Eternamente sua escrita por Californiana


Capítulo 1
Grandes mudanças


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira, então queria alguns reviews para ver o que voce acharam!! obrigada, espero realmente que gostem :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/214711/chapter/1

Eu estava sentada na escada de entrada da minha casa aos prantos, Jake foi embora logo após de eu ter jogado tinta vermelha no quadro que ele estava pintando, não entendo por que ele foi o culpado de tudo ele me fez fazer um risco enorme no meio da minha tela. Eu sei que não devia ter agido tão impulsivamente, mas...

– KATY, KATY, KATY. – ouvi Anne gritar correndo na minha direção, parecia apavorada.

– O que foi Anne? - indaguei enxugando as lagrimas.

Ela ficou me olhando durante um tempo, parecia estar achando palavras para me contar algo importante.

– Bem Katy, é, eu não sei como falar isso, mas... – ela interrompeu a frase e me olhou séria.

– Vamos Anne diga, estou começando a ficar preocupada! – disse pegando nos ombros dela enquanto levantava.

– Katy! É o Jake, ele sofreu um acidente de carro e... – ela disse com lagrimas nos olhos.

Fiquei completamente apavorada, sem reação alguma, apenas chorava me sentei a onde eu estava antes e coloquei as mãos em cima dos olhos para escondê-los.

– Anne, como isso aconteceu? - finalmente perguntei ainda de cabeça baixa

– Parece que ele estava em alta velocidade, e capotou o carro, eu não sei ao certo como aconteceu. – ela respondeu me abraçando forte.

– E como ele esta? - disse.

– Infelizmente, os médicos não poderão fazer nada. – ela disse me abraçando mais forte ainda.

Sai correndo para dentro de casa fechei tudo peguei uma jaqueta de couro e sai correndo pela rua, Anne vinha logo atrás de mim e só perguntava onde eu estava indo, eu não conseguia entender como tal coisa fora acontecer com Jake, o meu amor o meu namorado estava morto? Eu não me conformava e fiquei durante muito tempo tentando entender.

Anos após a morte de Jake eu já havia arrumado o quadro que ele estava fazendo tinha acabado a pintura e posto em uma das paredes da sala da nossa antiga casa, eu tinha me mudado e ia lá apenas uma vez por semana, para ver se tinha chego alguma correspondência e ver como estava a casa.

Já havia nascido nossa filha ela já tinha cinco anos, ela sempre ia comigo até a casa e ficava brincando e mexendo nas coisas, eu ficava horas sentada no sofá olhando o quadro e pensando que ainda podia estar morando naquele lugar em que eu tinha sido tão feliz, e que essa menina correndo pela sala poderia estar no colo do homem que era o pai dela. Eu nunca havia esquecido Jake, tinha fotos e mais fotos minhas e dele os meus álbuns antigos, sempre sonhava com ele, ouvia nossas musicas.

As coisas começaram a mudar, Emma já tinha 15 anos e eu visitava a casa apenas de duas em duas semanas, a menina que ficava correndo ia para lá obrigada.

– Mãe, por favor podemos ir embora? Não agüento mais ficar aqui. – ela dizia de dentro do carro.

– Emma por favor, entre aqui, por favor ele era seu pai e essa seria sua casa se ele estivesse vivo. – disse de costas para ela.

– Isso mesmo mãe, se ele estivesse vivo, ele não está, não precisamos vir aqui sempre, mãe! – ela me disse, enquanto eu virava para ela e fechava a porta.

Entrei no carro, e fui para casa, o caminho todo fiquei pensando em como Emma podia falar daquele jeito do próprio pai? Pensei em parar o carro para brigar com ela mas resolvi ficar em silencio.

– Mãe, você não precisa ficar desse jeito. Ele morreu não adianta ficar indo lá sempre relembrar a mesma dor. – ela disse sem tirar os fones do celular do ouvido.

Não falei nada, apenas prestava atenção na estrada e pensava em Jake, nunca havia me permitido apaixonar novamente. Era apenas eu e Emma sozinhas no mundo

Quando chegamos em casa Emma foi direto para frente do computador, mas eu o desliguei e comecei a falar.

– Emma, você estuda em uma boa escola, tem boas coisas e este apartamento aqui, você sabe o que milhões de adolescentes da sua idade dariam por isso? E isso tudo é do dinheiro que seu pai deixou, com todos os quadros vendidos, com tudo o que os pais dele deixaram para ele.

Ela estava lendo um livro do Harry Potter e eu arranquei o livro das mãos dela.

– Ei olhe para mim quando eu estiver falando com você Emma Hudson, sou sua mãe e você deve me respeitar do mesmo jeito que deve respeitar seu pai, vivo ou morto, entendeu? - continuei a dizer olhando séria para ela.

