Uma Vida, Por Outra Vida escrita por Niina Cullen


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Gente... Desculpe pelos possíveis erros de ortografia de novo, é que eu quero postar o quanto antes o capítulo e acabo não relendo. E como eu não tenho uma Beta, como já disse... E nem um Word com correção ):
Bom... Nos vemos lá nas Notas Finais, e para quem esperava o Edward ansiosamente...



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O sol estava radiante lá fora. Eu sabia disso - ainda deitada em minha cama - por causa dos raios  que entravam no quarto por causa da persiana aberta, que dava acesso a sacada. Espera.

Foi ai que caí em mim. 

Como é que eu estava em meu quarto sendo que ontem - pelo o que eu me lembre -, estava no sofá, e tinha pegado no sono lá?

- Bom dia amor! - Ouvi a voz que fez passar uma descarga elétrica pelo meu corpo.

Me apoiei no cotovelo e olhei para o lado, onde vinha a voz, e o vi... Lindo como sempre estava, encostado na porta do closet de nosso quarto, me encarando com aquele sorriso torto nos lábios, que tanto dominava a minha vida.

Voltei a apoiar a minha cabeça em meu travisseiro, mas agora o olhando, como ele fazia; eu simplesmente não conseguia desviar o olhar do dele, cor de ôcre.

Às vezes me perguntava se sempre seria assim... Esse amor infinito, que não é medido e sim sentido, que motiva a minha vida, que me faz encarar mais um dia, pois sei que ele estará lá me esperando. Isso tudo nunca acabaria?

- Bom dia! - Respondi depois de longos segundos, mas o que posso fazer se ele me deixava assim, meio alienada?

Ele terminou de abotoar os botões de sua roupa social, e caminhou até a cama, se sentando se debruçou em minha direção...

- Pensei que iria sair, antes de você acordar.

- Ah.. Era isso que você queria? - Indaguei não conseguindo tirar o sorriso dos lábios, para que a minha pergunta tivesse um tom sério. 

- Não, já basta ontem não ter ouvido sua voz! - Ele sussurrou, se aproximando ainda mais do meu rosto e colocando sua mão esquerda do lado de meu rosto que não estava apoiado no travisseiro, eu sabia o que ele iria fazer, eu não queria desviar mas senti uma vertigem muito grande, se eu não me afastasse agora...

Levantei na cama, cambaleando até o banheiro, deixando Edward com uma expressão de desentendimento, beijando o travisseiro.

Sorte que eu fui rápida, pois assim que me abaixei - ficando de joelhos - na autura da privada, veio uma torrente do pouco que comi ontem.

- Bella! - Ouvi os passos dele se aproximarem e senti suas mãos em meu cabelo, tirando algumas mexas da frente de meu rosto. Eu deveria agradecê-lo, mas não queria que ele ficasse ali e me visse naquele estado deplorável.

Ergui minha cabeça - logo depois de ter dado a descárga -  sentindo que não havia mais nada para colocar para fora, e me levantei, com ajuda de Edward, e fui até a bancada da pia do banheiro, passei a mão debaixo da torneira, a abrindo e lavanto meu rosto e minha boca.

Sabia que esse silêncio estava matando Edward, mas o que eu poderia dizer?

A verdade não estava confirmada só sairia hoje, mas mesmo assim, não poderia dizer nada.

Assim que terminei de lavar minha boca e escovar meus dentes, peguei um toalha de rosto ao lado da bancada e segui de volta para a minha cama, enxuguei meu rosto, vendo que Edward saía do banheiro com um semblante desconfiado. Ele era médico, não era expecialista nessa área, mas era, ele poderia dizer sem titubear, o que me apavorava.

- Bella... Você vai me dizer o que está acontecendo ou eu vou ter que te levar ao hospital e lá eles vão me dizer o que está acontecendo? - Isso soava como uma ameaça.

Ele se sentou ao meu lado, pegando a toalha que eu já havia usado, e voltando a me olhar nos olhos, ele sabia muito bem como me disconcerar mentalmente, fisicamente...

