Inuyasha: O Mistério De Inuichi 2 escrita por Mira Pevas


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi, minna-san!
Capítulo grandinho pra compensar o tempo de quarta pra cá (e para sempre...)
Bem, lá em baixo eu falo.
Boa leitura.
almirapevas =)



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06


       Azumi caminhava lentamente pela densa floresta. Ela esfregou os braços, com frio, e percebeu que um floco de neve caíra a sua frente.

Merda, agora eu vou morrer... Pensou. Se bem que... Eu já estou destinada a morrer... Essa era a única coisa que não entendia. Por que ela tinha que sobreviver a tudo, se seu destino era morrer?

- Han, se é assim... – murmurou para si mesma. Ela parou de andar e tocou em sua testa e deu uma risadinha sem humor. – Eu só tenho que morrer certo? – perguntou a si.

Seu pulso esquerdo começou a arder depois disso. Ela olhou para as pérolas e sorriu com tal preocupação.

- Se todos fossem assim... – disse triste. – Se Sesshoumaru... – ela parou de falar e começou a lagrimar. – Baka, por que está chorando por alguém que não te ama? – riu e voltou a andar, limpando as lágrimas.

Um vento frio passou por ela e carregando a mensagem: Você se sente sozinha?

A voz era doce e aveludada. Azumi parou e olhou em volta. Havia uma energia carregada de tristeza e ódio, uma energia que, por acaso, se igualava a dela. Uma brisa fria passou por ela, assim acarretando o frio que ela não pensava.

Ela olhou para o céu e a neve começou a cair lentamente.

- Yuki. – sussurrou. Não era para nevar nessa época do ano. Pensou.

“A-zu-mi, cadê você? Onde está? Dooshite? Haiyaku... Quero ver você. Ki o tsukeru... Shine... A-zu-mi.”

O corpo de Azumi tremeu.

Por que ela lembra vagamente dessa cantiga? Sempre é uma mulher que canta isso.

- Eu me lembro... No jardim... Aquela menina... – Azumi abaixou a cabeça e sorriu com a própria recordação. – Por que querem que eu me lembre de coisas que não tem nada haver? – perguntou-se, pronta a chorar.

Eu posso fazer a dor passar, Azumi-sama. Disse a mesma voz doce e aveludada.

- Eu... Quero... – disse numa voz fraca.

Ela sabia que estava no limite. Aquela voz ia fazer aquela dor insuportável passar. Tudo ia passar. Tudo!

A dor, Azumi, é sua inimiga. Continuou a voz.

- Sim... – murmurou com uma voz baixa e vazia.

Sua inimiga vai te derrotar e você não pode fazer absolutamente nada. A voz estava conseguindo convencer Azumi.

- Dor... – sussurrou.

A Tasseiga pulsou, em um pedido para que sua dona parasse de falar e pensar tudo aquilo. Azumi despertou e tocou no lugar onde sua katana deveria estar então se lembrou que deixara a katana no vilarejo.

Não vê Azumi, você está sozinha mais uma vez. Continuou.

Azumi balançou a cabeça, para tentar tirar aquela voz de lá. Ela queria que a dor parasse, mas ela tinha que continuar forte.

Azumi, você esteve sozinha esse tempo todo. Sesshoumaru nunca irá te amar! Jogou.

Azumi tremeu e apertou as mãos. Sim, a voz estava certa, mas ela queria deixar isso de lado. Queria se concentrar em matar aquela voz. Livrar daquele inferno.

- Onde você está? – perguntou baixo.

Na sua mente, oras. Onde mais? Indagou a voz.

- Merda... – murmurou irritada.

Sim, ela estava com raiva, queria se livrar dessa coisa que estava a incomodando. Queria muito.

As pérolas começaram a ficar mais atentas, alertando a Azumi que aquilo não seria uma luta fácil.

Azumi continuou a olhar para os lados e sentiu uma energia muito forte chegar perto dela, ela ativou suas garras e atacou com as garras retalhadoras, mas a coisa se desviou e olhou para ela.

- Coisa? – perguntou aquele ser de cabelos castanhos e olhos escarlates.

- É. Coisa. – disse irônica.

Hino se aproximou dela e deu um meio sorriso.

- Vamos voltar. Todos estão preocupados. – disse numa voz baixa.

Azumi se acalmou e olhou para o vampiro youkai a sua frente.

- Eu quero ficar aqui. – murmurou.

