Entre a Luz e a Escuridão escrita por zariesk


Capítulo 11
Especial I - parte 2


Notas iniciais do capítulo

AVISO: estou re-postando esse cap porque faltou algo muito importante no final, peço desculpas pelo incoveniente e pela minha burrice.



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Havia muitos detalhes desagradáveis em seu plano, mas Zariesk não sabia dizer com certeza qual parte era mais desagradável.

Tinha o detalhe de que ele teve que usar sua forma humana para fazer o plano dar certo, dragões não gostam muito de se rebaixarem a essa aparecia embora seus poderes não mudem quase nada, outra coisa irritante era ter que sair em plena luz do dia, o brilho solar irritava sua visão acostumada à escuridão e nisso ele concordava com a preferência desse povo.

Aliás, ele ainda estava decidindo se era muito mais desagradável ter que andar no meio daquele povo inferior de vida curta e sem perspectiva de ascensão na escala evolucionaria ou se era pior ter que agir como eles para não levantar suspeitas ao invés de simplesmente destruí-los.

 

- “Com certeza farei Kyara pagar toda a humilhação que passei no ultimo mês!” – Zariesk praticamente saboreava a vingança em seus pensamentos.

 

Ele chegara a capital a pouco tempo, ainda era cedo pra colocar seu plano em pratica, decidiu que observaria a rotina do reino que mais tarde governaria, só que não havia muito o que observar.

Já era meio-dia, isso em outros reinos equivaleria a meia-noite, praticamente ninguém estava nas ruas com exceção da guarda da cidade, uns poucos aldeões fazendo últimos trabalhos e mortos vivos circulando normalmente, assim como sua imperatriz dormia tranquilamente durante o dia o povo aprendera a imitar todos os hábitos e costumes daquela que lhes governava e protegia.

Muito naquela cidade intrigava Zariesk, ele já sabia que muitas criaturas diferentes viviam ali, mas ele não entendia como elas viviam bem e juntas. Demônios, licantropos, morto-vivos, bestas da noite e muito mais vivendo em harmonia com humanos, a quantidade de seres mestiços também era surpreendente.

Dragões não acreditavam em harmonia entre as espécies, eles acreditavam na dominação do mais fraco através da força e do terror, para eles as outras espécies meramente são vermes que empestavam o mundo e que deveriam ser eliminados ou na melhor das hipóteses escravizados, os dragões mais tolerantes achavam que se eles soubessem retribuir bem deveriam ser governados e protegidos.

A arquitetura da cidade também o intrigava, todas as casas eram perfeitamente alinhadas para formar uma cidade retangular com ruas que cruzavam todas as suas extensões de uma ponta a outra, a maioria das casas eram de telhados vermelhos como sangue e poucas delas tinham mais de dois andares, na verdade todas as partes importantes das casas ficavam no subterrâneo já que a luz incomodava a maioria dos habitantes, alias a cidade tinha muitos túneis subterrâneos para aqueles que se ferem com a luz do dia como certos morto-vivos e demônios.

 

- Para criaturas tão simplórias eles até que fizeram uma grande cidade – Zariesk estava impressionado com a capacidade superior daquele povo.

 

Ele chegou à conclusão que a única responsável por isso tudo era Kyara, ela era uma governante bem sucedida amada por seu povo e ainda por cima poderosa, antes Zariesk estava decidido a esquartejá-la viva, agora ele queria vê-la implorando para que não destruísse o seu reino e ele “piedosamente” aceitaria em troca de sua submissão total.

Ele chegou até onde seu alvo dormia tranquilamente, o palácio era a única construção que dava pra ver desde o portão principal, um palácio digno de uma nobreza relevante a Kyara, o palácio tinha vários andares sendo que os andares inferiores eram maiores que os superiores e as telhas davam a impressão que o palácio foi construído para sua ponta tocar os céus e que sempre poderia crescer mais.

A guarda que protegia o castelo não era algo que pudesse impedi-lo, mas para seu plano dar certo ele teria que ser sutil e furtivo, e não destruidor e alarmante como de costume, então ele transformou seu corpo em sombras que facilmente se misturava com as sombras naturais do lugar, agora ele já estava dentro dos corredores se movendo rapidamente procurando por sua presa, escondido na escuridão ele ouvia conversas das empregadas, descobriu que o quarto de Kyara ficava no andar subterrâneo e se censurou mentalmente por não ter pensando nisso antes.

