O Death. escrita por BohMalfoy


Capítulo 6
Capitulo cinco – Don’t deserve.


Notas iniciais do capítulo

muiiito obrigada pelos reviews :)



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A mulher corria. Corria tanto. Por que fora tão ambiciosa? Mas, de fato, aquilo não deveria estar acontecendo. Eles tinham planejado tudo. Aquilo realmente não deveria estar acontecendo. Os cabelos loiros estavam bagunçados. Ela fugia há pelo menos um dia. O marido corria na sua frente.

Ele parou. Precisava respirar, pelo menos, por um segundo. Ela foi obrigada a parar também. Por piores que sejam as circunstâncias, eles se amavam. Ela não iria deixá-lo para trás. Nunca. Ele desabou, não conseguia mais correr. Ela desabou junto. Desesperada. A mulher chorava, já podia sentir o frio tomando conta do lugar. Calma e lentamente. Ela vinha chegando.

Olhou para o marido. Se tudo aquilo estava acontecendo, era culpa deles. Ela secou as lágrimas, dando um sorriso debochado. Conformado. Não se pode fugir da Morte. Ela sempre te achará, não importa onde. O frio tomava-lhe conta da alma. O pavor de um grito preso na garganta. Ela chegava.

Não demorou muito para a mulher sentir ser arrebatada. Com movimentos simples, mais sedentos de sangue, foi lhe cortada a garganta. Destroçada, para falar a verdade. Não doeu. O que a frustrou. Deveria doer. E ela deveria conviver com essa dor para o resto da “vida”. Era isso que ela merecia. Segundos antes de verdadeiramente morrer, ela compreendeu. Nem isso ela merecia. Tal barbaridade que cometeu não a fazia merecer nada. Apenas o vazio. Duas semanas depois, encontraram o seu corpo em um beco qualquer. Sem as roupas. A cabeça raspada. O pescoço em um estado... Descomunal. Morrera a Sra. Chase.

O marido dela fora o próximo. Resistira um pouco mais. Ao ver a mulher morta, fugiu. Chorava enquanto apressava o passo, mas naquele estado, ele não suportou muito tempo. Ele mesmo desistiu. Se tiver que morrer, que ele mesmo faça isso. Não suportaria o mesmo fim da mulher. Sem hesitar, colocou a corda em seu pescoço. Antes de consumir o ato. Ele a ouviu. Na sua cabeça, repetindo várias vezes a mesma frase. Deixando-o louco.

“Nada me satisfaz... Apenas sua alma”.

A morte o levou de um jeito ou de outro. Morrera o Sr. Chase. Morreram os pais de Annabeth.

...

Thalia analisava as escrituras do pequeno livro. Como chegara a aquele ponto? Não. Não começaria a acreditar nessas besteiras. Nunca acreditou. Mas... Era a única explicação para um louco. Fechou o livro. Aquilo bastava por hoje. Suspirou.

A sua mente formavam hipóteses. Hipóteses malucas. E ficavam mais fortes quando ouvira dizer que, pouco antes de morrer, Silena Beauregard dizia, tomada por alucinações, que havia visto a Morte. Balançou a cabeça tentando afastar os pensamentos. Assim ficaria paranoica.

Mas... E se fosse verdade? Só porque a maioria das pessoas não acredita nisso não significa que não exista. Ninguém aqui sabe dizer, com toda a certeza, o que é real e o que é fantasia. Muito menos uma louca. Como ela.

Bufou irritada. No mais tardar das hipóteses, não era algo preocupante. A Morte vagando pelos corredores não era nada preocupante para ela. Ela iria fugir de qualquer jeito. Mas... E Luke? Quem dá a certeza para a garota de cabelos repicados de que ele não é a próxima vitima?

Ela não poderia fugir até que este caso estivesse resolvido.

...

Annabeth levantou da cama em um pulo. Suava frio. Tivera mais um pesadelo. Um pesadelo não. Uma lembrança. E, desde que a primeira fora desencadeada com o surto do Dr. Jackson, as outras não paravam de chegar. Cerrou os dentes. Ela levou as duas mãos a cabeça. Não queria lembrar! Queria que tudo aquilo parasse! Ela não queria lembrar!

Começara a gritar. Mesmo sabendo que aquilo não mandaria os pesadelos embora. Não pararia de gritar. Não pararia de desejar que tudo aquilo parasse. Tudo. Por que ela tinha que lembrar? A porta se abriu em um baque. Percy correu até ela.

