Mudança De Turno escrita por Creatività


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

É minha primeira Fic família, espero que gostem porque foi com muito carinho, se gostarem eu continuo completando as histórias da série. Comentários sempre são bem vindos principalmente se for a primeira fic de uma série.



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“Papai!”

A vozinha ecoou no quarto pela babá eletrônica.

Era a primeira noite deles sem a mulher da casa. Fazia um ano que Sara voltou a trabalhar no laboratório e agora teria de voltar para o turno que sempre estivera acostumada.

Ela relutou muito em deixar seus dois amores sozinhos, quase desistiu de trabalhar, mas Grissom, como um marido dedicado, não deixou que ela fizesse isso. Também para mostrar que era um bom pai garantiu que seria capas de cuidar do pequeno Gilbert enquanto a mamãe estivesse fora.

“Papai?”

 A vozinha adquiriu uma pontada de medo, chorosa até. Grissom levantou-se e caminhou em direção ao quarto do menino de 3 anos que o esperava sentado no berço segurando seu fiel amiguinho de pelúcia.
O pai olhou para os olhinhos azuis marejados de lagrimas e sentiu uma pontada de remorso. Não podia deixar que Sara se afastasse do trabalho prematuramente, também não queria que seu filhinho sofresse com saudade da mãe.

“Vem aqui garotão.”

Pegou o menino no colo e ficou com o coração mais apertado quando o pequeno cercou seu pescoço com os bracinhos e perguntou:

“Mama?”

Não queria dizer que ela não estava e fazê-lo chorar. Pensou que talvez devesse distrair o pequeno até que ele dormisse novamente.

“Carrinho! Vamos pegar o carrinho!”

As palminhas alegres de Gilbert encheram o pai de disposição. Sara havia dito alguma coisa sobre distrair Gil com os brinquedos e se sentisse fome havia uma mamadeira na geladeira com o suco que o menino gostava. No tapete do quarto ele contemplou o garotinho de 3 anos, olhos azuis como os seus, cabelos castanhos e o sorriso da mãe. Gil pegou os blocos demontar e colou os um a um dentro do carrinho até que não coubessem mais. Procurou algo ao redor, levantou e caminhou até o armário, abriu a porta e apontou.

“Carro!” “

Esse não Gil.”O carro era a controle remoto, com luzes e sirene de animalzinho, se quisesse Gil poderia colocar todos os seus brinquedos e sair dirigindo.

Mas àquela hora da noite os vizinhos poderiam denunciá-lo por excesso de barulho.Gil olhou para o pai da mesma forma que Sara fazia, com os olhinhos semi fechados e apontando para o carro no alto da prateleira. “Caaaaarrinho papai!”.

Era golpe baixo. Aquele olhar não! Cada vez que seu filho falava choramingando e fazia aquela carinha da mãe ele se derretia todo. Sara já o havia alertado a não se deixar levar pelas seduções do filho.

“Se você ceder uma vez ele vai repetir, se ceder de novo ele vai se acostumar amor.”

“Você bem que poderia ensinar a ele a não te imitar.”

A esposa o olhou com vontade de jogar o prato na cabeça dele, mas reconhecia que era verdade que sabia vencer Grissom só com o olhar e pelo visto o pequeno Gil também já descobrira.
Sentiu um puxão na perna da calça e despertou de seus pensamentos. Gil estendeu os bracinhos pedindo colo. Parecia que o menino estava disposto a derrubar a resistência do pai pois, assim que alcançou o rosto de Grissom o menino colou as duas mãozinhas no rosto dele e falou cheio de ternura:

“Che amo papai.”

Era demais para um pai coruja que passava a primeira noite sozinho com o filho. Apertou carinhosamente o filho no peito e o lançou para o auto arrancando risos do garoto. Quando parou, o menino olhou novamente para o pai e apontou sem retirar os olhos dos seus:

“Carro? Carro papai?”“ Seu pequeno aproveitador. Não vou me render dessa vez. Sabe o que a mamãe deixou pra você na geladeira? Suco ?”
“Suco naum papai, carro.”
“Onde está seu amiginho urso? Vamos procurar seu amiguinho?”

