Amor Proibido escrita por NatyAiya


Capítulo 28
Capítulo 28 - Véspera de Natal


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora.
Não era para mim ter demorado tanto para postar esse capítulo, mas as aulas começaram no começo do mês e eu estava me adaptando na nova escola, conhecendo os novos amigos e me adaptando ao novo ambiente, já que agora eu estudo de noite.
O capítulo já estava pronto há quase três semanas, já que ele ficou pronto logo depois que eu postei o capítulo 62, mas eu ainda tinha que digitá-lo.
E para ajudar, ou piorar, eu fiquei gripada na semana passada. Fiquei de cama por mais da metade da semana, e não tinha vontade de fazer nada. Nem mesmo de levantar...
Eu espero que vocês me desculpem e agora leiam o capítulo.
Aviso nas notas finais.



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Capítulo 28 - Véspera de Natal

POV Apolo

Depois que fiquei sabendo da existência de meus filhos com Annabelle e, depois de agradecer Ártemis por ter conseguido convencer Annabelle a ir até o Olimpo, eu simplesmente fiquei contando os segundos até que Deméter apareceu na minha frente.

– Deméter? Cadê a Anna? - esperava que ela viesse falar comigo novamente.

– Contratempos. - ela respondeu.

– Alguma coisa com as crianças? - pedi preocupado.

– Sabe sobre seus filhos? - perguntou ela surpresa.

– Ártemis me falou sobre eles, mas me responda: alguma coisa com eles?

– Se eu disser que não, eu estaria mentindo. Mas eles estão bem. Você não precisa se preocupar, Apolo. - e então ela sorriu. - Fico feliz por vocês terem se entendido.

– Não sei se realmente nos entendemos...

– Eu discordo. - ela me cortou. - Desde que Annabelle foi para o Mundo Inferior, o brilho dos olhos dela sumiram Apolo, dando lugar à uma dor, tristeza e até mesmo raiva incomuns até mesmo para um semideus filho de Hades. Mesmo com o nascimento das crianças, o brilho de alegria dos olhos dela não retornaram. O brilho que tomou conta dos olhos dela eram apenas uma sombra do que realmente eram, mas essa noite quando ela voltou para o Mundo Inferior depois de ter encontrado com você havia uma chama diferente em seus olhos. Seus filhos trouxeram apenas um motivo para ela continuar vivendo no Mundo Inferior, para ela não escolher a morte. Mas essa noite quando ela voltou, eu não tive dúvidas. - ela sorriu para mim. - O único motivo dela continuar vivendo, é por você Apolo.

Eu não tinha palavras para explicar o que sentia com essas palavras de Deméter. Apenas vê-la novamente hoje, um calor que eu não sentia há muito tempo retornou para meu peito, me aquecendo.

Um motivo para viver.

Eu sinceramente não sabia o que era isso, mas eu acreditava que o meu motivo de viver era para poder me divertir e levar prazer às mulheres humanas, só que será que era mesmo isso? A falta que eu sentira de Annabelle durante os dois últimos anos, tudo o que eu achava divertido tinha perdido a graça. Dormir com humanas não era interessante, não depois que eu tivera ela.

– Você não viverá sem ela, Apolo. - quando eu me dei conta, os outros deuses estavam ao meu redor junto com Deméter.

Eu encarei Dionísio buscando respostas, afinal o único que já tinha sentido algo parecido com o que eu sentia agora era ele.

– Tem o nosso consentimento, Apolo. - Zeus falou simplesmente.

Minha vontade foi pular sobre ele como uma criança numa noite de Natal ao ganhar o presente que queria.

– Hades permitiu sua presença na véspera de Natal. - Deméter falou. - Pode ser a sua única e última chance de trazer seus filhos e Anna de volta para o mundo mortal. - ela falou. - Nós nos vemos lá, Apolo.

– Espera! - eu pedi antes que ela voltasse para o Mundo Inferior. - Eu não sei do que as crianças gostam. Nem mesmo sei o nome deles.

– Angel e Nicholas. - ela respondeu rindo. - Agrade a mãe, e acho que será o suficiente. - e com isso ela desapareceu.

