O Coração de um Caçador escrita por Joanna


Capítulo 21
Os Carreiristas e a Árvore - Final


Notas iniciais do capítulo

O final do episódio, demorou mas chegou, GHSGHSAAHS psé. PRESTEM ATENÇÃO NISSO TODOS: EU TENHO UMA FÃÃÃÃ ~damça e rebola loucamente~ Esse capítulo é inteiramente dedicado á biawagner14, com toda a sua fofura GHASDSAGHADSG me ignorem, ok? Ok.



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A gravação volta, a corrida dos carreiristas até o lago, Cato chamando por Clove, e abraçando-a. Engraçado, já que ele e Glimmer estavam tão próximos, porque ele não a salvou? Marvel chora desesperado, corre atrás de alguém:

- NÃO! VOLTA! – Grita ele. Por fim, ele desiste de lutar e correr, e submerge. Cato se solta de Clove apenas quando escuta gritos de Peeta.

- Clove, fique aqui. – A baixinha apenas assente e se encolhe na margem do lago, tremendo. Não acredito que seja de frio. Marvel chora e grita feito uma criança, apenas Cato “aguenta” o veneno de teleguiadas para ver o que acontece entre Peeta e Katniss.

- Você! – Grita ele, mais assustador que nunca. – Eu sabia! Você nunca iria entregar sua namorada, não é? Desgraçado!

Peeta tenta correr. Porém, Cato faz igual a maioria das vezes, puxa Peeta pelo casaco e joga-o no chão.

- Você vai ficar com ela no inferno! - Diz ele, pegando a lança com a qual Peeta tentava, inutilmente, afastar Cato.

- Me solta!

Cato enfia a lança em Peeta no instante que ele escapa. A lança atravessa sua coxa e finca no chão, cravando na terra brutalmente. Ao retirar, Peeta manca e some entre árvores, Cato joga a lança novamente, mas erra e cai desmaiado no chão, com gritos terríveis. Chamando o nome de Clove.

Peeta manca, chorando, chamando por Katniss. O rancor, a dor com a qual ele pronuncia seu nome, em uma hora ele aperta a coxa e olha para trás, corre ainda mais como se Cato ainda o perseguisse, e assim que atravessa um lago, chora. O seu sangue fez um traço, durante quase todo o seu o trajeto. Ele engatinha até atrás de uma pedra, e se encolhe, como se estivesse com frio. O que em parte deve ser, já que ele está encharcado e ainda é de madrugada, Peeta chora, chora muito, chama pelo seu pai, por dois nomes masculinos que, pelo que eu penso, são dos seus irmãos. Mas o que me surpreende é que, em momento nenhum, ele chama pela sua mãe. Caso eu fosse picado por uma teleguiada, uma certeza que tenho é que o nome da dona Hazelle seria um dos primeiros pelos quais chamaria. Ele olha para um arbusto de amoras acinzentadas e depois para o chão de pedras, e se arrasta até o arbusto. Puxa um de seus ramos e mistura-as com água, até formar uma pasta.

Katniss anda, com nojo do seu arco, de vez em quando limpa as mãos na blusa, como se o arco estivesse sujo. Tem sangue sujo, mas é só. O problema é que Katniss não deve saber se é humano ou não. Correndo e batendo em arbustos, derrubando ninhos de suas árvores, em uma hora ela rola no chão como se estivesse esquivando de algo, em outra ela solta um grito, um grito agudo, que nunca pára e tapa os ouvidos como se quisesse bloquear seu próprio som.

- Mãe! Acorda! Pare de olhar para mim sem fazer nada! – Era disso que Catnip falava para mim. Nas poucas vezes que conversamos sobre nossos pais, ela me contou de um surto de sua mãe. Depressão, logo após seu pai ter morrido. Ela olhava para o infinito, sentada em uma cadeira, ás vezes ficava tempos sem comer e sem dormir, apenas encarando o vazio, na esperança do senhor Everdeen voltar. – Pai! Corra! Sai daí, Gale! – O seu pai morreu em um acidente nas minas, portanto ela também deve pensar que estou trabalhando lá.

