Uma Louca No Rangers escrita por milacristhine


Capítulo 15
Pulos


Notas iniciais do capítulo

quem aqui notou que a fic estava em hiatus? quem quiser me dar um tiro por não avisar pode, porque eu mereço!
quantos leitores eu perdi?



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Lá estava eu andando tranquilamente pela rua, quando dois elefantes cor-de-rosa surgem e tocam o terror na cidade e aí eu vou para trás de uma carroça, me tele transporto e então apareço do alto do castelo com minha roupa de super heroína rosa neon e salvo o dia mais uma vez!

E aí eu faço o que?

Isso mesmo, eu acordo.

Depois lavo meu rosto cantarolando. Por que só lavar o rosto? Porque aparentemente as pessoas aqui não tomavam banho três vezes por dia, então Alyss me fez prometer que só tomaria um banho a cada dois dias.

POOOOORRRRR QUÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊ?????????????????????????????????????????????

Eu estava indo para a escola quando dei de cara na parede. Eu estava distraída, poxa!

—Quem pôs essa parede aqui?— gritei

Isso mesmo eu gritei.

E, como sempre, olharam-me assustados. E assustadas.

Fazer o quê se não sabem lidar comigo? Paciência, né?

Mas acho melhor eu começar a parar com isso, ou ninguém vai querer comer a minha comida.

Afinal, eu serei uma cozinheira! Yeah!

Lára-ri lálálá

Ashley chegou! Uhu! Qual o meu problema???

Perguntei isso para ela e ela disse:

—Você não tem um problema. Você tem vários problemas. E quando eu terminar de enumerá-los, já estarei com mais sessenta anos.

Não falei com ela pelo resto do caminho.

O que?? Quem a mandou ser tão direta e sem tato?

Portões da escola: silêncio.

Corredor: silêncio.

Sala: silêncio.

—Ah, qual é! Você vive falando, não me dá gelo não.

Vê-la se esforçando tanto para reproduzir meu jeito de falar me fez esquecer o que ela disse.

—Ok!

E fomos à torre secreta. Bem, nem tão secreta. Depois que descobriram que nós a redescobrimos eles quiseram ir lá todo dia! Abusados! Levamos umas... Coisinhas pra lá. He he he he he.

E agora eles não vão mais! Vitória!

Então tá, né? Nós fomos à torre.

—Hey Ashie, como esta a história do bebe?

Sim, eu dei um apelido a ela, e se ela não gostar prêmio duplo!

—Complicada. Mas eu e meu irmão estamos tendo algum progresso.

Ela sorria docemente.

“ai, que fofinho!”

Ta parei.

Então eu basicamente tive um ataque histérico contido.

Não queira saber como é. Vai por mim.

Ashley nem piscou. Ai, ela já se acostumou com o meu jeito! :’)

Depois pedi pra ela me contar o que eles estavam fazendo.

Pra começar, voltaram a falar com a mãe. Também conheceram o irmãozinho mais novo. E eles fizeram tudo isso escondido do pai. E então ela contou que o pai sempre foi muito presente na vida dos filhos.

—Não adiantaria nada pedir pra ele nos ajudar com um trabalho para pesquisar a árvore genealógica, eu tenho certeza que saberia que não tinha trabalho nenhum.

Bem, ver a cena de acusação que eles assistiram, com certeza deixaria qualquer um traumatizado. Estavam com medo de uma abordagem direta, então optaram por uma abordagem indireta e eficaz, que faria o pai pensar que eles não planejaram tudo pelas costas dele.

—Quando vocês eram crianças, costumavam ver a árvore genealógica?

—Sim.

—Vocês poderiam vê-la e, quando ele chegasse, poderiam dizer que estavam com saudades...

—E se acontecer o contrário?—ela me interrompeu— e se ele decidir que a mamãe morando lá está nos prejudicando? E se ele resolver expulsa-la? Não!

E começou a soluçar muito alto.

—Desculpe, desculpe! Tem razão, vamos tentar outro jeito, vamos pensar em alguma outra coisa! Ashley, nós vamos conseguir! Se acalme, conseguiremos dar um jeito nisso!

