Entre a Luz e a Escuridão escrita por zariesk


Capítulo 4
Capítulo 4 - Novo mundo.


Notas iniciais do capítulo

finalmente isawa chega ao tão falado mundo natal, a partir de agora ela está sozinha num mundo misterioso e repleto de perigos.



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Isawa abriu os olhos lentamente, seu corpo doía como se tivesse sido perfurada por alguma coisa, espantou-se ao sentir como se algo prendia seu corpo ao chão, a dor em sua barriga aumentou ao tentar se mexer, sua visão embaçada como se houvesse sangue lhe cobrindo a pupila não permitia ver o que lhe pesava tanto, tateou procurando o que lhe prendia ao chão e o desespero lhe tomou quando sentiu uma lança perfurando seu estomago e cravando-a no chão.

 

- O-oque é isso? – perguntou Isawa desesperada – quem fez isso comigo?

 

Ela olhou ao redor, sua vista começou a melhorar, ao seu redor dezenas ou centenas de cadáveres de pessoas e monstros se amontoavam, o medo tomou Isawa, mas seu medo foi substituído pelo desejo de viver e fazendo uma força descomunal ignorou a dor e puxou a lança que lhe perfurava, quando a ponta saiu do seu corpo um jorro de sangue saiu junto, seu estômago queimava de dor e ela se sentia fraca e com frio, seu corpo tremia embora não soubesse se era de medo ou frio.

O céu de repente virou um turbilhão rubro, sons de tambores, cornetas e outros instrumentos de marcha tomaram o ar numa cacofonia de ritmos, de seu lado esquerdo ela viu uma legião de morto-vivos brandindo armas mortais, homens feras urravam para o horizonte em desafio e legiões de demônios cobriam o céu, atrás deles uma sombra que lembrava uma silhueta feminina maior que a torre de Tókio se agitava escurecendo tudo.

Do seu lado direito outra legião marchava, cavaleiros montando grifos pairavam no céu, insetos gigantes arrastavam maquinas de guerra estranhas, soldados em armaduras brilhantes forravam o chão como um tapete vivo e atrás deles um globo flamejante gigante com um rosto de um homem velho iluminava tudo.

Isawa estava bem no meio deles, sangrando e morrendo devagar pelo ferimento, sozinha como se fosse a ultima pessoa viva no meio daquilo tudo, quando os dois exércitos correram para se enfrentarem ela teve a certeza que seria esmagada entre eles como um pequeno esquilo tentando atravessar uma avenida movimentada, sentiu um enorme pavor ao constatar que tanto a sombra gigante como o globo de fogo encaravam ela como se esperassem algo, de repente ambos falaram.

 

- Escolha bem Isawa, seu futuro depende disso – disseram simultaneamente os dois colossos.

 

E nesse momento Isawa abriu os olhos.

Agora ela estava deitada no chão, não o chão de pedregulhos e restos de guerra e sim um chão coberto de grama macia, seu corpo também tava inteiro depois de apalpar a si mesma para constatar, não sentia nenhuma dor e muito menos estava encurralada por batalhões de monstros.

Isawa se levantou devagar como se estivesse tonta, o pesadelo que teve junto com o acordar súbito lhe deixaram com dor de cabeça, por um momento imaginou se não estava tendo um pesadelo desde o dia anterior em que um lobo monstruoso lhe perseguiu do shopping até em casa, encostou-se na árvore próxima que lhe lembrava a arvore do pátio do colégio onde estudava.

 

- Dormi demais, esse foi o sonho mais longo da minha vida – Isawa passou a mão na testa pra remover o suor, olhou em volta e viu a velha cobra do diretor do colégio.

- Até essa cobra tava no meu sonho, que coisa de louco!

- Se você é louca o problema é seu, mas levante daí e comece a andar moçinha!

 

A cobra falou novamente, exatamente como no sonho a cobra estava falando e sendo metida, Isawa olhou melhor em volta e viu que não estava no pátio da escola e sim num campo aberto de sabe lá onde, olhou de novo para Vulthar como se esperasse uma explicação.

 

- Isso é a realidade caso esteja pensando que ta sonhando – respondeu a cobra diante do olhar questionador – nós fugimos da terra e agora estamos no seu mundo natal.

 

A expressão que Isawa fazia denunciava que ela ia surtar a qualquer momento, ela procurou ao seu redor e encontrou a mochila que sua avó preparou pra ela, procurou em alguns bolsos e depois de encontrar um celular ligou pra sua casa.

