- Como é que é? Não existe casamento colorido.

     - Então eu topo até casamento. – Quando já era madrugada,  nos preparamos para a guerra. Corey pegou seu diário e escreveu em seu diário em voz alta antes mesmo de ter o pesadelo para que assim, pudéssemos terminar de uma vez esse terror.

   “ Querido diário,

   Hoje a coisa me visitou para tentar me matar. Ainda bem que no pesadelo, só estava eu e ela, frente a frente. O resultado do pesadelo não deu para saber, pois acordei bem na hora de descobrir se essa coisa iría ou não morrer.”

  Ficamos todos na sala de jantar, ao lado da escada que dava acesso ao porão esperando as palavras escritas naquele diário fazerem efeitos.

   Narração do Corey:

    A hora se aproximava, a Caitlin e a Debby se esconderam no porão para que a coisa pensasse que só haveria o Corey na residência. Já eu, estava na sala de jantar, com a espada na mão e esperando ansiosamente. Suspiros estranhos começaram a surgir fora da mansão. Aqueles suspiros aumentavam cada vez mais. Tudo estava escuro e calmo. Me aproximei da janela para verificar as suspeitas daqueles suspiros, e vai parecer até comédia o que comentarei, mas a coisa estava atravessando a rua e com os olhos vermelhos fixados na mansão. Corri para o meu lugar de origem e respirei fundo, o nervosismo invadia a minha alma. E de repente, meus olhos se fixaram na maçaneta da porta e que terror, a maçaneta girava lentamente fazendo um ar de suspense. Fiquei parado no meu lugar esperando aquela fera entrar. Quando ela entrou na mansão, a coisa olhou para mim e fez um rugido fino.

   - Corey, prepare-se para morrer. – Minha nervosia aumentou após ver os seus olhos vermelhos fixados nos meus.

   - Nã... Não... Prep... Prepare-se... Vo... Você! – Gritei e fui para cima da fera. Por puro nervosismo, só consegui acertar a espada na cabeça do canto direito. Ela se irritou e me empurrou. Seu empurrão foi tão forte que me fez atravessar a janela.

    Narração da Caitlin:

  Eu e a debby escutamos um barulho de vidro se quebrando em pedaços e saímos correndo do porão. A coisa nos olhou, correu em direção da Debby, agarrou-a e saiu pela janela a carregando pelos ombros. Aquela fera só estava com duas cabeças, mas a terceira estava junto do Corey em cima da espada e sangrenta. Saí da mansão pela janela, me aproximei do Corey e o vi sangrando, com cacos de vidros em seu braço e desacordado. O curativo da ferida da primeira batalha contra ela havia saído, o lugar do curativo estava aberta e com aqueles cacos de vidros enfiados.

  - Ai meu Deus, Corey! – Peguei ele pelo colo, entrei na mansão e o levei ao banheiro. Limpei o Corey e o levei até o seu quarto. Tempos depois, ele acordou, mas com um grito de dor, pois eu estava tirando aqueles cacos de vidros do seu machucado aberto. – Me desculpe. Vai doer um pouco. – Corey me olhou com um sorriso doloroso.

  - Preciso lhe agradecer por cuidar tanto de mim quando estou todo machucado.

  - Não precisa agradecer.  – Corey sorriu mas, o tirou ao deparar que a Debby não estava comigo.

  - Cadê a minha mãe?

  - Sinto muito, Corey. Sua mãe foi mais uma vítima.

   - Eu sabia, eu não devia ter contado nada disso para ela. – Sua voz estava um pouco chorosa e calma.

   - Ei, a culpa não é sua. Já estava previsto que isso ou algo pior acontecesse.

  - mas... O que é pior que viver com seus pais e sua irmã?

  - Acho... Que estamos quites.  – Sentei na cama ao lado dele e o abracei. Eu precisava de consolá-lo e precisava de um abraço. Eu e ele sabíamos o que era não ter pais e nem ninguém da família para nos consolar.

