Dont Wanna Let You Go escrita por Lys17


Capítulo 1
Parte Um


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu não pretendo explicar muita coisa, vocês saberão apenas lendo, boa leitura...



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Dor. Muita dor. Isso descrevia exatamente tudo que eu sentia naquele momento. Eu nunca imaginei que apenas uma inocente mensagem mandada por ela poderia causar aquilo. Não, eu não a culpava. Aquilo tudo era minha culpa, culpa por ter se apaixonado por ela, sabendo que ela jamais queriria algo comigo. Sério, que tipo de pessoa se apaixonaria pela melhor amiga?

Eu nunca achei que poderia dizer isso algum dia, que eu e a Berry viraríamos melhores amigas. Também nunca imaginei que um dia me apaixonaria por ela.

Sim, eu, Quinn Fabray, havia me apaixonado por Rachel Barbra Berry.

Nunca sei como isso aconteceu. Numa hora, ela era apenas aquela garota que eu, no fundo, admirava, e na outra, eu ficava nervosa sempre que ela chegava perto. Eu e ela tínhamos um passado turbulento e complicado. Eu era uma pessoa amarga e realista, enquanto Rachel era um doce (quando queria). Por isso não sei como, apenas quando me dei conta, estava super envolvida com ela. Provavelmente sou masoquista. Talvez eu goste de amar quem não me ama. Fala sério, isso é completamente coisa minha. Primeiro Finn, depois teve o Puck, nenhum dos dois me amou de verdade. Teve Sam, mas acredito que ele tenha encontrado o verdadeiro amor nos braços da Mercedes. Quando cantei Never Can Say Goodbye, eu cantei de verdade pra eles três. Finn, Puck, e Sam foram especiais na minha vida, e eu jamais tiraria-os dela. Faziam parte da minha história, do meu passado. Mas naquele momento, o que me importava era o presente. Rachel Berry era meu presente.

Tudo começou quando ela chegou no Mckinley. Eu namorava Finn apenas pela popularidade, e Santana e Brittany eram minhas 'guardiãs'. Quando Rachel chegou, eu a odiei. Sim, odiei. Odiei porque de repente a atenção de Finn não era mais inteiramente minha, e passou por minha cabeça, que talvez, eu pudesse perdê-lo. Perder o cara mais popular do colégio pra uma anã nariguda e completamente sem sal. Bem, então eu comecei a perturbá-la. Jogava raspadinha nela, fazia bullying com ela, botava nomes feios nelas, e etc. Bem, eu acabei me envolvendo com Puck, por vingança, depois que Finn confessou ter beijado Rachel no auditório. O perdoei, por não querer perdê-lo, mas a vingança falou mais alto. Claro que isso não acabou em algo muito bom.

Eu perdi a minha popularidade, o meu namorado, minha família, meus amigos, e toda a minha vida quando engravidei de Puck. Não que eu odeie Beth por isso, afinal, ela é uma das melhores coisas que já aconteceu na minha vida, mas seria uma mentira deslavada dizer que foi fácil.

Ah, e onde Rachel se encaixa nisso? Digamos que foi nessa época que comecei a duvidar da minha sexualidade. Mesmo estando grávida, não significava que eu escapava da educação física. E um dia, quando eu estava no vestiário me trocando, eu a vi.

Não foi intencional, juro, mas eu estava me trocando, e acabei vendo ela de calcinha e sutiã. Pela primeira vez em minha vida toda, eu senti algo na minha barriga acelerar, e não era a Beth. Algo no meu peito se agitou. E bem, digamos que lá embaixo também ficou agitado. Eu havia sentido um maldito desejo, apenas vendo Rachel Berry trocar de roupa. Me odiei por dias, afinal, ela era minha inimiga, por causa dela eu havia perdido Finn.

Eu queria ter continuado pensando daquele jeito. Depois desse dia, comecei a vê-la de forma diferente. A observava mais, e acabei notando que ela não era tão ruim quanto parecia.

