O Death. escrita por BohMalfoy


Capítulo 5
Capitulo quatro – Come away.


Notas iniciais do capítulo

esse capitulo ficou um lixo, mimimi :T



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- Quero tentar algo novo com você... – Dr. Jackson falava meticulosamente. Olhava para Annabeth, com receio, e para uma pequena folha de papel. – Sei que você começou agora com os remédios novos, mas acho que isso pode surtir algum efeito...

– Não enrola tanto. – A loira bufou. – Se vai ajudar, manda ver. Quero sair logo daqui. – Cruzou os braços.

- Vou dizer algumas palavras... Quero ver se elas podem ou não ativar sua memória. Palavras aleatórias, sem importância. Se lembrar-se de algo... Não hesite em dizer. – Falou e pegou uma caneta, a garota assentiu. – Suicídio.

- O que? – Annabeth ficou confusa. Dr. Jackson não mudou a expressão facial. – Não, nada.

- Tudo bem... Perda. – Anotou algo. Annabeth olhou para ele ainda confusa.

- Minha boneca?

- Isso é uma pergunta ou uma afirmação?

- Eu não sei. Essas palavras não significam nada para mim. – Ela bufou ficando mais irritada. – Não está ajudando.

- Tenha paciência. Vamos nos arriscar mais... Sacerdote? – Ele não a encarava.

- Que? Você tem alguma consciência das palavras que está dizendo? – Ela revirou-se. – Que tipo de brincadeira sem graça é essa? Você deveria estar me ajudando e não dizendo palavras sem sentido.

- Ritual. – Falou ignorando completamente os protestos da paciente. Annabeth ficou parada por alguns segundos. Completamente estática. – Annabeth? É pior do que eu pensei... Sua mente tenta bloquear a qualquer custo as memórias... Annabeth! – Mas a garota ainda parecia absorta, em outro lugar.

- Nada. – A garota falou repentinamente. Seu tom era frio. – Estou dispensada?

- Está. Mas preciso que você volte aqui, mais tarde. Tenho algo para dizer.

- Sobre o que? – Ela olhava nos olhos dele.

- Sobre o seu passado. Eu descobri algo.

- Eu não acho que eu queira saber. – Retirou-se de lá. Percy ainda encarava, incrédulo, a porta por onde ela acabara de passar.

...

- Thalia! – A loira chamou indo sentar-se ao lado da nova amiga que fizera. – Vamos sair daqui amanhã, espero que esteja pronta.

- Eu nasci pronta, querida. – Sorriu. – Como foi a sua consulta?

- Chata, como sempre. Não resolve nada. Por isso não vou esperar, vou sair daqui logo.

- Isso tudo é patético. Tratam-nos como se estivéssemos com alguma doença altamente contagiosa. Com toda a certeza eles vão acabar infeccionados pelo meu temperamento altamente explosivo e agressivo. Por favor! – A garota revirou os olhos azuis elétricos.

- Você vai pra onde, depois de fugir? Tem alguma família te esperando? – A loira encarava o céu azul. Sua voz estava tranquila.

- Família? Trariam-me de volta para cá sem nem ao menos eu ter tempo de dizer um oi. Talvez eu peça para ficar na casa do Luke por algum tempo...

- O enfermeiro? – Annabeth olhou torto para Thalia, que riu.

- É o único que eu confio. Ele não acha que sou louca, só que tenho um temperamento forte. Ele me ajudaria. E você?

- Eu não sei. Vou me virar, sou boa nisso.

- Qualquer problema, é só me procurar. Sabe que estou aqui. Você é uma boa garota, Annie. – Thalia falou e a loira sorriu. – Mas agora tenho que ir. Hora dos remédios. – Levantou-se. – Até amanhã, loira.

Annabeth olhou Thalia indo embora. Logo, voltou a encarar as nuvens, totalmente sozinha. Ela iria se virar, ela sempre se virou.

...

Rachel caminhava lentamente pelos corredores. Era tarde, ela já deveria ter ido para casa, mas precisava tirar uma cópia da demanda de medicamentos. Além disso, a paciente Clarisse tinha dado muitos problemas aos enfermeiros hoje, tomando conta da maior parte de seu tempo. Passou a mão pelos cabelos incrivelmente vermelhos e abriu a porta.

O grito rompeu de sua boca. O corpo do enfermeiro balançava de lá para cá. A corta ensanguentada no pescoço. O rosto retalhado. Largou tudo e saiu correndo. Pediria demissão depois daquilo. Corria, os pulmões já protestando pó um pouco de ar. Então, ela parou.

- Venha... – Uma voz extremamente doce e pacifica ecoou pelos corredores. – Eu estou te chamando. Venha... Ou eu vou até você.

A ruiva voltou a correr. Chorava de medo agora, o que quer que tenha matado seu colega de trabalho agora estava atrás dela. E, por algum motivo estúpido, ela sabia que não adiantava correr. Dobrou o corredor e deu de cara com ela.

Seu sangue gelou. O coração paralisou. O frio invadiu sua alma. Ela vinha lentamente, espreitando-se nas paredes. Na escuridão. Rachel não conseguia mover-se. Era descomunal a calma daquela criatura. Vinha nas sombras. Vinha pacientemente, friamente. Mas vinha. E não tinha escapatória.