Finalmente ele estava diante da porta que separava o corredor do quarto, em breve sua vingança estaria consumada e ele saborearia cada detalhe, faria Kyara sofrer e se ela tivesse sorte viveria para se arrepender amargamente por humilhá-lo.

 

 

*************************************************************

 

 

Kyara repousava tranquilamente em seu leito, dormia como uma pedra durante o dia para recuperar as forças gastas com Zariesk durante a noite, sempre depois de enxotar o dragão ela ainda tinha que cuidar da burocracia e assuntos pendentes que ela se recusava a fazer antes do seu passatempo noturno, enquanto ela mantinha Zariesk sobre controle as pessoas já nem ligavam mais para a presença do dragão negro em seus domínios, tratavam ele como um mero desordeiro.

Zariesk tinha outro significado para ela, desde que o enfrentou pela primeira vez ela sentiu algo que há muito tempo não sentia, uma emoção e necessidade que só era saciada quando o confrontava, ele fazia o sangue dela ferver com a excitação, a adrenalina e o perigo.

Por isso mesmo que de uma forma pouco convencional ela não podia mais se privar da companhia dele, estava disposta a fazê-lo ficar do seu lado seja como inimigo ou como companheiro, e era com esse sonho povoando sua mente que ela sentiu algo se movimentar sobre sua cama.

Kyara acordou com um peso sobre ela, alguém a imobilizara usando o próprio corpo e a olhava com um sorriso malicioso, pervertido e cínico.

 

- Bom dia Kyara – disse ele com uma voz arrastada e suave.

- E você quem seria? – perguntou ela sem ao menos se alterar.

 

Vai dizer que não me reconhece? Depois de tudo o que passamos juntos?

Ela examinou bem aquele que ousava toca-la em sua cama, roupas simples de aldeão, um cabelo cumprido e bonito que não combinava com a vestimenta e um olhar sagaz, além de tudo uma aura terrivelmente familiar e poderosa, sim ela o conhecia.

 

- Se eu soubesse que era tão bonito nessa forma teria pedido pra ver a mais tempo Zariesk – respondeu ela com um sorriso malicioso.

- Engraçadinha como sempre não é Kyara? Mas hoje eu estou por cima, literalmente.

 

Zariesk segurava as mãos dela sobre a cabeça, sua força física não diminuía nada nessa forma, ele olhava atentamente o corpo de Kyara, apenas um lençol a cobria sem nenhuma roupa por baixo, os seios fartos quase aparecendo e uma das pernas totalmente descoberta, estava louco para fazer o que pretendia desde que chegara.

 

- Então Zariesk, veio aqui de dia no momento em que meus poderes estão mais fracos só para ter uma revanche? Não me parece muito digno.

- Eu quero mais que isso! – disse ele com uma nítida raiva – quero ver você chorar, quero que sinta muita dor e implore pra eu parar mesmo sabendo que não pararei.

- Vai cantar pra mim dragão? Por que eu soube que os dragões são péssimos cantores.

 

Zariesk começou a apertar o pescoço dela com força, Kyara nem se alterou, continuava a olhar nos olhos dele profundamente.

 

- Esse seu bom humor já me encheu a paciência sabia? – disse ele afrouxando um pouco a mão.

 

Kyara que estava quase sem fôlego respirou pesadamente, assim que seu ritmo foi re-estabelecido ela voltou a encará-lo com um sorriso desafiador.

Zariesk já não agüentava mais, mesmo nessa situação totalmente indefesa ela se mantinha confiante, inabalável, como se estivesse muito acima dele, ele teria que humilha-la para fazê-la cair do seu pedestal de superioridade.

Ele arrancou fora o lençol que cobria o corpo dela, depois começou a morder com força os seios dela alternando com o pescoço, mordia com força suficiente para deixar marcas, sem soltar os braços dela ele usou a mão livre para rasgar as próprias roupas.

 

- Veremos se manterá esse nariz empinado depois que eu estuprá-la sua vadia imperial!

