Before All escrita por And


Capítulo 3
Capítulo 2 - First Vision


Notas iniciais do capítulo

Oiie, desculpem-me pela demora... Mas, aí está o cap.:
Ps.: Eu sei que não está muito legal, mas os próximos caps. já irão começar a melhorar



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Encarei a Cintia, com um olhar apreensivo. Nem eu mesma me lembrava de todas as partes do meu passado. Depois que aquela dor começou, como se queimasse cada parte do meu corpo, foi como se eu não me lembrasse direito.


– E então? – perguntou ela, impaciente, com as sobrancelhas arqueadas, girando o livrinho que tinha em mãos.


Suspirei e abaixei meu olhar para o chão, então comecei.


– Olhe, eu não me lembro muito bem como era minha vida antes de... Antes de... – senti como se tivesse um chumbo dentro do meu coração. Fechei meus olhos e bufei.


Por que era tão difícil aceitar que eu me tornei um monstro, eu era tão ignorante a esse ponto? Ao ponto de não aceitar a verdade que está bem na frente da cara?


– Antes de tornar-se vampira? – Cintia perguntou, tentando esconder um sorriso zombeteiro, e eu concordei, ela soltou uma risada com desdém e depois olhou nos meus olhos. – Raramente alguém lembra com nitidez todas as partes de seu passado.


– Sim. Mas eu não me lembro de praticamente nada. As únicas coisas que eu me lembro claramente são os ultimo dois meses. Os meses que eu passei naquele sanatório. – eu fiz uma pequena pausa, depois balancei a cabeça, para afastar esse pensamento e continuei – Minha vida mudou completamente depois de eu conhece-lo, a princípio, ela mudou para melhor. Ele foi se tornando cada vez mais próximo, um amigo que realmente me entendia – fiz uma careta ao lembrar que eu era uma espécie de alien para a sociedade, inclusive para minha família – E, com o tempo, o sentimento de amizade começou a mudar, começou a ficar cada fez maior – eu sorri, comigo mesma, com as lembranças dos momentos que jamais voltariam – Nós começamos a precisar um do outro, muito mais do que um amigo precisa do outro, muito mais do que um irmão precisa do outro. E mesmo que nós não assumíssemos, nós estávamos apaixonados, e sabíamos perfeitamente disso, e isso era obvio. Mesmo que ele não quisesse, eu o amava, assim com ele me amava. Mas... – meu sorriso sumiu, e senti meus olhos arderem, apesar de estarem secos.


– Mas...? – Cintia perguntou, pendendo a cabeça para o lado, de forma, hum, meiga, eu a escarei e ela riu antes de completar minha frase – Mas veio um vilão e acabou com o romance do príncipe e da princesa, como num conto de fadas, certo?


Ri cinicamente e sem humor algum.


– Só há uma diferença – falei, ainda com o sorriso cínico brincando nos meus lábios – Nos contos de fadas, o vilão sempre se dá mal, e o príncipe e a princesa vivem felizes para sempre. E, no meu caso, pode até ter o para sempre, mas não terá o felizes.

– Quem sabe, você não encontre a felicidade em outras coisas. – falou ela, folheando o livro marfim.


– Bem, nesse exato momento, eu sinto como se a felicidade fosse a coisa mais distante, mais superficial, e mais idiota que as pessoas acreditam. – falei, e ela me olhou com um olhar interrogativo, e pedindo para que eu me explicasse – A pessoa mais importante da minha vida se foi, para nunca mais voltar, eu me tornei um monstro, eu sou a culpada pela morte dele, você me pedir para acreditar que a felicidade existe, é um pouco de mais.


– Calma aí, por que você é a culpada pela morte dele?


– Se ele não tivesse ido lá, para me salvar, ele estaria vivo.


– Sim, sei que pode doer para você ouvir isso, mas ele foi o culpado da própria morte, ele poderia ter te deixado lá, com o James, ou ter ido te salvar. E foi o que ele fez, já que ele te amava. Ou melhor, se ele tivesse simplesmente ignorado esse sentimento desde o início, nada teria acontecido. E isso foi escolha dele, não sua. Você era uma mera humana, não podia resistir a ele. – falou ela, com uma expressão de completo desgosto.


Ficamos em silêncio por alguns minutos. Eu digerindo as palavras dela, e ela lendo aquele livro. Ouvi o canto de pássaros e olhei pela a pequena janela da sala, já havia amanhecido. Por quanto tempo havíamos ficado conversando? Cintia seguiu meu olhar, arregalou os olhos.


– Mas que droga! – ela amaldiçoou, soltando o livro em cima de uma mesinha e se levantando – Maldição, eu não poderia ter esquecido.


Ela bufou e sumiu em uma das portas da casa. Eu ouvi os passos dela, então o barulho de uma gaveta se abrindo, e logo em seguida se fechando, e ela reapareceu na sala, vestindo um casaco.


– Tenho eu sair. – disse ela, enquanto puxava o capuz do casaco sobre a cabeça. – Você pode... Ler esses livros – ela apontou para a estante atulhada de livros, de todos os tipos – Ou passear por aí, só toma com as pessoas te olhando se você aparecer no Sol. Ou, sei lá, faça o que quiser.


