Secret Love escrita por grazidiasss


Capítulo 14
SENTIMENTOS COMPARTILHADOS


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura. ♥



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      Aquela segunda-feira foi bastante tensa. Na volta, uma amiga da Rebekah aceitou voltar com Damon para casa, Stefan não me deixava ir com ele de forma alguma. E eu sabia que na semana que vem, teria o valentine's festival, Caroline tagarelava sobre isso o tempo todo no carro, enquanto Rebekah parecia aos poucos... de uma forma bem estranha, devo acrescentar, aceitar o fato de que Stefan queria a mim. Ela até citava alguns possíveis garotos para fazer par com ela no festival mais comentado do momento. 

     Fechei os olhos e foi sem querer quando minha mente automaticamente foi até o beijo. Aquele beijo. Aqueles braços fortes me conduzindo para dentro, o calor que seu corpo musculoso causava a mim... oh não. Suspirei. Eu devia estar exausta! 

     Na terça eu acordei o mais cedo que pude, a tempo de ver tia Isobel e Ric na mesa. 

    — Elena! — ela me cumprimentou — junte-se a nós. 

    Eu sentei a mesa, e fiquei feliz com o ar familiar que tudo aquilo dava. Ric sorria a todo instante enquanto contava piadas clichês de trabalho.

   — Minha hora! — quase dei um pulo da mesa. — vou trabalhar. 

    Isobel torceu o nariz. 

    — Eu não vejo a necessidade de trabalho, fiquei completamente absorta quando Caroline me contou. Mas são todos os dias, não eram só nos sábados?

   — Na verdade das terças ao sábados

   — Bom... não é necessário... mas tudo bem, querida, pode ir, hoje eu e o Ric estamos de folga. Vamos ter mais tempo para vocês a noite. — fiz um gesto afirmativo com a cabeça.

   Tomei um susto quando vi Stefan na porta, de boné, chinelos e bermuda. 

   — Vai á algum lugar? — perguntei, ele me deu um beijo no rosto.

   — Levar você no trabalho. — semicerrei os olhos.

   — Mas não precisa se incomodar, Damon vai e eu posso ir com ele. 

   — Bom... é... talvez... mas eu, eu, é, quero dizer, eu quero tomar uma cerveja. 

   — Uma cerveja? Mas pensei que você não gostasse muito de álcool. — o encarei mas solenemente, Stefan esbugalhou os olhos. — Está com ciumes? 

   — O que? hã? NÃO! não é...

   — Eu-não-acredito-nisso. 

   — Não é isso Elena, é que... 

   — Você acha que eu faria algo para magoa-lo? Acha que eu o trairia? Com Damon? 

   — As vezes, Elena, nós não podemos controlar o que sentimos pelo outro. Eu não posso ariscar de perder você também. 

   — Mas também não pode me enjaular em sua vida! 

   — Me desculpe, eu... foi idiota. Eu sei, tudo bem. Me desculpe, eu não quis causar impressão errada.

   Não sei se essa foi a intenção dele, mas vê-lo assim, eu quase segurei seu rosto mas então suspirei e vi Damon colocando o capacete. 

   — Olhe para ele. — eu disse — Me veja indo, e saiba, que nunca... 

   — Nunca? — Stefan forçou a me continuar, mas algo me impediu de dizer o que eu estava disposta a dizer.

   — Apenas relaxe, no fim do dia vou voltar e nos falamos. — Stefan deu de ombros, por mais que aquela iniciativa fosse forçada, ele simplesmente me deu as costas e saiu de casa, meus olhos acompanharam quando sua BMW saiu da garagem, Damon, por mais estranho que fosse, continuou me esperando na moto.

   — Então o chefe a deixou ir? — revirei os olhos. 

   — Ele não é chefe, Damon. — Damon me deu o capacete, eu o pus e fomos até o Grill. Eu já estava acostumada com as provocações de Rebekah, tanto que assustou-me não vê-a lá. Terminei na cozinha, e ajudei Damon a arrumar o Grill para que pudéssemos largar.

    — Então, como se sente nesse dia tão diferente de ontem? — ele me perguntou, enquanto pedia uma dose ao barman. 

    — Bem, e você? — eu pedi uma também, se era pra estar com Damon, eu queria mostrar a Stefan que ele não precisava se preocupar, eu sabia levar. 

    — Pensando em um certo beijo que uma certa garota me deu em uma certa brincadeira. 

    — E quem é a sortuda que tem o lugar em sua mente? — perguntei. Damon tomou um enorme gole e depois pediu outra. Eu o acompanhei.

