Jogos Vorazes escrita por Lívia Andrade


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, minha mãe ta limitando minhas horas no computador ¬¬ Espero que gostem.



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Passo a noite toda tendo sonhos com a arena e com pessoas mortas dentro dela, e o mais repugnante o corpo sem vida de Clove no chão morta por sua própria faca pela Garota do distrito 12.

Não vejo Clove pela manhã. Meu estilista aparece antes do dia amanhecer completamente trazendo uma simples muda de roupa e me conduz até o telhado. Os últimos preparativos, incluindo arrumação da minha roupa, serão feitos nas catacumbas que ficam abaixo da própria arena e uma escada desliza para baixo. Coloco minhas mãos e pés nos degraus, mas baixos e instantaneamente parece que fui congelado. Algum tipo de corrente me mantém grudado á escada sou erguido em segurança até dentro do veiculo.

 Fico na expectativa de me soltar da escada, mas ainda estou grudado quando uma mulher com um casaco branco se aproxima carregando uma seringa.

-Isso aqui é um rastreador, Cato. Se você ficar bem imóvel eu o injetarei de forma rápida e eficiente – Diz ela.

Como poderia me mover se ainda estou paralisado? Mas isso não me impede de sentir uma picada dolorosa quando a agulha insere o dispositivo metálico em meu antebraço. Agora os Idealizadores dos Jogos sempre poderão rastrear a minha posição na arena.

 Assim que o rastreador está no lugar, a escada me libera. A mulher desaparece e meu estilista é resgatado do telhado. Uma garota avox surge e nos dirige a uma sala onde o café da manhã está sendo servido.  Não como nada, como ficarei na arena com os outros que treinaram para os jogos teremos todas as armas e segurança, pelo menos por enquanto, assim é fácil achar comida lá dentro, Aliás, não estou com fome e sim eufórico. Quero logo entrar na arena e matar os tributos do distrito 12. A única coisa que me distrai é paisagem da cidade enquanto sobrevoamos por cima dela.

 Penso no que Leonis me disse, e luto para não aceitar que ele está certo. Realmente estúpido de minha parte, mas eu dou um jeito. Começo a bolar um plano em minha mente, Clove tem que sentir raiva de mim e querer ficar o mais longe possível, será o melhor pra mim e para ela. Essa teoria de o mais longe possível é meio difícil já que vamos ficar juntos na arena, mas pelo menos que ela não fale comigo e se isole.

 Me perco dos pensamentos quando o aerodeslizador aterrissa. O Estilista e eu voltamos para a escada só que dessa vez ela nos conduz a um tubo subterrâneo que nos leva ás catacumbas que ficam abaixo da arena.

 Seguimos instruções até o meu destino, uma câmara onde serão feitos os últimos preparativos.

O Estilista trás meu traje, a mesma roupa para todos os tributos, as calças marrons de feitio simples, a blusa verde, o cinto marrom robusto e a jaqueta preta com capuz que chega até minhas coxas.

 Percebo que o material da jaqueta é projetada para refletir o calor do corpo, já usei algumas roupas assim no distrito 2.

Visto as botas sobre meias apertadas, solas de borracha flexíveis boas para correr.

 -Preparado? - Pergunta o estilista

- Desde que nasci.

Fico alguns minutos parado esperando a entrada na arena. Penso em todos os tributos e no que eles estariam fazendo agora.  A garota do distrito 12 deve fugir do banho de sangue, os tributos do distrito 12 sempre fogem, são tão medrosos. Glimmer e Marvel devem estar tranquilos como eu e Clove eu não consigo imaginar. Às vezes penso que ela está chorando e com medo, pois ela é tão pequena que essa atitude não me surpreenderia, mas ai eu lembro do seu jeito durão e bem maduro até pra sua idade e a imagino andando de um lado para o outro e imaginando onde estaria uma faca na arena. Deve estar nervosa sem a sua faca, mas ela é muito boa com combate corpo á corpo. E os outros distritos devem estar simplesmente apavorados chorando e pensando em suas famílias.

 Me concentro em pensar nas armas e nos tributos mais frágeis. A menininha do distrito 11, o garoto do distrito 4 e a garota do distrito 9.

 Deve haver espadas lá dentro, ou machados, mas isso não me preocupa eu conseguiria manusear qualquer arma. Poderemos pegar barracas e sacos de dormir. Teremos grande vantagem entre os outros tributos.

Percebo que um cilindro de vidro começa a baixar em torno de mim, interrompendo meus pensamentos. Endireito minha roupa porque todos devem estar olhando fixamente para suas televisões e eu quero ficar bonito nas telas. Levanto a cabeça e o tudo começa a subir.

 Por uns quinze segundos, fico em total escuridão olho para cima e vejo uma luz ofuscante. A arena, tão esperada arena na qual eu desejei estar desde os nove anos de idade, onde esse desejo me fez treinar a vida toda.

Em seguida sinto um círculo de metal me empurrando para fora do cilindro em direção ao ar livre, sinto a brisa bater no meu rosto e olho para os lados. Clove está a três cilindros de distancia de mim e seu sorriso irônico aparece, percebo que ela não está nervosa. E quando a vejo que surge a ideia.

 Já tenho a solução perfeita para me afastar de Clove, cinco cilindros ao meu lado está Glimmer, seus olhos fixos nos tributos mais indefesos, seus dentes serrados de raiva e seus cabelos loiros enrolados voando ao vento. Como eu não pensei nisso antes? É perfeito! Usar Glimmer pra esquecer a Clove, e não seria nem um pouco ruim, ela é linda, muito linda e eu não ligaria se a matassem depois. Assim eu ficaria mais focado no jogo e Leonis vai perceber que eu não sou tão fraco quanto ele pensa.  

 Começo agora a procurar as armas, tem muitas delas aqui, facas (Clove ia adorar isso... porque eu ainda estou pensando nela?) espadas, arco e flecha. Tem também barracas e mochilas.

Então escuto a voz do lendário locutor, Claudius templesmith, retumbar ao meu redor.

- Senhora e senhores, está aberta a septuagésima quarta edição dos jogos vorazes.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Não esqueçam de comentar, por favor!



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