 

- Desista idiota, não tem companhia telefônica na terra que possa completar uma ligação extra-dimensional, e se tivesse eu mesmo já tinha providenciado uma linha.

 

Isawa percebeu que a cobra tinha razão quando viu no visor do celular que não tinha sinal nenhum, desesperou-se de novo.

 

- Para de chorar, isso já ta dando no saco, se eu tivesse um é claro.

- É fácil pra você falar, não é sua vida que virou do avesso – Isawa percebeu que já estava ficando insana por fazer uma comparação entre sua vida e a vida de uma cobra monstro.

- Se isso faz você se sentir melhor eu não vou mais poder comer uma lebre por semana que o diretor sempre me dava, todos perdemos alguma coisa, conforme-se.

- Cala a boca! Eu quero voltar pra casa, me leve daqui imediatamente!

- Que tal se você chamar um táxi com seu celular? Quem sabe passe um carro daqui a um milênio ou dois – a cobra não parava de zombar dela.

- Você não sabe o que é descobrir que toda sua vida é uma farsa, que você não é humana e que sua melhor amiga quer te matar, você não sabe o que é ficar perdida em um mundo do qual nunca ouvir falar!

 

Isawa se sentou no chão e com as pernas encolhidas apoiou a cabeça entre elas como se tivesse desistido de viver, Vulthar deu a volta e se enrolando no tronco da árvore ficou no nível do pescoço dela e lhe deu uma mordida forte na jugular.

 

- Acorda menina! Acha que você está passando por isso por que é divertido? Acha que tudo isso está acontecendo com você por acaso? Pois saiba que as coisas só vão melhorar apenas se você se mexer.

 

Isawa só prestou atenção em metade do que Vulthar disse, estava ocupada apertando o próprio pescoço e tremendo.

 

- Acho que meu veneno te afetou um pouco – avisou a cobra num tom de voz arrependido.

- Você é venenoso? – perguntou Isawa assustada – ta tentando me matar ou esqueceu de contar mais esse detalhe?

- Relaxe, meu veneno já poderia ter te matado, significa que você é imune a maior parte dele.

 

Isawa olhou novamente seu braço ferido na batalha contra Akiko, já estava cicatrizado e agora só faltava a pele voltar ao normal, a dor no pescoço também sumiu, ela não sentia que tinha se ferido recentemente.

 

- O que eu sou afinal? – perguntou ela temerosa – o que aconteceu com meu corpo?

- Você é metade humana e metade dragão, por aqui chamamos isso de criatura dracônica, você é superior aos humanos em todas as características e pode se transformar num ser hibrido, por isso conseguiu escapar do Auran que lhe perseguiu e também conseguiu manter o braço inteiro depois de ser atingida por uma magia destrutiva, acho até que cresceria um novo caso esse fosse decepado.

 

Nesse momento Isawa lembrou-se que jamais ficou doente, sempre se saia bem em todas as competições esportivas e conseguia enxergar mesmo com pouca luz, muita coisa que seria difícil para uma pessoa normal era fácil pra ela.

 

- Afinal por que você me trouxe aqui? Por que eu sou tão importante?

- Antes do seu nascimento há séculos atrás um deus profetizou que alguém nasceria e mudaria o futuro, todas as pistas indicam que é você. 

- Eu? Mas nem sei nada sobre esse mundo!

- Você saiu daqui ainda bebê, não tem como saber em que está envolvida, mas se ficar aqui parada esperando que as respostas caiam do céu a única coisa que vai receber será bolas de fogo, afinal ainda ta de dia.

- E o que tem isso?

- Durante o dia Tenebra não pode te proteger, felizmente Azgher também não pode te atacar diretamente, o que ele pode fazer é avisar aos servos dele onde você ta e mandá-los atrás de você.

 

Isawa imediatamente lembrou-se de Akiko, tinha medo que a amiga surgisse do nada e lhe atacasse de novo.

 

- E o que e faço? O que eu devo fazer?

 

Vulthar olhou pro céu, pela posição do sol sabia em que direção ir.

 

- Vá para o norte, temos que chegar a algum templo de Tenebra e pedir pra falar com ela, depois disso você é quem decide.

 

Pegando sua mochila Isawa se levantou, viu que a katana que era do seu avô ainda estava lá, imediatamente se perguntou se eles estavam bem.

 

- Por que eu? Por que eu tive que passar por tudo isso? Por que esses pais biológicos que eu tive não fizeram nada?