 

Kyara parecia não se importar, olhava-o com desdém sempre com o mesmo sorriso no rosto.

Zariesk segurou com força o queixo dela e a beijou com força enfiando a língua na boca dela e mordendo o lábio inferior até sair uma gota de sangue, tudo isso enquanto apertava os seios dela.

 

- Você é muito gostosa sabia? – disse ele encarando-a.

- Sei sim, meus vários amantes nunca reclamaram – disse ela em resposta.

- Quando eu acabar com você não vai querer ver outro homem na sua frente nunca mais!

 

Sem nenhuma cerimônia ele a penetrou com força enquanto abria as pernas dela sem se importar se a machucaria ou não, na verdade machuca-la era tudo o que ele queria, cada estocada era carregada de raiva com força suficiente para deixar qualquer mulher dolorida, mas Kyara apenas gemia como se estivesse gostando.

 

- Você é mesmo uma vadia não é? – perguntou ele após se deitar sobre o corpo dela e continuar a violenta-la – ta gostando disso não é?

- Se eu... Disser que... Sim... Você ficará... Decepcionado? – a força das estocadas a faziam perder o ritmo da fala.

 

Ele não respondeu nada, apenas a virou de bruços e voltou a penetrá-la enquanto puxava os cabelos sedosos dela, mordia o ombro dela e ela o segurava pela cintura.

 

- Isso! Eu gosto assim! – disse ela completamente excitada.

 

Zariesk a segurou pela barriga enquanto sentia o gozo dela, Kyara virou o rosto para beijá-lo com desejo e ele retribuiu sem perceber, mas ainda faltava ele chegar ao clímax e por isso a puxou para ficar sentada em seu colo de frente pra ele, Kyara rebolava sentada no membro dele enquanto o olhava nos olhos com o mesmo olhar de antes, um olhar desafiador, não demorou muito até ele gozar nela e se deitar na cama com Kyara deitada sobre ele com a cabeça apoiada em seu peito.

 

- Eu te odeio Kyara – disse ele logo depois de um demorado suspiro.

- Também escuto isso dos meus amantes – respondeu ela se aninhando no peito dele e adormecendo.

 

 

******************************************************

 

 

O anoitecer veio rápido para aqueles que trabalhavam no palácio imperial, a líder das servas Kyara andava apressadamente para os aposentos de sua rainha para acordá-la, ultimamente Kyara não acordava sozinha como sempre fazia, parecia mais uma criança preguiçosa.

Chegou até a grande porta do quarto e ouviu sons incomuns do interior, abriu cuidadosamente para ver o que acontecia e se surpreendeu com o que viu.

 

- Me perdoe Kyara-sama!!! – gritou a serva ao encontrar sua mestra fazendo amor com um homem.

- Apenas saia de uma vez – pediu Kyara ofegante sem desgrudar dele.

 

A serva saiu do quarto mais rápido que um raio fechando a porta atrás de si, Kyara começou a gargalhar e logo em seguida ela junto com seu amante chegaram ao orgasmo.

 

- Agora o palácio inteiro saberá – disse ela se deitando na cama de bruços e suada.

 

Zariesk que passou o dia todo com ela ali também se deitou ao lado dela, sua expressão era uma mistura de satisfação pelas horas de prazer e de ódio por ter feito isso com a pessoa que mais odiava.

 

- Eu ainda vou descobrir o que deu errado no meu plano – resmungou ele com a mão sobre a testa.

- Você veio aqui esperando encontrar uma dama indefesa na cama e encontrou mais do que podia agüentar – respondeu ela cínica.

- Desgraçada metida e besta!

- Ora, confesse! Quantas humanas te deram uma canseira como essa? – perguntou ela.

- Tem certeza que você é mesmo humana? Humanas geralmente morrem, mas você parece uma praga eterna.

- Também gosto de você tolinho – disse ela sorrindo percebendo os verdadeiros sentimentos dele.

- Pensei que fossemos inimigos – ele a olhava.

- Só estava protegendo meu reino, mas quando você concentrou sua atenção em mim deixou de ser uma ameaça, eu gosto de você por sermos iguais.

- Como iguais? Eu sou um dragão negro que vive de conquistas, você é uma humana que governa uma terra maluca.

