As Relíquias Da Morte - Nova Geração escrita por JessyFerr


Capítulo 8
Capítulo 8 O Conto dos Três Irmãos


Notas iniciais do capítulo

Oi lindos, obrigada por todos os reviews, é tão bom saber que estão gostando, espero que gostem desse também.
Bjos



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O sábio envergonha-se dos seus defeitos, mas não se envergonha de os corrigir.

Confúcio

– Capítulo Oito –

O Conto dos Três Irmãos

Já fazia dez minutos que Rose andava ao lado de Jacob pelos corredores da escola, de minuto em minuto, ela lançava a ele um olhar confuso, quando ele percebia Rose apenas virava o rosto e corava. Era certo que todos estavam intencionados a ajudá-la, na ideia firme de Kendra que Rose teria de mostrar do que é capaz.

- Jake. – chamou Rose depois de um tempo – Posso te fazer uma pergunta?

- Sim. – disse ele com um sorriso torto – Quer fazer mais alguma pergunta?

Rose sorriu, ela se sentia tão bem ao lado de Jacob, ele era tão inteligente, cativante e charmoso, não era um idiota como Scorpius o irmão dele. “Perai! Por que eu estou comparando os dois?”.

- Eu queria saber por que está andando comigo? – perguntou Rose por fim.

- Minha irmã pediu. – respondeu Jacob simplesmente.

- Por que todos fazem o que ela pede? – perguntou Rose meio aborrecida.

- Eu não sei. – disse Jacob pensativo – Eu não consigo dizer não pra ela. Você tem inveja dela Rose?

Era uma pergunta inesperada, nem Rose sabia o que responder. Ela sentia inveja de Kendra?

- Mas quer saber uma coisa? – disse Jacob sincero – Kendra é quem devia sentir inveja de você, não só ela, mas, muitas outras garotas.

- Sério? – perguntou Rose radiante.

- Claro. – disse Jacob parando para encará-la – Você não é fútil, se preocupa mais com os estudos do que com a aparência, mas, na verdade você não precisa se preocupar com a aparência.

- Você quer dizer que Kendra é fútil?

- Não. – respondeu ele – Tenho que agradecer por que ela tira boas notas. Mas você me entendeu.

- É. – disse Rose corada – Eu entendi muito bem.

- Muitas pessoas acham você chata e irritante. – disse Jacob.

- Obrigada. – disse Rose deprimida – A única gota de ego que me restava você a evaporou.

- Você me entendeu mal. – disse Jacob – Muitos te acham chata e irritante, mas é por que você é simplesmente a pessoa que elas gostariam de ser.

Rose o encarou como se ele fosse a melhor pessoa do mundo, o “cara” perfeito diante dos outros.

- Bem. – disse Jacob pegando uma das mãos de Rose e depositando um beijo na mesma – Você já está na biblioteca, eu tenho que ir.

- Obrigada. – disse Rose mais vermelha do que os seus próprios cabelos observando Jacob se afastar.

“Ele não gosta da Megan eu tenho certeza disso ou ele já teria assumido o namoro com ela”. – pensou Rose com um sorriso bobo nos lábios.

- Weasley. – chamou uma voz, Rose acordou e se deparou com Alan, acompanhado de Hugo – Para de sonhar acordada e vamos logo.

- O que quer Zabine? – perguntou Rose irritadiça.

- Fazer o meu trabalho. – respondeu Alan entediado.

- Vamos logo irmanzinha. – disse Hugo apressado – Vamos te mostrar como é ter adrenalina.

- Do que vocês estão falando? – perguntou Rose confusa.

- Vamos ter uma prova de DCAT na próxima semana. – explicou Alan – E nós vamos agora mesmo comprar as respostas.

- Vocês estão malucos?! – disse Rose alarmada – Isso é trapaça. Você faz isso Hugo? O que mamãe e o papai vão dizer?

- Eles não vão dizer nada por que você não vai contar. – disse Hugo naturalmente – E eu só faço isso em caso de desespero.

- Eu não estou desesperada. – disse Rose superior – Eu estudei e sei as respostas.

- Ótimo então. – disse Alan – Então tecnicamente não será trapaça por que você sabe as respostas. Isso será apenas para você saber como é fazer coisas erradas.

Rose olhou de um para o outro e respirou fundo.

- Ok. – disse ela rendida.

