Amor Proibido escrita por NatyAiya


Capítulo 27
Capítulo 27 - Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora!!!
Mas eu tinha explicado o motivo e avisei que iria demorar para postar, certo?

Adivinhem? Eu passei!!!
Passei de primeira, ou seja, estava livre desde o dia 20 de março, mas o capítulo não saia, então... Bom, me desculpem!
Mas finalmente o capítulo saiu e eu, sinceramente, gostei muito desse capítulo!
Espero que vocês também gostem.
Boa leitura!!!



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Capítulo 27 - Reencontro

POV Apolo

Mais um solstício sem ela, Annabelle.

No dia anterior ao Conselho dos Deuses, alguma coisa estranha estava acontecendo ao meu redor entre os outros deuses mas a curiosidade que eu tinha antes tinha ido embora junto com Anna, por isso não me interessei por nada.

Na manhã do Conselho também não foi diferente. Uma agitação anormal para o dia do Conselho estava presente nas ruas do Olimpo, mas novamente eu não me interessei.

O Conselho era sempre as mesmas coisas, algumas brigas entre os deuses, discussões, trocas de ideias e por aí vai. Novamente eu percebi que tinha algo realmente errado quando o Conselho terminou cedo demais e sem nenhuma grande briga, mas aquilo não era da minha conta, era?

Levantei de meu trono para voltar para o meu palácio e me enterrar no meio das cobertas de minha cama, como eu vinha passando a maior parte dos dias nos últimos anos, mas antes que eu pudesse me aproximar da porta, Zeus me chamou:

– Apolo, espere um pouco. - me virei para ele.

– O Conselho dos Deuses terminou, senhor. - eu falei entediado.

– Espere. - ele falou simplesmente.

Então a porta se abriu às minhas costas e me virei para ver quem entrava ali, e eu não pude acreditar no que meus olhos viam. Era ela!

POV Annabelle

Empurrei as portas, agora não tinha mais volta.

Eu esperava encontrar todos os deuses ainda sentados em seus respectivos tronos, mas eu não poderia estar mais errada.

Parado exatamente no meio da Sala dos Tronos, há alguns metros de distância estava ele. Eu paralisei ao vê-lo. Simplesmente não esperava ter que encará-lo logo no primeiro segundo. Apesar de seus olhos estarem fixos em mim e seu olhar queimar minha pele, eu abaixei a cabeça incapaz de encarar os olhos dourados que eu tanto amava.

O pigarrear de meu pai fez com que eu me desse conta de que não estávamos sozinhos naquela sala e que todos os outros deuses presentes nos observavam com curiosidade.

– Meus senhores. - fiz uma reverência tentando reparar a minha gafe inicial.

– Seja bem-vinda, Annabelle. Filha de Hades. - Zeus falou descendo de seu trono com um sorriso brincando nos lábios. Ele parou brevemente ao lado de Apolo e falou algo que eu não pude ouvir antes de vir até mim. - Se resolvam, Anna. Por vocês e pelos seus filhos. - ele sussurrou para mim ao apertar meu ombro antes de sair.

Os deuses, um a um, foram saindo atrás de Zeus. Dionísio sendo o último a passar.

– É bom revê-la, menina. - ele falou com um sorriso feliz no lugar do sorriso debochado, mas isso não era o mais surpreendente. A verdadeira surpresa era pelo fato do sorriso estar sendo dirigido a mim.

Assim que a porta se fechou atrás de Dionísio, o silêncio se instalou ali. Apolo não tinha tirado os olhos de mim nem por uma fração de segundo e meu coração batia descompassado. Agora que eu estava cara a cara com ele, eu simplesmente não sabia como começar a falar.

– Lorde Apolo. - resolvi falar, quebrando o silêncio e inclinando minha cabeça em uma reverência.

– Annabelle. - ele falou com a voz rouca, testando meu nome, antes de começar a andar na minha direção.

Com ele mais perto de mim, eu pude notar as diferenças em seu rosto e corpo. Seu rosto estava mais magro, quase esquelético, seus olhos tinham perdido muito do brilho radiante, sendo substituído por uma tristeza sem limites; sua aura de poder estava fraca e trêmula, seu brilho reduzido a quase nada.

