O Templo Da Imortalidade escrita por Kbex


Capítulo 9
Capítulo 9: Confiando


Notas iniciais do capítulo

que vergonha que vergonha
oiie pessoal e me desculpem
eu sie era pra ter postado sexta, mais não deu, semana corrida por aqui só pude terminar de digitar hoje
sim digitar kk o capitulo estava todo em folhas de rascunho, eu escrevia na faculdade, no trabalho até dentro do onibus =P
enfim, acho que quem é a favor do casal Alice e Will vai gosta do capitulo.
me desculpem a demora,e qualquer erro
vamos ao capitulo



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Mudança de planos, por conta da chuva fica ‘presos’ no mar por mais tempo, só chegaríamos a ilha amanha. Fora esse contra tempo as coisas estavam indo bem, estranha e assustadoramente bem. Jack e minha mãe não brigaram mais, nenhuma, NENHUMA, vez nesses dois dias, isso é uma vitória. Elizabeth veio formalmente me agradecer e o mais estranho, disse que só veio depois de Will pedir. E como se não pudessse ficar ainda mais bizarro aqui estava eu, conversando com Will, civilizadamente e foi assim durante esses últimos dois dias. Ele estava mesmo sendo uma pessoa legal e isso me deixava mal toda vez que me lembrava de que queria matá-lo a uns dias atrás. Seria mais fácil se ele fosse mais fácil de odiar.

- Alice? – Will disse passando a mão na frente do meu rosto.

- Ham? – eu disse confusa.

- Em que mundo você estava? – me perguntou rindo – você simplesmente me ignorou.

- Me desculpa, estava... há esquece, o que você dizia mesmo?

- Antes de você me ignorar? – eu dei língua pra ele, que riu – estava comentando sobre como as coisas estão calmas.

- Até demais, você não acha?

- Gosto disso. As pessoas ficam mais...

- Vulneráveis?

- Não ia dizer isso – ele fez uma careta – você é sempre assim desconfiada? Eu ia dizer que as pessoas ficam mais próximas, se conhecem, até confiando mais umas nas outras.

- Em dois dias? Acho que não Will.

- Por que não? Tem um tempo estipulado para isso?

- Sim tempo e acontecimentos. Não é simplesmente “ok, agora voou confiar nessa pessoa”.

- Não?

- Claro que não Will – revirei os olhos – se você confiar em todo mundo a chance de se desapontar é grande. Se conhecer bem, se dar bem, saber quais são os defeitos e as qualidades do outros principalmente saber viver com isso e o mais importante, nunca esperar demais de alguém. Isso não se consegue de um dia para o outro.

Seu olhar estava tão fixo em mim que me obriguei a virar o rosto.

- Bom, você conhece meus defeitos, e estamos começando a nos conhecer melhor. Então resta conhecer as qualidades e nos darmos bem, hum... dois a dois, estamos no caminho certo. – ele colocou sua mão em meu queixo e virou meu rosto para que eu olhasse para ele – Eu confio em você – ele falou com aquele mesmo olhar de antes.

Porque ele estava fazendo isso? Porque ele tem que ser tão legal agora? E porque eu queria que sua mão permanecesse ali tocando delicadamente meu rosto? Eu deveria estar ficando louca. As vezes a calma tem o efeito contrario em mim. Will deixou sua mão cair quando eu não disse nada. Por reflexo segurei sua mão antes que estivesse ao lado do seu corpo, ele me olhou confuso e tão rápido quanto eu segurei sua mão eu a soltei. Perfeito, não controlava nem mais meu próprio corpo.

- Alguém que você confiava muito te decepcionou é isso?

- Por que você quer saber?

- Conhecer um ao outro lembra? Você que estabeleceu isso. E bom... gosto de conversar com você.

Isso, essa liberdade que eu sentia ao lado de Will era errado nunca conversei tanto, contando da minha vida, para alguém que nem conhecia direito. Era errado, mas eu sentia que não. Coisa estranha.

- Nada aconteceu. É só você observar as pessoas Will. Elas mentem para conseguir o que querem, você é prova disso – eu provoquei.

- Pessoas erram, se arrependem e tentar acertar, eu sou prova disso.

Abaixei o rosto e abri um sorriso.

- Eu confio em uma pessoa.

- Sua mãe, ela não conta.

- Por que não? – perguntei divertida – Ok, se mães não valem, eu confio na Annabel.

- Essa pessoa existe?

- Will... – eu ri e dei um tapinha no sue braço, sorrir estava se tornando fácil ao lado de Will, quer dizer, com esse Will. – Annabel é minha melhor amiga, nos conhecemos desde... eu não consigo me lembrar de não conhece-la, somos como irmãs. Confio nela de olhos fechados.

- Nossa, preciso ter aulas com ela – ele sorriu – como ela é?