Hino colocou a mão no ombro dela e a puxou para si.

- Azumi... – disse a abraçando e acariciando seus cabelos negros. – É perigoso ficar nessa floresta a essa hora da noite. Temos que voltar, as pérolas não estão gostando... Nem eu. – murmurou.

Azumi fechou os olhos e deixou aqueles doces braços a abraçarem, trazendo conforto e paz.

A-zu-mi... A voz começou a cantarolar.

Azumi se afastou rapidamente de Hino e os dois começaram a procurar a dona da voz.

- Eu não gosto dessa canção. – disse Hino.

- Somos dois. – e assim ativou as garras.

Algo se moveu entre as folhas e uma jovem mulher de cabelos negros, pálida, com olhos vermelhos e usando um quimono vermelho sangue, apareceu diante a eles.

Azumi sentiu a presença de uma pérola e se preparou.

- A-zu-mi, te achei. – disse a mulher.

- O que você deseja? – perguntou Hino incomodado.

- Apenas destruir a dona da Tasseiga e das Pérolas. – disse calmamente.

De repente, a mulher desapareceu e a energia maligna se instalou. Azumi preparou as garras e Hino se preparou para lutar, mas algo atacou Hino, mandando-o para uma árvore. Fora tão rápido que Azumi nem teve tempo de reagir e a mesma coisa a atacou.

- Só quero te matar. – disse a mulher segurando o pescoço de Azumi. – A única coisa. – repetiu.

Azumi transformou suas garras em chicote e cortou o braço da mulher, assim caiu no chão. Tirou o braço da mulher de seu pescoço e esfregou a parte dolorida.

A mulher olhava para o braço cortado, sem emoção. Seus olhos negros eram vazios, mais vazios que o de Azumi minutos atrás. Ela se levantou e saiu em disparada até Hino, mas algo a agarrou, lançando-a a uma árvore.

- O poder da pérola que carrego, me cura. – disse a mulher.

Azumi se recuperou e olhou para a mulher. Ela apenas olhava Azumi com um olhar vazio, seu braço estava de volta.

Merda... Pensou Azumi se levantando.

- Dança de Espadas! – gritou, movimentando as garras que saiam em lâminas brancas, puras e cheias de fúria.

Mas ela pulou para cima e atacou Azumi com uma espécie de tentáculo. Azumi foi jogada para o outro lado da floresta. A mulher correu até ela, com um sorriso demoníaco. Azumi tentou se desviar do tentáculo, mas a mulher a perfurou na barriga.

- É assim que vou te destruir, A-zu-mi. – cantarolou a mulher.

***

       Sesshoumaru parou de andar e cheirou o ar. Ele sentia cheiro de sangue humano e youkai.

Por que esse cheiro está me deixando nervoso? Perguntou-se.

- Sesshoumaru-sama, você está sentido esse cheiro? – indagou Jaken.

- Sim – afirmou. – Está vindo do território daquela mulher oni. – disse grosseiramente, mas sua mente só pensava em coisas ruins e aquele perto no coração – que estava sentindo há dois dias – cresceu.

O que está havendo comigo?

- Sesshoumaru-sama, não estou gostando desse poder sombrio. – disse Jaken se escondendo atrás de seu amo.

 - Vamos seguindo em frente. Não tenho tempo para perder com esta mulher oni. Vai ver, só foi um humano que estava lá na hora errada e um youkai também. – disse impaciente.

Naquele momento o cheiro de sangue humano ficou mais forte e a Bakusaiga pulsou, pedindo para que sue mestre ajudasse quem quer que fosse.

- Vamos Jaken, tenho que ver Rin. – disse ignorando sua katana e o aperto no peito.

Jaken assentiu, mas sabia que tinha algo errado naquele lugar. Aquele cheiro de sangue era muito familiar, já tinha sentido ele antes, mas não se recordava.

Algo se ascendeu na cabeça de Jaken e se lembrou do primeiro encontro de Azumi e Sesshoumaru naquela clareira, onde ela foi ferida nas costas e o sangue saindo...

- Azumi-sama... – murmurou.

Sesshoumaru parou de andar e olhou para Jaken com ódio.

- O que tem ela? – disse friamente.

Já estava chateado demais por poder encontrá-la naquele vilarejo onde estava sua pequena companheira.

- Esse cheiro... – Jaken continuou a murmurar. Ele se despertou e olhou para Sesshoumaru. – O cheiro de sangue é da Azumi, Sesshoumaru-sama! – gritou.

