Quíron foi o primeiro a notar o desaparecimento da adaga.

  - A ADAGA SUMIU! - ele gritou.

 Ellen olhou para ele surpresa.

  - Não pode ser. - ela disse.

  - Roubaram a adaga. - ele disse - Mas como?

  - O importante é que agora eles tem o que querem. - falou Juliana - Temos que nos preparar.

  - Juliana está certa. - falou Quíron - TODOS OS CAMPISTAS EM GUARDA!

 Mas eles não foram atacados nessa noite. Ellen falou que eles deveriam estar fundindo o metal, mas Quíron ficou muito procupado do mesmo jeito. Juliana polia algumas armas, Verena ajudava seus irmãos à encher as alvajas, Ellen pedia para alguns mortos vigiarem a campina e Fernanda praticava com Percy.

 Passou uma semana e nada acontecera. Ellen achou estranho, mas não questionou nada. Ela sabia que eles viriam. E estava certa. Ouviu-se um rugido e uma tropa de lestrigões, dracnaes da cítia e outros monstros estavam chegando. Boa notícia: eles não tinham a real arma que precisavam. Má notícia: um dos "outros monstros" era um drakon.

 Fernanda engoliu em seco. Os monstros tentavam passar pela barreira da árvore de Thalia. Então Gaia marchou entre eles e murmurou algumas palavras. A terra em volta da árvore pareceu parar de nutri-la. A árvore ficou fraca e os monstros entraram. Os campistas partiram para a batalha junto com os monstros, mas Gaia sorriu e saiu na direção contrária.

 Dezoito campistas lutavam com o drakon. Muitos estavam feridos. Verena atirava flechas como nunca: dez, doze, catorze de vez, Ellen e Nico comandavam tantos mortos que às vezes o Acampamento parecia o Mundo Inferior. Outras vezes, parecia uma piscina de tanta água que Fernanda, Paulo e Percy manipulavam. Juliana lutava com o drakon, mas só conseguia amassados no bicho.

 Pouco a pouco, monstros foram morrendo. Mas campistas também ficavam feridos. E então, um lestrigão conseguiu pegar Percy e desparou pela floresta. Verena olhou, mas não conseguia enchergar nada. Os monstros acabavam. Ela ouviu um grito de Percy então respirou fundo e ergueu seu arco. Ela começou a emitir uma aura amarelada. A certo momento, ficou tão brilhante que os que estavam perto dela tiveram que desviar os olhos. Ela lançou uma flecha na floresta.

 Houve um silêncio mortal. Até o drakon olhou para Verena com medo. Juliana olhou para ela, sorrindo incentivamente, Ellen cruzou os dedos e Fernanda começou a rezar. Meio minuto depois, Percy apareceu. Ele estava com um corte feio no tronco, todo arranhado, mas vivo. Completamente vivo.

  - Incrível. - falou ele - A flecha desviou das árvores e acertou o lestrigão bem nas costas.

 Então ela sorriu. Os campistas comemoraram. Bem, novamente temos duas notícias: uma boa e uma ruim. A boa é que os monstros já estavam praticamente acabados. A má é que o drakon ainda estava vivinho da Silva e agora Verena não parecia mais tão assustadora para ele. Ele então soltou um barulho que fez todos ficarem parados. Ellen olhava seus amigos totalmente preocupada. Fernanda olhou para Nico e este segurou sua mão e apertou carinhosamente. Verena abraçou Percy. Juliana então gritou:

  - MORTE! - e deu um soco muito forte no drakon.

 Verena sorriu. O som foi tão forte que fez todos acreditarem que o drakon fora derrotado, mas ele apenas acordou de seu transe temporário e então voltou a avançar nos campistas. Enquanto isso, Gaia invadia o Olimpo. Zeus invocou todos os deuses olimpianos e até Hades. Ela sorria triunfante com uma espada longa na mão que reluzia fantasmagoricamente.

  - Vocês achavam que eu não ia me reerguer? - perguntou ela.

  - Você não vai. - garantiu Ares e partiu para cima dela.

 E então mais uma batalha começou no Olimpo.