Before All escrita por And


Capítulo 2
Capítulo 1 - The Taste of Blood


Notas iniciais do capítulo

Oii, td bem com vcs??
Bem, mais um capítulo pra vcs,, e confesso q achei a Alice um pouco fria - apesar de eu te-la feito fria = Rsrsrs
Boa leitura:



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Havia chegado a hora. Eu já havia decidido aquilo há uma semana, não havia mais como voltar atrás, não tinha mais como evitar isso. Suspirei e prestei a atenção se todos estavam dormindo. O silêncio reinava, a não ser pelos roncos de pacientes e médicos que estavam afundados em um sono profundo e tranquilo, como eu também deveria estar.


 Comecei a procurar algo que eu poderia usar como chave para abrir a porta do quarto, que, como sempre, estava trancada, mas eu não achei nada, nem tinha tempo para procurar melhor. Aproximei-me da porta e chutei-a, nesse instante a porta rangeu e pendeu para trás, mas eu segurei-a e suavizei seu baque contra o chão.


Comecei a correr pelos corredores, até passar pela porta de entrada e ser envolvida pela noite fria, mas, na minha concepção, confortável. Caia uma garoa fina e fria, dessas que normalmente arrepiam a espinha. Sorri, sentindo as gotas frias escorrerem pelo meu rosto, para as pessoas normais, isso talvez pareça bobagem, mas para mim, naquele exato momento, significava tanto.


Um cheiro doce e tentador me invadiu, fazendo com que minha garganta ardesse muito mais do que já estava ardendo. Não tinha como evitar, comecei a correr em direção do sul, em meio a uma floresta, me aproximando cada vez mais dos alpinistas que escalavam uma montanha próxima.


Quando pude vê-los e ouvi-los, a sede aumentou ainda mais, fazendo com que a razão que ainda habitava em mim, sumisse por completo. Quando cheguei ao pé da montanha, foram só mais alguns segundos até eu parar em frente aos dois homens com uns cinco casacos, que me olharam com os olhos arregalados.


Eles podem ter até tentado fazer alguma, mas eu fui mais rápida - isso é obvio - e apenas dois minutos depois havia dois homens mortos no chão, sem sequer uma gota de sangue dentro de seus corpos. Por mais cruel que pareça, não pude evitar sorrir. Sorrir pela ardência na garganta ter passado. Sorrir por estar tão satisfeita. Sorrir por me sentir muito mais forte do que antes. Sorrir por sentir, pela primeira vez, aquele gosto delicioso, muito melhor do que eu sonhara, na minha boca.

Na hora, não me importei se eles tinham famílias, nem nada, e, afinal, adiantaria me importar? Isso me impediria de fazer o que eu fiz? Acho que não. Apesar de eu sentir uma pontada de repulsa de mim mesma, eu não tinha mais como eu fugir de quem eu sou, tinha que simplesmente aceitar.


Lembrei-me do bilhete que ele havia deixado para mim. Eu deveria ir para o norte da Canadá, e eu estava no sudeste dos EUA, e agora eu havia ido mais um pouco para o sul. Olhei para o céu, ainda era noite, mas não demoraria muito para o Sol nascer.


Eu já havia perdido tempo demais com os dois ali. Abaixei os olhos para os dois corpos a meus pés. Bufei, virei às costas e comecei a correr de volta para o norte. Depois de poucos minutos correndo, passei pelo sanatório que um pouco antes estivera presa, mas não parei.


Eu me sentia muito mais forte, mais confiante em mim mesma, mais ágil, mais veloz, enfim, me sentia melhor. Eu evitava as cidades, preferia ir pelas florestas. Mas tinha hora que não tinha como evitar e eu ia por cidades, apesar delas estarem vazias e sombrias, iluminadas apenas pela Lua e pelos postes, sentia medo que alguém me visse – um humano, veria no máximo um vulto.


Quando o Sol começou a nascer ao leste, eu comecei a sentir um cheiro familiar. Um cheiro muito parecido com o dele e com o... Meu. Parei em frente a uma casa - dessas com estilo meio medieval, de pedra, com plantas cobrindo as paredes, parecendo abandonada - no meio da floresta. Qualquer outra pessoa acharia que era abandonada, mas dela saia o cheiro familiar, levemente doce.


Aproximei-me da porta e estiquei a mão para bater na porta, mas antes da minha mão encostar-se à porta, ela se abriu e apareceu uma mulher de aparência de 25 anos (ou mais), com cabelos loiros que lhe caiam em cachos até pouco abaixo dos ombros, olhos vermelhos vivo, pele muito branca, lábios vermelhos e em uma linha reta.


- Quem é você? - perguntou ela me fuzilando com o olhar.


- Hum, Al... - iria responder, mas parei e resolvi responder com outra pergunta - Você é Cintia?


- O que isso lhe interessa? - falou ela, unindo as sobrancelhas.


- Por favor, só me responda. - implorei.


- Sim, eu sou Cintia. Agora, me responda, o que isso lhe interessa, garota?


- Eu sou Alice Brandon, eu estava em um sanatório e...


- Alice Brandon! - ela exclamou arregalando os olhos - Então é você que eu estou esperando? - ela me olhou de cima a baixo, analisando cada detalhe, e depois voltou a me olhar nos olhos - Foi ele que pediu para você vir até mim?


- Foi. - respondi, encolhendo os ombros. Sei lá, mas ela parecia tão intimidadora.


- Neste caso - ela franziu os lábios e deu passagem na porta - Pode entrar.


Eu entrei. Sua casa era extremamente ajeitada e limpa, não tinha uma sequer partícula de poeira em cima dos móveis. O chão de madeira estava brilhando, como se estivesse acabado de ter sido encerado. A sala de estar era clichê, piegas, e linda. Havia um sofá bege com algumas almofadas verdes oliva e uma manta em outro tom de bege e uma poltrona verde oliva no centro da sala, junto com um tapete. Havia uma estante cheia de livros na parede que dava para o corredor. Uma escrivaninha cheia de papeis e coisas na mesma parede que a porta de entrada, uma janela com um balcão com flores na outra parede e na parede ao lado da porta da entrada, havia um porta que dava para cozinha inutilizada.


- Vai entrar ou vai ficar olhando para minha casa com cara de tacho? - Cintia perguntou, me empurrando para dentro da casa e batendo a porta atrás de mim - Sente-se, por favor - Ela apontou para o sofá, e eu me sentei.


- Hum, ele só me avisou que você viria, mas não me falou mais nada. Nem como você era, nem de onde você era, nem o que aconteceu com você. E então, você vai me contar, ou terei de adivinhar? - perguntou ela para mim, sentando-se na poltrona e pegando um livro encadernado com um tecido marfim e bordas de ouro.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Estão vendo essa caixa ali em baixo?? Ela está pedindo para vcs escreverem nela...Incrivel, não!! O_o Rsrsr. Sério pessoal, não quero leitores fantasmas, poxa... Bjs ♥