- Não é nada Edward. - Dei de ombros, percebendo que ele iria argumentar ao meu comentário, e fui mais rápida do que ele. - Deve ter sido o rigatoni que a Olga preparou para mim, acho que comi de mais. - Eu não estava mentindo, era verdade.

Edward continuava a me encarar, como que querendo ver algo que dissesse o contrário. Resperou fundo, recobrando a calma, sem desviar do meu olhar.

- É isso mesmo?

Não conseguia olhar mais em seus olhos, sem dizer o que eu desconfiava que poderia ser o motivo desses enjôos.

- Sim! - Sussurrei, abaixando o olhar e olhando o chão.

Ele confirmou com um leve movimento na cabeça, ele não acreditava no meu argumento.

- Tudo bem! - Ele respirou fundo, pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos. - Se você voltar a sentir esse mal-estar ne novo, promete que não vai esconder e me ligará sem hesitar?

Doi muito olhar em seus olhos, e ver a dor que eu estava causao a ele, a dor que ele queria saber o que estava acontecendo que tanto o preocupava, e eu, sem dizer nada.

- Prometo! - Foi só o que eu consegui dizer, e era o que eu queria cumprir, pois os exames estariam prontos hoje, se fosse confirmada a gravidez, eu não precisaria esconder de Edward mais nada... Ele saberia, e eu esperava ansiosamente que ele pudesse corresponder a minha felicidade em ser mãe, e ver que ele adoraria a ideia de ser pai. Enchia meus olhos de lágrimas pensar assim, mas eram lágrimas de felicidade.

- Bella...

Ai. Eu não tinha percebido que as lágrimas eram reais, e Edward as tinha percebido, se inclinando a minha frente e as enxugando com as pontos dos dedos, fazendo com que o seu toque me proporcionassem arrepios... Eu estava uito sensível durante esses dias, mas ver o olhar de Edward tão intenso em mim, sem desconectá-los dos meus, fazia com que as lágrimas viessem com mais abundancia, ele me amava tanto que as vezes eu achava que não merecia.

- ... O que está acontecendo amor? Foi algo que eu disse? - Ele perguntava com um semblante preocupado no rosto.

- Não. - Hesitei antes de saber direito o que dizer sem entregar nada. - É só que... Eu te amo tanto! - Não era mentira, e nunca seria, eu o amava tanto, que não via o meu mundo sem ele, pois sem seus sorriso, sem seus calor, nada na minha vida faria sentido, como não fazia antes de conhecê-lo.

Ele sorriu o seu sorriso perfeito, me fazendo sorrir também.

Era incrível como ele tinha o poder de me fazer esquecer qualquer angústia ou sofrimento só com aquele simples mas intenso sorriso. 

- Eu também te amo Bella... Mais do que a minha própria vida! - Pode até parecer clichê, mas para mim não era, eu jamaís cansaria de ouvi-lo dizer isso, e o mesmo digo sobre mim, eu jamais me cansaria de amá-lo, era fácil como respirar, pois ele era o meu ar... Sem ele eu não viveria.

Edward já estava próximo ao meu rosto, e afastou seus dedos do meu rosto, colocando sua mão em volta do meu pescoço, enquanto a outra continuava em minha mão, com ambas entrelaçadas.

O beijo começou calmo, mas foi ganhando força, eu sabia que se eu não parasse agora, nenhum de nós dois iriamos trabalhar... Bem que eu queria.

Não foi fácil afastar nossos lábios - não só porque Edward não queria, mas porque eu também não queria.

- Eu ainda tenho que me arrumar para ir a Editora. - Sussurrei, sem folêgo, como ele também estava.

Ele se levantou rapidamente me fazendo pedê-lo de vista.- Bella... Depois de ter presenciado você naquele estado, você acha mesmo que irie permitir que você vá trabalhar? - Ele perguntava num tom frio mesclado com tristeza. Esse era o Edward preocupado.

O olhei atonita.

- Edward, foi só um mal-estar como você mesmo disse. Já passou e...

- Não vem com essa Bella. Pra você não me deixar preocupado, você inventa qualquer mentira e acha que eu caiu. - Não era uma pergunta, era uma acusação. Ele não tinha acreditado na minha justificativa, mas eu também não poderia exigir isso dele.

