O homem sem constância não pode ser consolador nem médico.

Confúcio

– Capítulo Dezoito –

Gerardo Grindelwald

Agatha estava novamente naquele mesmo quarto que passara parte da sua vida nesses quinze anos, e pela primeira vez ela não estava feliz em estar ali. O homem de pele pálida e cabelos negros e cumpridos por trás daqueles olhos frios a encarava com pena.

– Eu não sei o que fazer. – disse ela em prantos. – Minha Kendra, Tiago e Hugo foram sequestrados. Eu tenho que encontrar essas relíquias, mas, não podemos ficar com elas – disse como que se desculpando com o homem – Tenho que entregar a aqueles malditos, para ter as crianças de volta. Os idiotas querem ressuscitá-lo, mal sabem eles que o corpo nunca será encontrado.

O homem respirou fundo impaciente.

– Eu sei que você quer se mostrar para o mundo. – disse Agatha com um sorriso triste – Se você se mostrasse as crianças... mas você não pode ainda. Você está muito fraco, iriam tentar de matar outra vez. Eu vou dar um jeito, eu tenho que dar um jeito.

O homem girou os olhos aborrecido.

– Harry vai me odiar quando souber que você está vivo. – disse Agatha tristemente – Mas é para o bem que eu te manti vivo, ele vai ter que entender. Acho que estou ficando louca, ele definitivamente não vai entender, eu vou perder todos que eu amo, mas quer saber? Eu faria tudo outra vez.

Agatha se levantou e colocou o seu jaleco branco que estava pendurado no cabideiro.

– Tenho que ir. – disse ela com a voz embargada – Talvez eu demore a voltar, tenho que encontrá-los primeiro. Qualquer coisa me mande um recado pelo Doutor Hastings.

Ele assentiu sem demonstrar nenhum tipo de emoção e Agatha saiu do quarto.

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– Hermione! Agatha! Recebemos outra carta! – gritou Gina.

Ela estava na sala com Harry, Rony e Draco enquanto Hermione e Agatha, estavam na cozinha.

– O que diz a carta? – perguntou Hermione apreensiva.

– É – disse uma voz grave entrando na sala – Nós também gostaríamos de saber o que diz a carta.

– Quim, Cisa. – disse Agatha sobressaltada – O que estão fazendo aqui?

– Queremos saber por que não nos disse que a minha neta, Tiago e Hugo foram sequestrados. – disse Kingsley irritado.

– Como souberam? – perguntou Gina.

– Scorpius nos escreveu. – respondeu Narcisa – E vocês não terão muita sorte se ele escreveu para Angel e Jake também, sabem que ela ficaria histérica.

– Meu Deus. – disse Agatha estressada.

– Expliquem. – pediu Kingsley.

– É complicado. – disse Harry cansado.

– Então descomplica Harry. – disse Narcisa aborrecida.

– Não queríamos alarmar ninguém. – explicou Hermione – Nossos filhos correm perigo.

– Eu sou o ministro eu devia saber. – disse Kingsley alterado.

– Nós escolhemos não contar senhor ministro. – disse Draco cínico, ele sabia que era infantilidade da parte dele, implicar com o padrasto, mas, ele não resistia. – São os nossos filhos que estão em perigo, não o seu cargo no ministério.

– Draco! – exclamou Narcisa.

– Deixa ele Cisa. – disse Kingsley encarando Draco – Você sabe que Kendra é como se fosse minha neta...

– Ta, ta eu sei. – disse Draco irritado – Eu não quero discutir agora, tenho coisas mais importantes a resolver.

– O que diz a carta Draco? – perguntou Agatha cuidadosa.

– Fala sobre os nossos filhos. – disse Draco sério – Eles mandaram uns objetos pra gente identificar.

Draco mostrou uma torre, peça do jogo de xadrez do Hugo, uma tiara lilás de cabelo de Kendra e uma varinha falsa de Tiago.

– Está escrito que eles estão bem. – disse Harry deprimido – E que a última pessoa que eles tem notícia de estar com a varinha das varinhas, se chama Gerardo Grindelwald. Teremos que começar por ai.

– Eu acho que já ouvi falar dele. – disse Rony pensativo – Mas não me lembro onde.

– Eu não estou entendendo nada do que estão falando. – disse Narcisa confusa.