Depois eu mal conseguia disfarçar que sentia algo pela maldita Berry. Olhava pra ela o tempo todo, e apenas uma pessoa percebia isso: meu maldito carma, Santana Lopez.

E ela me atazanava por isso. Me deixava louca! Acabei contando pra ela sobre a cena, e ela começou a dizer que eu tinha um pé no arco-íris.

Bom, tive uma longa jornada, até que o dia em que eu havia decidido ajudar Rachel com a canção original das regionais. Foi muito difícil pra mim dizer aquelas palavras pra ela, doeu mais em mim do que nela, provavelmente. Mas tinha que ser feito. Rachel tinha um destino, ela merecia Nova York, e não Finn Hudson. Era o sonho dela, e eu não me arrependo de ter dito todas aquelas coisas, pois eu estava ajudando-a seguir seu caminho. E então teve a cirurgia plástica.

Foi nesse dia que percebi que o que eu sentia por Rachel ia além de uma atração boba. Eu meio que senti ela. Soube como era ser ela, por um simples minuto. E depois não quis mais que ela fizesse aquela cirurgia plástica, pois ela era linda, do jeito que ela era. Mas infelizmente eu era medrosa demais pra conseguir dizer aquilo pra ela.

Isso me aproximou dela, mas tudo foi destruído quando perdi a coroa. Eu acabei me descontrolando, e batendo nela. Nunca me arrependi tanto de uma coisa na minha vida quanto eu havia me arrependido naquele momento. E ela me perdoou. Não consegui entender, pois ela deveria estar me odiando naquele momento. E tudo que ela falou me confortou. Pela primeira vez em tempos, me senti bonita, e brilhante. Não me importava mais que eu havia perdido a coroa, apenas me importava que Rachel acreditava em mim.

Mas aí teve as nacionais. O maldito beijo de Finn e Rachel. Tudo isso me fez revoltada. Tentei agir como amiga deles, mas doía demais. Por isso, nas férias, pintei meu cabelo de rosa, me relacionei com pessoas que eu não devia, e morria de vontade que alguém percebesse que eu apenas queria ser notada de novo. E no fim, Rachel o fez.

Mais uma vez ela me provou que acreditava em mim, que eu tinha um futuro, e que a vida não acabava por causa de sonhos destruídos. Naquele momento, me dei conta de que não gostava dela, e sim de que eu a amava. Mais do que já havia amado Finn, Puck, e Sam. Aquele era o amor certo. Mas eu era masoquista. Por que ela iria me querer? Qual a vantagem de se declarar pra uma garota completamente hétero, e com namorado? Minha vida continuou desmoronando, mas tudo que eu queria era poder ficar perto dela.

Me deixei levar, me aproximei, me tornei melhor amiga dela, deixei que ela me guiasse, e ela sempre me ajudava quando eu precisava, sempre me repreendia quando eu queria fazer algo de errado. Eu não podia viver sem ela.

Quando Rachel me contou sobre o casamento dela com Finn, minha vida virou de cabeça pra baixo novamente. Mais uma vez me vi presa naquele sentimento de dor e angústia, sabendo que ela jamais iria me querer. Me perdia cada vez mais, porém continuava firme por fora, sendo amiga dela, não importava o que acontecesse. Acabei me conformando em ser apenas a melhor amiga. Eu desistiria de tudo por ela, até da minha própria felicidade, isso quando a deixei escapar pelos meus dedos completamente, entregando-a ao idiota do Finn.

Isso até agora. Agora eu a quero. Agora eu a terei. Não me importa que eu esteja numa maldita cadeira de rodas, ou que ela continue amando o Finn, O acidente me tornou forte. Me fez perceber o que eu quero de verdade. Eu quero Rachel Berry, e eu a terei. Não importa no que eu tenha que fazer pra consegui-la.

Eu a terei, custe o que custar.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

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