Não falei mais nada após a sua mudança de comportamento, também não sabia o que dizer. 

Caminhei até o banheiro, e fui seguida por ele. Senti sua mão no meu branço, com um aperto frouxo que não me causava dor nenhuma.

- Bella...

- Preciso de um banho, se quando eu sair, você continuar exaltado, eu não falarei com você. - Poderia até soar como birra, mas eu não conseguia encarar uma discussão com Edward, ainda mais quando eu era a culpada, mas eu não podia fazer nada. eu não tinha a certeza em minhas mãos, e por isso não diria nada que justificasse os meus enjôos de uma forma coerente. Não precisei puxar o meu braço, ou qualquer coisa do gênero, ele logo o soltou.

...

 O banho não foi demorado como eu queria e precisava, mas  foi relaxante, de uma forma que me acalmasse.

Saí, com o rolpão em volta de meu corpo, e quando olhei para a nossa cama, ele estava lá, sentado de costas para mim, coma cabeça apoiada no colo, enquanto suas duas mãos estavam em seu cabelo. Desvie o olhar daquela cena - eu estava fazendo o amor na minha vida sofrer - e segui para o closet, o fechando, eu nunca precisei disso, mas pela primeira vez precisava de privacidade. Saí, com o rolpão em volta de meu corpo, e quando olhei para a nossa cama, ele estava lá, sentado de costas para mim, coma cabeça apoiada no colo, enquanto suas duas mãos estavam em seu cabelo. Desvie o olhar daquela cena - eu estava fazendo o amor na minha vida sofrer - e segui para o closet, o fechando, eu nunca precisei disso, mas pela primeira vez precisava de privacidade.

Escolhi uma roupa qualquer - entre as inumeras peças de roupa na minha perte do closet -, que não poderia ser intitulada como qualquer peça: Um vestido de manga comprida beje, com meia calça  preta, com um salto cinza calro, e meu cabelo solto mesmo, nunca conseguia fazer nada de diferente nele, como Alice sempre pedia, pensei. 

O meu trabalho exigia muito do meu look, mas eu não reclamava adorava o que fazia.

Respirei fundo antes de voltar ao quarto, e quando saí, percebi que Edward estava em frente a porta do closet, deveria ter tomado um susto, mas seu cheiro me inebriou.

O vi passando a mão no cabelo, num ato de nervosismo, que o deixava mais lindo ainda, se é que é possível.

- Bella, desculpe! - Ele começou. - É que quando você não está bem, eu fico preocupado ao extremo. - Ele confessou. - Mas será que você pode entender que faço isso porque te amo, e não quero te perder...?

- Agora você está exagerando ainda mais Edward... Foi só um enjôo! 

Percebi que não tinha o tranquilizado como eu queria.

- Eu estou bem melhor, não se preocupe. - Estendi minhas mãos para pegar as dele. Foi como um reflexo, assim que ele seniu meu toque, levantou nossas mão unidas e as colocou uma de cada lado se rosto. Ele respirou fundo, e as abaixou, antes beijando a minha mão esquerda a que tinha a nossa aliança no meu dedo anular.

...

Enfim estávamos tomando café, tentando esquecer o ocorrido de alguns minutos atrás.

Eu tentava me conter para não comer todo o pudim posto na mesa ainda agora pela Olga.

- Olga... Esse pudim está divino! - Falei, terminando de comer o meu pedaço.

- Ah, que bom que gostou Bella! - Ela sorriu. - Vocês querem mais algumas coisa...?

- Não, não Olga. Obrigada! - Edward respondeu.

- Com licença!

Olga se retirou da sala de jantar e seguiu para a cozinha.

Acho que estava sentindo o meu primeiro desejo, o de comer mais um pedaço de pudim, mas isso era psicológico, mas eu torcia para que não fosse.

- Amor... Você quer que eu tê leve para a Editora? - Edward perguntou, logo depois de ter terminado de tomar o seu suco. 

Ele enfim tinha aceitado que eu iria trabalhar de qualquer jeito.

- Não precisa amor. - Disse, esticando a minha mão, e pegando a dele.

Ele sorriu, como que dizendo que estava tudo bem, mas seu sorriso não chegava aos seus lindos olhos.