Hugo e Alan trocaram olhares cúmplices e os três seguiram para dentro da biblioteca, eles se encaminharam para o lado mais fundo do lugar, ao virar uma das prateleiras, Rose viu duas cabeleiras loiras sentadas em uma mesa, quando eles se aproximaram mais, ela pôde reconhecer os dois garotos sentados na mesa, eram os gêmeos Lorcan e Lysander Scamander da corvinal.

- Bem vindos ao nosso escritório. – disse Lysander alegre, ele e o irmão eram loiros de olhos azuis celestes.

- O que ela faz aqui? – perguntou Lorcan desconfiado apontando para Rose.

- Ela quer comprar as respotas da prova do quarto ano de DCAT da próxima semana. – explicou Hugo.

- Rose Weasley? – disse Lysander irônico – Eu não posso confiar nela, provavelmente ela está a mando de algum professor.

- Não está. – disse Alan – Pode ter certeza.

- Não sei. – disse Lorcan pensativo – Se ela aceitar sair comigo na próxima semana...

- Escuta eu estou bem aqui. – disse Rose irritada e corada ao mesmo tempo – Eu só quero as respostas e vou embora.

- E qual seria o nosso pagamento? – perguntou Lysander malicioso.

- Se vocês não me derem as respostas agora eu conto para os seus pais sobre a máfia que rola aqui. – disse Rose com a mão na cintura.

- Ok, ok. – disse Lorcan entregando um pergaminho a ela – Aqui está.

- Obrigada. – disse Rose pegando o pergaminho e se afastando.

- Esquentadinha a sua amiga hein. – comentou Lysander recebendo alguns galeões de Alan.

- Você não sabe o quanto. – disse Hugo girando os olhos e se afastando com Alan dos gêmeos.

___________

Seis adultos, estavam parados onde a mais estranha casa se levantava verticalmente de encontro ao céu, um cilindro preto grande com uma lua fantasmagórica pendurada atrás dele na vila de Ottery St. Cachopole.

Foi Hermione que se adiantou e bateu três vezes na porta negra,  se passaram cerca de dez segundo e a porta se abriu, Xenófilo Lovegood, estava descalço e vestindo pijamas manchados, seu longo cabelo branco estava sujo e embaraçado. Ele olhou confuso para os seus parados a sua frente.

- Sr. Lovegood. – Harry se precipitou – Podemos entrar? Precisamos muito falar com o senhor.

- Claro. – disse ele abrindo mais a porta para que eles entrassem – Sentem-se por favor.

Eles se sentaram no que acharam ser a sala de estar, que estava apinhada de objetos estranhos.

- O que vocês desejam? – perguntou Xenófilo confuso.

Eles se entreolharam com se aquilo fosse algo anormal, Agatha girou os olhos e disse:

- Queremos saber se o senhor reconhece um símbolo. – disse Agatha pegando o livro das mãos de Hermione e mostrando para Xenófilo.

Ele ergueu a sombracelha em reconhecimento e tirou o próprio colar escondido nas vestes, mostrando a eles o símbolo triangular, com algo esférico no meio e uma reta cortando a esféra verticalmente.

- Você está se referindo ao símbolo das Relíquias da Morte?

- Relíquias da morte? – disse Agatha pensativa.

- Exatamente. – disse Xenófilo pegando o livro de Agatha – Vocês já ouviram falar do conto dos três irmãos?

- Sim. – disseram os cinco Harry disse “não”.

- Pois bem Sr. Potter. – disse Xenófilo abrindo o livro “Os conto de Beedle o Bardo”

*“Uma vez três irmãos estavam viajando por uma rua deserta no crepúsculo. Em tempo os irmãos acharam um rio muito fundo para atravessar e muito perigoso para atravessar a nado. Contudo, esses irmãos haviam aprendido as artes mágicas, e quando eles simplesmente acenaram suas varinhas, uma ponte apareceu acima da água em revolta. Eles estavam na metade do caminho quando perceberam que a ponte estava bloqueada por uma figura encapuzada. E a Morte falou com eles. Ela estava brava, pois tinha sido enganada por suas  três novas vítimas, que tiraram dela os viajantes que morriam no rio. Mas a Morte, que era traiçoeira resolveu presentear os três irmãos por sua mágica e disse que cada um deveria pedir um prêmio por ser mais esperto que ela.

