Love Story escrita por Bru20014


Capítulo 1
O começo de uma história de amor




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Final do sec. XVIII, Inglaterra

Já estávamos quase no século XIX quando o conheci.

Era época de bailes e toda sociedade estava animada com a chegada da família americana mais rica do ocidente.

“Alice!!!” Minha mãe me chamava.

“O que foi mamãe?” Eu a perguntei.

Eu era a filha do meio de três irmãs, mas também a mais ajuizada.

“Eles chegaram, Ali!” Minha irmã mais nova disse.

“Quem chegou?” Eu a perguntei.

“Ora, Alice! Os americanos chegaram!!” Minha mãe disse.

Uma família que representaria Benjamin Franklin iria vir para Inglaterra acertar alguns pontos em relação à independência dos Estados Unidos da América que se tornou independente da Inglaterra no dia 4 de julho de 1776.

E iríamos fazer uma grande festa para comemorarmos junto com os americanos sua independência. Mas minha mãe e minha irmã caçula não estão excitadas por causa dos americanos em si.

Todas as famílias que tem filhas solteiras na Inglaterra ficam super animadas com as festas que são uma ótima oportunidade para fisgar o coração de um nobre solteiro.

E na minha família temos três para casar.

Eliza, minha irmã mais velha. Porém minha mãe a considera um caso perdido, já que ela é toda intelectual e nem um pouco vaidosa.

Eu, Alice. Bom, sou exatamente o meio, ou seja, sou um pouco vaidosa e bem feminista. E tenho a cabeça no lugar, sou uma pessoa super centrada.

Lea, minha irmã caçula é super vaidosa e totalmente louca. Se não a vigiarmos ela fica mal-falada em um piscar de olhos.

E além de nós três temos papai e mamãe como membros da família Austen.

Meu pai é super cabeça no lugar e não dar ouvidos ao chilique de ninguém da casa.

Minha mãe é a mais escandalosa de nós, ela quer de qualquer jeito que façamos um casamento milionário. Acho que Lea herdou esse lado histérico de mamãe.

Eu e minhas irmãs vamos todos os dias a cidade comprar alguma coisa.  Hoje vamos comprar tecidos e ir para costureira para que ela possa nos fazer três lindos vestidos.

Mas no caminho meu lenço voou e me desesperei.

“Meu lenço!” Eu disse alto.

“Deixa pra lá.” Minha mãe disse “A gente manda fazer outro.”

“Não.” Eu disse indo atrás do lenço “Esse era da minha avó.”

Minha mãe me gritava, ela tinha medo de que alguém me visse correndo atrás de um lenço e isso caísse na boca do povo de Londres.

Correndo atrás do lenço, esbarrei em um senhor distinto e de boa aparência.

“Me desculpe, senhor.” Eu o disse.

“Não tem problema.” Ele disse sorrindo e me mostrando um lenço “Isso é pertence a senhorita?”

“Ai, obrigada.” Disse pegando o lenço.

“Não fica nada bem uma senhorita tão bela correndo assim pela cidade atrás de um lenço, não é mesmo?” Ele disse.

“Verdade.” Eu confessei “Mas não podia perder algo de tamanho valor sentimental.”

“Eu entendo.” Ele disse.

“Também faço sempre a primeira coisa que me vem à mente, exceto por agora.” Ele disse sorrindo.

“Como assim?” Eu o perguntei “Sem querer parecer intrometida, por que não faz agora o que quer?”

“Porque iriam comentar.” Ele disse.

“Sei.” Eu disse.

Minha mãe chegou onde estávamos com as minhas irmãs.

“Alice!” Ela disse “Não faça isso nunca mais. Deve ter assustado o pobre do rapaz.”

“Não, imagina.” Ele disse curvando-se “Agora tenho que ir. Foi um prazer, senhorita Alice.”

 Nós fizemos o mesmo.

Eu fiquei assistindo ele se distanciar até que minha mãe cortou minha atenção dele.

“Quem é ele, Alice?” Minha mãe perguntou curiosa.

“Eu não perguntei o nome.” Eu disse e quando olhei novamente para onde ele tinha ido, já não estava mais lá.

“Ele tem cara de ser bem rico!” Lea disse.

“E se for?” Eliza disse “Como sempre você e a mamãe espantaram mais um pretendente.”