...

Edward foi até nosso quarto, depois do café, dizendo que tinha esquecido um relatório médico de um paciente. Me fazendo lembrar que ele me disse - durante o café - que não ficaria muito ocupado no hospital, que até poderia me fazer uma visita na Editora. Antes eu até ficaria feliz com a sua ideia, mas e se eu não estivesse lá? Hoje sairia o resultado dos exames, ainda não sabia a hora, mas Alice se encarregaria disso, talvez até mesmo da desculpa que eu teria que dar para Edward, quando ele chegasse na Editora e não me encontrasse, eu tinha que impedí-lo.

Assim que le voltou, eu disse que não daria para ele ir na Editora, pois estaria ocupada com a reunião de pauta que teríamos hoje - o que não era mentira. Ele aceitou o que eu disse sem protestar, com um sorriso triste nos lábios.

- Só não se ocupe muito... - Ele havia sussurrado com preocupação.

E assim saímos do nosso apartamento, em direção ao elevador que nos levaria até o estacionamento.

Chegamos ao estacionamento e fomos em direção aos nossos carros, que ficavam lado-a-lado.

Destravamos os alarmes no mesmo segundo. Abri a porta do motorista do meu Air Cross, e me inclinei no banco colocando minha bolsa no banco ao lado, o passageiro. Assim que a deixei lá, e voltei a ficar em pé, saindo do carro.

O vi parado em minha frente, com os olhos brilhando.

Ele se aproximou calmamente do meu rosto, me fazendo sentir a quentura e o aroma de seus lábios, colocando suas mãos em cada lado do meu rosto, e eu passando os meus braços em volta de seu pescoço. Cada beijo que dávamos, era como se fosse o último, mas sem deixar de ser delicado e intenso, sentia uma descárgar perpassar pelo meu corpo que eu não conseguia controlá-la, até que a urgência e a calma - tudo junto - foi cessando, até deixar de ser um beijo e se tornar selinhos cálidos, conforme precisávamos de ar para respirar. Era até bobo necessitar de ar com ele ali, do meu lado.

- Vou sentir saudades! - Ele sussurrou no meu ouvindo, me causando arrepios.

Inspirei pronfundamente seu aroma, apoiando minha cabeça em seu peito, sentindo as batidas frenéticas de seu coração - assim como o meu batia - sentindo que ambos poderia parar com o nosso afastamento. 

- Também sentirei! - Falei, mas saiu mais como um sussurro, eu perdia a autura da minha voz com toda a intensidade de tudo.

Senti seu queixo apoiado em minha cabeça - ele inspirava - e logo depois sua mão, que tinha estado em meu rosto, depois nas minhas costas - me abraçando -, passar para o meu queixo, erguendo o meu rosto. 

Ele me olhava com tamanha intensidade, que fazia minhas pernas ficarem bambas, e perder a noção de tudo.

- Alice me matará se eu me atrasar mais um pouco. - Falei rindo, o fazendo sorris também.

Eu amava aquele sorriso, e daria minha vida para vê-lo ali sempre.

- Amo você! - Disse.

- Amo você! - Ele repitiu, fazendo eco as minhas palavras.

Dessa vez foi só um beijo - mas também não podia reclamar, mas também não queria me afastar.

...

O volvo de Edward saiu na frente, e logo depois o meu. Faziamos um caminho diferente, por isso, após passarmos pela avenida em frente ao nosso prédio, não o vi mais.

Não estava transito, o que não seria uma desculpa para dar a Alice, já que ela fazia praticamento o mesmo caminho que eu. Ela ficaria emburrada daquele jeito dela, pois já era para eu estar na Editora.

...

Passava das 09:16 quando cheguei no estacionamento da Editora, vi o Porche reluzante de Alice logo a frente. Saí, pegando minha bolsa, e acionando o alarme de meu carro, o fechando-o. Já no elevador, percebi que tinha várias ligações de Alice, e quando digo várias, não estou axagerando, eram 22 chamadas, já podia até imaginar como ela estava...

Queria ser rápida para chegar até a minha sala sem que Alice visse, mas como ela era mais esperta, já estava me esperando, andando de um lado a outro no corredor do Hall da Editora.

