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       - Como assim? – todos perguntaram atônitos.

- Antigamente – começou Sayuri –, as pérolas foram feitas para representar o que os humanos tinham. Quando Inuichi assumiu o poder das pérolas, a Tasseiga as modificou, fazendo-as serem armas.

- A Tasseiga fez isso? – perguntou Inuyasha ainda surpreso.

- Vocês pensam que a Tasseiga é o anjo? – debochou Monka.

- Entenda, a Tasseiga ganhou vida própria quando Inuichi chegou à loucura (n/a: quando Inuichi estava com Naraku.). Vocês achavam que era só Inuichi que estava envolvida? Sim, claro, Inuichi é a vilã, mas a Tasseiga também. – complementou Sakura.

- Também porque a Tasseiga é a Tenseiga e Tessaiga juntas. – continuou Toutousai. – Agora vocês entendem por que eu queria tanto um arco e flecha pra Inuichi! Queria que o Inu-no-Taisho-sama estivesse ouvindo! – gritou ele aos céus. (n/a: capítulo 34 da primeira temporada)

- Agora vocês entendem porque a Tasseiga queria que eu libertasse a Meidou. – disse Azumi.

- Como você sabia Azumi-sama? – perguntou Ikko assustado.

- Pelo fato de que eu conheço a Inuichi. – Azumi sorriu.

Sesshoumaru olhou para Azumi e estreitou os olhos, desconfiado. Azumi não era de sorri quando estava em perigo.

- Entendo... Como você prefere que eu te chame? – disse Sesshoumaru encarando Azumi.

- Prefiro que tenha respeito por mim e por sua futura mulher. – falou ironicamente.

- Se eu te conhecesse, você não estaria assim. Lembre-se que eu te conheço mais que a Inuichi, pois já te vi assim. – Sesshoumaru falou rudemente.

Toutousai entendeu o que ele quis dizer.

- Ah! Kami-sama! – disse ele desesperado.

- O que é Toutousai-jiji? – disse Azumi irritada.

- Bem, que eu estava desconfiando. – disse ele se aproximando de Azumi.

Ele pegou o pulso esquerdo de Azumi, que estava com as pérolas, e as tirou de lá.

- Sayuri-sama, certifique-se se está tudo normal. – disse ele entregando para Sayuri.

- Hai. – ela pegou e as analisou. – Sem nenhum ponto de impureza... – murmurou – Sem escuridão... – ela tocou na pérola do Amor e sentiu algo forte. – Impossível...

- O que Sayuri-sama? – perguntou Kagome.

- Entendi o que a Tasseiga quis dizer.

- Entendeu? Agora fale o que vai acontecer se eu ficar com Inuichi em uma luta? – disse Azumi sorrindo sarcasticamente para Sayuri.

- Olha, Tasseiga, você é uma espada muito má! Não devia ter o poder que tem! – gritou Toutousai, fazendo que todos se surpreenderem.

- Ah, como você sabia? – debochou.

- Bem, quando Azumi tocou na espada ficou bem claro seu ciúme. – Sesshoumaru respondeu friamente.

- Azumi deve ficar comigo numa luta até ela morrer. – disse sorrindo maliciosamente. – Azumi conseguiu libertar a Meidou, o que significa que eu posso... – ela parou de falar e olhou para a katana.

Azumi tirou a katana da bainha e a enterrou no chão úmido.

- Ninguém nunca mais vai se apossar do meu corpo. – disse ela com o semblante irritado.

- Agora que a Azumi voltou... – disse Toutousai.

Sayuri entregou a pulseira para Azumi, que as colocou graciosamente no pulso.

- Da última vez que fizeram isso comigo, eu fiquei irritada. – disse Azumi colocando a outra katana na bainha, que a aceitou.

Sim, Azumi estava furiosa. Já havia se acostumado a não ficar “possuída” por alguma coisa. Inuichi já tinha se aproveitado ao máximo daquilo e Azumi não queria deixar isso acontecer de novo.

Não queria que alguém se apossasse do seu corpo com toda a vontade do mundo.

- Azumi-sama está irritada. – disse Monka olhando para Azumi.

- E se estou! – gritou ela. – Faz um tempo que eu não me irrito assim, droga!

A expressão de Azumi não era uma das boas. Seu cenho estava franzido e seus olhos em chamas. Toda sua energia estava com ódio e fúria.

- A última vez que eu me irritei foi com Hino, mas isso não vem ao caso. – disse ela e depois tentou relaxar.

- Azumi-sama é tão kawaii quando está com raiva! – disse Teito admirando Azumi.

Azumi olhou para ele, friamente, mas Teito não ficou com medo e continuou a olhar para ela, com os olhos severamente brilhando.

Ela suspirou e olhou para Toutousai.

- Toutousai, como devo usar a espada? – perguntou.

 Ele esfregou a mão no queixo e olhou para ela.

- Não sei.

Azumi tombou para o lado, depois deu um soco na cabeça do velho.

- Você faz uma espada para mim e nem sabe como eu posso usá-la! – gritou irritada.

- Não se irrite comigo. – disse Toutousai piedoso.

Azumi se acalmou e olhou para Toutousai.

- Vou descobrir como usar essa katana, mesmo que demore dias, mas eu vou descobrir. Até mesmo na hora da batalha. Não vou desistir! – Azumi disse determinada a não fracassar.