Por fim, ela também desmaia, e por coincidência ou não, Rue escuta os gritos. Corre até lá, pulando de uma árvore a outra, e checa a pulsação de Katniss, desmaiada. Ela para e olha para Katniss, de forma estranha. Os carreiristas, por terem acordado um pouco antes da colmeia cair, não foram  tão afetados, Cato sofreu as maiores conseqüências por ter voltado atrás de Peeta, com cinco ferrões no corpo. Rua abaixa e olha de forma fixa para o broche nas roupas de Catnip, e assobia uma melodia, de quatro notas. O broche de Madge! E então, ela pega o seu cinto e o de Katniss, amarra nas mãos dela e a arrasta para longe, até perto de um riacho que ela encontrou. E o símbolo da Capital aparece, dando por encerrado o episódio das teleguiadas.

Dessa vez, Katniss está revolucionando os Jogos. Tenho certeza de que essa será uma edição reprisada por décadas, aquelas que a Capital se recusa a esquecer. Nos dias anteriores aos Jogos, eles reprisam as edições mais marcantes.

Olho para os lados, Prim olhava para Rue com expectativa, não consigo deixar de pensar no quanto as duas seriam amigas, são iguais no jeito.

E ainda o broche que Madge deu a Katniss, o símbolo de seu distrito e o único animal que Katniss se recusava a matar, por lembrar o seu pai. Eu matei um apenas uma vez, e nunca mais questionei Katniss, a carne do tordo é detestável. Foi por causa dos tordos e do broche que Katniss foi salva.

Vou me deitar, com a cabeça cheia das reviravoltas desse dia.

Quando vou para escola, claro que o assunto são teleguiadas. E o rosto de Glimmer deformado. Ninguém nunca imaginaria que Glimmer perderia na arena a única coisa que realmente tinha: a sua beleza. Todos comentaram também as alucinações dos carreiristas, Cato chamando por Clove, Marvel chamando por alguém. Afinal, talvez os carreiristas tenham alguma coisa por dentro. Katniss desmaiada. Penso que esse seria o fim dela, caso fosse outro tributo a encontrá-la. Mais uma vez, lembro-me de Prim, cheia de expectativas com relação a Rue. As duas possuem o mesmo olhar doce, a delicadeza em cada gesto. Prim não sobreviveria na arena. Ela não teria a frieza para matar, Prim é pura assim como Rue e me dói saber que ela deverá morrer para Katniss voltar para casa.

Na floresta, é tudo tão igual antes, o cheiro de Katniss, que sempre me lembrou o orvalho nas folhas, depois de um dia de chuva. Pego o meu arco e decido caçar alguma coisa, já que ter Katniss encurralada não permitia concentração para isso. Atiro em um coelho, que passou por mim distraído. Um esquilo, que estava a subir em uma árvore. O padeiro deve estar desolado. Peeta se aliou aos carreiristas apenas para proteger Catnip, e a maioria do Distrito não percebera isso até ele se sacrificar por ela. Talvez eu estivesse mesmo errado com relação a Peeta e ele estivesse mesmo apaixonado. Checo as armadilhas e encontro mais três coelhos e um peru selvagem.

Ao voltar para o distrito, passo no Prego e recolho o dinheiro do patrocínio. Todos contribuem para trazer Catnip de volta, ela é respeitada por todos. Tanto por ser quem ela é, quanto por sua história, seu pai. Vendo um coelho a Rooba e outro a Kyle, porém não consegui um bom preço. Talvez ele esteja aprendendo a lidar com esse tipo de troca.

Bato na porta dos fundos da padaria, e encontro os irmãos de Peeta. O irmão do meio é da minha idade, e está acostumado a comprar esquilos quando seu pai está atendendo alguém. Ele coloca o dinheiro na minha mão e resolvo passar no Edifício da Justiça, onde encontro Darius. Ele registra o patrocínio e sem muita conversa, deixo um coelho na casa de Prim e volto para casa.

Ao chegar lá, Posy está dormindo, Rory e Vick estão subindo em uma árvore magrinha, perto de casa. Os dois ajudariam muito pegando ovos de ninhos, já que eu, por ser mais pesado, não consigo subir muito alto. Minha mãe está lavando roupas e suas mãos estão inchadas. Desde que o meu pai morreu, ela aguenta tantas dores que não imaginava que eram possíveis de sentir. Até eu quase perder Katniss mais de uma vez.


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Notas finais do capítulo

Lembrei porque eu comecei a fazer uma nota: Na verdade, eu demorei pra escrever por causa da falta de internet. Ai eu entrava pela internet, e só quem escreve sabe como é ruim postar caps pelo celular (eu já tentei, não é legal)
Deixem reviews :3