****

Eu passei a contar os segundos até o momento em que eu poderia revê-la e conhecer meus filhos. Fui para o Mundo Inferior um pouco depois das onze horas da manhã do dia 24.

– Seja bem-vindo, Apolo. - Hades falou assim que eu apareci no meio da Sala dos Tronos do Mundo Inferior.

– Obrigado, Hades. Onde Annabelle e as crianças estão? - pedi sem esconder a curiosidade.

– Você chegou. - me virei para encontrar Annabelle em um vestido branco e os cabelos presos em uma longa e elegante trança.

****

POV Annabelle

Deixei os meus convidados no quarto e fui falar com meu pai, afinal Apolo ainda não tinha chego. Mas assim que entrei na Sala dos Tronos me deparei com ele.

– Você chegou. - falei tentando demonstrar indiferença.

– Oi. - ele falou sorrindo.

– Olá.

– Anna, pode levá-lo para o quarto? Quando o almoço estiver pronto eu mandarei alguém chamá-los. - meu pai falou e eu apenas assenti.

– Venha. - falei para Apolo dando meia volta e fazendo o mesmo caminho que tinha feito minutos atrás levando-o para os quartos. - Eu preciso acordar Angel e Nicholas, quer vir comigo ou vai ficar com os outros esperando?

– Quero vê-los. - respondeu ele. - Pelas minhas contas eles ainda não completaram dois anos, estou certo?

– Está. Eles vão completar dois anos no começo do mês que vem. - respondi antes de parar na frente da porta de meu quarto e abri-la.

Angel e Nicholas dormiam como anjos na cama e os dois estavam descobertos, mas o fogo crepitava na lareira deixando o quarto quente e confortável.

– Eles são lindos. - Apolo sussurrou com os olhos nos dois e um sorriso bobo no rosto.

– Eles são sim. - eu concordei. - Angel, Nicholas. - chamei os dois assim que sentei na beira da cama. Podia sentir Apolo às minhas costas.

– Por que eles ainda estão dormindo?

– Angel anda tendo uns sonhos que fazem com que ela acorde assustada e chorando durante a noite, e ela sempre acorda Nicholas primeiro. Mas ontem foi um pouco diferente. - eu me virei olhando para ele. - Eu contei para eles que você viria aqui hoje e eles simplesmente não queriam dormir. - contei. - Foi difícil fazer os dois irem para a cama.

– Eles sabem sobre mim? Sobre nós?

– Eles sabem muitas coisas se for levar em conta a idade deles. E eu tento não ter segredos com eles, Apolo. - respondi. - Eles estão crescendo aqui no Mundo Inferior, vivem com as fúrias e cães infernais ao lado deles e, acima de tudo, sabem sobre os deuses, sobre o Mundo Olimpiano. Sabem que o pai deles é o deus do sol e que ele me magoou muito, por isso eu vim para cá, e apenas isso.

– O que eles pensam de mim?

– Eles estão ansiosos para conhecê-lo. Nicholas tem uma guarda mais alta do que Angel, então se você pretende conseguir a confiança dos dois, eu sugiro que comece com ele. - os dois se mexeram, talvez incomodados com as nossas vozes. - Angel, Nicholas acordem. Papai está aqui. - eu falei beijando o rosto dos dois e deixando a ponta de minha trança passar por seus rostos.

Nicholas foi o primeiro a abrir os olhos, ele encarou Apolo com desconfiança e depois se arrastou para meu colo. Angel encarou Apolo sem saber muito bem o que fazer e depois de alguns segundo ela seguiu o mesmo caminho que Nicholas para meu colo.

– É ele? - ela perguntou sem tirar os olhos de Apolo.

– É sim, meu bem.

– Vai ficar com a gente? - Angel perguntou visivelmente esperançosa.

– Se vocês me aceitarem e sua mãe me perdoar, sim. - Apolo respondeu sorrindo para ela.

– Eu aceito. - Angel falou com um sorriso lindo no rosto. - Nicholas? - ela virou para o irmão.

– Se machucar a Angel ou a mamãe, vai ter que se ver comigo. - ele falou relaxando um pouco.

– Não vou machucar ninguém, pequeno. - Apolo respondeu sem se abalar.

