Jogos Vorazes escrita por Lívia Andrade


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Minha fic Chegou a 100 reviews! Estou muito feliz e bem mais motivada a escrever. Quero agradecer a todos que acompanham a minha história e pelos elogios. Muito obrigada.



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Clove não tentou se afastar de mim, pelo contrário, me abraçou ainda mais forte e se acomodou em meu peito, seus lábios eram macios e seu hálito quente.  De todos os beijos que eu já dei posso afirmar com total certeza que esse é o melhor. Nunca senti nada igual, o jeito como o tempo parece congelar e como isso tudo é viciante. Passo a mão pelos cabelos macios de Clove. Poderíamos ficar por dias, anos, a vida toda, assim. Juntos. Se pelo menos nós dois pudéssemos sobreviver.

- Eu não posso fazer isso – Diz Clove se afastando bruscamente de mim. – Me desculpe, eu tenho que seguir sozinha agora. – Ela começa a juntar suas coisas próximas.

- Você não vai a lugar algum. - Interrompo

Clove olha pra mim e ainda enxergo lágrimas em seus olhos.

- Nós somos aliados – Digo

- Isso não significa que vamos ficar vivos. Só um sobrevive, Cato.

- Ainda tem muitos tributos na are...

-Por pouco tempo.

 Clove tem razão, uma hora ou outra nós teremos que nos separar. Eu não segui meu plano, eu pus tudo a perder, eu sou exatamente o que Leonis disse.

- Descanse amanhã você vai.

- Amanhã.

- Amanhã – Repito.


 Deito no saco de dormir, o garoto do distrito 3 será nosso vigia, sei o quanto é difícil dormir na arena ainda mais depois disso, contudo não tenho dificuldade alguma em adormecer.

 Quando abro os olhos os primeiros raios da manhã já são visíveis. Percebo que todos estão acordados e que já retiraram comida da pirâmide cercada com explosivos.

 Levanto e me junto a eles. Marvel está comendo tirinhas de carne ressecada, Clove uma maça e o garoto do distrito 3 come um biscoito.

 Escolho um pequeno pão e começo a comer me viro para Clove, mas ela desvia o olhar. ‘’Vamos agir como se nada estivesse acontecido então’’ já que é isso que ela está fazendo obviamente quer que eu faça o mesmo.

  As horas passam e nós não fazemos nada a não ser cuidar dos ferimentos das teleguiadas e das queimaduras. Resolvemos ficar aqui, seguros, por enquanto.  Escuta-se um tiro de canhão e procuro os olhos de Clove, ela permite que eu faça isso e retribui com um olhar animado e cruel.

    No final da tarde vejo um enorme clarão cerca de 400 metros de distância.

- O que é aquilo? – Pergunta Marvel

- Uma fogueira! – Grito. Estou aliviado, finalmente posso matar alguém.

  Pego minha espada e espero os outros se armarem.

- O garoto, vem com a gente? – Pergunta Marvel

- Ele só não ia ficar de guarda? Acho que não é capaz nem de levantar uma arma – Diz Clove

- Eu... eu consigo. – Diz o garoto do distrito 3.

-Ele vem. Precisamos dele na floresta, e seu trabalho aqui está feito, de qualquer forma. Ninguém pode tocar aqueles suprimentos – Digo

- E o conquistador? – Pergunta Marvel

- Eu continuo te dizendo, esqueça-o. Sei onde eu o cortei. É um milagre que ele não sangrou até a morte ainda. De qualquer modo, ele não está em condição de nos atacar.

Todos concordam e eu continuo

 – Vamos! – Jogo uma lança nas mãos do menino do distrito 3 e nos deslocamos na direção do fogo.  - Quando nós a encontrarmos, eu a matarei no meu estilo, sem ninguém interferir.

  A ideia de matar Katniss me deixa animado. Ando, quase corro na direção do fogo, ignorando qualquer cautela. Em alguns minutos já estamos no local, olhando entre ás árvores procurando sinal de algum tributo descuidado. Mas não há ninguém. Ninguém? Que pessoa acenderia uma fogueira e sairia logo depois? Será que o tributo já foi morto? Mas e o tiro de canhão?

