Love Story escrita por Bru20014


Capítulo 9
Problemas e Responsabilidades




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Sec. XIX, Inglaterra.

 

Roy ficou bem. O tiro foi de raspão, mas mesmo assim não tive permissão para vê-lo no hospital.

Minha vida estava de ponta à cabeça. Cheguei a pensar que morrer seria a melhor solução para todos os meus problemas.

1º: Eu era mãe solteira.

2º: Roy partiu para os Estados Unidos sem intenção de voltar novamente à Inglaterra.

3º: Cel. Brandon pediu minha mão ao meu pai com a condição que eu passasse toda minha gravidez no interior, onde ninguém da cidade jamais saberia que eu estivera grávida de Roy.

Sei que isso resolve meu primeiro problema, mas queria me casar com o pai de meu filho.

4º: E depois eu teria que dar a criança para Roy, ou seja, nunca mais veria meu filho depois do dia do parto.

Isso me destruiu por dentro. Tentei indagar meu pai, mas ele não me dera ouvidos e fechou o acordo com o coronel.

 

Alguns dias depois, um pouco antes de partir para o interior, eu recebi uma carta de Roy McKnight, que dizia:

Cara Alice,

Cheguei bem na América. Gostaria que estivesse aqui comigo, mas também sei que isso jamais será possível.

Soube que irá se casar com o cel. Brandon. Fiquei profundamente triste em ouvir tal coisa.

Também recebi uma carta de seu pai dizendo que quer abrir mão de nosso filho e dá-lo a mim. Disse à ele que cuidaria da criança e irei, porém me surpreende você ter aceito uma coisa dessas. Mas também imagino que não a deram uma oportunidade para protestar sobre o assunto.

Cuidarei do fruto de nosso amor o melhor que puder.

Espero vê-la algum dia, se não nessa em outra vida.

Roy.

 

Pois eu não via a hora dessa outra vida chegar.

“O que dizia a carta?” Eliza me perguntou, quando aparecera no meu quarto repentinamente.

“Eliza?” Eu a perguntei.

“Era dele?” Ela me perguntou.

“Sim.” Respondi não podendo mais controlar as lágrimas.

Eliza me abraçou e disse em meu ouvido para que eu chorasse.

“Minha vida acabou, Eliza.” Disse à ela.

“Não é verdade.” Eliza disse “Cel. Brandon é um bom homem e estou certa de que serão muito felizes.

“Eu só serei feliz ao lado de Roy.” Eu disse “Por que papai não me deixou fugir com ele?”

Eliza não respondeu porque nós duas sabíamos perfeitamente a resposta de minha pergunta.

 

No interior vivi em uma casa, onde só moraria eu e empregadas. Foram os dias mais solitários e tristes de toda minha vida.

Meu corpo, a cada dia que passava, mudava e eu não tinha com quem compartilhar isso.

Era só eu e minha infelicidade.

“Ahhh!!!” Eu gritava de dor, enquanto o médico fazia o meu parto.

Até nessa hora eu estava só. Digo, meu pai e cel. Brandon ainda estavam a caminho e mesmo assim não para ver como eu estaria ou a criança e sim para tirá-la de mim e dar a Roy.

Eu queria ir com ela. Por que não me deram uma escolha? A escolha de ficar com Roy e meu lindo garotinho. Meu lindo Edward.

 

Quando meu pai e cel. Brandon chegaram, apenas dois dias depois do nascimento de Edward, implorei à eles que me deixassem entregar Edward com eles.

“Por favor?” Eu pedia a meu pai.

“Não vai ser possível Alice.” Meu pai disse “Não basta a vergonha que você causou a sua família?”

“Vocês não têm idéia da dor que eu estou sentindo.” Disse à eles segurando Edward bem forte contra meu peito “Eu só queria estar mais alguns minutos com o meu filho.”

“Tudo bem.” Brandon disse “Você pode ir conosco entregar a sua criança.”

Eu sabia que Brandon gostava de mim de verdade e também era um bom homem, mas ainda não era Roy.