  Assim, o irmão mais velho pediu a varinha mais poderosa que existisse, uma varinha que sempre ganhasse os duelos para seu dono, uma varinha digna do bruxo que derrotou a Morte. Então a Morte foi até uma árvore, voltou e entregou a varinha para o irmão mais velho.

  O segundo irmão, que era um homem arrogante, decidiu que ele ia humilhar a Morte até onde pudesse, e então pediu o poder de trazer pessoas de volta à vida. A Morte pegou uma pedra próxima ao rio e disse que com ela ele teria o poder de trazer pessoas da morte para a vida.

  E então a Morte perguntou ao irmão mais novo o que ele queria, e ele que era o mais sábio e humilde, não confiava na Morte. Então ele pediu alguma coisa que o fizesse deixar o lugar sem ser seguido pela morte. E ela, contra a sua vontade, deu a ele sua própria capa de invisibilidade. Então a Morte ficou parada e deixou os três irmãos continuarem seus caminhos, e eles seguiram conversando sobre a aventura e os presentes da Morte. Então eles se separaram e cada um foi por um lado.

  O primeiro viajou por mais uma semana e encontrando um vilarejo distante desafiou um bruxo com quem tinha uma desavença. Naturalmente, com a Primeira Varinha como sua arma não haveria como perder o duelo que se seguiu. Deixando seu inimigo morto no chão, o irmão mais velho seguiu para uma estalagem, onde ele se gabou da poderosa varinha que ele roubou da Morte, e como ela o fazia invencível.

  Uma noite, outro bruxo o pegou desprevenido, bêbado e deitado. O ladrão pegou a varinha e cortou a garganta do irmão mais velho.

  Assim a Morte pegou o primeiro irmão.

  Enquanto isso o segundo irmão viajou até sua própria casa, onde ele vivia sozinho. Então ele pegou a pedra que tinha o poder de trazer os mortos, segurou firme em sua mão e para se assombro e delírio, a figura de uma garota que ele tinha tido a esperança de casar, antes de sua morte repentina apareceu a sua frente. Ela estava fria e triste separada dele como por um véu. Ela tinha retornado ao mundo dos vivos, mas não pertencia a ele e sofria. Finalmente o segundo irmão ficou louco e se matou para poder de fato ficar com ela. E assim a Morte pegou o segundo irmão.

  Mas mesmo a Morte tendo procurado pelo terceiro irmão por muitos anos,  ela nunca o achou. Até que finalmente, em idade avançada, o irmão mais novo deu a capa de invisibilidade a seu filho. E cumprimentou a Morte como um velho amigo, e foi até ela feliz, assim como fez em toda a sua vida.”

- É isso. – disse Xenófilo fechando o livro e entregando a Hermione.

- Não deu pra entender. – disse Draco mau humorado.

O Sr. Lovegood pegou um pedaço de pergaminho e uma pena molhada em tinha, primeiro ele desenhou uma reta em vertical.

- A varinha das varinhas – disse ele agora desenhando uma esfera em volta – A pedra da ressurreição – E depois por cima das outras um triangulo – A capa da invisibilidade. Ela juntas formam as relíquias da morte, quando os objetos são unidos tornam o seu dono o senhor da morte.

- Desculpe. – disse Hermione descrente – Mas isso não é verdadeiro.

- Prove que não é. – desafiou o Sr. Lovegood.

- É só uma história infantil, uma lenda. – argumentou Hermione.

- Algumas lendas são baseadas em fatos Hermione. – disse Draco sério, Hermione ficou surpresa com o comentário de Draco, ela realmente não esperava.

- Exatamente Sr. Malfoy. – disse Xenófilo animado – Essa é a história dos irmãos Peverell, Antioch, Cadmus e Ignotus! Eles são os donos originais das Relíquias! E como prova conclusiva tem um túmulo em Godric´s Hollow de Ignotus Peverell, esse túmulo contem o símbolo das relíquias.

O seis ficaram em silêncio, Hermione parecia constrangida, Rony confuso, Draco irritado, Agatha parecia imensamente perturbada, Gina apreensiva e Harry estava absorto em pensamentos. Será que era possível Dumbledore acreditar em tais histórias infantis? E se fosse verdade, Voldemort poderia voltar usando a pedra da ressurreição e com as outras ser o senhor da morte? Esse foi o motivo de discussão dos seis quando voltaram para casa.

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*Conto tirado do livro Harry Potter e as Relíquias da Morte (J.K.Rowling).


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Notas finais do capítulo

Gostaram???