Secret Love escrita por grazidiasss


Capítulo 30
SOBRE ISSO TUDO, TALVEZ EU ESTEJA ERRADA




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Uma coisa inexplicável sobre os sentimentos; quando você menos espera, você está tendo um overdose deles. E isso acontece tão de repente, que nem nosso cérebro é capaz de nos avisar. 

Quando eu tive a oportunidade de vê-lo, mas quero dizer, realmente vê-lo. Aperta-lo. Tocar sua pele. Sentir seus músculos. Todas as outras coisas foram esquecidas. Ele estava bem ali, na minha frente, vestindo roupas normais e com um sorriso no rosto. 8 kilos mais magro, a pele estava suja e desidratada e o cabelo mal cortado o deixava mais charmoso.

Olhando Stefan agora, não parecia que o tinha visto antes. Ele parecia extremamente diferente. 

— Porque você ainda tem que ir a um maldito julgamento? — Damon, que estava do outro lado da sala interrompeu as minhas olhadelas para Stefan. — Quero dizer, o miserável do Klaus assumiu, porque você ainda vai ser acusado de alguma coisa?

Stefan encarou o irmão como se ele tivesse falado a maior besteira da sua vida. Eu rangi os dentes e observei. 

— Por uma razão nobre ou não, eu menti para a lei. 

— Então você só vai passar essa noite aqui? Você sabe que nossa mãe está feito louca fazendo compras para um almoço, não sabe?

Stefan riu. Eu fiquei mais calma.

— O advogado da Srta. Fell é um bom advogado, ele conseguiu que eu voltasse para casa. Certamente conseguirá uma pena baixa para mim, como trabalho social, ou algo do tipo.

Damon revirou os olhos.

— O que é pior do que a cadeia. — Uma voz gritou da porta. — Se me derem licença.

Observei Damon andando até o outro cômodo da casa, Stefan virou e me observou. Me senti desconfortável.

— O que diabos aconteceu entre você e Damon?

— O que quer dizer?

— Pessoas falam, Elena.

— Estávamos nessa por você, Stefan. Eu e Damon. 

Stefan se contraiu.

— Você realmente acha que Damon estava nessa por mim, não acha?

Eu não entendi onde ele queria chegar.

— Claro que estávamos Stefan, eu   e ele passamos por...

— Poupe-me da conversa. Eu preciso de uma bebida.

Acontece que a mistura de sentimentos naquele momento me deixou completamente enjoada, eu não conseguia olha-lo e ter confiança o bastante para toca-lo. Eu não sabia se ele iria estapear minha mão com raiva. 

— O que eu perdi, hã?

Stefan sentou na mesa da cozinha e eu o segui, ele despejou a vodka até encher o copo o tomou o liquido como se fosse água.

— Você tá...

— Diferente? — Ele sorrio, um sorriso mais Stefan. E eu senti vontade de sorrir também. — É... eu estive em péssimos lugares. Tive péssimos dias, mas teve seus dias bons.

— Quais eram os dias bons? — Perguntei, esperançosa.

— Quando eu imaginava uma forma de sair dali.

Respirei fundo e encarei minhas mãos. 

— Stefan, provavelmente precisamos conversar sobre as coisas que você "Perdeu" enquanto esteve fora. Mas eu quero passar mais tempo com você. — Coloquei minha mão junto da dele. — Minhas ferias estão acabando,  e com isso vem a escola, e para você vem a faculdade...

Para a minha surpresa, Stefan riu. Mas não foi um riso rouco e feliz, foi um riso triste e amargo. Um riso que estendia arrependimento. 

— Você acha que eu vou entrar numa faculdade novamente?

Fiquei confusa.

— Porque não?

— Eu acabei de sair da cadeia, Elena! Cadeia! — Ele gritou, me encarando totalmente. — Nenhuma faculdade do mundo inteiro me aceitaria.

— Isso não é verdade... 

Percebi que eu precisava dar-lhe um pouco de espaço, quando Stefan respirou um pouco virou-se para mim gentilmente e pediu desculpas. Foi um bom pedido de desculpas. 

— Damon me contou.

Um aperto congelou meu coração.

— O que ele...? 

— Sobre as noites, os beijos, tudo. 

Stefan me encarou novamente, a face triste e um sorriso melancólico surgiu em seus lábios.

— Foi a pior noticia da minha vida.

— Stefan eu...

— Escute, Elena. Eu tenho uma vida toda pela frente e eu não quero repetir isso novamente. Eu amo você, mais do que deveria amar. Mais do que amo a mim mesmo. Mais do que poderia explicar. Você precisa escolher. Você têm nós dois, mas não para sempre.

E saiu. 

O que fazer quando duas pessoas que você ama as fazem escolher entre elas? Isso, foi exatamente o que eu optei... Ou talvez não...

A lua estava demasiadamente bonita para aquele fim de tarde, eu telefonei para o hospital e meu pai falou feliz sobre voltar para casa em breve. Eu sei que perdi umas coisas ultimamente, como, por exemplo, o fato de meu pai ter conseguido um transplante e que isso deveria ser algo esplendido, e eu estava muito feliz para sentir alguma coisa.

     Papai desligou e eu acompanhei o almoço, Stefan estava feliz, e por mais estranho que fosse, Tia Isobel não me evitava mais. 

     — Damon, preciso falar com você.

     Eu tinha feito minha escolha. 

     


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