- Eu também conquistei essa terra, eu fui mais baixa que você quando fiz isso.

 

Zariesk ficou interessado sobre isso, pelo pouco que sabia sobre Kyara ninguém desse reino tinha reclamações sobre ela e ao mesmo tempo entre todos os humanos que ele já conheceu ela parecia ser a mais digna.

 

- Há muito tempo atrás eu tomava conta de um pequeno templo de Tenebra nesse país – começou ela nostálgica – o reino em si era muito simples assim como as pessoas e minha função no templo era simplesmente ajudar o clérigo superior, mas eu era muito ambiciosa naquela época.

- Como qualquer humano – comentou ele – mas aqueles que não conseguem poder para alimentar sua ambição geralmente se conformam com seu lugar no mundo.

- Mas eu queria poder para cumprir minha ambição, então recorri a minha deusa amada, eu prometi que se ela me desse poder para conseguir o que eu queria eu faria com que ela fosse amada por todos os habitantes desse país.

 

Uma tarefa extremamente difícil, Tenebra é um dos deuses mais temido nesse mundo, 7 de cada 10 servos de Tenebra ou criaturas ligadas a ela são malignas e ela própria não faz a mínima questão de mudar essa imagem, um ditado popular entre os servos dela diz que “apenas o sol tem uma imagem a zelar, quando sua luz se apagar ele será tão negro quanto o resto”.

Esse pequeno templo do qual Kyara falava só existia por que os camponeses não queriam que Tenebra pensasse que eles a rejeitavam.

 

- Tenebra me deu um livro contendo feitiços e receitas de poções mágicas, encontrei uma que transformava qualquer que a bebesse num demônio, eu a testei no meu superior e o usei para começar meu plano.

- Quem diria que uma coisa tão maligna se escondia por baixo de toda essa nobreza!

- Eu decidi que não bastava apenas ser uma clériga poderosa, eu queria mais! – continuou ela – eu me infiltrei no antigo palácio como uma serva, observei e aprendi e na ocasião certa eu agi, ocasionalmente eu transformava em demônio alguma pessoa que não faria falta por ai, logo eu tinha um bando deles e usava para aterrorizar o povo de povoados distantes, o governador que era acomodado não dava importância a ataques isolados em lugares distantes, logo os ataques aumentavam e se aproximavam cada vez mais da capital.

 

Zariesk ficou impressionado com a capacidade dela, algo digno dos maiores dragões malignos, cada vez mais Kyara conquistava o respeito dele e fazia com que ele quisesse saber mais.

 

- Quando os ataques se tornaram um problema o governante convocou uma reunião com todos os lideres dos vilarejos e povoados importantes para discuti sobre isso, ao fim da reunião houve um banquete, foi ai que minha grande oportunidade apareceu.

- Acho que faço idéia do que você aprontou – disse ele – mas me conte assim mesmo.

 

Kyara sorriu para ele, ela percebeu que Zariesk estava ouvindo atentamente e queria saber o final da historia.

 

- Coloquei a poção no vinho que seria servido e quando todos tomaram se transformaram em demônios leais a mim, naquele dia o palácio se transformou num inferno, o resto do reino mergulhou no caos pouco depois.

- E sobre aquela historia do “rei que trabalha para seu povo e deve fazer o reino prosperar”? – ele parecia inconformado com os sermões que Kyara dava a ele sempre.

- Tenha paciência dragão, já estou chegando lá – disse ela fazendo carinho no rosto dele – como eu dizia sem os lideres o país caiu no caos, os ataques aconteciam tanto de dia como de noite e ninguém jamais desconfiou que uma das servas do palácio que conseguiram escapar com vida era a responsável, eu controlei os demônios transformados todo esse tempo e quando a situação já estava ruim o bastante as pessoas desistiram agir com suas próprias forças, decidiram enfrentar os demônios.

- E como você entrou nisso?

- Eu apareci como uma guia para aqueles que desejavam lutar mas não sabiam como, eu disse que se aqueles que tinham obrigação de ajudar o povo não fariam nada era hora de confiar em alguém que estivesse disposto a fazer isso, nessa época Tenebra se ofereceu para proteger o povo, através de mim ela enviou seus guerreiros, reuniu todos os monstros da noite que habitavam o país e juntos lutamos contra todos os demônios que criei, a paz foi restaurada e as pessoas louvaram a mim e a Tenebra como salvadoras.