Eu iria cumprimentar Irina, que era minha secretária e que tinha feito isso com um sorriso, mas é lógico que Alice veio diretamente em minha direção toda euforica, mas não era de alegria. 

- Só não te dou uma bronca agora, por que estamos em cima da hora. - Foi o que ela simplesmente me disse, me puxando pelos corredores da editora até chegar em minha, a qual já tinha um grupo de pessoas, pelo o que eu vi da janela, que eram portas de um canto a outro.

Alice se virou, ficando de frente para mim, e pessei que ela se exaltaria mais ainda.

- Bella, aquele caras elegantes de terno dentro da sua sala, estão nos esperando para fechar um grande contrato que expandirá ainda mais a nossa revista, e tudo dará certo. - Aquela que falava não era mais a Alice de alguns segundos atrás, era uma Alice feliz que contagiaria qualquer um, até mesmo um infeliz, que no meu caso, o seu entusiamo me causou segurança.

Respirei fundo e entramos.

...

A reunião tinha durado duas horas, mas passou tão rápido que eu poderia dizer que foram minutos.

Tudo tinha dado certo, fechamos contrato.

Não havia necessidade para nervosismo naquela hora, ainda mais com Alice que me impulssionava a seguir em frente com minhas ideias, mas sem deixar de expressar as suas também. A Editora poderia carregar o sobrenome Swan, mas de uma certa e real forma, era também Cullen.

Após os aplausos da nossa equipe - depois que os investidores sairam -, segui de volta para a minha sala, logo depois teriamos uma reunião de pauta para o próximo mês de revista, pensei. Alice venho comigo claro, agora sim comessaria o sermão, sem dúvida.

- Agora, mocinha, você pode me dizer o por que do atraso? Ela tinha acabado de fechar a porta, mas não adiantaria nada, a paede de vidro não estava com a cortina abaixada, mas abafaria o som do sermão dela com certeza.

- É... Eu perdi a noção da hora! - Expliquei como obvio, sentando em minha cadeira.

Era verdade, eu pedia a noção de tudo quando estava com Edward.

- Só isso que você tem para me dizer? - Agora ela cruzava os braços e batia o pé no carpete, que não deixava o salto auto dela fazer barulho o que me irritaria.

- Alice... Eu estava com seu irmão, ok? - Falei logo de uma vez, ela não me deixaria em paz.

- Ah, agora sim está explicado! - Ela sorria. - Eu queria que você me contasse, pois quando Edward me ligou, ele parecia preocupado, o que me fez pensar que vocês pudessem estar brigados, mas quando você chegou...

- O quê? - Levantei da cadeira. - Como assim Edward te ligou?

Alice colocou a mão boca, em sinal de que tinha falado de mais.

Assim como eu não conseguia esconder nada de Alice, ela não podia esconder nada de mim, ainda mais quando foi ela mesma que começou.

- Bella... Ele tinha me ligado, pedindo para que eu ficasse de olho em você, por causa do que ele presenciou hoje de manhã com você. Ele estava muito preocupado.

- Você não... - Eu esperava que ela não tivesse falado nada, mas também nada indicava isso, já que Edward não voltou a fazer perguntas.

- Bella? Que tipo de melhor-amiga-cunhada-irmã, você acha que eu sou? - Ela perguntava indignada, mas daquele jeito especial dela. - Ele é meu irmão, mas não diria nada, mesmo tendo a certeza sobre esses enjôos. Ele fez mil perguntas, do tipo, ela teve algum mal-estar ai na Editora? Ou, ela te contou algo? - Ela tentava imitar a voz do meu Edward, mas saiu mais como a voz de um lutador de Box durante uma luta, me fazendo rir. - Por que você está rindo? Isso é sério Bella... Ele pode ter descoberto algo, por isso essas perguntas, e não podemos esquecer que ele é médico.

No mesmo instante parei de rir.

- Você acha mesmo que ele já desconfia?

- Não sei, mas acho que se ele estiver fazendo isso, será por você, já que ele deve estar esperando que você conte.

- Ai Alice... - Murmurei de uma forma escruciante. E se ele soubesse mesmo?

