Era um dia claro, nenhuma nuvem se encontrava na imensidão do céu azul, pequenas folhas de sakura adentravam meu quarto pela janela no canto inferior direito do quarto. Me leventai da cama toda bagunçada, vesti meu longo casaco marrom, sentei na mesinha que se encontrava ao lado da porta, peguei minha caneta de cor preta e começei a escrever :
" Não sei porque estou escrevendo isso, talvez seja por medo, depois da destruição do muro de no. 6 o governo não parou de me perseguir, fico preucupado com o Nezumi e com Safu, que desapareceram sem deixar pistas ou rastros. Melhor eu ir procurar por eles, mas e você? Desculpe, vai ter que aguentar mais alguns dias sem mim. é por uma boa causa, eu amo o Nezumi, não tem como eu ficar sentado sem fazer nada. Desculpe mãe, estou indo "

Sem eu perceber, meus olhos começaram a se encher de lagrimas e começei a chorar em cima da carta. Algumas gotas cairam na pequena folha branca, não tinha culpa, eu estava sofrendo com a perda dele, e claro a Safu é minha amiga, não posso deixar eles sozinhos. Levantei da cadeira de madeira, olhei no relógio, os ponteiros marcavam 7 horas, concerteza minha mãe ainda esta dormindo. Vesti minha calça, calcei os sapatos, e silenciosamente começei a descer as escadas, sim, estava planejando sair sem que ela percebesse. Peguei alguns pães que ela havia feito para os clientes, guardei todos em um saco e sai da enorme casa. Olhei para tras e lembrei dos ultimos 5 anos que se passaram, os unicos anos mais felizes com minha mãe, mas ainda tinha que esconder uma grande tristeza, ela ia entender porque eu estava saindo, claro.  

   Segurei as lagrimas e começei a me dirigir calmamente para o enorme muro destruido, uma avalanche de lembranças começaram a surgir em minha cabeça, lembrei dos dias com Nezumi, logo voltei ao normal e percebi alguns guardas vigiando o enorme muro revestido com aço.

Guardei o saco com pães dentro do longo casaco, notei que tinha uma carroça de frutas perto do enorme muro, derrubei ele com o intuito de fazer o maximo de barulho possivel, me escondi encima de uma grande árvore e observei os guardas procurarem pelo vandalo que tinha feito aquilo.

Esperei por mais alguns segundos e pulei da árvore, começei a correr o maximo possivel, só senti o vento bater pelo meu rosto e levando junto com ele minhas lagrimas de tristezas por ter que deixar minha mãe sozinha denovo. Notei mais dois guardas protegendo o muro, peguei o facão no meu bolso, não reduzi a velocidade, mas com uma grande agilidade cortei a garganta do guarda do lado direito, ele caiu no chão e colocou as mãos na garganta tentando parar o sangramento. Sem piscar, rapidamente fui para tras do guarda do lado esquerdo e dei uma facada nas suas costas, ele caiu de joelhos dizendo: " seu monstro, seu monstro, seu mons.. ". Consegui uma certa distancia do muro e parei um pouco para descansar, o sol ja estava se pondo, a grande luz alaranjada cobria o céu, observei uma cidade com uma cor marrom da terra que havia em volta a 2 quilometros de distancia de onde eu estava, finalmente cheguei.