- Tem outra fogueira mais a esquerda – Diz Marvel apontando para as árvores.

  Resolvemos ir investigar, mesmo sabendo que há algo estranho. Se há fogueira alguém acendeu, e esse alguém vai ser morto!

 Corro enfurecido pela floresta torcendo para que encontre Katniss e possa matá-la, mas só encontro outra fogueira e nenhum tributo a vista.

- Isso é muito estranho – Diz Marvel se afastando de nós e adentrando ainda mais na floresta.

 Começamos a segui-lo até sermos distraídos por um barulho de tiro de canhão. Na verdade não parece tiro de canhão, é bem mais alto e o som soa como uma explosão. Explosão!

 Começo a correr em direção ao acampamento. ‘’ Isso é uma armadilha, como não pensei nisso? Ainda está cedo demais e não está necessariamente frio para uma fogueira’’. A Raiva toma conta de mim, quem será que armou isso? Katniss? Espero que a explosão a tenha matado. Escuto outra explosão. ‘’ Isso vai destruir todos nossos mantimentos!’’ e mais duas explosões em seguida.

  Há uma marca preta no chão onde antes havia nossa comida e não tem ninguém por perto, os outros chegam logo atrás de mim.  Bato no chão com meus punhos para descontar a raiva, não funciona.

 O Garoto do distrito 3 jogas pedras nas minas para ter certeza que todas foram ativadas.

Termino a primeira fase de meu ataque de raiva e desconto nos restantes fumegantes ao chutar vários recipientes abertos. Os outros estão cutucando a baderna, procurando algo para salvar, mas não há nada.

A idéia do menino do distrito 3 funcionou, até bem demais.

- VOCÊ É UM IDIOTA! COMO NÃO PENSOU QUE ISSO PODERIA SER PIOR PARA NÓS? – Digo quando o garoto começa a correr, felizmente, ele é muito devagar. Prendo-o com uma chave de braço, começo a lembrar de todas as aulas que tive no centro de treinamento. De como eu era o melhor e todos apostavam em mim para ganhar esses jogos. Dou um solavanco na cabeça do garoto para o lado.

 Um tiro de canhão soa.

- CATO CALMA! – Grita Marvel me segurando.

  Eu quero ir à floresta acabar com a pessoa que fez isso, e nem eles não vão me impedir.

- Cato, espera – Diz Clove apontando para o céu.

No alto vejo um aerodeslizador, mas o que isso quer dizer? Só veio levar o corpo do garoto do distrito 3. Continuo parado olhando para o céu, e quando vejo a garra descer entendo, a pessoa que acionou as bombas deve estar morta agora, se houve um tiro de canhão o barulho das explosões podem ter abafado e o resto do corpo levado pelo aerodeslizador.


 Está escurecendo, pegamos as poucas coisas que nos restam que são nossos sacos de dormir, nossas armas e algumas mochilas. Esperamos ansiosamente o hino para que possamos saber as pessoas que morreram.

 Mais tarde no céu, eu vejo o selo e sei que o hino deve ter começado. Um momento de escuridão. Eles mostram o garoto do Distrito 3. Eles mostram o garoto do Distrito 10, que deve ter morrido essa manhã.  Torço para que o próximo tributo seja Katniss, mas o selo reaparece. A Pessoa que fez isso, a pessoa que acabou com nossos mantimentos ainda está viva!

 Então uma ideia vem em minha mente, pego meus óculos noturnos e entrego um a Clove, no exato momento eles parecem entender o que eu quero, Marvel acende um galho de árvore para que possa servir como tocha.

- Vamos caçar! - Digo





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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar sobre o que acharam. E eu também queria saber se só eu estou com muita raiva da Katniss, talvez seja porque eu realmente assumo o papel de cato quando escrevo,mas ela realmente provoca, não?



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