- Você é bem escrota sabia? – acusou Zariesk – você manipulou a todos, criou o caos que com certeza destruiu a vida de muitas pessoas e sacrificou inúmeros inocentes apenas para chegar onde está.

 

Kyara gargalhou com a acusação do dragão, de certa forma ele parecia ofendido com ela, e ela por sua vez parecia surpresa por essa revolta.

 

- Você teria feito a mesma coisa, vai negar?

- Eu teria feito pior – respondeu ele orgulhoso – mas isso faz parte da minha natureza, fomos forjados para sermos cruéis, ambiciosos e canalhas em geral, ninguém pode condenar um dragão por seguir sua própria natureza.

- E se eu dissesse que o único motivo por trás da minha ambição exagerada era o amor que eu tinha por esse país? O amor que eu tinha pelo povo.

- Eu diria que você tem uma maneira bem estranha de demonstrar esse amor – respondeu ele.

- Desde que eu era criança esse país era estagnado, o governante não era nem amado nem odiado, ele não fazia nada para tornar esse reino melhor por que todos estavam satisfeitos, eu odiava isso, assim como eu não conseguia deixar de ser uma mera ajudante num templo esquecido esse país não passava de um pedaço de terra habitado num grande reinado, até mesmo os monstros eram pouco ambiciosos e se conformavam com o poder que tinham, você deve saber como é isso.

- Sei perfeitamente – disse ele pensativo olhando pro teto – nenhum dragão se conforma com o poder que tem, sempre queremos mais.

- Pois eu era assim também, eu sabia que se nada fosse feito um dia esse país cairia vitima de alguma desgraça e não sobreviveria, as pessoas tinham que querer se tornarem melhores.

- Então você criou uma desgraça sobre seu controle para motivar esse povo a lutar? – Zariesk gargalhou quando chegou a essa conclusão – você manipulou até mesmo Tenebra!

- Ela sempre soube qual era meu desejo, eu jamais teria pedido ajuda a ela se fosse de outra forma.

- Então foi uma troca de favores, você conseguiu realizar seu desejo e Tenebra ascendeu como a divindade favorita desse povo.

- As coisas hoje estão muito melhores do que antes, as pessoas perceberam que unidos eram mais fortes e esse sentimento de união prevalece até hoje, os monstros perceberam os benefícios de morar num país onde o povo tolera sua presença e deixaram de viver as margens da sociedade para se tornarem parte da sociedade, nossa nação é a única que é governada pelas trevas sem que alguém conteste pois essa é a vontade legitima do povo, com uma deusa “maligna” protegendo esse país poucos ousavam ameaça-lo.

- E você criou a nação mais prospera do reinado inteiro, eu queria conquistar esse país por que as outras nações sentem inveja da sua conquista.

- Isso significa que minha influencia continua crescendo de um jeito ou de outro – sorriu satisfeita – e meu povo vai continuar crescendo.

 

Zariesk deu um longo suspiro e se levantou, usou uma magia para criar novas roupas e se vestiu sob o olhar de Kyara.

 

- Aonde vai dragão?

- Vou embora, procurar outro reino para conquistar.

- E por que não fica aqui? Governe ao meu lado.

- Não gosto que nada me seja dado! Nem gosto de dividir nada!

- Mas você gostou quando lhe ofereci meu corpo – disse ela se tocando sensualmente.

 

Zariesk virou o rosto contrariado e furioso, percebeu que também foi manipulado esse tempo todo.

 

- Não se sinta rebaixado – pediu ela – você conquistou o meu desejo, minha vontade de tê-lo ao meu lado.

- Você é uma humana muito estranha – disse ele tocando o rosto dela.

 

Quando Zariesk se afastou ela rapidamente segurou a mão dele, quando ele a encarou notou que pela primeira vez ela estava com a cabeça baixa.

 

- Fique, por favor – pediu ela com a voz fraca – eu estou cansada de ficar sozinha.