- Calma Bella, foi só uma suposição... - Ela disse, vindo até mim, e me abraçando. - Agora fique calma, isso não fará bem para a minha pequena... - Ela bateu o dedo indicado nos lábios, pensando em um nome.

- Como você pode ter certeza de que é uma menina? - Perguntei a interrompendo, não queria pensar em um nome agora, seria bem mais difícil com isso, se o resultado desse negativo.

- A minha intuição nunca falha, e você como mãe, deveria também tê-la.

E eu tinha, mas o medo de que esse sonho não fosse realidade, ainda me atormentava.

- Bella... Hoje saberemos. Eu liguei para o hospital e disseram que já está pronto o resultado, é só irmos lá e pegar. - Alice disse, nema forma vã de me tranquilizar.

O que eu faria sem Alice? Pensei.

...

A reunião já tinha acabado, e com ela, tudo estava resolvido.

Alice, pouco depois do fim da reunião, disse que podíamos ir assim que ela terminasse de editar a parte dela na revista. Por mim estava tudo bem, eu já tinha acabado de ageitar as pautas para a publicação. E foi nesse exato momento que o meu celular toca... 

Era Edward!

Já estava no terceiro toque, eu tinha que atender, e além do mais, precisava ouvir sua voz.

- Edward...

- Amor, tudo bem? - Ele perguntou num tom brando. - Sim! - Respondi sem hesitar, pois não era mentira, ouvir sua voz, me fazia esqucer de tudo.

- Eu sei que você disse pela manhã que estaria muito ocupada na Editora, mas... Eu queria muito que fossêmos almoçar juntos. Você escolhe o restaurante! - Ele disse com entusiasmo. O que eu podia dizer?

Eu queria muito vê-lo, estar com ele, sentir o calor que ele me proporcionava...

- Edward, eu queria muito, mas a publicação da revista para o próximo mês tem que estar nas bancas em uma semana... 

Ouve um silêncio do outro lado da linha, mesmo sem ver o seu rosto, eu podia afirmar que ele estava chateado. Aquilo me doía muito, mas eu não podia, eu tinha que acabar com essa ansiedade de saber o resultado logo, e assim, não ter mais que mentir para Edward. Mas e se desse negativo, uma voz soava em meu pensamento, era o pessimismo que me rondava. Se desse negativo, eu não sabia como reagir, tinha medo de não ser a Bella que sempre fui...

- Tudo bem então... - Foi simplesmente o que ele disse, mas que fez meu coração ficar pesado.

- Prometo, que assim que acabar o que tenho que fazer aqui, faremos o que você quiser. - Murmurei, tentando fazer com que o meu Edward voltasse, e também porque eu queria estar com ele, talvez até, quando eu estivesse com esse resultado em mãos, eu contarari hoje mesmo, sem hesitar, querendo que ele desfrutasse da mesma felicidade que eu desfrutaria.

- Olha que eu vou cobrar em? - Ele ria do outro lado da linha, e não era um riso forçado. 

Como eu queria estar do seu lado para presencar isso.

Longe dele eu me sentia incompleta.

- E eu vou esperar ansiosissima por essa cobrança. - Ri também.

- Eu te amo...

Foi o que bastou para que eu sentisse as lagrimas escorrerem de meus olhos. Eu definitivamente estava muito sensível. Não podia ser uma "gravidez psicológica", como eu vivia vendo na tevê... Não podia ser.

- Também amo você!

Dr. Cullen, comparecer a sala de cirurgia. Dr. Cullen...

Ouvi do outro lado da linha. Era o trabalho que o chamava. Eu esperava mesmo que hoje o dia não fosse corrido para ele, que ele pudesse estar comigo, assim que fosse possível.

- Você ouviu? - Ele perguntou, percebendo o meu silêncio.

- Ahãn... Bom trabalho amor.

- Obrigada, pra você também. E não se esqueça de me ligar qualquer coisa. - Eu sabia ao que ele se referia, o que me fez perguntar se essa preocupação dele se intensificaria ainda mais se...

- Meu coração ficou com você... Cuide bem dele. - Ele sussurrou.

- O meu também ficou com você!

E desligamos os dois juntos.