– Muito bem, vocês conversam mais tarde. - falei tirando-os de meu colo e colocando-os no chão. - Vocês precisam se trocar e escovar os dentes.

– Mas mamãe... - Nicholas começou.

– Nada de mas. - eu o cortei. - Nossos convidados estão esperando e daqui a pouco o vovô vem nos chamar para o almoço.

– Vamos poder colocar a roupa que ganhamos da tia Afrodite? - Angel perguntou.

– No jantar, sim. - dei um beijo na ponta de seu nariz. - Já para o banheiro.

– Roupa que ganharam da Afrodite? - Apolo perguntou.

– Afrodite manda sacolas cheias de roupas todas as semanas. E as crianças amaram as roupas que ela mandou da última vez. - eu respondi indo pegar as roupas que eles usariam agora.

– Posso ajudar? - ele pediu vindo atrás de mim.

– Se quiser. - dei de ombros.

Quinze minutos depois os dois estavam trocados, com o cabelo no lugar e os dentes escovados.

– Quem está aqui, mamãe? - Nicholas perguntou quando saímos de meu quarto para irmos ao quarto de brinquedos dos dois.

– Tia Annie, tio Percy e tio Nico e mais três velhos amigos da mamãe. - respondi.

– Aí estão eles! Pensamos que você tinha fugido com as crianças, Anna! - Thalia gritou assim que eu abri a porta.

– Atrasado, primo? - Percy debochou vendo Apolo logo atrás de mim.

– Sabe como é... Annabelle não resiste a mim e... - ele se calou com um olhar. - Contratempos. - ele deu de ombros.

– Angel, Nicholas, essas são Thalia e Clarisse, e esse é Chris. - eu falei apresentando meus filhos para minha prima punk e meus velhos amigos.

– Ah, Anna, eles são tão fofos!

– Você é a filha de Zeus? - Angel perguntou para Thalia.

– Sou sim. Como sabe?

– Mamãe e tia Annie falam bastante de você. - Nicholas respondeu.

– Espero que elas falem bem.

– Falamos sim. - Annabeth veio se juntar a nós enquanto os homens estavam afastados. - Oi meus amores.

– Tia Annie! - Angel e Nicholas abraçaram Annie e ficaram no colo dela.

– Trouxemos presentes para vocês, mas sua mãe disse que só vão poder abrir amanhã. - ela olhou feio para mim.

– Eu sei o que você está fazendo, filha de Athena. - eu a censurei. - Não vire meus filhos contra mim.

– Mamãe já falou com a gente sobre os presentes, tia Annie. - Angel sorriu triste, para ela.

– Você é filha de quem? - Nicholas perguntou para Clarisse de repente. - Lembro da mamãe e do tio Nico falando de uma Clarisse, mas não consigo me lembrar.

– Sou filha de Ares, deus da guerra. - Clarisse respondeu sorrindo, orgulhosa.

Pouco tempo depois, uma das fúrias veio nos chamar para o almoço.

O almoço foi bem calmo considerando que nove semideuses estavam presentes, entre eles quatro sendo filhos dos Três Grandes, e quatro deuses, sendo que meu pai ainda estava bravo com Apolo.

O resto da tarde, foi um verdadeiro borrão colorido. Angel e Nicholas dormiram um pouco para poderem ficar acordados até um pouco mais tarde hoje, já que era véspera de Natal e tínhamos convidados. Nesse meio tempo eu coloquei a conversa em dia com Clarisse, Chris e Thalia.

– E nós vamos poder mesmo passar a noite aqui, Anna? - Clarisse perguntou.

– Vão. - respondi. - Os fantasmas irão arrumar esse quarto para vocês quando estivermos jantando. Só... tentem não se matar, ok?

– Sossega, prima! - Thalia sorriu. - Você deveria se preocupar com um certo deus. Você não deveria estar se acertando com ele?

– Eu acho que sim.

– Não se preocupe com a gente. Agora, você não deveria ir arrumar as crianças e ir se arrumar? - Chris sugeriu. - Apolo já foi.

Eu concordei e me levantei indo para meu quarto junto com Thalia, Annabeth e Clarisse.

– O velho Hades mudou. - Thalia falou quando eu estava dando banho em Angel e Nicholas.