Eu não sabia mais o que dizer, ela chorava muito, e eu fiquei muito nervosa. Sou sensível aos sentimentos dos outros.

—Ashley, acho que a aula já começou. — falei depois de um tempo.

—Podemos matar aula, uma só vez não mata ninguém!

E eu me calei.

Depois que o ombro do meu vestido estava completamente molhado, ela parou.

Descemos. Furtivamente saímos da escola e depois voltamos. Por que fizemos isso? Para distrair ela.

Quando chegamos à sala pedimos desculpa por estarmos atrasadas e entramos.

Há! Nós é que mandamos aqui!

Nem nos importamos com a aula.

E foi assim até o intervalo.

Resolvemos caminhar enquanto comíamos, dane-se se isso faz mal.

—Ei, onde é que vocês estavam?

Era John. Pela primeira vez desde que o conhecemos ele iniciou uma conversa.

Quer dizer, desde que eu o conheci, mas relevemos.

—Ah, foi mal, nos atrasamos.

—Não se atrasaram não, eu vi vocês chegando.

—Então sabe que chegamos atrasadas.

—Eu também sei que vocês subiram à torre e não desceram quando deram início à aula.

Oooops.

—Sabe se alguém mais viu?

—Não ninguém viu.

—Ah...

Eu estava louca pra perguntar de onde ele tirou tanta coragem, mas não tinha coragem pra perguntar isso!

O que eu acabei de dizer fez sentido, que eu sei!

—A gente nem se tocou que tinha passado tanto tempo.

Nessa escola não tem uma campa avisando o início e o fim de aulas ou do intervalo, nos temos que ter uma noção, ou então... nós ficamos pra fora de sala! Êêêêêêêêêêêê!!!

Quem ta feliz levanta a mão! o/

Onde eu estava?

Ah sim, no John.

— E aí, quais as novas?

Preciso dizer que ele ficou confuso? Francamente, esse pessoal tem que aprender a se comunicar!

—Quais as novidades, John.— disse Ashley. Francamente, viu? As pessoas aqui não gostam gírias. To falando sério, isso é bullying!

— Ah, sobre o projeto. Daqui a cinco dias vai ser feito tudo. Vão dar o aviso hoje.

Ashley parecia intrigada.

—Como você sabe de tudo isso? Espera! Foi você quem organizou tudo! Por que você tem tanto poder na escola?

—Ashley...

—Não, sério, por quê?

—Eu sou o primo da administradora da escola.

Seria basicamente a dona e diretora, mas tudo que ele fazia tinha que passar pelas mãos do Barão pra ele autorizar tudo.

Então por que eu fui lá conversar com o Barão?

Porque aqui também tem burocracia, e com o Barão sabendo de tudo, seria mais fácil.

Aposto que ele ficou magoado, já que Ashley estuda com ele desde que eles se entendem por gente, e ela não saber disso era meio que decepcionante, já que, como todos sabem menos Ashley, ele esta querendo impressiona-la porque nutre uma paixonite adolescente por ela. Ou um amor verdadeiro que fará com que eles se casem e tenham filhos.

Sério cara de onde eu tirei aquilo? Amor verdadeiro? Pfff isso não existe.

— Ah, certo continue.

Ele nos contou tudo.

Depois disso resolvemos ir para a sala, para não perdermos a hora.

Quando estávamos na sala eu falei:

—Hey Ashley olha pra lá!

Apontei para um ponto atrás dela. E então saí de lá pra falar com o John. Sou uma garota com um grande tato. E muito honesta. E moral e eticamente consciente dos meus atos. Mas eu sei que todos já sabem disso.

E fui falar com John.

—Hey!

Ele me olhou e me deu um “hey” desanimado.

Quando ele aprendeu a dizer “hey”? Como ele sabe o que quer dizer “hey”?

—Você sabe o que quer dizer “hey”?

—Você sempre diz isso quando vê alguém. Achei que fosse um tipo de cumprimento.

—E é. Não sabia que você prestava atenção nas minhas conversas. Quer dizer, alguém presta?

—Ashley presta.

—Não, eu filtro tudo o que ela fala e presto atenção nas coisas relevantes.

—Que é 2% do que eu falo.