Eu sentia um vazio sempre não ouvia mais sua voz.

...

- Bella! - Alice disse, praticamente gritando, adentrando a minhasala, me dando um susto.- Olha Alice, você vai me provocar um ataque do coração se continuar entrando na minha sala dessa maneira. - Falei recuperando a minha voz.

- Ain desculpe Belinha. - Ela sussurrou, fechando a porta. 

- Okey, tudo bem Alice! - Disse rindo com a cautela que ela andava até a poltrona em frente a minha mesa, e em vez de sentar colocou a mão no encosto estofado desta, traçando desenhos, se eu tivesse uma visão periférica, diria que Alice estava fazendo esboços de vestidos com o dedo indicador.

- Bella... - Ela respirou fundo, ela parecia preocupada em me falar.

- O que hove Alice? - Agora sim ela estava me preocupando, raramente via Alice série e hesitante em dizer algo. 

- Jasper me ligou, dizendo que terá de fazer uma viagem de negócios, e será hoje... - Ela dizia rápido mas eu conseguia entender.

Jasper e Alice são casados, Jasper é dono de um escritório muito conhecido de advocacia aqui em Nova York. Podia entender o que Alice queria, um tempo com o marido.

Ela não precisava continuar.

- Alice, você sabe que não precisa me pedir permissão para sair mais sedo, essa Editora também é sua. - Achei estranho, ela nunca precisou me pedir nada, ainda mais isso...

- Não Bella, não é isso! 

Ela continuava a traçar desenhos no estofamento da poltrona, me deixando mais nervosa, até que eu enfim entendi: ela não poderia ir comigo até o hospital pegar o exame...

- Ah... - Sussurrei num tom de entendimento.

- Desculpe. Mas se quiser, falo com Jasper...

Ela definitivamente era minha amiga, não que eu duvidasse, mas ela ficaria se isso eu quisesse, para estar ao meu lado, mas ela não deixaria de ser minha amiga, só porque queria e ansiava estar perto do seu amor.

- Não, não Alice... - Falei me levantando e indo até ela. - Eu agradeço por tudo o que você está fazendo por mim, mas... É o Jasper, eu juro que não ficarei chateada, e sim feliz. Pois você poderá passar um tempo com ele. E além do mais, quanto tempo foi mesmo a sua quarta lua de mel? - Perguntei retoricamente, a fazendo rir comigo. Eu ficarei bem! - Não vou mentir que queria alguém perto de mim para quando eu recebesse a notícia, ainda mais  que esse alguém fosse Edward, mas tudo estava bem... Ou ficaria.

- Bella... É por isso que eu te amo amiga! - Ela dizia, e nos abraçamos. - Por favor, me ligue assim que souber o resultado, apesar que eu já sei, mas mesmo assim.  

- Tudo bem... - Dizia rindo. Era fascinante a intuição de Alice.

- Eu juro que não vou demorar para voltar... - Ela continuava tentando se desculpar.

- Alice, fique o tempo que precisar. - Disse, sabendo que eu não precisava dizer isso. - E essa quinta lua de mel... Será onde? - Perguntei tentando distraí-la.

- Ai Bella! Eu sei que o Jasper praticamente não terá tempo, mas farei ele ter. - Ela continuava rindo, e eu não duvidava disso que ela falou, quando Alice queria alguma coisa, ela conseguia. - Vai ser no Japão, pois Jasper tem clientes lá, e estes entraram em problemas burocráticos... - Ela dizia sem interesse. - Mas será no japão né... Apesar que nunca fui lá, deve ter diversos looks me esperando, e terei certeza que lá as minhas ideias para a próxima publicação da revista virá a toda. - Ela batia palma por ter tido essa ideia. 

- Não fique pensando no trabalho. 

- Mas Bella, se o Jasper não tiver tempo, com o que eu gastarei o meu?

Comprar, ri com o pensamento.

...

Alice tinha saído alguns instantes antes de eu sair para ir ao hospital. Ela ainda tinha que fazer  as malas delas, que concerteza não seriam poucas, mas mesmo assim eu queria perguntar para ela o por quê, já que ela iria comprar tudo que visse...