Ela virou as cosas e saiu pela porta, deixando-me sozinha. Bufei e encostei minha cabeça no encosto do sofá. De repente, tudo ficou preto e uma nova cena se formou diante dos meus olhos: Três pessoas, vampiros. Todos usavam uma capa preta que lhes caiam até os pés. Dois deles era homens, um com cabelos castanhos claros, com a pele branco-esverdeada, e o rosto extremamente magro. O outro tinha cabelos negros como o breu, jogados para o lado, e sorria sarcasticamente para a mulher que os acompanhava. A mulher, era mais uma menina na verdade, com cabelos loiros presos num coque, e ela sorria de volta para o garoto, mas com um sorriso ameaçador e brincalhão ao mesmo tempo. Eles corriam por uma floresta, com certa leveza que era difícil de acreditar.


Eu pisquei e a cena se desfez sob meus olhos. Fazendo com que eu ficasse sem entender aquilo por algum tempo. Mas, de repente, eu me lembrei. Era por aquele motivo que eu havia sido trancafiada naquele sanatório: eu tinha visões do futuro. Porém elas nunca haviam sido tão nítidas, tão objetivas. Elas eram embaraçadas e nebulosas, não era possível entender o que estava acontecendo, diferente dessa ultima.


Suspirei. Realmente, suspirar e bufar eram as coisas que eu mais fazia ultimamente. E me levantei, fui até a estante e peguei o primeiro livro que vi na frete. Infelizmente esse livro era sobre Biologia Celular e Molecular. Então, eu não entendi porra nenhuma do que estava escrito ali. Então me dirigi para a estante novamente, mas dessa vez, tentei procurar um livro que eu, pelo menos, entendesse do que se tratava. Mas eu me surpreendi quando percebi que havia muitos livros sobre assuntos completamente chatos e entediantes, como Ciência, Física, Química, e tudo mais.


Quando, finalmente, consegui encontrar a parte onde estavam os livros de literatura, comecei a ler os títulos de um por um. Não havia nada de muito interessante, livros que em sua maioria eu já tinha lido. Então me sentei novamente no sofá, e observei as ultimas labaredas de fogo na lareira se apagando, devagar.


Talvez eu tenha ficado ali por horas, talvez aquilo não tenha passado de minutos, se fosse possível, eu ousaria dizer que havia dormido. Virei a cabeça bem no instante que a porta se abriu e a Cintia entrou e foi para o quarto onde guardou o casaco.


Assim que ela voltou para a sala, ela parou, com os olhos arregalados e em encarou.


– Você não percebeu? – perguntou-me ela.


– O que? – perguntei de volto.


– O cheiro.


Parei e respirei fortemente, um cheiro adocicado, não de humanos, mas o cheiro de vampiros. Imediatamente me lembrei da visão.


– Cintia, eu tive uma visão. – falei, e ela juntou as sobrancelhas.


– Uma visão? – perguntou desconfiada.


– Depois eu explico. Nela apareceram três vampiros, dois homens e uma mulher... – e contei a ela tudo que eu havia visto.


– Volturis. – disse ela, por fim.


– Que? – perguntei confusa.


– Eles fazem parte da guarda Volturi. – continuei olhando-a confusa. – Qual é, você não sabe quem são os Volturis? – neguei com a cabeça, ela revirou os olhos e então falou. – Eles são a realeza vampírica.


A porta abriu-se num rangido e os três entraram.


– Olá, Cintia. – cumprimentou o homem de cabelos negros jogados para o lado, com um pequeno sorriso.


– Oi Alec. – respondeu ela de volto, num tom sério. – Qual o motivo de vocês invadirem a minha casa?


– Está dizendo que nossa presença aqui não é agradável? – perguntou a loira, com um sorriso ameaçador.

– De forma alguma, Jane. – respondeu Cintia, fazendo uma cara de indignação. – É uma verdadeira honra recebe-los na minha humilde casa.


Tive que segurar o riso, como ela conseguia ser tão falsa, não sei...


– Quem é essa? – pela primeira vez o de cabelos castanhos falou, apontando para mim.


– É uma longa história, e garanto que, como vocês sendo os Volturis, não tem tempo para ouvi-la. – respondeu Cintia, sorrindo cinicamente.


– Na verdade, - a Jane falou, sentando-se no sofá. – Temos todo o tempo necessário.



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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam pessoas lindas que moram no meu coração - tenho a leve impressão de estar falando sozinha ¬¬".
Ok, mas de qualquer forma, comentem se não eu manda a Pâmela Martins na forma de Bloody Mary aparecer na casa de vcs, no quarto de vcs, em plena meia noite - e garanto que não é nem um pouco legal. Só não falem pra ela, quando eu a chamo de Bloody Mary, ela fica brava - Muhahahaha. Viu? Vcs acabaram de presenciar uma pessoa com DMG (Distúrbios Mentais Gravíssimos).
Sério, comenteeem. Bjs ♥



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