- O cheiro de sangue da Azumi não é humano, é hanyou. Se você não se lembra disso. – disse ele friamente.

Jaken se tocou. Sesshoumaru só sentia o cheiro hanyou de Azumi e não humano. Mas ele estava certo que era ela. Tinha que ser a imoto de seu amo.

- Do mesmo jeito, vou ver o que está acontecendo lá! – disse irritado.

- Jaken, vamos para o vilarejo. – Sesshoumaru insistiu.

- Não! – gritou.

Sesshoumaru ficou surpreso com tal atitude do servo. Ele nunca viu Jaken tão desesperado assim.

- Então vá. Quero ver você inteiro no vilarejo. – disse debochadamente continuou a ir em direção do vilarejo.

Jaken franziu o cenho e foi para dentro daquela densa floresta desesperado. E se for Azumi? Como ele ia ajudá-la?

***

       - AAAAH! – chorou Azumi quando bateu novamente em uma árvore.

- Pensava que você era forte. – disse a mulher oni inocentemente.

Sim, Azumi era forte por causa da Tasseiga e seus truques. Mas sem a Tasseiga ela estava perdida e não tinha nada que ela podia fazer.

Azumi olhou de soslaio para Hino e ele continuava desacordado.

Hino... Chorou.

- Não adianta chorar, o coloquei num sono profundo. Ele só vai acordar quando uma de nós morrermos. – disse a mulher atacando mais uma vez Azumi.

Azumi escapou por pouco e lançou a Dança de Espadas, mas foi falha. A mulher desviou e a pegou com um de seus tentáculos, jogando-a no chão com força.

Azumi sentiu algo quebrar e tossiu, sentindo algo quente sair pela boca. Ela olhou para o chão e viu seu sangue misturado com a neve que caia. Ela tossiu mais e olhou para a mulher, limpando o sangue que saiu, tentou se levantar, mas foi uma ideia falha.

Seus ossos doíam e seu corpo também. Azumi estava totalmente indefesa, não podia fazer nada sentada, dolorida e chorando para derrotar aquela mulher oni.

- Está doendo, A-zu-mi? – perguntou a mulher carinhosamente.

- Keh! – bufou, mas só isso já fazia seu corpo doer.

Droga, meu corpo dói muito. Não consigo nem falar! Merda, merda, merda! Como vou derrotá-la? Sou fraca sem a Tasseiga! Nesse momento as Pérolas começaram a pulsar. Elas estão querendo me ajudar. Pensou sorrindo.

Ela olhou para a pulseira que continha cada pérola que conquistou.

Sim, é isso que elas querem. Elas querem se despertar. Ela sorriu e pensou: Cura. A pérola da cura se ativou, reconstruindo cada osso de seu corpo, mas não curando totalmente. Força. A pérola da força se ativou, ajudando Azumi a se levantar e fortalecendo seus ataques.

- Vejo que as Pérolas são realmente eficazes. – disse a mulher em deboche.

Azumi cambaleou e olhou para a mulher.

- Pelo menos, eu tenho um pouco de poder. Uma coisa que você não tem. – Azumi disse com uma voz fria e sombria.

Sua energia mudou drasticamente. Sua energia antes era fraca e quase transparente. Agora, sua energia se encheu de fúria, ódio e raiva.

A mulher sabia que aquela energia não era de uma humana de verdade. Ela sabia que ela era uma youkai disfarçada, mas não com esse poder imenso. O que deu a ela medo.

- Run, você não é humana. – murmurou.

Azumi estava cabisbaixa e calada. Começou a ventar forte e a neve que caia lentamente se transformou numa nevasca fria e com ódio. Azumi se agachou – como se fosse um cachorro – e começou a rosnar. Seus cabelos negros estavam totalmente em sua cara. Seu cheiro mudara e a energia era sombria.

Essa garota é diferente de Inuichi. Pensou a mulher. Ela tem algo que me dá medo e querer fugir. Algo que nenhum youkai gosta... O monstro.

Azumi ainda rosnava.

- Quer saber, vou destruí-la. Já está ocupando muito tempo precioso. – disse a mulher impaciente. Ela ativou os tentáculos e atacou. – Shine... A-zu-mi.

Azumi foi brutalmente jogada na árvore e os tentáculos a seguravam. Ela ainda continuava cabisbaixa e parou de rosnar.