- Bom, Annabel é bem diferente de mim, não só fisicamente. Ela é loira de olhos azuis, tem uma pintinha na bochecha esquerda que eu lembro que ela detestava quando tinha cinco anos – eu sorri – Annabel é gentil, calma, sempre vê o lado bom das coisas, sempre tem algo bom pra te dizer e uma facilidade incrível de te fazer se sentir melhor. Eu a admiro muito –  “ela é parecida com você em alguns aspectos”, completei mentalmente.

- Ela realmente parece uma boa pessoa, onde ela esta?

- Não sei. Quando decidi fugir do convento ela não quis vir comigo, eu a visitei algumas vezes, mais faz um ano desde a ultima vez.

- Nossa, você deve estar com saudades dela.

Eu assenti, eu estou morrendo de saudades dela.

- Will?

- Sim? – ele olhou sorrindo para mim.

- Se você viveu naquela ilha tanto tempo... quer dizer que você não tinha amigos?

- Só os animais. Bom não, só quando fui para as cidades com minha mãe.

- Nossa que triste.

Ele gargalhou

- Que?

Ele fez uma careta, boca aberta, cenho franzido e uma sobrancelha arqueada, depois relaxou o rosto e voltou a sorrir.

- Você fez uma cara engraçada, estava tentando imitar. – nós dois rimos.

Ele me encarou enquanto eu parava de rir, seu olhar tão profundo que me deixou envergonhada, senti meu rosto enrubescer. Virei o rosto.

- O que te fez mudar tão dramaticamente em relação a mim?

- Oras Alice, eu fiz uma promessa a você, e eu cumpro com minha palavra. E mais eu detesto injustiça e eu estava sendo injusto tratando você daquele jeito, foi grosseria minha, desculpe.

- Há, serio? – ironia pesada na minha voz – eu te deixei uma noite inteira na chuva e você que foi grosseiro? Will..

- Eu fui primeiro. Você iria armar todo aquele teatro se eu não tivesse pego o seu colar primeiro?

- Não, mas...

- Então. Eu errei e estou tentando concertar.

- E esta se saindo muito bem – falei baixo demais pra que ele escutasse, ou era o que eu pensei.

- Que bom.

- Você me perdoou tão rápido, ou é parte do plano?

- Parte do plano – ele piscou – brincadeira, eu acho que todos merecem uma segunda chance.

- Afinal as pessoas erram não é?

- Sim somos humanos, nós não somos perfeitos não é?

Eu assenti.

- Esta ficando tarde, eu vou entrar ok? Até amanha Will, boa noite.

- Boa noite Alice.

Abri um sorriso e acenei com a mão.

Eu disse esses últimos dois dias estavam estranhos e o mais estranho é que eu estava gostando disso. Gostando de passar meu tempo com Will, nós passamos tardes inteiras conversando e rindo, rindo como eu só ria com Annabel, vai ser que se nós tivéssemos nos encontrado em outra situação poderíamos ser amigos.

Fui em direção a minha cabine e passei pela cabine do Jack, mesmo sabendo que é errado eu ouvi um pouco da conversa.

- Vai deixar a Alice a Angélica nessa ilha Jack?

- Não Gibbs

- Em qual então? Você falou que jogaria numa ilha.

- Gibbs...

- Porque sabe capitão, eu acho errado e...

Não suportei mais ouvir.

Com meus olhos cheios de lágrimas corri para a popa do navio. As lágrimas escorriam pela minha face e meus soluços eram algumas vezes ofuscados pelo barulho do vento que por sua vez fazia meu cabelo chicotear em meu rosto. Sentei-me no chão com os joelhos flexionados e passando os braços pela minha perna, trazendo mais junto de meu peito. E chorei mais. Não que eu esperasse que Jack me abraçasse e me desse carinho, mais me deixar numa ilha? Eu e minha mãe? Qual era o problema dele? Eu estava convicta de que ele ao menos simpatizava comigo, esse sentimento de rejeição é novo para mim, e extremamente dolorido, não é o mesmo de quando Angélica me deixou, ela tinha um motivo, mas Jack não, é simplesmente orgulho ou sei lá o que se passa na mente dele.

Não sei quanto  tempo fiquei ali, mais não foi o suficiente para que minhas lágrimas secassem, eu ainda as sentia escorrendo pela minha bochecha quando sinto uma mão afagando minhas costas. Deve ser minha mãe, passei correndo pela cabine dela, pode ser que ela tenha acordado.

- Alice? – disse a voz inconfundível de Will – Alice o que ouve?

Minha reação natural foi virar o rosto para o lado contrario a da voz de Will e secar minhas lágrimas com a mão.

- Por que você esta chorando?

- Não estou chorando – nossa com essa voz eu não enganava nem um bebe – estou bem – falei me levantando e indo me apoiar na beira do navio sempre escondendo meu rosto.