– A gente explica depois Cisa. – disse Rony respirando fundo.

– Bem, eu acho que essa fala é da Hermione. – disse Agatha triste – Mas temos que visitar a biblioteca.

– E de preferência uma biblioteca completa. – disse Draco encarando todos.

– Hogwarts. – disse Hermione por fim.

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Rose depois que soube do sequestro de seu irmão e dos outros, andava deprimida o tempo todo pelo colégio, era como se vivesse o tempo todo em um pesadelo. Os jardins do colégio tem sido o seu refúgio constante, não somente pra ela, mas também para os seus amigos, de longe ela pôde ver Scorpius sentando em frente ao lago negro, seu olhar era distante e perdido.

Ela tomou a atitude de se aproximar para consola-lo e talvez se consolar também, quando já estava quase perto, Paola surgiu do nada e se sentou ao seu lado. A cena seguinte fez com que o sangue de Rose fervesse, Scorpius deitou na grama com a cabeça apoiada nas pernas de Paola.

Rose por algum motivo queria ir até lá e acabar com aquilo, mas, então se perguntou por que ela queria acabar com aquilo, ela Rose Weasley não podia se sentir incomodada com isso, ou podia?

– Oi Rose. – se aproximou Jacob também observando Scorpius e Paola.

– Oi Jake. – disse Rose sobressaltada.

– Lílian pediu pra tentar encontrar todos. – disse Jacob sério – Parece que nossos pais estão aqui.

– Aqui em Hogwarts?

– Na biblioteca para ser mais exato. – disse Jacob dando de ombros – Você está bem?

– Estou. – respondeu Rose corada, Jacob sempre se preocupou tanto com ela...

– Será que eu atrapalho o que está rolando ali?

– Ah... que? Mas é claro. – disse Rose firme – Temos coisas importantes pra fazer.

Jacob segurou o queixo de Rose e sorriu de lado e em seguida foi até Scorpius e Paola, os dois o acompanharam imediatamente. Os quatro foram até a biblioteca para verem seus pais e saberem se têm notícias de seus irmãos.

Alvo e Lílian estavam na porta da biblioteca esperando por eles, quando chegaram entraram juntos e já puderam ver seus pais em uma mesa repleta de livros.

– Mamãe. – disse Lílian agarrando Gina – Tem notícias deles?

– Ainda não. – respondeu Rony deprimido.

Rose se virou abruptamente para Paola que ainda se encontrava ao lado de Scorpius.

– Eu acho que é melhor só ficar a família aqui. – disse Rose friamente.

– Paola é da família. – disse Scorpius antes que Paola pudesse responder.

– Ela é bem vinda Rose. – disse Agatha desconfiada da afilhada – Ela é a melhor amiga da minha filha.

– Ok, ok. O que estão fazendo aqui? – perguntou Jacob impaciente.

– Temos que pesquisar sobre um homem. – disse Hermione – E talvez possamos conseguir algo dele, que possa ajudar a conseguir os seus irmãos.

– E o que descobriram? – perguntou Alvo impaciente.

– Os livros fala sobre ele, mas, nada que possa nos interessar. – disse Draco.

– Quem é esse cara? – perguntou Scorpius.

– Gerardo Grindelwald. – disse Harry cansado.

– Engraçado. – disse Lílian pensativa – Eu já li esse nome em algum lugar.

– Aonde minha querida? – perguntou Agatha ansiosa.

Lílian forçou mais a mente e depois sorriu.

– Mas é claro. – disse Lílian tirando umas figurinhas do bolso – São do Hugo, eu senti falta dele e peguei... aqui está.

Ela entregou para Agatha uma figurinha que continha a foto de Alvo Dumbledore.

Alvo Dumbledore.

*Considerado por muitos o maior bruxo dos tempos modernos. Dumbledore é particularmente famoso por ter derrotado Grindelwald, o bruxo das Trevas, em 1945, por ter descoberto os doze usos do sangue de dragão e por desenvolver um trabalho em alquimia em parceria com Nicolau Flamel. O Professor Dumbledore gostava de música de câmara e boliche.

– Dumbledore o derrotou! – exclamou Gina surpresa.

– Então. – disse Draco não acreditando em suas palavras – A varinha está com ele.

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*Texto tirado de Harry Potter e a Pedra Filosofal