– Entendi mãe! – ela falou com a cabeça baixa. – mas mãe você deve se permitir ter uma vida social ter amigos, você vive pro trabalho, pra mim e pro meu pai. – continuou.

– isso quem decide sou eu Emma. – respondi fria.

Na manhã seguinte, Emma mal falou comigo e concordava com grande parte das coisas que eu falava.

– Emma! Decidi que vamos nos mudar! – disse.

– Pra onde? - perguntou

– Não decidi ainda, mas vamos sair daqui. Talvez vamos para outro estado ou país! – disse depois de comer alguns pedaços do abacaxi que estava em uma tigela, na minha frente.

– Mãe e a escola? E os meus amigos? O seu trabalho? - ela disse me olhando, seria e um pouco sonolenta.

Fiquei sem responder nada por um tempo, então olhei para ela e comecei a falar novamente.

– Filha, você não quer que eu tenha uma vida social, amigos e um amor? então para isso temos que sair daqui, mudar nossas vidas. – disse olhando para ela. – você pode me ajudar a escolher o lugar? - continuei.

– Se é assim mãe, ajudo sim, mas vai ser difícil pra mim. – sussurrou – mas pode ser qualquer lugar no mundo? - perguntou, um pouco mais animada.

– Claro qualquer lugar! – disse sorrindo.

Continuamos a tomar o café da manhã e havia algumas conversas paralelas, mas nada importante, como o lugar para que iríamos... Depois de uma hora saímos juntas de casa como era de costume, todos os dias deixava Emma no colégio, e depois ia pro trabalho. Quando a deixei na escola, ouvi o som da voz dela no meio de varias outras de adolescentes:

– Mãe, poderíamos ir para, Paris, Roma? Tenho uma vontade enorme de ir pra esses lugares!

– Europa. Bem vamos ver vou fazer algumas pesquisas hoje e a noite conversamos, mas ótimas escolhas, filha! – disse retribuindo um lindo sorriso dela.

Ela foi andando na direção da entrada do colégio e eu segui meu caminho rumo ao trabalho, durantes alguns anos eu vivia com o dinheiro da venda dos quadros de Jake, mas os quadros foram acabando e decidi fazer uma faculdade e ganhar o dinheiro pro meu sustento e de Emma.

Emma já tinha uns quatro anos quando já estava bem estabilizada e trabalhando no que eu havia me formado.


Eu estava entrando no prédio do meu trabalho quando ouvi uma pessoa gritando:

–KATHERYN! KATHERYN é você? Katheryn Hudson... – veio sorrindo e me abraçando, olhei pouco para pessoa mas logo reconheci que era Anne pelo forte abraço.

– Ohh Anne, não acredito! Quanto tempo! – disse abraçando-a a mais forte que pude.

– Katy, você está maravilhosa, deve ter se casado? não é? Eu me casei e tenho dois filhos maravilhosos! – ela disse enquanto me soltava.

– Anne, obrigada, você também está linda, não me casei, mas tenho uma filha, casou com quem? - perguntei sorrindo.

– Obrigada, me casei com Willian, lembra do nono ano! Uma filha com quem? - indagou

Esperei um tempo até digerir tanta informação, tentando me lembrar quem era Willian!

– Ah o famoso Will, não é? Tive uma filha com...- fiz uma pequena pausa, tentando não chorar. - bem com Jake – continuei. – lamento Anne, mas tenho que entrar preciso trabalhar.

– Sim o famoso Will. Você trabalha aqui? - perguntou apontando para o grande prédio atrás de nós. – Eu também trabalho aqui, a alguns anos, incrível nunca termos nos encontrado. Nos vemos por ai? - perguntou.

Sorri e afirmei com a cabeça e entrei no prédio depois de um abraço em Anne, encontrei e cumprimentei alguns dos meus colegas de trabalho e subi andares acima em um elevador sozinha, até que Robert entrou.

– Olá Katheryn! Tudo bem? - disse enquanto as portas se fechavam.

– Olá Robert! Tudo bem sim. – disse enquanto pegava a agenda e via se tinha alguma reunião hoje ou algo parecido.

Quando chegamos no nosso andar ele me deixou sair primeiro, com certeza olharia pra minha bunda, mas continuei andando sem olhar para traz na direção da minha sala, antes passei na mesa de Susi minha secretaria.

– Susi por favor poderia fazer um relatório completo de Roma, Paris e Londres pra mim? - disse enquanto passava rápido por ela.

– Claro senhora Katheryn! – sorrindo ela disse e já começava a busca.

– OBRIGADA SUSI! – gritei já da porta da minha sala.

Joguei tudo o que eu tinha nos braços sobre a mesa, liguei o computador e Susi apareceu na porta com algumas folhas na mão.

– Senhora preciso que de uma olhada nessas plantas para poder mandar pros homens da obra – falou sorrindo enquanto deixava elas sobre a minha mesa bagunçada. – e essas são folhas sobre o relatório dos três lugares.