Ele ergueu uma das mãos na direção de meu rosto e eu entrei em conflito. Eu queria, desejava, sentir o calor de seu toque. Queria estar novamente segura no calor de seus braços, mas eu tinha medo. Um medo tolo e irritante que tomava forma em um lugar escuro e sombrio dentro de mim, mas eu não podia ignorar esse sentimento, não conseguia ignorar.

Fechei meus olhos quando sua mão tocou meu rosto com cuidado, como se eu fosse algo extremamente frágil e que pudesse quebrar a qualquer momento. Deixei que as lágrimas descessem por meu rosto livremente, eu já não conseguiria suportar mais nada naquele momento. Amor, raiva, carinho, dor, e mais um turbilhão de sentimentos tomavam conta do meu peito transformando-se em apenas uma única certeza: eu nunca deixei de amá-lo.

– Me perdoe. - ele pediu com a voz trêmula.

Abri meus olhos para encontrar os olhos dourados dele. Lágrimas também desciam por seu rosto perfeito e seu corpo se encontrava tão próximo ao meu que eu podia sentir seu calor me abraçando. Fechei meus olhos novamente, sentindo um aperto ainda maior no peito.

– Acho que vocês dois já sofreram demais um pelo outro.

Eu tinha me recusado a acreditar nessas palavras de meu irmão, mas vendo as lágrimas e a dor estampadas no rosto de Apolo, era simplesmente impossível não acreditar. Não tinha como negar. Tanto eu quanto ele tínhamos sofrido demais um pelo outro nos últimos dois anos.

Eu não senti Apolo se aproximar mais de mim, mas quando me dei conta estava presa entre seus braços. O conflito dentro de mim já tinha acabado, mas uma pequena parte ainda mandava que eu o empurrasse para longe e fugisse dali enquanto pudesse. Já a outra parte, mil vezes maior, implorava para que eu retribuísse o abraço e não o soltasse nunca mais.

– Me perdoe, Anna. - ele voltou a pedir. Seus lábios encostando em meus cabelos, sua respiração batendo contra minha pele, as lágrimas que se misturavam as minhas. Tantas sensações que fizeram tanta falta para mim.

Eu assenti minimamente e passei os braços ao redor de sua cintura, puxando-o para mais perto, não querendo nunca mais me soltar daquele abraço, nunca mais ficar longe dele.

– Eu te amo. - ele sussurrou.

– Eu também. - consegui responder entre os soluços que balançavam meu corpo.

Ali, protegida pelo calor e pelos braços do deus do sol, eu soube que nunca estaria completa sem ele ao meu lado.

Apolo puxou meu rosto delicadamente para cima e ficou olhando em meus olhos por alguns segundos antes de encostar seus lábios nos meus. Eu tinha sentido falta daquele toque, e ele aprofundava cada vez mais aquele beijo. Minhas pernas deixaram de sustentar o meu corpo e se não fosse pelos braços dele ao meu redor, eu teria ido de encontro ao chão. Nossos lábios se separaram quando o ar faltou para nós mas ele apenas afastou os fios de cabelo de meu rosto para acariciar minha face.

– Você continua tão linda quanto eu me lembrava. - ele sussurrou antes de voltar a selar nossos lábios.

Ele me apertou mais forte contra o corpo e logo a sensação desconfortável do teletransporte tomou conta de meu corpo. Eu caí sobre ele em sua cama, em seu quarto no seu palácio. Eu fiquei apenas aninhada sobre seu peito escutando e sentindo sua respiração.

Eu sabia que as palavras não seriam mais necessárias para me resolver com ele, porém ele ainda não sabia sobre Angel e Nicholas. Havia coisas mais importantes a serem resolvidas entre nós dois antes das carícias e dos amassos.

– Precisamos conversar. - eu sussurrei.

– Você me perdoa? - ele perguntou inseguro.

– Sim, eu o perdoo. - respondi depois de pensar por alguns segundos.

– Volte para mim então, Anna. - ele pediu.