– O que quer dizer, Thalia?

– Seu pai nunca deixaria alguém passar a noite no reino dele se não fosse pela eternidade, Anna. - respondeu Clarisse.

– Exatamente. - Thalia concordou.

– Sem comentários. - eu falei. - Annie, pode secá-los? - pedi para Annabeth tirando Nicholas e Angel de debaixo do chuveiro. - É minha vez agora.

– Arrase, Annabelle! - revirei os olhos.

Quando saí do banho, Thalia, Clarisse e Annabeth estavam prontas, arrasando em seus vestidos e nos saltos altos. Annabeth terminava de arrumar Nicholas e Angel.

– Apolo está de volta! - cantou Thalia enquanto eu escolhia o vestido. - E ele está de matar.

– Você não era uma caçadora? - perguntei me virando para ela, achando graça do comentário.

Sou uma caçadora. Mas... Bom... Apolo é gato. - ela disse fazendo com que todas nós ríssemos.

– Muito bem, eu vou me arrumar. Podem ir na frente, se quiserem. - falei voltando para o banheiro.

– Vamos levar as crianças também. - Clarisse avisou antes de saírem de meu quarto.

Em pouco tempo eu estava pronta. O vestido era simples, mas ao mesmo tempo bem detalhado, deixei os cabelos soltos dessa vez e não passei muita maquiagem. Deixei meu quarto para trás e fui para a Sala dos Tronos, que fora transformado em um pequeno salão de jantar para essa noite. A Árvore de Natal se encontrava do lado oposto aos tronos de meu pai e Perséfone, e abaixo dela, se encontravam vários embrulhos de presentes que seriam entregues mais tarde e abertos apenas amanhã de manhã.

– UAU, Annabelle! - Percy falou assim que eu entrei na Sala.

– As crianças tem de quem herdar a beleza. - Chris piscou para mim, levando um tapa de Clarisse. - Ai mulher! - ele reclamou.

– A Anna é mesmo gata. - Percy falou me abraçando. - Isso é para o Apolo? - ele perguntou em meu ouvido. Dei de ombros. - É por isso que eu amo minha prima. - e ele deu um beijo estalado em meu rosto.

– Vai virar peixe frito, Perseu. - Thalia alertou olhando para Apolo que encarava Percy fixamente.

– Apolo! - eu exclamei quando Percy começou a se contorcer no lugar.

– Obrigado, Anna. - Percy agradeceu e foi se juntar a Annie e Nico que brincavam com Angel e Nicholas, sem perceber nada do que acabara de acontecer.

– Desculpa. - Apolo falou se aproximando de mim. - Você está linda. - ele falou sorrindo de lado ao passar os olhos por mim mais uma vez.

– Obrigada. - sorri simplesmente para ele.

– Anna, querida, porque não sai com Apolo até os jardins? - Perséfone sugeriu.

– Ah... Claro. - eu respondi sendo pega de surpresa.

Nicholas veio correndo assim que nos viu saindo da Sala dos Tronos.

– Vai ficar, não vai papai?

– É claro que vou, pequeno. - Apolo respondeu com um sorriso bobo nos lábios.

– Nós voltamos logo, querido. Fique com a tia Annie, sim? - ele assentiu e voltou correndo. Um sorriso mais feliz e tranquilo no rosto.

Nós fomos até os jardins de Perséfone e ficando andando pelos canteiros de flores em silêncio por algum tempo.

– Annabelle? - Apolo me chamou. - O que eu faço para que as crianças me aceitem?

Eu tive que rir com a pergunta dele.

– O que é engraçado?

– Apolo, Angel aceitou você desde o momento em que te viu. - eu respondi.

– E o Nicholas?

– Ele não chamaria você de papai de não tivesse aceitado. - respondi dando de ombros, como se fosse uma coisa óbvia. E na verdade era.

– Eu devia ter vindo aqui antes.

– Eu não falaria com você e duvido que Perséfone ou meu pai deixariam você passar da Sala dos Tronos.

– Não faz ideia de como eu senti a sua falta, Annabelle. - ele se aproximou de mim e acariciou meu rosto.