Aparentemente eles não sabiam o que era porcentagem. Não nessa idade.

—De cada cem coisas que eu falo 98 são irrelevantes.

O olhar de compreensão chegou às suas feições.

Suspirei.

—Estou cansada. — falei.

— De que?— Ashley.

—Só estou cansada. —eu.

— Você sempre está esta cansada. Ou com fome. Ou com sono.

— Não é verdade, tem vezes que estou os três de uma vez. :3

Ela me olhou irritada. Graças ao meu imenso tato percebi que ela estava irritada por tê-la enganado e a deixado no vácuo. Ai, o que seria de mim sem meu tato?

Sorri pra ela e pro John e voltei para minha cadeira. Fiz isso de um jeito que ela percebesse que algo estava errado. E estava. O professor chegou com o diabo-no-couro e mandou as conversas cessarem imediatamente porque ele não tinha que cuidar de varões e raparigas (n/a marmanjos e marmanjas).

Que avacalhação é essa?

Desgraçado.

Sempre detestei esse professor, machista demais, acha que garotas não deviam ser instruídas, que deviam ficar em casa aprendendo a serem boas esposas e boas mães.

Quase que eu grito “VAI TOMAR NO C%!!!!!” mas me controlei.

Adivinha que matéria ele ensina?

Quem disse matemática vai acordar com M M’s na sua caixa de correio. Não me responsabilizo se sua(seu) irmã(ão) pegar.

Quando ele me viu, achou que me usaria como bode expiatório, já que na cabeça dele meninas de outros lugares não recebiam instrução. Vou mata-lo com meu pensamento.

—Ah, você, garota novinha, apague o quadro e esfrie meu café.

Novinha? Novinha? Pedófilo desgraçado! (n/p: pirei legal)

Levantei-me, apeguei o quadro e voltei pra minha carteira(eu chamo assim, mês é uma mesa com lugar pra duas pessoas). Enquanto eu subia todos prendiam a respiração, porque todos nós sabemos que aquele professor desgraçado tem um humor terrível.

—Sabe o que é engraçado? Eu achava que tinha mandado você esfriar meu café.

—Ah, não você não se enganou, você realmente me mandou esfriar seu café.

—Então porque não esta o esfriando?— perguntou como se eu fosse uma retardada e ele estivesse tentando entender minhas ações.

—Porque eu venho pra essa escola pra ser instruída e informada, não pra ser a empregada do professor.

Algumas garotas puseram a mão na boca. Alguns garotos riram, comentando que eu estava morta.

O professor levantou a mão. Sim, eu deixaria ele me bater, pois iria precisar de provas. E também porque eu sou um pouquinho masoquista.

A mão dele pousou gentilmente na minha cabeça e ele me fez um cafuné.

—Muito bem, é assim que uma mulher tem que ser.

Pronto, to com medo!

Tenho certeza que não vou dormir esta noite, porque estarei esperando ele abrir a janela do meu quarto pra me matar com a sua meia cheia de manteiga.

Cuma????????? Ele ainda tem um estereótipo pra como uma mulher tem que ser??? Ah, espera também temos um estereótipo de como um homem tem que ser. Tudo sussa então. Nossa, hoje eu to pra gírias.

Minha cabeça estava virada pra todos os lugares, e os meus olhos pra direção oposta à minha cabeça!

Então eu parei, porque eu não devia fazer aquilo durante a aula.

Sou uma aluna tão aplicada, uma adolescente responsável e séria.

Quem acreditou levanta a mãããaãõooo!!!!!!!!!

.

.

.

Ninguém? Sério? Então tá!

Continuamos a aula e quando ele achou q deveria ir embora ele foi. Mentira, é que a prima do John apareceu lá com ar de “eu que mando nesse bagaço aqui.” E mandou o professor sair porque queria dar um aviso pra turma.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH YYYYYEEEEEEEEEEAAAAAHHHHHHHHHH

Finalmente ele vai dar o aviso, estou esperando por isso há muito tempo!

—Bem alunos, vim aqui dar um aviso que eu acho que vai agradar a todos. Mas antes vamos começar com uma pesquisa: quem aqui acha a escola feia e assustadora?