- Ei! O que aconteceu? – Ele segurava a mão da garota. – Annabeth!

- Mande ir embora! – A loira gritou. Dr. Jackson tinha no olhar dor e preocupação. – Mande todos os pesadelos irem embora!

- Pesadelos? – Falou baixinho. Tentando acalmar a garota. Ela lhe lançou um olhar melancólico. – Ou lembranças?

- Os dois. – Soluçou.

- O que aconteceu com você? – Sentou-se ao lado de Annabeth, que tentava se acalmar.

- Eu não sei. – Ela o abraçou, começando a chorar. Percy encarou-a surpreso. – Eu não quero dormir. Eles vão voltar.

- Mas nem amanheceu ainda, Annabeth.

- O que você está fazendo na clinica então?

- Eu perdi a hora olhando uns papeis. Sempre me envolvo demais. – Ele sorriu. – Quer que eu vá embora?

- Não. – Ela falou baixinho. Ele assentiu, e começou a encarar a parede.

Meia hora depois, Percy notou que ela adormecera abraçada a ele. Ele sorriu ao ver o quão sossegada ela parecia. Sorriu ao perceber o quão bonita ela era. Ficou sério ao perceber em quantos problemas ele estava se metendo ao achar a garota bonita. Ao estar com ela agora. Mas naquela hora, ele não se importou.

...

Pela manhã, Annabeth já se recordava de tudo. Acordou sozinha em sua cama, por mais que lembrasse que havia adormecido nos braços de alguém. Sorriu. Mas seus pensamentos foram interrompidos quando uma garota de cabelos repicados invadiu seu quarto.

- Shiu! – Thalia falou antes que Annabeth pudesse gritar ou algo do tipo. – Se me pegarem aqui, estou frita. Vim conversar algo sério com você.

- O que foi? – Ela indicou para Thalia sentar ao seu lado. A garota sentou-se.

- Não posso mais fugir. Desculpa. Mas não posso abandoná-lo nessa situação. Na situação atual. – A menina falou em um muxoxo.

- Que situação?

- Annie... Aqui, o hospital, não é mais seguro. – Thalia a encarou. – Vai parecer loucura, mas eu sou louca mesmo, então... Eu acho... Acho que algo negro, perverso e escuro anda nos corredores desse hospital. Não posso deixar Luke, meu amigo, aqui. Não com essa criatura rondando por aí.

- Criatura? – Annabeth segurou uma risada.

- Não pense que sou louca!

- Mas você acabou de dizer que era! – Thalia riu com o comentário da amiga.

- Estou falando sério. – Tratou de ficar séria. – Annabeth, você deve ir embora! Não é seguro.

- Mas por quê?

- Porque, provavelmente, a Morte está escondida nos corredores desse hospital. – Thalia falou com simplicidade. Annabeth a encarou.

- Tenho certeza de que ela está. – Falou.

...

- Obrigada mamãe! – A garotinha sorria. – É linda! – Falou segurando sua boneca nova.

- De nada querida! – A Sra. Chase falou, exibindo um sorriso. – Agora você vai ter que me prometer uma coisa...

- Qualquer coisa mamãe. – A pequena abraçava sua boneca.

- Se adorou tanto assim a boneca, me promete que nunca vai largar dela. Vai sempre estar com ela. Vai deixá-la sempre junto de você.

- Claro! Mamãe! – A mulher sorriu. Annabeth nunca entendera o tom de perversidade em seu sorriso.

...

Luke falava com seu amigo. Percy. Eram amigos há muitos anos. E isso realmente alegrava Luke.

- Eu não sei o que fazer. – Percy comentou. Luke segurou uma risada.

- Isso se chama paixão, meu amigo. E não tem nada a se fazer se você está apaixonado. – Percy bufou. – Eu entendo disso. – Luke concluiu sorrindo.

- Luke! – A garota loira segurou seu ombro. Tinha aparecido do nada por aquele estreito corredor. – Você precisa ir embora. – Ela parecia nervosa.

- Annabeth! O que está fazendo aqui? – Percy perguntou confuso.

- Luke, me escute. Você precisa ir embora. Ela te marcou. Thalia sabe, e agora ela quer puni-la por saber. Eu também sei. Você precisa ir embora! Precisa fugir logo!

- Quem me marcou? Do que você está falando? O que a Thalia tem a ver com isso? – Luke parecia com raiva.

- A Morte te marcou.


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Notas finais do capítulo

vish, corre Luke.



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