   Na sexta-feira, faltamos aula novamente. Acordamos às 15h, o ferimento do Corey já estava melhorando um pouco. Quando fui preparar o almoço, meu celular tocou. Era a Lindsay.

   - Caitlin, você não vai acreditar no novato que acabou de entrar na nossa turma!

  - Fofoca, Lind? Estou sem paciência para escutar fofocas.

 - Essa você vai amar!

  - Conte-me logo, mas me diga o nome desse novato.

 - Bom, o nome dele é Justin, não é super legal? Agora você pode terminar com o Corey para voltar com ele!

 - Amiga, eu já lhe disse que depois do que esse traste fez, eu não quero saber dele.

 - Não lembro do que ele lhe fez.

 - Me trocou por uma prostituta, você sabe muito bem como ele prefere essas coisas que são proibidas,né?

 - Isso é passado! Agora ele está muito fofo, mas fofo que o Corey. – desliguei o celular após ver o Corey se aproximando de mim. Ele viu minha expressão e perguntou preocupado:

  - O que houve? E quem era?

  - Era só a Lindsay, mas nada demais. Descanse enquanto preparo o almoço, é melhor. – Beijei o seu rosto e sorri. Continuei fazendo o almoço até ficar pronta e quando ficou, o Corey voltou, sentou-se na mesa e degustamos em silêncio. Ele foi o primeiro a interromper o silêncio.

  -  Me diz o que houve? Você está estranha.

  - Estranha como? – Perguntei sem saber o que responder.

  - Você está mais quieta.

  - Sério? Nem percebi.

  - Sim, depois daquela ligação você ficou... Diferente.

  - Bobeira. – Menti

  - Por acaso essa “bobeira” tem nome e motivo? – Foi assim mesmo, bobeira com aspas. Será que ele não engoliu a mentira?

  - Tá bom, Corey. Eu não quero mentir pra você. O motivo é o meu ex namorado, o Justin. Ele voltou e está no Colégio Halls.

  - Mas qual é o problema nisso?

  - Acho que nenhum. – Exatamente, nenhum.

Narração do Corey:

 - Nenhum?  - A Caitlin ficou sem o que falar.  Ficamos no notbook descontraindo o tempo no bate-papo. Uma novela janela acabara de abrir e era uma janela com um nome de um Justin. Será que ele é o tal ex namorado da Caitlin? Pensei. Liguei a webcam enquanto a Caitlin se distraía vendo o meu álbum de fotos de quando eu era pequeno.

  - Caitlin, quem é esse do seu lado? – Tapei a boca dela e falei:

  - Sou o novo namorado dela e você deve ser o ex, né? – A Caitlin desligou a webcam sem esperar a resposta do Justin e se revoltou contra mim.

  - Você ficou maluco? Por que falou que somos namorados?

  - Mas já iríamos namorar de qualquer jeito.

  - Mas não era pra ter contado pra ele! Você sabe do que ele é capaz?

  - Do que será que ele seria capaz? – Caitlin abaixou o tom da voz dela.

  - Ele seria capaz de... Tirar você de mim. – Aproximei meu rosto do seu, fechei meus olhos e deixei que meus lábios tocassem os dela.

  - Esse tal de Justin não será capaz de fazer nada e nem tirar você de mim.

  - Por que você tem tanta certeza disso? – Perguntou Caitlin olhando nos meus olhos.

  - Por que... Eu amo você.  – Nunca falei um “eu amo você” sendo sincero e essa foi a primeira vez em que senti algo que nunca havia sentido algo por falar isso sendo sincero. Ficamos em silêncio por um minuto e decidi interromper o silêncio. – Eu sei como iremos salvar a Debby,a Frie e a Shelby.

 - Como? – A Caitlin estava com as mãos sobre os meus ombros e as minhas mãos estavam em sua cintura.