– Apolo... Por favor... - eu não sabia o que eu estava pedindo.

Meu coração implorava por um beijo dele, mais um toque. Mas minha cabeça implorava para que eu o afastasse, antes que ele se aproximasse demais.

Ele inclinou a cabeça na minha direção e eu fechei os olhos. Estava novamente entregue aos braços dele, entregue a ele. Eu tinha decidido seguir o que meu coração mandava, e esperava não ter feito a escolha errada.

Antes que ele pudesse aprofundar mais nosso beijo, um pigarreio fez com que nos separássemos.

– O jantar está para ser servido. - meu irmão falou com um sorriso divertido no rosto. - Se vocês não pretendem jantar, por favor avisem e... vão procurar um quarto. - e saiu correndo do jardim.

– Não enche, Nico! - Apolo reclamou mas também ria. - Me desculpe. - ele acrescentou para mim. Apenas assenti.

– Vamos. - falei pegando sua mão e nos guiando para fora do jardim de Perséfone. Seus dedos se entrelaçaram aos meus e ele apertou a minha mão com carinho.

Todos de calaram quando eu e Apolo entramos com os dedos entrelaçados na Sala dos Tronos, mas logo depois voltaram a falar. Meu pai olhara feio para nossos dedos entrelaçados, mas agora sorria para mim.

Depois do jantar, continuamos na Sala dos Tronos até a meia-noite. Nas primeiras horas, Angel e Nicholas aproveitaram, mas logo vieram até onde eu e Apolo estávamos conversando, afastados de todos e se aconchegaram em nossos colos.

– Acho que está na hora de dormir. - falei afastando o cabelo de Angel de seu rosto.

– Vai ficar até amanhã, papai? - ela perguntou olhando sonolenta para Apolo.

– Vou sim. - ele respondeu com Nicholas já dormindo em seu colo. - E agora?

– Consegue ficar com ele no colo? - perguntei, e ele assentiu. - Não quero deixá-los no quarto sozinhos. Não acho que Angel vá ter os sonhos essa noite, mas quero ficar de olho nos dois.

– Anna, filha, eu e Perséfone ficamos com as crianças. Você e Apolo ainda precisam conversar. A sós. - ele acrescentou indicando a porta para mim e esticando os braços para receber Angel.

– Tudo bem. - eu passei Angel para ele e Apolo fez o mesmo passando Nicholas para Perséfone. - Venha.

Eu o levei até meu quarto, precisava arrumar a bagunça que fora deixada lá antes de trazer as crianças para dormir. Enquanto eu ia colocando as coisas nos lugares, eu ignorava Apolo que estava encostado à porta. E sem que eu percebesse, um sorriso se instalou em meus lábios.

– Por que sorri minha querida? - Apolo perguntou.

– Não tenho certeza. - falei dando de ombros. - Acho que estou feliz. - pensei alto.

– E porque está feliz? Espere! Eu sei essa resposta: porque eu estou aqui.

– Convencido! - revirei os olhos e joguei um travesseiro nele.

– Bom, nossos filhos me aceitaram, mas... - seus olhos adquiriram um ar sério. A brincadeira tinha acabado. - Ah, Anna... - ele se sentou em uma das poltronas e enterrou o rosto nas mãos.

– O que está atormentando você? - pedi me abaixando em sua frente.

– Eu não posso errar novamente com você, Annabelle. Não posso voltar a perder você, eu não aguentaria. E eu não suportaria ver você se afastar de mim novamente. Dói só de pensar em ter você e as crianças longe de mim. - eu já tinha visto aquela agonia em seus olhos antes.

Suspirei pesadamente e passei os dedos por seus cabelos loiros, ele fechou os olhos ao meu toque.

– Apolo. - eu o chamei, fazendo com que ele abrisse os olhos e me encarasse. - Eu vou voltar para o mundo mortal. - falei.

Seus olhos se arregalaram de surpresa, depois um sorriso surgiu em seus lábios e ele me abraçou com força.

– Vai voltar para mim? - ele perguntou sem esconder as esperanças.

– É o que eu pretendo, mas vai ter que me conquistar novamente, Lorde Apolo. - eu o desafiei.

– Posso fazer isso agora mesmo. - ele falou com um sorriso malicioso antes de me beijar.