Fracassar numa situação dessa não estava em seu dicionário. Azumi voltou, voltou com esperança e corajosa.

Eu sabia que a coragem ia lhe dar apoio. Pensou Sakura.

Você sabe das coisas Sakura-hime-sama. Respondeu Ikko.

Sakura assentiu e voltou a olhar para Azumi. Ela sabia que Azumi iria vencer a batalha, mas será que ela ia agüentar ver alguém morrer?

***

       Azumi estava sentada ao pé de uma árvore perto da cabana da velha Kaede, olhando para a Tasseiga como se fosse uma inimiga. Não tinha gostado da atitude que da katana tomou naquele dia.

Exatamente há uma semana. Pensou com raiva e pesar.

Hino olhava para Azumi de longe, apenas sabendo seus pensamentos e quais eram seus planos.

Azumi-sama não merece isso. Pensou.

Ele pulou da árvore onde estava e pousou no chão elegantemente. Caminhou até Azumi e se sentou ao seu lado.

Não quero ninguém perto de mim. Pensou ela para Hino.

Hino deu de ombros e colocou seu braço envolto ao ombro de Azumi, puxando-a para si.

- Comece a me chamar de ninguém. – murmurou.

Azumi corou e levantou um pouco sua cabeça para ver o rosto daquele youkai vampiro que tanto... Ama (?).

- Hino... – a voz de Azumi não passou de um sussurro.

- Aproveite enquanto tudo está calmo nessa noite e cale a boca. – disse ele rudemente, virando seu rosto e selando seus lábios aos de Azumi.

Eles se afastaram e ficaram admirando a lua crescente que brilhava no céu.

Lua crescente... Pensou Azumi enquanto fechava os olhos e descansava nos braços de Hino.

***

- Eles são tão lindos juntos! – disse Teito observando Azumi e Hino.

- Teito-kun, cale a boca! – reclamou Monka.

- Os dois calados! – mandou Shippou.

- Ah, crianças não podem ver isso! – disse Monka tapando os olhos de Shippou.

- Verdade, Shippou-chan! – concordou Teito.

- Ah! Yamero! – reclamou.

- Damare! – gritou Inuyasha com raiva.

Os três pararam e olharam para Inuyasha, assustados. Ele estava fuzilando Hino dali. Inuyasha não gostava de Hino desde que botou os olhos nele, naquela forma humana (n/a: capítulo 24 da primeira temporada). Nunca imaginara que sua nee-chan pudesse... Gostar daquele insignificante.

- Keh!  Nunca gostei dele. – murmurou.

- Inuyasha se acostume. – a voz de Sakura surgiu.

- Nani? – disse ele assustado.

- Sakura-hime-sama, o que você quis dizer com isso? – perguntou Ikko surpreso.

- Nada não, força do hábito. – respondeu sorrindo e olhou para o casal que dormia ao pé daquela árvore.

Alguém tem que morrer Ikko-kun, Teito-kun e... Hino-san. Pensou ela frustrada. Ela sabia que o futuro de alguém era... Negro. O estranho era pensar que não era o de Azumi – como o esperado.

Teito e Ikko olharam atônitos para Sakura. Hino apenas apertou Azumi contra si. Estava claro que eles entenderam o que Sakura pensou, mas quem vai morrer?

Quem é Sakura-sama? Perguntou Teito preocupado.

Ainda não sei, mas... Não é Azumi... É outra pessoa. Respondeu ainda admirando o momento que Hino e Azumi estavam tendo.

- Onde está Sesshoumaru-sama? – perguntou Rin.

Se Sesshoumaru visse isso... Pensou Sakura.

- Ele foi deixar Toutousai com segurança. – disse Sakura e ao mesmo tempo pensou, para alertar Hino.

Tanto faz. Respondeu Hino.

Sakura parou de olhar e voltou seu olhar para Monka, sorrindo para sua neko youkai.

Monka... Quando tudo acabar... Começou ela, mas uma energia maligna cortou seus pensamentos.

É agora, Sakura-hime-sama. Pensou Ikko.

- É agora. – disse Kagome ao sentir a energia.

***

É agora. Pensou Azumi irritada.

Sim, Azumi-sama. Pensou Hino, ajudando Azumi a levantar.

- Bem... Acho que acabou a paz. – disse sarcasticamente olhando para Azumi.

Azumi olhou aqueles olhos escarlates, com uma dor no peito.

- Hino... – sussurrou ela eufórica.

O nó em sua garganta a impedia de falar, sua mente estava uma bagunça, mas Hino sabia o que era. Sempre sabia.

Hino selou seus lábios com os de Azumi, em um beijo terno e de despedida.

- Azumi... – sussurrou contra os lábios dela. – Ai shiteru, Azumi-sama. Vou te amar, mesmo que eu morra. Ai shiteru.

Azumi corou e abraçou Hino.

Hino... E-eu... Ai shiteru! Pensou, escondendo seu rosto, mas Hino tocou em seu queixo e levantou a cabeça de Azumi, para encará-lo.

Ele sorriu e selou mais uma vez seus lábios nos dela, assim se separando dela, ainda sorrindo.

- Hino... – murmurou ela.

“Ai shiteru” – ele movimentou com os lábios.

Azumi corou e ela finalmente pode tirar o grande peso de seus ombros. Sua mente finalmente ficou leve, seus sentimentos ficaram intactos... Seu coração... Bem, seu coração... