Lidar com Dean e Sam é uma experiência nova, eles realmente são bons no que fazem. Só tenho algumas recordações das vezes que nos vimos antes. Me lembro de assistir Mason e o Dean treinando tiros, eu tinha por volta dos cincos anos e pulava com o barulho dos disparos. Me lembro dos dois fugindo e me deixando com o Sam, que ficou muito bravo por não ter ido com eles e ter que ficar de baba. Eu só os via quando meu pai trabalhava com o pai deles. Nunca realmente fomos amigos, era só companhia.

Bom agora estamos trabalhando juntos. Já investigamos 2 dos 4 lugares prováveis. Voltando pra casa sem resultados, era a nossa quarta noite.

“ Só temos mais dois lugares para ver. O sol já vai nascer, vamos voltar pra casa.” Eu tinha que concordar com o Sam.

Já estava cansada de ficar dentro desse carro. Não demorou muito e já estávamos em casa. Eu fui ate a cozinha para fazer algo para comermos, talvez cozinhar. Peguei tudo que precisava para fazer um macarrão ao molho branco, e comecei a preparar.

“ Vai cozinhar?” olhei para trás. Dean entrava na cozinha. Foi ate a geladeira pegou uma cerveja e se sentou.

“ hé. Percebi que caçadores não se alimentam muito bem.” Ele sorriu.

“ É claro que nos alimentamos bem. Cafeína e açúcar são a base da nossa alimentação.”

“ Era o que meu irmão sempre dizia. Eu sempre cozinhava para eles quando podia.” Botei o macarrão no forno e me sentei de frente para ele na pequena mesa.

“ Sinto muito pelo o que aconteceu.”

“ Eu também.” Eu fiquei pensando no que tinha feito. Poderia ter sido diferente.

“ Você quer falar sobre o que aconteceu?”

Fiquei um longo tempo antes de responder.

“ Não. Mas acho que preciso. Meu pai não queria que eu fosse com eles naquele dia, nos brigamos um pouco, ele acabou desistindo, dizendo que eu deveria ficar perto do Mason e fazer tudo o que ele mandasse. O que íamos fazer era certo. Não tinha nada para dar errado, exceto que chegaram outros, na faixa de 10, podíamos ligar com eles, só que eu fiz merda. Fui encurralada por três deles, lutei e matei dois deles, ate que meu irmão veio para meu lado me ajudar com o ultimo. O Strigoi me pegou pelo pescoço e me ergueu no ar, Mase tentando me ajudar não viu que vinha outro vinha por trás dele, O empalando com um pedaço de madeira que atravessou seu abdome. Meu pai veio em nossa direção e os matou e me mandou sair dali com Mase. Foi o que fiz, estava chegando no carro quando percebi que meu pai não estava comigo, coloquei Mase no carro e ia voltar quando ouso o grito dele. Aquilo me rasgou por dentro, eu queria voltar queria muito. Mas ele sempre me disse que deveria me salvar e salvar meu irmão em uma situação dessas, entrei no carro e dirigi o mais rápido que pude, mas não foi o suficiente para salvar meu irmão.”

Deixei as lagrimas descerem por meu rosto. Me permitindo chorar pela primeira vez em um mês.

“ Eu fico me perguntando se teria sido diferente se eu não tivesse ido. Ou se eu poderia de salvo um dos dois. Se eu pudesse ter mudado o que a aconteceu.” Dean segurou minha mão.

“Hei você esta pensando nisso errado. O que aconteceu não foi sua culpa você não pode mudar o que aconteceu. Você vai ter que lidar com isso. E tentar seguir em frente. Viva sua vida de acordo com o que eles querem. Faça da morte deles valerem a pena, vivendo sua vida de acordo com o que eles queriam para você. Que você fosse feliz. Vamos te ajudar com esses idiotas e você poderá recomeçar. Ainda é muito jovem para parar agora. Ainda tem pessoas que se preocupam com você.” Eu apertei sua mão. “ Obrigado.” Ele sorriu.

“ Agora é só você ver se aquilo ali esta pronto. To morto de fome e o cheiro é um delicia.” Nos rimos e fomos comer.

Finalmente, aqui estávamos no lugar certo. Conseguimos achar o lugar e o monitoramos por dias, ou melhor noites.

O numero de Strigoi realmente havia caído muito. Na primeira noite eram 15, hoje são 6 e 4 reféns.

Dois deles estão do lado de fora. Estávamos prontos para entrar no galpão. Nos aproximamos tentando fazer o mínimo de barulho, faltavam cerca de 2 horas para o amanhecer e eles estavam voltando, achamos que essa seria a hora exata para atacar.

Entramos lentamente pelos arbustos. Sam, por trás do Strigoi o empalou. Eu fiz o mesmo com o outro. Demos a volta no galpão e chegamos as escadas que levavam ao segundo andar, seria por ali que entraríamos.

Dean foi na frente eu logo atrás com Sam. Ele abriu a janela Lentamente e entrou. Deu a volta inspecionando o lugar e deu o sinal para entrarmos. Saímos da sala por onde tínhamos pulado a janela, entrando em um corredor que seguimos. Avistando a escada podemos ouvir vozes não muito longe, me aproximei da escada e olhei para as pessoas ali em baixo. Certo não haviam 4 e sim 7 ali em baixo, nos tínhamos feito tudo certo, de onde esses surgiram?

Tive minha resposta. Os outros 3 foram transformados recentemente. Bom, não devem dar tanto trabalho.

“ Tem mais 3. Os reféns foram transformados.” Eu ouvi um pequeno palavrão atrás de mim.

“ Prontos?” Eles acenaram.

Desci as escadas com eles bem ao lado. A confusão se fez. Eu atirei em um com munição de prata. Acertando no peito. Os deixei inconsciente por um tempo. Os 3 mais novos já estavam no chão. Quando tudo pareceu se repetir. Dos Strigois foram para cima dos meninos os arremessando longe os prendendo, estaquei o que estava na minha frente e quando os ia ajudar um novo me cercou.

“ Você fugiu da ultima vez, não vai fugir agora. Terá o mesmo fim que os outros.”

Era o mesmo. O mesmo que tinha matado meu pai. O ódio subiu em mim e sem pesar parti para cima dele. Não me importava com estratégia era algo primitivo, puro Ódio. Meus movimentos eram diretos e rápidos, coloquei ali tudo que vinha passando nesse mês. A estaca em minha mão escorregou e eu fui lançada longe junto com ela. Me lembrei da pequena bomba de nitrato de prata. Soltei o pino e a fiz rolar para o meio na sala.

Ela explodiu lançando pequenos fragmentos que grudaram na pele dos Strigois causando ferimentos. Foi o que precisava. Peguei a estaca e com a distração o empalei com força o suficiente para sentir seu coração pulsar a ultima vez em minha mão.

Minha respiração era acelerada e minha cabeça rodava em vários pensamentos. Sam e Dean estavam bem, e me deram um pequeno sorriso de vitória..

Estava feito. Agora podia seguir com minha vida.

“ Se cuida Rose. Vê se não vai arrumar confusão por ai.”

“ é a claro que eu vou.” Eu sorri pra ele.

“ ta, nos vemos por ai.” Eu me aproximei deles e os abracei.

“ Obrigado. Por terem me ajudado.”

“ não por isso.” San sorriu.

“ Para onde vai agora?” Dean perguntou.

“ Pensilvânia. Reencontrar um amigo.” Ele sorriu de lado.

“ Um amigo. Tem certeza?”

“Ho sim. Um lindo amigo chamado Dimitri.” Entrei no meu carro e pisquei pra ele.. “ Ate mais Winchester.”

       FIM.