- Seu pai lutou até o fim para garantir que sua mãe conseguiria salvar você, ela queria ficar com você, mas foi o preço que ela teve que pagar pra conseguir a intervenção divina.

 

Isawa mais uma vez sentiu uma tristeza inexplicável por pessoas que ela não conhecia, mesmo sem sequer lembrar-se dos rostos deles ela sentia uma certa compaixão por aqueles que lhe trouxeram ao mundo.

 

- Vamos andando, ou só vamos chegar lá ano que vem – reclamou Vulthar.

- Vamos ter que andar? Não pode se transformar e irmos voando?

- Bem que eu queria, mas só posso voltar a minha forma original durante a noite, por enquanto só posso fazer isso.

 

Dizendo isso Vulthar assumiu uma forma menor e se enrolou no corpo de Isawa.

 

- Eu vou ter que carregar você agora? Vai a pé! – ela sabia perfeitamente que cobras não podiam “andar”, mas pelo menos descontava as piadinhas que teve que agüentar até agora.

- Engraçadinha, quando anoitecer direi a mesma coisa – avisou Vulthar.

- Vamos ter que andar muito? É longe esse lugar?

- Esqueci meu GPS em casa, vai ter que se virar e andar – zombou a cobra de forma maldosa.

 

 

*********************************************************

 

 

Akiko percorria os corredores da grande pirâmide com tranqüilidade, conhecia cada caminho e passagem secreta do lugar, armadilhas que seriam fatais para invasores não faziam nada a ela, afinal ela nasceu e cresceu aqui.

Apesar de fechada a pirâmide era bem iluminada com tochas mágicas que nunca se apagavam, os espelhos e esculturas feitas de ouro ajudavam a propagar a luz aquecida, Akiko sentiu muitas saudades desse lugar.

 

- “Como é bom está de volta” – pensou ela satisfeita.

 

Embora fosse seu lar original o longo tempo que ela passou no Japão desacostumou seu corpo ao clima seco do deserto, sentindo uma sede sufocante ela procurou uma grande pedra que ficava no meio de um salão coberto com flores, colocando seu dedo sobre a pedra e dizendo uma rápida prece um pequeno buraco se formou na pedra que começou a fluir água cristalina, era uma das bênçãos de Azgher para seus servos, ela também achou engraçado como essa habilidade era parecida com os bebedouros da escola.

 

- Agradeço sua generosidade grande Azgher – Akiko demonstrava o respeito pelo senhor do deserto.

 

De tão feliz com o retorno ao lar Akiko não notou alguém atrás dela, quando se virou praticamente caiu nos braços de alguém.

 

- Seja bem vinda Menefer – disse o rapaz confortando a garota nos braços.

- Senti saudades de você também, Naziah – respondeu a garota se aproximando dos lábios dele e o beijando.

 

Menefer era o verdadeiro nome de Akiko, Naziah era seu namorado, fazia três anos que não se viam desde que a garota teve que assumir o papel de Akiko.

 

- Você fica linda nesses trajes – elogiou ele – sua verdadeira aparência também deve ficar.

 

Ela ainda estava trajando as roupas comuns do Japão, não tivera oportunidade de se trocar quando chegou.

 

- Os trajes escolares também são interessantes, eu trouxe todas as minhas roupas comigo, depois te mostro meu uniforme escolar – falou ela de forma sedutora.

 

Embora ele não fizesse idéia do quão sexy eram os uniformes escolares se interessou pelo assunto, quando soube que Menefer fora enviada a um novo mundo ele desejou ir com ela.

 

- Como era o mundo que visitou? Era tão maravilhoso como dizem?

- Você não faz idéia! – respondeu ela empolgada – não existem magia nem criaturas mágicas, mas a ciência deles é tão avançada que quase faz milagres!

- Vai, me conta como era, que tipo de coisas tem por lá?

 

Akiko/Menefer nem sabia por onde começar, quando ela chegou a terra para cumprir sua missão levou dois anos para aprender sobre o novo mundo mesmo usando magias que aumentavam sua capacidade de absorver conhecimento, ela ficou tão espantada com as maravilhas tecnológicas que se não fosse pelos seus anfitriões teria atacado um avião pensando ser um dragão de metal.

 

- Lá existe aparelhos que transmitem imagens de forma melhor que os espelhos da visão – comentou ela se referindo as televisões – as pessoas possuem carruagens que se movem por conta própria (carros), caixas de som que permitem conversarem mesmo de longe (celulares) e como armas eles tem umas coisas chamadas pistolas que disparam pontas de flechas muito rápidas.

