um jeito que ela achou de me acalmar – enquanto eu suspirava, procurando as palavras certas para dizer o que aconteceu sem ofender ninguém – neste caso a Esme.

- O Edward descobriu... – Respirei fundo. – Descobriu que eu sou adotada. – Olhei para minha mãe e senti as lagrimas descerem por meu rosto. – Eu não queria que ele tivesse descoberto assim... Quero dizer, Esme contou para ele e tudo...

- Espera... O que? Como assim Esme contou para ele? – Minha mãe estava incrédula.

- Mãe não a culpe. Tenho certeza de que essa não foi a intenção dela, mas...

- Mas nada Bella. – Ela me interrompeu levantando da cama. – Eu vou falar com a Esme agora!

- Não, mãe! Deixa isso pra lá... Já foi. E além disso a minha preocupação não é Esme e sim o Edward... Ele praticamente terminou tudo comigo... Ele não quis me ouvir, mas sabe eu também não posso culpá-lo? A culpa é toda minha! Se eu tivesse contado para ele antes ou se eu tivesse pelo menos contado ou pelo menos que eu escondo isso de todos... Que nós escondemos isso de todos, talvez seria mais fácil para ele aceitar. Eu não sei mãe, eu sou uma idiota. – Suspirei. – A culpa é minha e não da Esme. Muito menos do Edward.

- Bella minha filha... – Ela se sentou novamente. – Não se culpe, ninguém tem culpa do que aconteceu. As coisas fugiram do controle... Edward vai perceber que está errado em te julgar sem conhecer a história inteira, mas de um tempo para ele ok? Ele deve estar se sentindo traído... E com razão se formos parar para pensar segundo o ponto de vista dele, mas não se importe com isso ok? Prometa-me que você não vai deixar isso te abalar como da ultima vez? Bella não posso te ver naquele estado novamente... Por favor minha filha me prometa que ficara bem e que pelo menos por hoje irá esquecer de tudo isso, irá parar de se culpar! Lembre-se que a culpa não é de ninguém, as coisas saem do controle quando mais queremos que elas se ajeitem. Edward te ama e quando amamos alguém não importa o que aconteça sempre voltamos.

Olhei para minha mãe e sorri. Ela era uma ótima conselheira – dependendo do assunto, claro – e realmente conseguiu me acalmar. Assenti quando ela terminou de falar e fechei meus olhos. Senti seu beijo em minha testa e depois seus dedos soltando o meu cabelo. Suspirei. Ela estava certa como sempre. Não tenho motivos para culpar Esme ou Edward, mas também tenho que parar de ficar tentando achar motivos para me culpar.

Mas se eu tivesse contado tudo antes... Se ele soubesse que existem pessoas da minha própria família que não sabem que sou adotada talvez ele ficaria menos bravo, não é? “Isso foi longe demais! Eu queria muito acreditar em você, mas não posso...” suas palavras ecoaram em minha mente. Suspirei. Podia o ouvir dizendo aquilo claramente, como se realmente estivesse em minha frente. Por que tudo tinha que ter saído tão do controle como saíram? Por que a minha felicidade tinha que se dissipar em um piscar de olhos? Por que...?

(...)

- Ontem eu te liguei, por que você não me atendeu? – Alice perguntou.

Estávamos andando pelo corredor da escola, ainda faltavam alguns minutos para bater o sinal, mas já que tínhamos chegado um pouco cedo resolvemos entrar logo. Jéssica e a sua turma estavam conversando no estacionamento e eu realmente não queria ter que ficar parada encarando a cara daquela... daquela pessoa. Revirei os olhos só de pensar nela. Edward ainda não tinha chegado, Alice disse que ele buscaria o Emmett e o Jasper hoje. Grande parte de mim ficou aliviada com isso, teria algum tempo a mais antes de ter que encarar ele e ver novamente a decepção em seus olhos. 

Alice tinha me dito que ouviu ele chorar em seu quarto, ela ainda não sabia de nada então não tinha falado aquilo com a intenção de me machucar ou fazer com que eu me sentisse culpada e sim para saber o que estava acontecendo com o seu irmão. Contei para ela toda a história e sua reação não foi muito diferente da que eu esperava. Primeiro ela ficou em choque e depois me abraçou. Deixei algumas lagrimas escaparem enquanto ela me abraçava, mas nada comparado ao que eu chorava antes. Ela disse algumas palavras que me confortaram e me fez lembrar de sua reação quando contei minha história para ela. Nós acabamos dando risada, Alice tinha desmaiado no dia e eu fiquei tão preocupada que chamei uma ambulância, mas no final ela não foi necessária já que com um copo de água Alice acordou. Revirei os olhos para a lembrança... A reação de Edward não tinha sido tão ruim assim.

- Eu peguei no sono. – Respondi quando vi que Alice ainda esperava a minha resposta. – Fiquei conversando com minha mãe e acabei dormindo depois, nem ouvi meu celular tocar. – Dei de ombros.

- Eu te desculpo dessa vez. – Revirei os olhos. – Qual sua primeira aula, Bells?

- Infelizmente literatura. – Suspirei e ela me olhou confusa. – A mesma aula do Edward.

- Bella vai dar tudo certo, fica tranquila. – Ela me abraçou. – Meu irmão é um idiota e minha mãe errou, mas no final tudo irá dar certo ok? Ele vai te desculpar, eu sei. E tudo vai voltar a ser como era antes... Ou melhor como era a alguns dias atrás. – Ela deu risada e eu a acompanhei.

- O que seria de mim sem você, hein pequena?

- Eu retiro tudo o que eu disse se você me chamar de pequena de novo. – Ela me soltou de seu abraço e me lançou um olhar mortal. Medo.

- Ok, ok. – O sinal bateu e eu olhei para Alice desesperada. – Eu vou embora! Pronto, ta decidido. – Comecei a andar, mas ela pegou meu braço e me impediu de andar.

- Isabella Swan você vai entrar nessa sala agora. Irá se sentar no lugar de sempre. Irá prestar atenção na aula E IRÁ DEIXAR DE SER UMA COVARDE, DEU PARA ENTENDER? – Ela berrou chamando a atenção de todos que passavam. – Agora!

- Ok... – Foi a única coisa que consegui responder. – Obrigada pelo apoio, viu? – Falei sarcasticamente enquanto entrava na sala.

Suspirei. Vamos lá Bella, não será tão difícil. Fui para o meu lugar de sempre e me sentei lá mexendo na minha bolsa. Prestei uma atenção exagerada no matéria que deveria retirar e depois nas pessoas que entravam. Tentei me acalmar fazendo desenhos – ou melhor rabiscos – na capa do meu caderno enquanto ele não chegava.

Não se passou nem cinco minutos e todos já estavam lá, menos ele. Pensei em comemorar, mas no momento em que fiz isso ele entrou na sala. De calça jeans e uma blusa preta. Seu cabelo mais bagunçado do que o normal e o cansaço tomando conta do seu rosto. Alice tinha razão ele tinha chorando ontem a noite e parecia não ter dormido nada.

Assim que entrou na sala o seu olhar encontrou com o meu. Esperei que ele desviasse, mas não foi isso que ele fez. Me encarou até mesmo quando estava andando para o seu lugar – ao meu lado. Se sentou e continuou a me encarar. Não consegui desviar o meu olhar também, tentava decifrar o que ele estava querendo me dizer enquanto me olhava daquele jeito. Não parecia estar com ódio, raiva ou decepcionado apenas... confuso. Suspirei. Vamos lá Ed, fale logo. Pedi mentalmente.

- Bella... – Ele começou a dizer enquanto me olhava. O simples som da sua voz me chamando vez com que meu estomago se agitasse e minhas mãos começassem a suar. “Me desculpa...” Comecei a gritar mentalmente. – Eu preciso falar que...

- Bom dia, turma. – Disse o professor entrando na sala.

- Eu não acredito... – Sussurrei enquanto me virava para frente.

- Hoje vamos fazer algo diferente, pois estou animado. Vamos deixar de sair da literatura antiga e chata e vamos para a de vocês. – Todos olharam para ele assustados. – Eu quero por hoje que cada um declame a sua citação favorita! E pode ser de qualquer lugar desde um filme até um livro, ok? Não precisa ser de um autor muito conhecido e vocês também não precisam dizer o nome de quem escreveu. É só me falarem a sua citação favorita, quero conhecer mais vocês e do que vocês gostam... Bom eu vou começar escolhendo... – Toda a sala se encolheu. Comecei a olhar para o meu caderno e jogou meu cabelo em meu rosto tentando me esconder, mas foi em vão. – Senhorita Swan... que tal ser a primeira?

- Fala sério... – Sussurrei baixo demais para qualquer um ouvir. Todos olharam em minha direção enquanto levantava e andava até a frente da sala. Respirei fundo tentando me lembrar de algo... Olhei para Edward e vi que como todos os outros o seu olhar estava em minha direção. Tentei me lembrar de algo que falasse sobre “desculpa” ou algo que fizesse somente ele entender o quanto eu precisava que ele me perdoasse e ficasse do meu lado, mas nada veio em minha mente... Olhei para o professor. – Eu não sei o que falar...

- Bom pode ser qualquer coisa. Eu sei que a senhorita é inteligente e gosta muito de ler, não será difícil se lembrar.

Revirei os olhos, grande ajuda vindo dele. Suspirei e olhei para o Edward novamente. Ele realmente não parecia estar com raiva, mas tinha algo nos seus olhos que ainda me deixava preocupada. Como se uma lâmpada se acendesse em minha cabeça, me lembrei de uma citação de uma das minhas séries preferidas. E olhando só para Edward como se estivesse falando diretamente com ele comecei a recitá-la:

- Neste momento há 6,470,818,671 pessoas no mundo. Alguns estão fugindo com medo. Alguns estão voltando para casa. Algumas mentem para conseguir superar o dia. Outros estão encarando a verdade agora. Alguns são homens maus, em guerra contra o bem. E alguns são bons, lutando contra o mal. Seis bilhões de pessoas no mundo. Seis bilhões de almas. E às vezes você só precisa de um.

Terminei de falar e comecei a sentir as lagrimas caindo pelo meu rosto. Edward continuava na mesma posição me encarando enquanto o que eu só queria era sair de lá correndo. Um garoto começou a aplaudir e o resto da turma o acompanhou enquanto eu me sentava em meu lugar. Suspirei limpando as lagrimas. Não tive coragem de olhar para o lado para ver se ele continuar me olhando, mas algo me dizia que sim.

A aula passou rapidamente. O professor continuou escolhendo as pessoas, mas não conseguiu escolher todas entre as pessoas que não foram escolhidas Edward estava no meio. A aula inteira evitei olhar em sua direção, depois daquilo que falei – que com certeza ele entendeu que era para ele – não tive coragem para ver qual seria sua reação. Alice tinha razão eu sou uma covarde, mas tenho motivo de sobra para isso...

Durante a aula pensei mais sobre a citação que escolhi. Será que Edward teria entendido a mensagem por trás dela? “Seis bilhões de pessoas no mundo. Seis bilhões de almas. E às vezes você só precisa de um.” Eu só precisava dele. Precisava dele como amigo, como namorado... Ele era o meu “Um em seis bilhões”. Nada mais no mundo era tão importante quanto ele... São poucas as pessoas que realmente significam algo – tirando é claro a nossa família – são realmente poucas as pessoas que nos marcam, fazem com que nos sentimentos bem só por existirem. São poucas pessoas que te fazem rir verdadeiramente e que fazer você descobrir o que é o amor verdadeiro. Não importa quantos erros cometemos até chegar aqui, quantos anos eu passei amando ele em segredo e tudo o que sofri naquele mês em que ele me humilhou. Edward era o meu um em seus bilhões e o único que eu iria querer em qualquer circunstancia, mesmo quando ele mesmo me machucava...

Seis bilhões de almas e a única que preciso é o Edward.

Assim que o sinal tocou arrumei minhas coisas devagar até demais. Minha próxima aula seria calculo e realmente não estava nenhum pouco animada para ela. Percebi que a sala ficou vazia e só tínhamos eu e Edward lá. Por que ele já não tinha saído? Terminei de arrumar minha mochila, virei para sair da sala e me assustei com a proximidade dele.

- O que você quer Edward? – Perguntei enquanto suspirava.

- Me desculpar. 

Suas palavras me surpreenderam. Tudo bem eu tinha esperança que isso acontecesse, mas nunca imaginei que seria tão rápido.

- Fui um idiota com você e não cumpri com minha promessa... Não fiquei do seu lado. – Continuou a falar quando percebeu que eu não responderia. – Eu não queria ter falado daquele jeito com você, mas tente me entender por favor... Tinha acabado de descobrir que você me escondeu uma coisa que eu nunca pensei que você poderia me esconder e além disso você tinha me dito que me contaria tudo... Não vou mentir, realmente tive ódio de você no começo. Mas eu te amo Bella, sei que isso não é uma desculpa muito boa para eu estar aqui te pedindo desculpas, mas é a verdade... – Ele suspirou. – Eu te amo.