 

Zariesk sentiu que havia uma dor profunda no pedido dela, apesar de não ter tais emoções ele sabia reconhece-la nos outros seres, ele praticamente se alimentava disso.

 

- Você pode ter qualquer um nesse reino, por que eu?

- Eu disse que somos iguais não disse? – respondeu ela olhando em seus olhos – eu não quero ninguém que não possa entender o que eu sinto.

- Por que confiaria em mim? Eu poderia contar a todos a historia que me contou.

- Muitos já sabem – confessou ela – quando azgher percebeu que o poder de Tenebra estava crescendo ele enviou seus guerreiros para tentar “libertar” esse país das garras de Tenebra, o povo os expulsou acusando-os de tentar destruir a paz que tanto lutaram pra conquistar, mesmo aqueles que acreditaram na historia contada não deram importância.

- Você fez os mocinhos parecerem os vilões! – disse Zariesk rindo muito – Tenebra deve te amar muito mesmo!

- Você vai ficar? – perguntou ela com medo da resposta.

- Não tenho intenção de governar esse reino, eu só queria tomá-lo de você.

- Eu não me importo! Eu só quero você ao meu lado, para dividirmos a vida juntos!

- Você não vai gostar de viver comigo muito tempo.

- Isso eu decido.

- Eu voltarei um dia – disse ele terminando de se vestir e se levantando da cama – quero ouvir mais sobre você.

 

Kyara ficou extremamente satisfeita em ouvir isso, ele não precisaria ter dito se não tivesse a intenção de fazê-lo, ele não conseguia demonstrar seus sentimentos por ela abertamente.

 

- Quando voltar eu lhe contarei como foi minha infância, e por que escolhi servi Tenebra, espero que possa me contar um pouco da sua longa vida.

- Talvez – quando ele estava saindo ele parou no meio do caminho como se estivesse lembrando de alguma coisa.

- O que foi? Esqueceu algo?

- Eu tinha prometido ao shinmon que depois que eu acabasse com você a levaria para ele se divertir com você também, como prova de que conquistei o reino.

- Chame ele aqui, talvez eu possa brincar com ele também – disse ela provocativamente.

- Ora sua vadia!!! É assim que você me queria ao seu lado o tempo todo??? – ele estava realmente furioso.

- Esse tempo que vai ficar fora, não vai pegar nenhuma jovem para passar o tempo?

 

Ele ficou calado e franziu a testa.

 

- Eu sabia que ia – disse ela tranqüila – mas não se preocupe, não vou trazer ninguém mais para minha cama alem de você.

 

Ele deu um rosnado por ela entender perfeitamente como ele pensa, isso era praticamente um desafio da parte dela, e mesmo que sem perceber de repente nenhuma outra mulher tinha graça pra ele.

 

- Saberá que eu estou voltando quando tiver noticias de algum reino conquistado por um dragão.

- Se quer uma sugestão, vá ao reino de Jouniran, eu odeio aquele lugar.

 

Zariesk deixou escapar uma risada, o reino ao qual ela se referia era um país semelhante à França antiga, um país que ele achava cheio de frescuras que fava valor demais pra uma arte esquisita.

 

- Vai pro topo da lista – disse ele finalmente desaparecendo alem da porta do quarto.

 

Kyara pegou os lençóis da cama, tinha o cheiro do dia inteiro fazendo amor com ele, voltou a se deitar com um sorriso bobo no rosto.

 

- Quando foi a ultima vez que fiquei tão cansada? – perguntou-se antes de dormir novamente.

 

 

Fim do especial.


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Notas finais do capítulo

aqui está aquilo que ficou faltando:

este capitulo foi totalmente inspirado e dedicado para yara B.cabral, tambem conhecida como persefone, minha esposa, amante, amiga e confidente (quase isso em OFF, mas aqui pelo menos...)
a personagem kyara foi inspirada nela, pelo menos no que ela sempre desejou para seus fakes, assim como zariesk é inspirado em meu fake kyara é uma versão fic dela^^
portanto amor, perdoe-me pela burrice de ter esquecido e ainda tentar arranjar uma desculpa e por favor não me faça dormir no sofá!!!!!
e para os leitores mais uma vez peço desculpas pelo incoveniente e tambem que rezem pra ela me perdoar!!!! TT_TT