– Não posso. Não tão facilmente. - senti seu corpo se contrair sob o meu, por isso me sentei. Seu rosto estava tomado de dor, então eu percebi que essas eram as palavras que ele mais temia. As palavras que mais doíam. - As coisas mudaram. - eu falei tocando seu rosto, implorando para que ele pudesse me compreender.

– O que mudou? - ele segurou minha mão em seu rosto.

Era hora de abrir a ferida quase cicatrizada. Mas eu precisava fazer isso ou nunca conseguiria seguir em frente.

– Você me traiu. - eu falei. - Você traiu e quebrou a confiança que eu tinha em você. Você fez uma promessa que me deixou em pedaços, Apolo. - acrescentei. As lágrimas de dor tinham retornado ao meu rosto. - Você prometeu à Striker que me deixaria para ficar com ela. - eu esclareci vendo a confusão em seu rosto.

– Eu nunca trocaria você por ela. - ele falou horrorizado. - Anna, como você pôde acreditar em algo assim?

– Eu escutei as palavras saindo da sua boca. Eu vi você transando com ela. - apertei meu peito, estava novamente na beira do abismo da dor. - Mesmo que suas intenções não fossem essas, você me machucou mais do que qualquer monstro, qualquer titã foi capaz de fazer durante a guerra. - ele sabia muito bem do que eu falava. Eu podia ver a compreensão e a dor juntas em seus olhos.

– Anna, eu...

– Você me deixou com o coração ao pedaços, Apolo. Como você queria que eu continuasse aqui? Como você queria que eu continuasse olhando para você normalmente? Eu fugi. Fugir foi a única solução que eu encontrei para conseguir me manter firme e reconstruir o meu coração.

– Anna. - ele segurou minhas mãos. - Me escute. - lágrimas de dor e arrependimento tomavam conta de seu rosto. - Eu realmente sinto muito. Eu não sei o que eu poderia fazer para me redimir, mas...

– Eu sei que o que aconteceu não vai mudar, Apolo. - eu falei apertando sua mão.

– Você nunca foi uma brincadeira para mim, Annabelle. Nunca! - ele segurou meu queixo. - Eu sei que não é certo brincar com o coração humano, sei que não é certo iludir e depois abandonar, mas tudo isso faz parte de ser um deus. Por favor, eu imploro para que você acredite em mim, Anna. Você nunca foi e nem nunca será uma brincadeira ou passatempo. - a sinceridade transbordava de seus olhos. - Annabelle, você e apenas você é dona do meu coração. Acredite em mim, por favor.

Me inclinei na sua direção e selei nossos lábios.

– Eu acredito em você. - acariciei seu rosto, apagando o rastro das lágrimas. - Mas acredite em mim também quando eu digo que as coisas não são tão fáceis assim. Muita coisa mudou nesses dois anos, Apolo.

– Como o quê?

Como eu falaria para ele que eu estava grávida quando fui para o Mundo Inferior?

– Eu... - torci as mãos no colo tentando ganhar tempo, da mesma forma que tentava encontrar as palavras certas.

– Anna, se você não está pronta para me dar a resposta dessa pergunta, eu não me importo. Apenas espero que você não saia mais do meu lado.

POV Apolo

Ela estava me escondendo alguma coisa. E eu queria saber o que era, mas eu não estava disposto a perdê-la novamente apenas por uma discussão sem sentido.

– Anna, se você não está pronta para me dar a resposta dessa pergunta, eu não me importo. Apenas espero que você não saia mais do meu lado. - falei tomando suas mãos entre as minhas.

Para a minha surpresa, ela pulou em meu colo e se aninhou em meu corpo. Eu sentia falta dela, de seu cheiro, da sua delicadeza, do seu sorriso, eu sentia falta de tudo nela.

– Eu preciso voltar para o Mundo Inferior. - ela falou me pegando de surpresa.

– Fique. - pedi segurando sua mão.

– Eu não estou pronta para dar a resposta que você precisa Apolo, não em palavras. Então talvez seja mais fácil você ver por seus próprios olhos. - ela falou sorrindo fracamente para mim.

