Come Away To The Water escrita por KatnissePeeta


Capítulo 2
Capítulo Dois




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/213266/chapter/2

        É amanhã, penso. Amanhã é a colheita. Estou frustrada demais para pensar em outra coisa. Mas quando a campainha toca, desço as escadas sem hesitar. Abro a porta.

        - Hey – diz ele contente – pronta para amanhã? Quer dizer... Você pode ser escolhida! Isso não é ótimo?

        Deposito minhas esperanças nele. Mas certamente, não estou muito confiante. Só balanço a cabeça. Ele se inclina a fala:

        - O que aconteceu, Clove? - Não faço nada, o silêncio permanece. – Está com medo de ser selecionada? Pode contar, sou seu amigo há quatro anos.

        Suspiro. Ponho a franja para trás de minha orelha. Isso já  é um costume.

        - Acho que não estou preparada. – ele me olha confuso. Suspiro. – Eu estou preparada para matar. Isso é óbvio treino isso desde os 10 anos. Acho que não estou preparada para ir para a arena. Eu queria ser selecionada aos 16 pra cima, não dos 14. Talvez eu não esteja pronta.

        - Mas Clove, por que só pensou nisso agora? Antigamente o medo seria maior. Você era mais nova, e nem sabemos se você vai ser escolhida.

        - Eu só parei pra pensar nisso agora, só isso. Eu estou com certo receio sobre isso.

        - Clove, nada vai acontecer. Você já tem a mira perfeita na faca, sabe lá um pouco de espada e cá entre nós, tem muitos tributos de 14 anos que já ganharam.

        - Sério? – pergunto.

        - Claro, nada vai te acontecer. Eu prometo.

        Sorrio. Então percebo que há algo no ar. Forço minha cara de brava novamente.

        - Vamos treinar.

        Ele sorri e me acompanha até a área de treinamentos do distrito 2.

        {...}

        - Vamos Clove! – diz meu treinador, Hundger. – Mais força! Isso! Agora a barriga! Não, não! Está parecendo uma lesma! A esse ponto alguém já teria te decapitado! VAMOS CLOVE! Agora a cabeça! ISSO! Não! Clove! Chega, chega. Vá treinar outra coisa, a espada está te cansando muito.

        Derrotada, minha posição de combate falece diante de suas palavras. Guardo a espada e pego o arco e flecha. Brinco com a ponta da flecha e coloco-a no arco. Miro na barriga do boneco, instintivamente pensando que aquilo era uma faca. Quando solto o resultado é inaceitável. A flecha voa longe e quase acerta um garoto de 13 anos, que não era realmente meu alvo.

        “Esquece Clove” penso, “você nunca será boa com arco e uma lança”. Guardo o arco e pego minha garrafa. Bebo a água gelada até a metade e devolvo-a na minha bolsa. Olho Cato de longe, ele está numa luta contra um garoto de 18 anos, mas é mais alto e mais forte que ele e derruba sua espada facilmente, colocando a dele na sua garganta. Dou um sorriso e volto ao treinamento, agora de facas. Recolho-as e miro. A faca atravessa a garganta do boneco. A segunda entra na barriga do boneco e a terceira na testa. O treinador liga o boneco-elétrico e ele começa a se mover. Um eu acerto no PE, impedindo-o de andar e o boneco, ainda em movimento, começa a ir mais rápido. Miro a faca em sua cabeça, onde acerto em cheio, fazendo o boneco andar, e já chega vários bonecos. Começam todos a correr. Pego três facas, uma jogo pra cima e as duas taco, enquanto as duas facas decapitam dois bonecos, a outra volta para minha mãe e a taco no meio da garganta de um boneco. Mais um boneco chega. Pego seis facas, dois tacando em sua cabeça e quatro em sua barriga. O boneco desvia. Olho assustada para o treinador. Novo treinamento, ele murmura. Pego mais algumas facas, uma taco em sua cabeça, que desvia com facilidade, mas ele não esperava por uma segunda, que acerta seu crânio e o faz cair.

        Cansada, jogo as facas restantes ao chão. Um silêncio percorre a sala. Olho em volta e vejo que todos param para me ver.

        - Vocês não tem nada pra fazer, não? – grito.

        Todos se viram e voltam a fazer o que estavam fazendo, ainda com algumas olhadelas. De medo. Provavelmente pensando “eu não queria estar na arena com ela”. Sorrio. Sinto algo tocar meus ombros. Viro-me e instintivamente, pego a faca que estava no chão e coloco na garganta de quem seja lá que tivesse me chamando. Meu rosto vacila quando percebo que é Cato.

        - Wow, vai com calma. – ele sorri. – Só vim te dar parabéns, você jogou muito bem.

        - Hahaha muito engraçado Cato. – me viro e guardo as facas que estavam jogadas. Vou em direção à porta.

        - Tchau Clove! Boa sorte! – ele grita longe. E então só ouço o barulho de espadas.

        {...}

        Levanto-me da cama, vou para o banheiro e tomo um belo banho. Minha mãe preparou um vestido branco. Faço um rabo e desço. Tenho que tomar consciência que é hoje. Como algo e dou tchau para minha mãe. Minha mãe teme que eu seja escolhida, eu sou filha única e mesmo sabendo de minhas habilidades, pensa que vai me perder.

        Ando calmamente até a praça central do distrito 2. Vejo algumas crianças de 12 corajosas, mas posso perceber que estão morrendo de medo. As de 13 já estão acostumadas e se gabam uns para os outros quais são suas habilidades. Vejo Cato de longe, ele está conversando com alguns meninos. Seu olhar de superioridade é inevitável. Algumas garotas ficam se gabando para cima dele.

        Entro na fila para crianças de 14. A colheita começa. Belenny, a ganhadora do ano passado tem 19 anos, e senta ao lado de vários ganhadores. Saash começa a falar sobre como é uma honra ganhar os jogos, como todos tem a honra de ganhar e como nós somos invencíveis. Ela mostra uma fita do presidente Snow. E deseja que a sorte esteja sempre ao nosso favor.

        Sem mais delongas, ela vai para o globo, onde está o nome de vários tributos. Inclusive o meu e de Cato. Ela pega um pequeno papel e faz suspense, abrindo ele.

        - E a sortuda desse ano é... Clove Jones!

        Minha respiração falha. Não posso acreditar! Eu sou chamada! Involuntariamente, um pequeno sorriso se abre no canto de minha boca, e subo ao palco, não acreditando a minha sorte. Todo meu medo avia se retirado de meu corpo, deixando só felicidade.

        - Eu me voluntário – diz Cato, de longe, andando em direção. – Eu me voluntário para ser um tributo.

N/A: Tenso, uhum.

Mas vocês já imaginavam isso não é? É claro que já.

Ah, eu queria agrader pela minha primeira recomendação! (Olha, só no segundo capítulo!) Muito obrigada. Eu estou feliiz! Vou viajar amanhã e ainda recebi minha primeira recomendação.

Eu vou tentar postar outro hoje e dois amanhã, antes de viajar pra compensar minha demora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!