– Ok Susi vou dar uma olhada nos papeis. Muito obrigada quanta eficiência, muito obrigada mesmo. – disse enquanto colocava as folhas dos papeis dos lugares dentro de uma gaveta aberta do meu lado e olhava as plantas.

Quando levantei a cabeça Susi não estava mais na sala. Uma hora depois de ver todos os papeis, resolvi entregar pessoalmente os pedreiros, quando estava saindo encontrei com Robert no corredor

– Vai inspecionar um obra Katy? - perguntou, e começava a andar do meu lado, um pouco perto demais. – posso lhe acompanhar?

– Katheryn, por favor! Estou indo sim, se não tiver nada melhor pra fazer pode vir! – disse fria.

– Tudo bem Katheryn então. – me olhou nos olhos e eu não gostei do jeito ironico que ele falou.

Desci o prédio antes dele, e fiquei esperando na entrada com o carro ligado. – RAPIDO, NÃO TENHO O DIA TODO. – gritei, e ele começou a correr.

– ESTOU INDO, FIQUE CALMA, KATHERYN. – disse ironicamente de novo e estava me deixando mais irritada ainda.

– Pare com isso Robert. Ou saia já do carro – ordenei. – e ande de pressa tenho que fazer isso e resolver umas coisas ainda no periodo da manhã. Alguém tem que trabalhar nessa empresa além de Susi. – disse fria e sorrindo.

– Não fiz nada Katy, ah perdão Katheryn! Voce anda muito irritada ultimamente. – disse

Ficamos o caminho todo sem trocar muitas palavras até que ela resolveu se meter na minha vida.

– Pediu relatórios de Paris, Roma e Londres ta pensando em viajar? - olhando para fora do carro perguntou, sorrindo.

– Não vou viajar, vou para morar, novos ares entende? - não deveria estar dando tantos detalhes pensei comigo mesma;

Ele ficou quieto não falou mais nenhuma palavra, nem cantou a sua musica preferida, parecia incomodado com algo. Quando chegamos ele saltou rápido do carro e foi verificar uma das outras cinco obras que também estavam sendo feitas no local, mas estavam sendo supervisionadas por ele.

– Robert, uma hora para voltarmos! – disse enquanto pegava todos os papeis d dentro do carro com um pouco de presa.

– Ok Mentre! – ele rio, até eu ri dessa piadinha sem graça dele.


Eu tinha uma amiga, Geovana, ela trabalhava comigo e sempre viajávamos juntas.

– Tenho que confessar Ge, penso em Jake o dia todo, sinto muita falta dele. – sussurrei

– Katy fazem mais de quinze anos, supera isso amiga! –ela disse, dei de ombros e continuamos a conversar, mas agora sobre minha mudança repentina.

– Acho que vai ser bom pra mim, e pra Emma respirar novos ares. – estávamos esperando Emma na frente do colégio para o almoço. – Venha com a gente Ge, você não tem ninguém aqui também! – continuei.

– Não sei Katy,não quero atrapalhar a vida de vocês, vou ficar por aqui mesmo. – disse acenando para Emma que vinha na direção do carro.

Emma entrou no carro, no banco de trás e colocou os fones de ouvido, ligou o tablet que estava dentro da bolsa e não falou nada durante muito tempo. Deixei Geovana em casa e depois fui com Emma para um restaurante.

– Eai mãe, já decidiu para onde vamos nos mudar? - parecia ansiosa e animada com a mudança.

Engoli a comida e estava na boca e respondi calmamente sorrindo.

– Ainda não, preciso ver uns papeis de cada local que Susi fez para mim e depois decidimos juntas acrescentei Londres, o que você acha?

– Maravilhoso! – abriu um enorme sorriso. - Londres é incrível!

Na tarde daquele dia eu não trabalharia então eu e Emma ficamos a tarde toda olhando fotos e lendo o que Susi havia feito sobre cada lugar, surgiram novas idéias de lugares, então a duvida ia crescendo e acabamos decidindo ir para Paris.

– Ah mãe estou muito empolgada para nos mudarmos. Quando vamos? - perguntou bastante animada e sorridente.

– Bem acho que dentro de uma semana poderemos ir só preciso arrumar um apartamento lá e pedir transferência pra a construtora de lá. – respondi enquanto colocava as coisas do jantar na mesa.


Emma todos os dias durante uma semana me perguntava quando iríamos nos mudar. Ela arrumava e desarrumava suas malas, até o dia da viajem. Emma estava certamente mais animada que eu, eu não queria muito deixar aquele lugar, na nossa ultima semana aqui ficamos na casa onde eu morava com Jake, não vendi a casa, nem o apartamento, aquilo tudo era parte de mim, não poderia vender tudo o que antes era de Jake e agora era meu, e depois seria de Emma.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? :DDD



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eternamente sua" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.