A morte estava vindo.

...

Dr. Jackson bateu na porta do quarto de Annabeth e entrou logo em seguida. Devido aos assassinatos, as pacientes não podiam sair dos seus quartos. Annabeth estava deitada na cama, encarando o teto, não poderia fugir hoje, não com Thalia trancada em um quarto, sem poder fazer sua parte.

– Você não veio me ver ontem como eu pedi. – Percy sentou-se na poltrona.

– Eu falei que talvez não quisesse me lembrar do meu passado. – Ela passou a encará-lo.

– Mas você não quer sair daqui? – Perguntou.

- Com todas as minhas forças.

– Então... – Ele hesitou. – Você... Lembrou-se de algo e não me disse?

– Talvez... – Ela sentou-se na cama, ainda o encarava.

- Annabeth! Você não deveria esconder as coisas. Você não esta ajudando desse jeito. – Protestou.

- Você não está me ajudando! – Ela elevou a voz. – Isso tudo não está me ajudando. Sabe o que me ajudaria? Sair daqui!

- Sair daqui? É isso o que você quer? Então está bem. – Jackson puxou a loira pelo braço, apertando-o. Abriu a porta do quarto, e rumaram pelo corredor vazio. Passaram por policiais, que apenas encararam confusos. Chegaram aos jardins, e ela viu que chovia forte, isso não o impediu. Saíram na chuva até o grande portão. Ele abriu o portão. Ela agora estava totalmente encharcada. Ele também. Eles atravessaram o portão, ele a soltou.

- Pronto! Saiu! Pode ir. Vai, está livre! Agora nunca mais pisa aqui de novo.

- O que? – A garota parecia atordoada com a atitude do seu médico. Ele enlouquecera?

- Vai! Eu quero te ajudar, mas você não quer ajuda. O que seja que aconteceu com você, e provavelmente foi algo muito ruim, eu estou aqui, sempre, tentando ajudar. Mas você não valoriza. Só valoriza essa sua vontade doentia de não querer ficar aqui nem por mais um segundo. – As gotas de chuvas pareciam mais pesadas agora.

– Eu... – A loira não conseguia falar nada.

– Vai logo. Eu te prometi que te tiraria daqui. Promessa cumprida. – Ele entrou no hospital, deixando-a na calçada. Começava a fechar o portão. Annabeth correu para o lado dele, agarrando seu braço com força.

– Não é desse jeito que quero ir embora. Não quero ir embora sendo expulsa daqui. Por favor, me deixa ficar. Não me manda ir embora. – A loira sussurrava, parecia amedrontada. – Eu não tenho para onde ir. – Encarou a realidade. Percy a abraçou.

- Você tem que ir do jeito certo Annabeth. Você precisa saber o que aconteceu com você, por pior que seja você tem que encarar isso. É isso que estou tentando te mostrar esse tempo todo. Isso vai te fazer mais forte do que já é. – Falou. A loira ainda parecia muito assustada.

Foi guiada para seu quarto. Logo estava sozinha, trancada naquele quarto novamente. Encharcada. Mas ainda com medo. Algo na maneira que ele agiu a lembrou. A lembrou de quando seus pais a abandonaram para um velho sacerdote, por pura ambição. E ela não queria ser abandonada novamente, nunca mais.

...

Thalia remexia a sua gaveta de roupas. Bem no fundo, ela sabia o que ia encontrar. Por mais que achasse sua mãe paranoica por ler aquele tipo de livro, ela tinha roubado-o para si. Era a única lembrança que tinha da família toda. Da sua mãe. Era aquele pequeno e grosso livro preto.

Ela não acreditava naquilo, mas já estava ficando perigoso. Ainda mais depois da morte da enfermeira ruiva. Folheou as páginas do livrinho. Demônios, anjos, cultos, rituais, criaturas nunca antes vistas. Sangue, carne e pecado. Palavras estranhas. Isso não a interessava.

Parou de folhear. Em letras grandes e brutas, naquelas páginas amarelas, destacava-se o que ela queria. Olhou para os lados, assustada. Estava tão paranoica quanto sua própria mãe? Não interessava, pôs-se logo a ler.

“Capitulo 61: Como identificar a Morte.”.

...

- Dr. Jackson. – Luke sorriu ao ver o amigo.

- Já pedi para me chamar de Percy, Luke. – Percy estendeu um como de café para o rapaz. Luke sentou-se ao seu lado.

- Você é tão dedicado ao trabalho. – Luke observou. – Vou acabar me preocupando com você.

- O que? Por quê? – Fez uma careta para o amigo.

- Você sabe... Com todos esses assassinatos. Até a minha mãe não quer que eu pise mais no hospital. E ela nunca foi de tomar conta da minha vida.

- Isso é bobagem, logo a policia vai pegar o assassino e tudo voltará ao normal. – Disse após beber um gole do café.

- Não sei não, Percy. – Luke estremeceu. – Minha mãe diz que toda vez que passa em frente ao hospital sente aquela coisa.

- Que coisa? – Percy reprimiu uma gargalhada.

- Frio. Escuridão. Medo. Como se a morte estivesse chegando.


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Notas finais do capítulo

E o final ficou horrivel :T
mas n deixem de comentar, eu melhoro no próximo .