Jogos Vorazes escrita por Lívia Andrade


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, desculpe a demora é que eu estou na semana de provas e tenho que estudar. Espero que vocês gostem desse capítulo :3 E comentem no final :3



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Levo algum tempo para entender as palavras de Clove. Ninguém nunca tinha falado que me amava, com exceção dos meus pais, mas nem mesmo deles eu senti que foi tão verdadeiro como as palavras de Clove. E eu nunca nem sequer sonhei em dizer isso algum dia, na verdade acho que nunca amei ninguém. Por falta de palavras apenas beijo Clove e espero que ela interprete isso como uma coisa boa, mas acho que ela percebe alguma coisa, pois sua expressão muda.

- Está tudo bem, Cato?

- Está- Minto – Eu só me pergunto por que nós não nos conhecíamos antes.

- Todo mundo te conhecia Cato, inclusive eu. A frase correta seria porque você não me conheceu antes. Bom, acho que não era pra ser.

- E porque você nunca veio falar comigo?

- Digamos que eu nunca fui com a sua cara.

- Muitas pessoas não vão com a minha cara. Eu nunca fui alguém fácil de lidar, mas você também nunca foi. Pelo menos quando te encontrei no centro de treinamento. – Nós rimos – Mas então, posso conhecer um pouco mais sobre minha namorada?

- Eu tenho dois irmãos mais velhos, na verdade eram três, mas um deles morreu na arena quando eu tinha cinco anos e desde então eu jurei entrar na arena e vencer para poder vingá-lo, meu pai se chama Elliot e ele me criou sozinha porque minha mãe morreu quando me deu a luz. E eu não sou sua namorada.

- Tem certeza que você não é minha namorada? – Digo e depois encosto meus lábios nos dela - Sinto muito pela sua mãe e seu irmão. Vamos vingá-lo, tenho certeza.

- Tudo bem, já faz muito tempo.

Ofereço-me para ficar de vigia, mas Clove diz que já dormiu o bastante e como estou exausto não insisto, porém peço para Clove me acordar daqui a três horas para que ela possa descansar e a garota concorda. Adormeço vendo Clove atirar facas nas maças. Depois de alguns minutos, pelo menos parecera isso para mim, ela me acorda dizendo que é meu turno e pede para eu acordá-la após três horas.

  Deixo-a dormir então e atendo às minhas próprias necessidades, engolindo um suprimento de ervas e raízes e algumas maças, ponho meus óculos, coloco minhas armas ao alcance, e sento-me para me manter em vigilância. Penso em estratégia para combater Katniss, e tento adivinhar o que os idealizadores vão fazer para nos juntar. Pode acontecer um alagamento, assim como ocorreu nos jogos onde uma menina do distrito 4, a única que sabia nadar, sobreviveu. Ou talvez eles possam jogar gás ácido... são tantas opções.  Eu só paro de imaginar quais poderiam ser quando me assusto com o grito de Clove.

   Ela está deitada, se contorcendo e gritando. Ainda dormindo.

- Clove, calma. É só um pesadelo – Chego perto dela e tento acalmá-la. – Não grita, está tudo bem.

 Ela acorda e me abraça.

- Minha... minha mãe. – Diz Clove assustada.

- Foi só um pesadelo, nada demais.

  Minha mão afaga uma mecha de seu cabelo sobre sua testa e faço isso até Clove voltar a dormir, e mesmo assim eu não saio de perto dela. Passo a noite meio sentado, meio deitado ao seu lado, fazendo cafuné e às vezes até cantando quando ela começa a se debater e gritar novamente.  Não acordo Clove quando chega a hora dela ficar de vigia, talvez por gostar de vê-la dormindo e saber que ela está bem mais protegida assim.

Quando o céu fica róseo, noto um pequeno paraquedas prateado cair lentamente do céu. Meus dedos desamarram o nó rapidamente e encontro alguns suprimentos. Temos quatro pãezinhos, queijo e presunto. Pego uma esteira e arrumo a comida nela.