- Mas é claro que esta – eu tenho certeza que ele revirou os olhos ao dizer isso.

Eu nunca chorei na frente de alguém, eu não suportava a ideia de admitir fraqueza.

- Sério Will, é só o vento que faz minha voz ficar assim. – desculpa cheia de fundamento Alice, parabéns.

- Olha para mim então – ele disse, eu neguei – Vamos Alice, se é só o vento olha para mim – sua voz estava dura mas eu podia sentir a preocupação por trás dela.

Eu neguei novamente e um soluço percorreu meu corpo e decorrente dele mais lágrimas incontroláveis.

- Shhh – ouvi Will dizer ao meu ouvido.

Ele me viu para si e me abraçou, uma mão forte segurando minha cintura e a outra afagando meu cabelo, escondi meu rosto em seu peito e chorei. Novamente não sei por quanto tempo, seja ele curto ou longo, Will permaneceu como estava e sem dizer uma palavra.

- Desculpe, não queria te aborrecer com problemas meu – eu disse me afastando dele quando as lagrimas cessaram um pouco, com um arrepio percebi que estava frio longe de seus braços – desculpe por isso também  - apontei para sua blusa encharcada com as minhas lágrimas.

- Que isso, tudo bem – ele tirou o casaco e colocou em cima dos meus ombros – o que houve?

Eu suspirei

- Pode parecer bobo para você – porque eu estava contando isso a ele? Engraçado,conversamos sobre isso a pouco e parece que tenho que rever meus conceitos sobre confiança – Ouvi Jack e Gibbs conversando, isso é errado eu sei. E o Gibbs perguntou pro Jack se seria nessa ilha que estamos indo que ele deixaria eu e minha mãe.

- Não acredito. Alice você tem certeza qu..

- Claro que sim – eu levantei minha voz – eu... eu... eu... – as lagrimas voltaram – parecia que as coisas estavam se ajeitando, eu não entendo.

- As vezes você só pegou um pouco da conversa Alice. Você ouviu ate o final?

- Não, mas..

- Então, pode ser que o Jack teve essa ideia de inicio, mais mudou de ideia com  passar do tempo. Ele salvou sua vida a alguns dias atrás.

- Porque senão Angélica o mataria.

- Não acho isso, o Jack se livra fácil da Angélica, mas ele gosta de vocês.

- Porque você o defende? – disse novamente levantando o tom de voz.

Nesse momento eu queria ver aquele Jack que todos dizem ser mal, eu queria sentir um pouco de raiva dele, e não só de mim por ter, de um certo modo, confiado nele. Mais fica difícil com Will apresentando um Jack bom pra mim.

- Porque é o que eu acho. Não quero te ver sofrendo por algo que você nem sabe ao certo. E mais, se o Jack ousar expulsar você do navio, quem vai acabar em uma ilha será ele.

Suspirei.

- Fique mais calma esta bem? Vá deitar um pouco, descansar, amanha podemos ir conversar com o Jack sobre isso e você vai ver que foi só um mal entendido.

Assenti, limpando os últimos vestígios de lagrimas no meu rosto.

- Obrigada Will. Mais não sei se quero falar com o Jack.

- Amanha vemos isso sim?

- Estou com medo de descer do navio para ir a ilha amanha.

- Vou ficar com você o tempo todo, nada vai acontecer ok?

Eu assenti e o abracei.

- Obrigada mesmo Will. E você estava certo, não precisa conhecer a muito tempo para se confiar em alguém.

Ele sorriu.

- Vou te levar até a sua cabine, garantir que você não vai mais ouvir conversa alheia e se machucar certo?

Eu sorri e dei um empurrãozinho nele, ele me olhou com uma cara safada e me empurrou de volta, parecíamos duas crianças pequenas cutucando um ao outro. Chegamos na frente da minha porta e Will me pegou pela cintura, nossos rostos  muito perto um do outro, o sorriso nunca deixando seus lábios. Pousou sua mão em minha bochecha e acariciou.

- Obrigado Alice. – ele disse e depositou um beijo em minha testa – boa noite descanse ok?

- É... – eu o encarei. Porque ele agradeceu mesmo? – seu casaco, obrigada – tirei e entreguei a ele – boa noite – abri a porta rápido e entrei.

Era possível essa situação ficar mais estranha do que já esta? Não acho que não. Mas de qualquer jeito, eu devo admitir, passar esse tempo com o Will me fazia bem.


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Notas finais do capítulo

e então?
eu vi todas as sugestões nos reviews passados, e algumas leitoras tinham em mente justamente o que vou colocar nos capitulos mais pra frente kkk
ah e obrigada a quem deu a ideia sobre o momento pai e filha, já fiz varias anotações sobre isso.
o que vocês acham da Annabel aparecer heim? hehe
bom, até o proximo capitulo, vou fazer de tudo pra postar na sexta ok? beijos a todas