Uma Nova Chance escrita por Aislyn


Capítulo 3
Expectativas




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Alguns meses haviam se passado, nossos dias estavam sendo maravilhosos e aproveitavamos cada momento juntos. As refeições em família na casa Kuchiki eram repletas de risos, ele era engraçado, me fazia rir até não poder mais. Nem mesmo meu pai, Ginrei-sama, ficava indiferente a Kouga e tentava conversar sobre diversos assuntos, contagiando-nos com a sua sabedoria. Só não falavam nada a respeito do Rokubantai, portanto, eu não sabia das ações de ambos no Gotei Juusan. Quando eu soube que os dois iriam combater alguns rebeldes, foi através de empregados. Na noite após este acontecimento, foi a primeira vez que vi Kouga revoltado com meu pai. Ele foi para a batalha sem ser ordenado e com o seu poder, os derrotou facilmente. Por isto, papai o repreendeu. Não queria que ninguém o desacatasse, nem mesmo seu enteado, por mais que ele houvesse saído vitorioso.
Em pouco tempo, Kouga conseguiu se sobressair no Rokubantai, conquistando a posição de Sanseki – terceiro oficial em comando. Meu pai não gostava de tecer elogios e em vez de fazer isto, dizia para Kouga pensar no nome da família e honrar a sua casa. Aquilo parecia indiferença por parte do líder Kuchiki, contudo, eu sabia que ele só queria o bem de Kouga. Meu marido vinha jantar todas as noites comigo, já que nem sempre era possível o nosso encontro durante o dia. Dormíamos juntos, nos amando cada dia mais e minha única tristeza era vê-lo sair para o bantai antes de o sol nascer... Tudo o que eu mais queria era tê-lo ao meu lado por todo o tempo.
Certa noite, ele apareceu em casa com um buquê de rosas vermelhas. Eu o recebi com um beijo àvido, em seguida depositei as rosas em uma mesinha e ele me pegou em seus braços, conduzindo-me até o nosso quarto. Posso dizer que naquela noite ele me tomou como sua, da mesma forma que um deus toma o que é seu. Eu estranhei, senti um prazer indescritível, contudo, aquele homem repleto de volúpia não parecia o meu doce Kouga. Seus beijos eram afoitos, suas mãos delineavam as curvas do meu corpo com força. Ele movia-se com rapidez, parecia querer atingir o àpice de qualquer forma. Senti que ele chegou aonde queria, então, diferente de todas as outras noites, Kouga não me abraçou. Simplesmente, ele levantou-se e foi tomar um banho. Fiquei muito mal com aquilo, achei que as belas flores significassem que teríamos uma noite agradável. Eu tentei ignorar tudo e como uma boa esposa, fui até a sala de banhos. Ele estava no ôfuro, o semblante carregado. Numa tentativa de agradá-lo, entrei no ôfuro e o fitei por alguns instantes. Para a minha surpresa, Kouga me abraçou, estava chorando.

- Perdoe-me, Yuki... Não a tratei como deveria.

- Está tudo bem. Só me preocupei porque você saiu sem dizer nada. O que houve, meu amor?

- Alguns homens estão comentando coisas ao meu respeito - explicou ele. - Dizendo que só consegui chegar à posição em que cheguei por causa do nosso casamento e outras coisas que prefiro não dizer.

- Não dê ouvidos, oras! Você é incrível, tem um poder notável... É o meu herói, sempre será.

- Yuki, não sei o que seria de mim sem o seu amor. Eu a amo tanto, tanto!

Aquele sim era o meu Kouga, beijou-me com carinho e me contagiou com seu sorriso. Na manhã seguinte, era o seu dia de folga e Kouga me levou até o campo em que nos conhecemos, então, cinco rebeldes nos atacaram. Até então, eu não conhecia o poder da zanpakutou dele.

- Kouga, tome cuidado!

Ele piscou o olho direito e sorriu. Pude ouvir uma frase por parte dele:

- Sussurre, Muramasa...

Não era o que eu imaginei. Os oponentes o cercaram e no instante em que partiram para o ataque, algo estranho aconteceu. Os homens não tinham o controle de suas espadas, atacavam uns aos outros.Kouga me abraçou e voltou o meu rosto para o seu peito, pois não queria que eu visse aquela cena. Seu verdadeiro poder era assustador, ele poderia ter o controle da zanpakutou que quisesse. Eu o admirei, precisava de muito cuidado e sabedoria para utilizar Muramasa. Kouga explicou orgulhoso tudo sobre a sua zanpakutou, ambos pareciam ter uma forte ligação. Eu sei que deveria te ficado assustada, contudo, não foi o que aconteceu. Quando voltamos, um jantar incrível nos esperava. Papai estava contente à sua maneira, queria conversar conosco. Kouga já não estava mais revoltado por ter sido repreendido e havia pedido desculpas.Eu fiquei feliz com o pedido de meu pai, e ao mesmo tempo envergonhada com a resposta de Kouga:

- Meu sogro... Estamos fazendo o possível para dar um herdeiro ao senhor. Sei que ficarei imensamente feliz quando este dia chegar!

- Espero que não demore - disse meu pai em um tom sério, mas eu o conhecia suficientemente bem para saber que era o seu jeito de demonstrar carinho. – Preciso aproveitar enquanto ainda possuo forças para treinar o meu neto.

- Também espero o mesmo – disse Kouga mais alegre ainda.

- E você, querida, também tem esta vontade? – Indagou meu pai.

- Tenho... Não vejo o dia de carregar um filho em meus braços, otou-sama.

Minha felicidade em breve seria arruinada.


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