Saiu imediatamente do quarto tentando fazer com que o filho esquecesse o maldito carro barulhento. Sentiu os olhos pesados de sono mas tinha que colocar Gil para dormir primeiro

. Duas da manhã e nem sinal de cansaço por parte do garoto. Estavam esgotando suas idéias fantásticas para distrair o pequeno irredutível que vez ou outra lembrava do carro.Por vezes o viu abrir a boca demonstrando sono, oferecia sempre o suco que era recusado.
Três da manhã e já estava exausto de tanto brincar de cavalinho. Definitivamente era hora de oferecer o tal suco de maracujá ou então não conseguiria se levantar para dar uma palestra no período da tarde. Sentou o garoto no cadeirão e mostrou a ele a mamadeira.
Gil olhou para a mamadeira e a empurrou de volta para o pai. Grissom colocou a mamadeira de volta bem próximo das mãos do filho que pareceu ignorar olhando em outras direções.
“Vai filho, toma o suquinho. É bem gostoso.”
Disposto a duelar com o pai Gil empurrou a mamadeira de volta.Grissom pegou a mamadeira e ergue a no ar imitando um avião.
“Vruuummmmmmmmmm” 
“Vião!!!”
“Isso meu garoto!”
“Ehhhhhhh!!!” Palminhas de alegria demonstravam que a ideia tinha sido boa. Mais duas voltas do avião-mamadeira e era hora defazê-lo pousar.
“Abre o bocão filho, o avião quer pousar.”
Com os olhinhos brilhando o menino abriu a boca o mais que pode.

Puro engano. Antes do aviãozinho chegar ao seu destino o menino fechou a boca e colocou as duas mãos para assegurar que nada entraria nela, para a frustração do pai.O telefone tocou e Grissom atendeu de imediato.
“Sara?”
“Oi querido? Tudo bem?”
“Mamaaaa!!!”
“Isso responde a sua pergunta?”
“Ele não consegue dormir não é?”
“O que eu faço?”

“Vou para casa, vou falar com Catherine e dizer que meu filho precisa de mim!”

“Não! Você não vem.”
“Mamaaaa?”
“Ai Grissom, estou ouvindo ele me chamar. Estou morrendo de saudade do meu filho.”
“Sara, meu amor, lembra o que você me disse quando eu quis para de dar aulas?”
“Nunca desista de seus ideais para mais tarde não se arrepender por ter desistido sem lutar.”
“Eu amo você querida. Fica tranqüila, nós só estamos brincando um pouco.”
“Lembre-se da sua palestra amanhã.”
“Mamaaaa!”
“Amor, deixa eu falar com ele? Eu preciso ouvir a voz do meu filho.”
“Espera. Pronto, vou colocar o fone no ouvido dele.”
Os olhinhos do pequeno Gil se arregalaram, ele ficou empolgado ao ouvir a voz da mamãe. Grissom daria tudo para saber o que mãe e filho conversavam naquela hora que o deixou exultante, movimentando os bracinhos no ar. Ouviu que Sara já o chamava.
“Tenho que desligar amor, preciso processar umas evidencias.”
“Bom trabalho querida, não vejo a hora de amanhecer para eu poder te abraçar de novo.”
“Te amo...”
“Tambem te amo...”
Quando olhou de volta na direção do garotinho ele estava com a mamadeira na boca sugando tranquilamente o liquido amarelo. Tomou metade e devolveu o resto ao pai.
“Esse é o meu garoto! Que tal o papai contar uma historinha?”
“Au au.”
“Au au? HAnk? Hank já está velho filho, não agüenta ficar com você nas costas.”
Mesmo assim Grissom despertou seu amigo na esperança que ele ajudasse a entreter o garoto sem sono. 
Sem sucesso.

Gil não dava o menor sinal que queria parar de correr e brincar. Até Hanck parecia cansado às 4 e meia da manhã.


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Notas finais do capítulo

Então? gostaram?