Eu ri divertida antes de retribuir o beijo com a mesma intensidade. Enrolei meus dedos em seus cabelos e o puxei para mais junto me mim. Seus beijos passaram para meu pescoço quando o ar nos faltou e minhas pernas já não me sustentavam. Ele me carregou até a cama e fez com que eu me deitasse, seu corpo logo acima do meu.

– Como estamos agora? - perguntou ele. A mão subindo lentamente meu vestido.

– Não sei. - respondi um tanto confusa. Tantos sentimentos se misturavam dentro de mim agora.

Ele pareceu ver isso em meus olhos porque me beijou carinhosamente antes de se deitar ao meu lado, me puxando para seu peito, como ele fizera inúmeras vezes antes.

– Me desculpe por tudo, Anna.

– Eu desculpo. - respondi depois de alguns segundos. - É da natureza dos deuses, não é?

– Se eu falar que não estaria mentindo. - ele concordou e me abraçou mais forte. - Ah, Anna... Não faz ideia do quanto eu me arrependo. - ele roçou os lábios em meus cabelos. - Eu gostaria de poder voltar no tempo.

– Eu não. - estava sendo sincera. - Se você não tivesse feito tudo o que fez, talvez hoje eu não tivesse Angel e Nicholas, e talvez não estivesse agora em seus braços.

Ele riu brevemente.

– Você é perfeita! Fechei os olhos e deixei que o calor do corpo de Apolo me invadisse e me protegesse, me aquecendo e preenchendo todo o espaço que estivera vazio nos últimos dois anos. Me completando.

– Como estamos agora? - ele perguntou quando eu começava a beirar a inconsciência.

– Sou sua, para sempre. - respondi.

– Tenho você de volta? - ele perguntou se sentando e me levando junto.

– Sim. - eu sorri para ele. - Eu te amo. - sussurrei antes de selarmos nossos lábios.

– Não mais do que eu. - ele beijou minha testa ao falar.

– Temos que buscar as crianças. - ele concordou e fomos para a Sala dos Tronos.

– Espero que tenham se entendido. - meu pai falou com um sorriso nos lábios assim que entramos.

– Nos entendemos, Hades. - Apolo concordou com um sorriso radiante, os braços ao redor de minha cintura.

– Ótimo.

– Pai, onde estão todos? - perguntei.

– Foram dormir.

– Angel e Nicholas?

– Com Perséfone, no quarto das crianças. A noite é de vocês. Boa noite. - e com isso ele saiu da Sala dos Tronos, nos deixando sozinhos.

– O que isso significa? - perguntei sem compreender.

– Que eu tenho você só para mim e seu quarto só para nós.

– Apolo... - eu comecei.

– Shhh... Isso não quer dizer que vou me aproveitar de você, querida. - ele me silenciou. - Venha, vamos para o seu quarto.

– Vou precisar de alguns minutos como mortal normal. - sorri para ele assim que entramos em meu quarto e ele fechou a porta.

– À vontade. - e ele se instalou na poltrona.

Fui para o banheiro, tirei o vestido trocando-o pela minha camisola e, depois de fazer minha higiene pessoal, voltei para o quarto.

Apolo tinha trocado de roupa e estava olhando a decoração do quarto.

– Annabelle... Não me faça perder o juízo. - ele falou correndo os olhos pelo meu corpo.

Ele balançou a cabeça antes de vir com passos firmes na minha direção. Ele me puxou até a cama e se deitou comigo.

– Vai ficar, não vai? - perguntei passando os braços ao redor de seu corpo, ao mesmo tempo que ele nos cobria.

– Vou. Estarei para sempre ao seu lado, minha querida. - fechei os olhos e me aconcheguei mais ao seu corpo.

– Isso não é um sonho, certo?

– Não. Eu estarei aqui quando você acordar. Agora durma, Anna. - ele sussurrou em meu ouvido antes de começar a sussurrar uma melodia suave.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Eu já tenho o próximo capítulo quase pronto, só falta revisar, mas se eu receber pelo menos cinco reviews, eu dou um jeito de postar.
Nos vemos nos reviews.
Beijos, NatyAiya.



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