- Você é fraca. Não merecia ser nada na vida. Nada. – cuspiu as palavras.

A energia de Azumi não oscilou.

Esse monstro não se abate por nada. Pensou a mulher com raiva.

- Shine! – disse atacando um de seus tentáculos no coração de Azumi, mas este foi impedido pela própria.

Azumi apertou mais o tentáculo e o destruiu. A mulher a soltou e foi o tentáculo danificado.

- Onore! Como você destrói um tentáculo de aço! – gritou a mulher, mas ela arregalou os olhos e viu o monstro.

Os olhos de Azumi estavam vermelho-sangue, seus caninos cresceram e havia marcas como as de Sesshoumaru em seu rosto.

Inu-youkai. Pensou a mulher desesperada.

Azumi ativou as enormes garras e atacou a mulher, que desviou e a atacou pelas costas. Azumi nada fez além de cair na neve.

Essa garota não sentiu dor! Pensou a mulher assustada.

Azumi levantou-se cambaleante e olhou para a mulher. A mulher atacou-a, mas Azumi desviou, caindo no chão.

 O quê? Pensou Azumi recobrando a consciência. O monstro voltou. Por quê? Será que eu estava totalmente indefesa e ele acabou voltando? Por quê?! Pensou com raiva.

 Ela voltou a ser uma insignificante humana. Pensou a mulher, pegando Azumi com um de seus tentáculos.

- Agora você morre. – disse ela sombriamente, mas algo a impediu.

Um poder maligno se instalou na densa floresta. A mulher sentiu mais medo desse poder do que de Azumi. E ela parecia conhecer aquele poder, mas de onde?

Azumi estava desacordada, mas ouviu uma voz grossa e gentil em sua mente: Vou salvá-la Azumi-sama.

Hino recobrou a consciência e olhou para cima, vendo Azumi sendo segurada por aquela mulher oni. Mas depois sentiu uma conhecida energia maligna.

Run... Sabia que ele vinha. Pensou.

A mulher começou a gritar quando sentiu algo a matando por dentro. Um miasma forte e poderoso, que matava tudo a sua frente. Ela soltou Azumi, que foi aparada por Hino, e se desintegrou.

Hino olhou a cena, abismado. Ele sabia que Azumi estava em perigo. Ele a salvou. Quanto ele mesmo não fez, por ser fraco.

Maldita lua cheia... Pensou Hino ainda tonto e não agüentou mais, caiu no chão, abraçado com Azumi.

***

       Jaken chegou onde deveria estar à mulher oni, mas apenas viu uma Azumi bastante ferida e um Hino desacordado.

Ele andou até Hino e chutou o tronco daquele maldito youkai vampiro. E ele abriu lentamente os olhos.

Hino olhou para Jaken e virou para Azumi, que estava inconsciente ao seu lado.

- Foi àquela mulher, ela me jogou na árvore e apenas vi trevas. Azumi lutou bravamente e ele a salvou. – disse Hino se levantando e pegando Azumi no colo.

- Vamos para o vilarejo. Temos que curar Azumi-sama. – Jaken disse com ternura.

Hino assentiu e eles começaram a correr em direção ao vilarejo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews? Quem quer matar o Sesshoumaru? Quem quer um Jaken? Quem era aquele "ele"?
Vocês vão descobrir quando... Bem, eu meio que... Fiquei em 4 matérias na escola (segundo ano do médio é horrivel!), então já sabem (castigo e blá-blá-blá!). BUUUUUT, como minha mãe não consegue ~esconder direito~ o notebook, vou tentar pegar e quarta vai ter um capítulo aqui (que é a continuação desse).
Bem, quem quer jogar pedras ou tijolos em mim? (se me matarem, não vai ter mais fic -a autora sempre vence u.u), uahsuahsuhas
Então eu acho que é isso... Ah, sim, queria informar que, como minha imaginação é linda, eu estou tendo problemas, MAS eu estou conseguindo, estou no começo do 15 e terminando o 14 (sim, eu já sei como começar um outro capítulo mesmo eu não tendo terminado o outro). E, bem, eu estava pensando... Eu preferia que tivesse 18 capítulos (mais ou menos) e um epílogo, o que acham? Preferem 16 capítulos certissimos ou 18 + epílogo?
Vocês quem sabem.
Okay, chega de papo.
Ja ne, minna-san, até quarta ou algum dia.
almirapevas =3



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