 

Enquanto ela ia explicando as maravilhas da terra o tempo ia passando, Naziah não se cansava de ouvir cada detalhe, mas reparou que uma fada de fogo se aproximou deles.

 

- Mestra Menefer, senhor Muhat lhe convoca para o altar sagrado.

 

A fada era a mensageira de Menefer, as duas eram boas amigas e confidentes.

 

- Tenho que ir Naziah, mas prometo que vou lhe mostrar os livros que trouxe de lá, falam de tudo!

- Aguardo ansioso, volte logo.

 

Eles se beijaram mais uma vez e Menefer saiu correndo com a pequena fada flamejante atrás.

 

- Mestra Menefer ta encrencada, senhor Muhat vai lhe tacar fogo!

- Quieta Dalap, sei me virar com meu pai.

 

Primeiro Menefer iria passar em seus aposentos, e vestiu sua roupa para ocasiões como essas.

Ela estava usando trajes de odalisca, era como se vestia quando não estava lutando ou caçando, os finos trajes pouco escondiam o corpo perfeito dela e um véu lhe cobria a face.

As duas chegaram a uma grade porta de ouro com um sol entalhado como gravura, apesar do tamanho descomunal da porta era fácil de abri-la, ao entrar viu um grande salão com uma estatua gigante toda feita em ouro de um guerreiro usando trajes do deserto e empunhando uma arma semelhante a dela.

 

- Que a glória do vigilante sempre nos ilumine! – disse ela ao por os pés dentro do salão.

 

O homem que também estava lá dentro se virou pra ela, usava roupas semelhantes à de um faraó e uma máscara lhe cobria a face, o homem tinha a pele negra escurecida pelo sol do deserto, mesmo sendo pai e filha eles era completamente diferentes.

 

- Você falhou na tarefa que o grande Azgher lhe ordenou – acusou ele – permitiu que a filha das trevas sobrevivesse.

- Eu tentei matá-la pai, mas era noite e meus poderes...

- Sem desculpas! Com ou sem poderes você deveria tê-la eliminado, parece que sua falsa amizade com ela acabou se tornando verdadeira.

- Isso nunca! – gritou ela desesperada – minha lealdade é somente do meu senhor Azgher, sou inimiga de todas as crias de Tenebra.

- Não pronuncie esse nome maldito diante de Azgher! – ordenou ele apontando pra estátua – você envergonhou o sangue de sua mãe, saia e pense numa forma de se redimir!

 

Cabisbaixa Menefer se retirou, Muhat voltou a orar para Azgher pedindo instruções do que fazer em seguida.

No corredor da pirâmide Menefer chorava, raramente seu pai a elogiava por algo que fazia, na terra os seus falsos pais que na verdade eram contratados para interpretar o papel e lhe ensinar sobre os costumes do país também não lhe davam carinho algum, por um instante ela sentiu inveja de Isawa que tinha todo o amor dos falsos avós.

 

- Como um ser das trevas pode ser feliz? Por que um ser sem alma gostava de mim como uma irmã?

 

 

******************************************************

 

 

Isawa já andava por horas, percebia que se não fosse mais resistente que uma pessoa comum já teria tombado de cansaço, no caminho Vulthar ia explicando pra ela todas as características desse mundo, como as coisas funcionavam e como eram os deuses que governavam esse mundo.

Mas mesmo ela ficou exausta depois de caminhar por 4 horas seguidas, agradeceu a suposta deusa da natureza que Vulthar mencionou por ver um bosque onde ela poderia descansar.

 

- Eu aprendi que esse tipo de mata só cresce em volta de fontes de água, deve ter um rio ou um lago aqui perto – disse Isawa motivada.

- Considerando suas notas na escola eu fico surpreso por você saber disso pirralha.

 

Isawa fez uma careta pra cobra, ainda achava estranho conversar com um réptil, mas estava se acostumando, segundo Vulthar existiam bichos mais esquisitos ainda por ai.

Ela adentrou o bosque, seguindo o som de água corrente ela achou um pequeno lago ligado a um córrego, prostando-se na margem ela bebeu toda a água que podia e ainda se lembrou de encher os cantis que tinha na sua mochila.

 

- Obrigada vovó! – agradeceu ela ao lembrar-se que sua avó tinha preparado sua mochila pouco antes da viagem.