    — Segredo. — sorriu, eu sorri junto. 

    — Então já largamos? 

    — Acho que sim. — ele respondeu. — Não é muito boa com bebida, certo? 

    — Nooop. 

    Damon gargalhou do nada.

    — Da para perceber. 

    — Como?

    — Seus olhos, eles sempre entregam você. 

    — Ainda não entendi a piada.

    — Também não é boa com piadas.

    — Você tem alguma? — perguntei. 

    — Muitas. — sorri. 

    Havia algo, sim, eu tinha que admitir, que aquela forma de Damon ser largado, sexy e livre me atraia. Ele ria nervosamente por qualquer coisa, parecia estar de bem com tudo que lhe viesse. E tinha aqueles olhos azuis. 

    — Posso ter uma dança com você? — ele perguntou.

    — Mas nem tem uma pista de dança aqui, a musica parece ser só de fundo. 

    — Bom, enquanto a musica, existem palavras que podem virar musica, e a pista, é lá em cima. Eu só... quero ter um momento com você

    Suas palavras pareceram sinceras, e eu não tinha nada a perder. 

   — Tudo bem então, vamos lá para cima. — ele abriu um sorriso de um canto á outro

   Damon  tropeçava em mim a todo instante, mas era tão elétrico estar assim abraçada a ele que eu quase não me importei, eu não me sentia assim há muito tempo. 

    — Então, meu irmão te comprou um docinho e te contou historias de natal? 

    — Ele me contou sobre Katherine, você, e "banda"  — Damon fez um grande ahhhh. — Agora eu sei de tudo.

    — Duvido. 

    — Ele me contou sobre como você a roubou dele..

    — Você não sabe a historia toda, não foi assim.

    — Tirou ela dele e depois a deixou, que sentido tem isso?

    — Eu realmente gostava dela.

    — Como gosta da tequila? 

    — Você tem uma imagem muito errado de mim. 

    — É só o que me deixa ver. 

    Ele suspirou, não havia musica de forma alguma, mas Damon parecia saber o ritmo que deveriamos ir. Ficamos quase minutos se olhando, até ele desistir.

    — Quer saber, eu não sei porque estou tentando fazer você mudar a imagem que tem de mim. 

    — É tudo um grande talvez.

    — Talvez não. — sorri.

    — Eu sei que você é divertido. 

    — Eu queria que você me achasse atraente. 

    — Mas você é.. — ele me olhou de lado — quero dizer, você é extremamente bonito. 

    — Mas você foge de mim. 

    — Eu estou com Stefan, Damon. 

    — Então é serio e oficial? 

    — Sim.

      Damon me soltou. 

     — Sejam feliz. 

     — Damon...

     — Eu gosto de você Elena, realmente gosto. E se quer saber, você nem me deu uma chance e logo foi para Stefan. 

     — Do que está falando?  

     — Eu quero um beijo seu.

     — Damon nos já nos beijamos...

     — Mas não foi o suficiente.

     — Eu pensei que poderíamos ser amigos. 

     — Eu quero fazer uma aposta.

     — Que tipo de aposta? — revirei os olhos.

     — Eu lhe dou um beijo, e você me diz se não gostou, se gostar, você me dará uma chance. Por mais que seja secreto, só entre eu e você. Eu te aceito de qualquer forma.

      — Isso é ridículo!

      — É uma alternativa. 

      — Eu topo. — as palavras saíram da minha boca sem que eu as pudesse controlar. 

      Damon suspirou e deu um passo para mais perto de mim, me prendeu na parede e me beijou. Foi um beijo suave, no começo, mas logo depois seus lábios andaram por meu pescoço, mas eu não quis para-lo. Eu rezei para que sua boca retorna-se a minha, quando Damon me beijou novamente, e me apertou contra ele eu senti todo seu corpo me dominando. 

      — ahhhhhhhh Elena... — ele gemeu, enquanto me apertava mais e mais contra ele, até que só o que nós separava eram nossas roupas. — Olhe para mim, e diga que não gostou. 

      Eu quis dizer, juro. Mas naquele momento, com seus olhos azuis me furando, necessitando de uma resposta, eu não consegui. Eu olhei e só o que tive vontade foi de apertar seu corpo e o jogar na cama. Meu coração bateu tão rápido, tão rapido, que Damon não precisou de minha resposta, modiscou minha boca e continuou sussurrando meu nome. Era tão exitante! 

       — Nosso segredo. — sussurrou — Eu prometo. 


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