N-I-N-G-U-É-M levantou a mão.

—Vamos, não sejam tímidos, quem acha?

Algumas pessoas levantaram as mãos. E depois mais outras. E outras até q toda a sala estava com as mãos levantadas.

—Então, já que todos concordam em relação a isso, pensamos em um jeito de mudar isso. Mas todos vão ter que contribuir!

Olhávamos para ela completamente focados.

—Faremos uma aula de pintura e penduraremos as pinturas de vocês pela escola!

Ao contrário do que aconteceria nos anos 2000 que teria reclamações e o caramba a quatro, aqui eles ficaram bem empolgados. Quase fiquei surda com a gritaria.

—Certo, falem com seus pais e tragam um papel assinado por eles autorizado a participação de vocês!

Bem, como não tínhamos muitas aulas naquele dia, fomos para nossas casas. Uhu!

Lá estava eu andando retardadamente quando dei de cara na parede. De novo.

Respirei fundo e contei até dez, não queria dar piti no meio da rua de novo.

Fui ao castelo, comi algo leve, vesti roupas confortáveis (leia-se: calças e camisa), e fui dar uma volta na floresta, conhecer o terreno.

Vi Will no meio do caminho. Mas ele não me viu. Certo, eu consigo.

Subi na árvore mais próxima(aqui é cheio de árvores!) e avaliei minha situação. Certo, se eu pulasse de onde estava poderia chegar ao galho da outra árvore e assim sucessivamente até chegar onde ele estava. Se ele não se mexesse. E se eu não fizesse barulho.

Acalmei minha respiração e pulei. Vitória, consegui ao outro galho sem quebrar um osso ou romper um tendão! Repeti o processo três vezes até que ele se virou na minha direção, e eu percebi que tinha sido descoberta.

Sentei e esperei ele vir até mim. Ele me olhava de um jeito beeem estranho.

— Eu quero saber—disse quando me alcançou— se você pensou que eu poderia estar perseguindo uma gangue de criminosos e que você iria se oferecer como alvo pulando desse jeito pelas árvores.—nossa, acho que “olhar mortal” e “sibilou pra mim” finalmente fizeram sentido para mim.

— Não, eu realmente não pensei nisso porque você estava completamente visível e conversando com o Puxão com um belo sorriso nos lábios e, sei lá, eu acho que esse não é o jeito que você vai para as suas missões.

—Eu poderia ter um plano e estar aparentando tranquilidade e desatenção, e você teria estragado esse plano completamente!

Ta, ele tem razão.

—Desculpe.

Ele pareceu bem satisfeito.

— Mas o que você estava fazendo?— perguntei

—Estava dando uma volta com Puxão.

Algo pareceu lhe ocorrer.

—Como você sabe que o nome dele é Puxão?

—Achei que o jantar era pra você ter suas respostas.

Ele me olhou de um jeito que fez com que eu soubesse que não deveria dormir naquela noite.

—Certo. Vá pra casa. E não venha mais para a floresta. É sério, ela está perigosa.

E foi embora! Ele me deixou lá pra ser atacada por uma gangue armada com meias cheias de manteiga!!! Que cara mais doido!

Voltei pulando os galhos e quando cheguei na orla da floresta percebi o meu problema. Como é que eu ia descer? Eu sempre tinha problemas com isso. Subir era fácil, quanto mais alto melhor. A bronca era descer, eu ficava com medo da altura.

Depois de alguns minutos encontrei a solução: eu pularia.

Depois de chegar ao chão voltei ao castelo suja, suada, com as roupas rasgadas em alguns lugares e as criadas ficaram horrorizadas com a minha aparência. Fala sério.

Elas me deram banho. ELAS me deram banho. Que constrangedor.

Depois deitei e dormi até o ducentésimo quinto sono.


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Notas finais do capítulo

o Nyah! mudou de aparência! tiraram aquela caixinha de procurar histórias, como eu vou achar minhas histórias? buááááááá
desculpa ter demorado, e o problema não foi falta de imaginação, e sim o excesso dela. eu não conseguia organizar minhas idéias e não conseguia fazer um capítulo q me agradasse. sinto muito pela demora.