Fiquei olhando para ele por alguns minutos. Edward as vezes parecia um bebê e não só por que na maioria do tempo estava agindo como uma criança, mas por que ele tinha a inocência de um bebê. Como ele poderia achar que eu não o perdoaria? Tudo o que eu mais queria era ter Edward ao meu lado não importa o que acontecesse... E nada era culpa dele, a culpa no máximo era minha... As coisas apenas fugiram do nosso controle.

- Tudo bem Ed... Eu também te amo. Só fiquei chateada comigo mesma eu sei que você ainda deve estar querendo uma explicação para tudo o que aconteceu, mas realmente...

- Bella. – Ele me interrompeu. – Já disse que te amo, não me importo! Se você quiser me contar tudo hoje ficarei feliz, mas se não também não tem importância ok? Me conte quando estiver pronta, irei entender de qualquer modo. Eu te amo.

Edward me deu um beijo rápido, mal pude aproveitar a sensação. Olhei para ele irritada e ele deu risada.

- Estamos atrasados para a aula, Bella! – Explicou pegando a sua mochila. – Acha que nem poderemos mais entrar na aula. – Suspirou fingindo estar triste. – Queria tanto ter aula de química...

- E eu de calculo. – Fingi tristeza assim como ele. – Que tal matarmos aula? – Perguntei enquanto saímos da sala. – Ainda da tempo.

- Isabella Swan pedindo para matar aula? – Ele me olhou assustado. – Essa é nova, viu?

- Idiota. – Revirei os olhos e ele deu risada. – Aproveita que é só hoje.!

- Então vamos logo antes que você mude de idéia.

Edward segurou minha mão e aquilo causou uma sensação incrível. Era muito mais do que apenas um gesto qualquer e banal que fazemos a todo momento sem nem pensar. Aquilo significou mais pra mim do que qualquer beijo. É como se ele me dissesse um “eu te amo” e “estou aqui” sem precisamente falar algo. Algo como eu confio em você... Respirei fundo. Edward mandou eu apertar o passo e foi isso que diz. Logo estávamos no estacionamento e corremos até o seu carro, antes de entrarmos ele me deu um beijo demorado.

- Eu te amo, Bella. – Falou enquanto encostava sua testa na minha. – Então entre seis bilhões de pessoas eu sou a única que você precisa? – Ele riu. – Essa foi uma ótima forma de dizer “eu te amo”.

Revirei os olhos. – Você sabe muito bem que te amo. Sabe por que escolhi aquela citação?

- Não, por que?

- Porque ela descreve exatamente o que eu sinto por você. Realmente entre seis bilhões de pessoas você é o único que eu quero... Pelo menos dessa forma! E por mais que eu faça qualquer coisa errada ou certa eu sei que você irá estar comigo... De uma forma ou de outra você estará eternamente dentro de mim, entende? Você já faz parte de mim... É difícil explicar e deve estar sendo difícil para você entender, mas eu te amo de uma forma inexplicável. Eu escolhi aquela citação porque eu queria que você mesmo estando bravo comigo, estando magoado, chateado ou decepcionado soubesse que é o mais importante pra mim e que entre todas as pessoas eu quero estar com você.

- Bella... Eu te amo tanto minha pequena! Você não faz idéia... Tudo o que passamos até agora é só um prova de que devemos ficar juntos! Eu faço da sua citação as minhas palavras, mas mudaria algumas coisas.... “Seis bilhões de pessoas no mundo... Seis bilhões de almas... E sempre... eu só preciso de você.” – Edward olhava nos meus olhos enquanto falava. – Me desculpa... Eu te amo muito para te perder por pequenos motivos!

Naquele momento eu tive a certeza de que eu precisava. Edward estaria comigo aconteça o que acontecer. Mesmo eu sendo uma idiota, mesmo ele estando errado. Nós nos completávamos em quesitos diferentes qualidades e defeitos. Por mais que fosse um erro, por mais que eu prometi aos meus pais nunca contar a minha história cheguei a conclusão que estava na hora de finalmente contar para alguém a minha historia, mas não ocultando algumas partes como fiz com a Alice, contar ela inteira e com todos os detalhes.

- Edward. – Respirei fundo antes de continuar. – Eu preciso te contar... Aquilo que não te contei ontem.

- Bella eu te disse que você não precisa...

- Não Edward... Eu quero contar! Você merece saber, mas antes de tudo me prometa que nunca contara isso a ninguém, pois se certas pessoas souberem eu e minha família... Eu, Renée e Charlie estaremos realmente em uma grande confusão.