Eu teria que estar lá às 15hs, e estava no meu horário, pois ainda era 14hs e 16min. Daria tempo de sobra... 

Eu estava a poucos minutos de chegar no hospital, mas o meu medo não cessava.

...

- Boa tarde sra. Cullen! - A mesma enfermeira que conduziu a mim e a Alice até a sala do Dr. Forbes me cumprimentou.

- Boa tarde! - Disse com um leve sorriso, notando que eu não sabia o nome dela, uma mulher que foi tão atensiosa e "cumplice" como o Dr. Frobes. - Desculpe, mas eu não sei seu nome...

- Meu nome é Renée! - Ela disse num tom simples, ainda sorrindo enquanto caminhavamos até a sala do Dr. Forbes onde seria entregue o exame que poderia mudar a minha vida - não que esta não estivesse bom, mas ser mãe, seria especial, pois se antes eu não viver sem uma pessoa, agora seriam duas.

O mesmo nome da minha... 

Como eu queria que ela estivesse aqui, para poder precensiar a minha felicidade que mudaria a minha vida, mas eu sabia que ela estava e torcia - tanto ela como o meu pai - que tudo desse certo - mesmo que eu ainda não sabia o resultado, mas como uma confirmação, senti uma tontura, tendo que me apoiar na parede gelada do hospital.

- Sra. Cullen, está tudo bem? - A enfermeira com o mesmo nome da minha mãe perguntou, segurando no meu branço, se antecipando para que eu não caísse.

- Sim... foi só uma tontura! - Tentei sorrir para a confirmação do que eu dizia.

A tontura já tinha passado, mas entrar naquele elevador, me causava vertigem. Mas eu me acalmei, pois se não ficaria enternada nesse hospital, o que levaria  Edward a saber, e multiplicar ainda mais a sua preocupação, se isso fosse possível... 

Entrei na sala do Dr. Forbes, logo depois da enfermeira abri-la e me dar passagem para eu entrar. 

Os cumprimentos já tinham sido feito entre mim e o Doutor, e agora eu estava sentada em uma poltrona que deveria me relaxar, mas nada acontecia. Percebi que enquanto o Doutor Forbes voltava a se sentar em sua cadeira - atrás da mesa - ele segurava um papel pardo...

- Já estou com o resultado em mãos. - Ele disse, como resposta ao meu silêncioso pensamento.

Eu não conseguia proferir nada. 

Eu estava tremendo, fazendo o Doutor me observar...

- Sra. Cullen! Está tudo bem? A senhora está tremendo, talvez seja melhor...

- Não. Por favor... Está tudo bem! - Falei, tentando ser convincente o suficiente. Eu não queria que fosse adiado eu saber o resultado e acabar sendo internada naquele hospital... Eu detestava hospital, mas não me fazia odiar a profissão escolhida por Edward, mas quando se tratava de eu ser a paciente, eu detestava.

- A senhora quer um copo d' água...

Não... Eu não quero nada, só quero que o senhor tire esse peso do meu coração essa angustia de que os meus anseios sejam falsos! Falei em pensamentos, querendo dizer em voz auta, mas isso só confirmaria ainda mais a minha aflição e a preocupação do Doutor Forbes.

Simplesmente, em vez de dizer isso, balancei minha cabeça, em sinal de negativa.

Ele já tirava o resultado do exame, quando os estendeu para mim...

O quê? Ele queria que eu lesse? Eu mal conseguia controlar a tremedeira em minha mão, imagina segurar um papel que poderia dizer sim ou não ao meu sonnho. Ele percebeu a minha determinação em não pegar o papel, sem que eu dissesse nada.

Ele passava as inumeras folhas, sem dizer nada, só com os olhos nestas, ele deveria estar querendo chegar a parte que eu queria saber.



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Notas finais do capítulo

Gente não consigo descrever o que senti ao ver que haviam 4 leitoras acompanhando... Isso me deixou muito feliz! (:
Deu um trabalho postar, pois tenho que postar cada parágrafo de cada vez, pois se não sai errado... mas querem saber? valeu apena!
Se tiverem alguma pergunta quanto a história, algo que passou despercebido, ficarei feliz em esclarecê-la.
By: Josi Monteiro