– Por favor, fique. - eu não estava preparado para perdê-la novamente.

– Eu preciso ir. - ela insistiu.

– Por quê? - eu pedi completamente perdido, sem saber o motivo dela querer voltar tão rápido para o Mundo Inferior.

– Eu... - ela olhou para baixo e passou a mão pelos cabelos.

– Annabelle. - ergui seu rosto. - Por quê? - pedi novamente.

– Apenas confie em mim, por favor. - ela estava implorando. Achei melhor ceder do que insistir e vê-la indo embora sem ter a garantia de que a teria de volta. - Eu entro em contato. - ela falou depositando um beijo em meus lábios antes de correr para uma sombra no quarto e desaparecer.

Eu continuei olhando para o ponto da parede onde Annabelle tinha desaparecido por um bom tempo, esperando que ela voltasse a aparecer por ali mas ela não voltou. Só fui ignorar aquele ponto da parede quando alguém bateu na porta do meu quarto.

– Apolo? Cadê a Anna? - era Ártemis.

– Ela foi embora. - respondi.

– O que você quer dizer com 'foi embora'? - ela questionou.

– Ela disse que precisava ir e... foi.

– Vocês se entenderam? - ela perguntou se sentando ao meu lado.

– Eu acho que sim. Ela está escondendo alguma coisa de mim.

– É sobre as crianças. - minha irmã falou rindo.

– Que crianças? - olhei para ela sem compreender.

– Seus filhos com a Annabelle. - ela respondeu. Fiquei paralisado pela segunda vez no dia. - Ela não te contou, não foi?

– M-meus filhos? Com Annabelle? - gaguejei. - Como?

– Ela estava grávida quando fugiu para o Mundo Inferior, Apolo. - Ártemis estava se divertindo com a minha confusão. - Grávida de gêmeos.

– E porque eu não fiquei sabendo? - indaguei perplexo.

– Porque foi escolha dela. Pense em como ela estava machucada naquela época, Apolo. Acho que ainda está. - ela deu de ombros, mas todo o divertimento tinha sumido de seu rosto. - Ela pediu para não contarmos para você sobre a gravidez e nós respeitamos a vontade dela.

– E porque vocês fizeram isso? - eu perdia a paciência.

– O que você faria se ficasse sabendo?

– Eu iria atrás dela! Não deixaria ela sozinha. Teria sido mais insistente. - respondi imediatamente.

– Exatamente, Apolo! Você iria atrás dela, e ela não queria isso. Eu não encontrei com ela na época, apenas Athena, Hera, Deméter e Perséfone sabem dizer como ela estava naquela época, mas quando ela passou a vir para o mundo mortal durante a noite, logo no começo, ela ainda estava acabada.

– Quando? - perguntei surpreso por não saber disso também.

– Há uns dois ou três meses.

– O que fez ela mudar de ideia?

– Eu. - minha irmã respondeu simplesmente. - Eu falei com ela no começo do mês e pelo visto consegui convencê-la a dar as caras por aqui. Annabelle continuaria no Mundo Inferior e você continuaria sem saber sobre os seus filhos.

– Obrigado. - agradeci. - Mas porque ela não me contou isso agora?

– Ela não deveria estar preparada para fazer isso. Você ficaria surpreso em saber como ela se sente insegura.

– Mas por quê?

– Apolo, ela está com medo da sua reação. É isso que a impede de contar para você.

– Mas isso é uma tolice!

– Não para Annabelle.

– Eu preciso ir falar com ela. - falei me levantando.

– Apolo, espere! - Ártemis puxou meu braço. - Ela disse que entraria em contato, não falou? - assenti. - Então espere ela entrar em contato. Você pode estar ansioso, mas deixe Annabelle agir quando ela estiver se sentindo segura. Acho que será melhor para vocês dois.

Suspirei derrotado e voltei a me sentar na cama.

– Acha que ela vai demorar?


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Mereço reviews?
Por favor, eu fiquei mais de um mês longe das fics, então quero saber se não perdi o jeito...
Próximo capítulo já em andamento!



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