 

Isso aconteceu dois dias antes de meu casamento com Brandon.

Estava com a esperança de entregar Edward aos braços de Roy, mas tive que entregá-lo aos braços da esposa de Roy.

Aquilo me partiu ao meio.

“Cadê Roy?” Eu perguntei.

“O Sr. McKnight não pôde vir.” Ela disse.

“E você quem é?” Eu a perguntei na defensiva.

“Alice, essa é a Sra...” Brandon ia me dizer, mas ela o interrompeu.

“Pode deixar que eu me apresento, coronel.” Ela disse “Sou Bridget McKnight.”

“Não sabia que Roy tinha uma irmã.” Disse inocentemente.

“E ele não tem.” Ela disse “Eu sou esposa dele.”

“Como?” Eu disse controlando as lágrimas, mas algumas escapavam.

“Alice, é hora de você entregar a criança.” Brandon disse.

“Não.” Eu dizia “Por favor! Não faça isso.”

“Nós combinamos que seria assim.” Brandon disse pegando Edward dos meus braços.

“Não!!!” Eu me desesperei “Por favor!! Não! Meu filho!!”

Um dos seguranças de Brandon me segurou, enquanto eu me descontrolava assistindo a esposa de Roy levar meu filho em seus braços.

“Não.” Eu disse chorando mais do que pude imaginar que choraria.

“Alice, nós combinamos.” Brandon disse “Daqui a dois dias você esquecerá-se deles e entrará em uma nova vida.”

Poderia até entrar em uma nova vida, mas me esquecer do grande amor da minha vida e do meu filho, isso jamais seria possível.

 

Dois dias se passaram, e eu deprimida fui me casar com Brandon.

Quando o padre perguntou se eu aceitava me casar com Charles Brandon III, eu não pude evitar olhar para a porta e acabei vendo lá Roy, que estava de pé me olhando.

Se o padre não tivesse me chamado e repetido a pergunta eu já estaria nos braços de Roy, que estava tão perto depois de tanto tempo.

Olhei para o padre, mas antes de responder olhei novamente para a porta e Roy não estava mais lá, então disse: “Eu aceito.”

Dormente, era o adjetivo perfeito para como eu viveria dali para frente.

Não sentiria mais nada.

Alegria seria impossível sentir novamente e dor, já estava tão acostumada com ela que nem sequer a sentia mais.

Porém me perguntei até o último dia de minha vida, Roy estava mesmo naquela igreja ou eu apenas o imaginei ali?

Algo me diz que ele estava lá de alguma forma.

 

Sec. XXI, Estados Unidos

 

Chegou o dia em que apresentaria Ryan a toda minha família.

“Ele está demorando.” Disse nervosa para Erika.

“Calma, ele já deve estar chegando.” Ela tentava me acalmar.

“Fala sério.” Lucy disse “Até parece que Ryan McKnight está mesmo afim da A.”

“Para de ser uma despeitada garota.” Erika disse.

“Olha quem fala! A garota de 17 anos que nunca beijou na vida!” Lucy disse.

“Parem vocês duas!” Disse “Só estão me deixando mais nervosa.”

“Foi mal.” Erika disse.

E de repente a campainha toca.

“Ai!” Disse “É ele!!”

Atendi a porta, nos beijamos e o mandei entrar.

“Eu estou nervoso.” Ele disse.

“Eu também.” Eu disse.

“Vão ficar parados aí?” Lucy nos perguntou.

“Ah!” Eu disse “Me desculpe, Ryan essa é a Lucy.”

“Prazer.” Eles se cumprimentaram com um aperto de mão.

“E essa é a Erika.” Os apresentei.

Apresentei Ryan a todos e aparentemente meus pais não tinham nada contra ele. Eles até gostaram de Ryan, principalmente meu pai, já que torciam para o mesmo time de beisebol.

Foi um jantar mágico e podia sentir que dessa vez não nos separaríamos nunca mais!!

 

Fim!!


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que me acompanharam nessa fic.!! Espero que nos encontremos em outras!!

Beijos a todos!!