“Eliza!” Minha mãe disse “Olhe como fala comigo.”

Eu não prestava atenção nelas, só fixava meu olhar para onde ele tinha ido com a esperança de que ele voltasse e me pedisse em casamento.

Mas é claro que nunca mais o veria.

Eu achei, mas me enganei.

 

Sec. XXI, Estados Unidos da América

Tinha acabado de me mudar para uma nova cidade.

Beverly Hills.

Não estava animada como minhas irmãs. Não gosto de mudanças tão grandes.

Erika, minha irmã mais velha, estava animada com a biblioteca, já que ouvira de um amigo que em West Beverly High tem uma ótima biblioteca.

Lucy, minha irmã mais nova, estava animada com os jogadores de futebol do colégio e é claro em se tornar a líder de torcida deles.

Meu pai só veio mesmo por causa da oferta de emprego. Ele seria o novo diretor do West Beverly.

E minha mãe estava animada em se tornar uma perua de Beverly Hills, porque perua ela já era em Londres.

Eu não estava nem um pouco animada com o meu primeiro dia de aula. E como estaria? Eu não conheço ninguém nos Estados Unidos e todos os meus amigos estão em Londres.

“Vocês não vão para a escola?” Minha mãe nos perguntou enquanto tomávamos o café da manhã.

“Ainda estamos tomando o café.” Erika disse “Como pretende que vamos para escola de estômago vazio? Estômago vazio é igual a mentes vazias.”

“Pela primeira vez na vida tenho que concordar com essa nerd.” Lucy disse “Exceto pela parte de mente vazia ou sei lá o que.”

“Claro que pra você não vai fazer diferença.” Erika disse “Sua mente já é vazia, não é mesmo.”

“Mãe!” Lucy disse.

“Erika, veja lá como você fala com nosso tesouro.” Minha mãe disse.

“Quer saber? Eu perdi a fome.” Erika disse “Vou pra escola.”

“Que raios você era em outra vida?” Lucy a perguntou “Um livro?”

“E você?” Erika a perguntou “Um lápis de olho fora da validade?”

“Do que você me chamou?” Lucy a perguntou furiosa, mas Erika já tinha saído correndo.

Eu me levantei no mesmo instante e disse para Lucy “Foi você quem pediu.”

“Você também, A?” Lucy me perguntou.

“Não.” Eu disse “Só disse o que vi.”

Fui embora, mas nem tentei alcançar Erika, assim como Lucy não tentou me alcançar.

Quanto mais tempo ficarmos longe uma das outras será melhor.

Quando cheguei na escola, tive aquele frio na barriga e segui em frente para dentro do pátio. Mas parei quando vi um garoto lindo lendo alguma coisa debaixo de uma árvore.

Não sei por que, mas tive a impressão de que já o conhecia de algum lugar. Mas onde? Em que espaço de tempo?

De repente ele olhou para mim também, se levantou e veio na minha direção.

Ficamos nos olhando por alguns segundos e uns flashbacks estranhos passaram na minha mente.

Eu estava em um lugar que jamais havia estado e estava vestida em um vestido de baile de mais ou menos do sec. XVII ou XVIII.

Me virei e lá ele estava pegando na minha mãe e me levando pra dançar.

De repente voltei a mim quando o sinal, que indicava que devíamos ir para aula, tocou.

“Oi.” Ele disse.

“Oi.” Eu disse.

“Você não é daqui, não é mesmo?” Ele perguntou.

“É o sotaque?” Eu o perguntei rezando para que não estivesse achando-o engraçado.

“Nem tinha percebido que era inglesa, não é?” Ele disse “Eu achei que me lembraria de você se fosse daqui.”

“Ah.” Eu disse “O sinal tocou, não é?”

“Tocou.” Ele disse, mas ainda não tirava os olhos dos meus.

“Acho que devemos ir para sala.” Eu disse.

“Eu te acompanho.”

“Mas eu nem sei quais serão minhas aulas.” Eu disse.

“Eu te acompanho até a secretária, então.”

“Obrigada.” Eu respondi.

Aquele foi um dia estranho que mal tinha começado, mas de certa forma eu estava feliz? Seria essa a palavra?

Não importa isso agora.


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Notas finais do capítulo

Reviews?? Eu agradeceria!



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