- O que mais tem ai dentro? – perguntou Vulthar se referindo à mochila.

 

Isawa começou a investigar o interior da mochila, como sua avó tinha deixado tudo arrumado coube muita coisa dentro.

 

- Tem uma bússola, pacotes de biscoito doces, um kit de primeiros socorros, uma faca, canivete, várias mudas de roupa, tem até um saco de dormir aqui no fundo! – Isawa ficou surpresa em como sua avó era precavida.

- Eu contei uma vez pra velha como esse mundo era, acho que ela se lembrou.

- Não chame minha vó de velha!

- Agora você ta defendendo seus avós? Você foi a primeira a xingá-los quando descobriu a verdade.

- Eu tava desnorteada ali, agora eu sei como eles me amavam.

 

Isawa se lembrou da coragem deles em tentar deter Akiko, lembrou-se de como eles eram carinhosos com ela e sempre lhe trataram bem, estava decidida a revê-los.

 

- Quando eu terminar de fazer seja lá o que for eu poderei voltar pra casa não é?

- Veremos quando terminar de cumprir seu destino, depois disso não há mais nenhuma previsão do futuro.

 

A esperança de voltar pra casa animou Isawa, esta ao notar que tinha um biquíni dentro da mochila se animou ainda mais.

 

- Vou aproveitar e tomar um banho nesse lago!

 

Ela então começou a tirar a roupa, mas quando estava só de roupas íntimas se virou pra Vulthar e passou a encarar a serpente com ódio.

 

- O que foi? – perguntou Vulthar inconformado com o olhar.

- Cai fora daqui! Acha que vou ficar nua na sua frente?

- Apesar do que possa estar imaginando ao notar o formato do meu corpo eu não tenho o mínimo interesse em mamíferos, agora deixa de frescura!

- “Formato do seu corpo”? Sua cobra tarada! – Isawa tentou chutar Vulthar inutilmente.

- Sua safadinha! Ficou excitada só de imaginar besteira não é? – Vulthar continuava a zombar dela.

 

Isawa ficou jogando pedras no acompanhante até que este foi embora pra caçar o próprio jantar, livre do olhar da serpente Isawa terminou de se despir e vestiu o biquíni, logo em seguida se atirou no lago e relaxou.

 

- Até que esse mundo não é tão ruim – disse ela pra si mesma.

 

Enquanto flutuava na água ela parou para pensar em como ia fazer pra sobreviver num mundo inóspito, os biscoitos na mochila não durariam mais de um ou dois dias, e também ela não podia viver só disso, imaginou se o dinheiro que tinha na carteira serviria aqui e riu ao constatar que era idiotice, depois passou a imaginar se conseguiria esmolas dos habitantes locais.

 

- “Por falar nisso o que os habitantes daqui pensam sobre tudo isso?”

 

Vulthar tinha lhe dito que os habitantes do país que sua mãe governava viviam em paz com os monstros, muitas famílias tinham monstros como parentes, contou inclusive sobre uma família que era composta de uma mulher humana, um demônio e seus filhos meio-dêmonios, e como essa família era exatamente como outras que tinham no Japão.

Ela estava tão distraída em seus pensamentos que demorou a notar que um homem estava sentado sobre o galho de uma alta árvore e lhe observava interessado, ela não sabia dizer a quanto tempo ele estava ali, se tocando que poderia ser um tarado ou algo pior nadou até a margem e pegou a katana ao lado da mochila.

 

- Não tente nenhuma graçinha seu tarado, ou eu te retalho em tiras! – ela ameaçava apontando a arma na direção dele.

 

O rapaz saltou da árvore, era muito alto, mas ele desceu suavemente, depois de colocar um chapéu com pena na cabeça lhe deu um sorriso e caminhou em sua direção.

 

 

Continua.


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Notas finais do capítulo

obrigado por continuarem lendo, eu estava ficando desanimado por que parecia que ninguem lia, mas agora eu estou mais motivado ^^
agora vamos cuidar de um pequeno momento propaganda, se voces que lerem essa fic puderem indica-la para pelo menos uma pessoa me ajudaria bastante, como ela fica na categoria originais é dificil pra muitos notarem(eu mesmo quase não visito essa categoria), eu tambem vou botar o link de alguma coisas interessante.

imagens dessa fic no orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Album.aspx?uid=642106685910403565&aid=1237541489

fic hentai baseada na minha fic "uma nova vida": http://fanfiction.nyah.com.br/viewstory.php?sid=19951