- Bom dia, pequena. Dormiu bem? – Pergunto quando uma Clove sonolenta sai de dentro da barraca feita de esteiras.

- Bem até demais. Porque você não me acordou?

- Já disse que você fica linda dormindo? – Clove sorrir - Você teve pesadelos.

- Tive? Eu não me lembro de nada.

- Acho que era algo relacionado à sua mãe. – Vejo a expressão de Clove e mudo rapidamente de assunto. – Olha o que temos aqui. Café da manhã.

    Nós nos sentamos e começamos a comer, faz muito tempo que não temos uma refeição tão boa quanto essa.

- Cato?

-Oi, pequena.

- Você lembra quando estávamos no centro de treinamento e fizemos guerra de comida no café da manhã?

- Lembro – Digo rindo da lembrança- Você estava toda suja de migalhas de pão.

- E tinha uma fatia de presunto no seu ombro. – Diz Clove sorrindo.

  Nós terminamos de comer e resolvemos checar as armadilhas que antes tínhamos armado, e parece que teremos um belo almoço. Dentro da armadilha temos uma espécie de pássaro, sua carne tem uma ótima aparência, parece que ele entrou na armadilha tem pouco tempo, porém já está morto. Nós o soltamos e voltamos para o acampamento.

 Pego lenha pela floresta enquanto Clove depena o pássaro, acendemos a fogueira e o cozinhamos. Realmente uma ótima refeição.

  Resolvemos descansar até que os idealizadores façam algo para nos juntar, essas caçadas a noite nos cansam tanto e em quase todas às vezes não encontramos nada de bom, então só ficamos sentados conversando sobre a vida um do outro, contando piadas, e sim, trocando beijos.

- Você já amou alguém, Cato?

 A pergunta me pega de surpresa, ela está perguntando por curiosidade ou isso é devido a minha reação de ontem? De qualquer maneira eu resolvo falar a verdade.

- Não. – Ficamos em silencio por um tempo e eu resolvo perguntar. – Você já amou alguém?

- Sim. – Responde ela desanimada.

- E como é a sensação?

- É diferente de tudo que eu já senti – Diz Clove abrindo um lindo sorriso – Você sente feliz de estar perto da pessoa que ama, quer que essa pessoa fique bem independente se estão juntos ou não, só de ver seu amor sorrir o seu dia se transforma e fica bem mais belo.  O amor é realmente o sentimento mais abstrato que existe, não porque você não possa explicá-lo, o que por parte também é verdade, mas porque não importa o quanto você descreva parece que falta muita coisa. Você só entende quando passa por isso. Quando ama alguém.

- E é isso que você sente por mim?

 - Talvez – Diz Clove sorrindo.

Impulsivamente, eu me inclino para frente e beijo ela. Só paramos quando somos interrompidos...

 O som de trombetas me assusta. Nós ficamos de pé e em silencio absoluto, não quero perder nem uma sílaba. É novamente a voz de, Claudius Templesmith, e como eu esperava, ele está nos convidando para um banquete. Fico eufórico com a oportunidade de poder matar alguém, só não sabia que isso ia ficar melhor ainda. “Agora esperem. Alguns de vocês podem já estar rejeitando minha oferta’’ – Diz Claudius- ‘’Mas não é um banquete ordinário. Cada um de vocês precisa de algo desesperadamente.”

 Precisamos de algo desesperadamente. Algo para nos defender contra o arco e flecha de Katniss.

“Cada um de vocês vai encontrar esse algo numa mochila, marcada com o número do seu distrito, na Cornucópia ao amanhecer. Pensem bem sobre recusar a aparecer. Para alguns de vocês, essa será a última chance,” diz Claudius.

- Agora vamos matar esses idiotas – Diz Clove.

- E vamos ser os campeões do septuagésimo quarto Jogos Vorazes - Termino


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? O que vocês acham que acontecer no banquete?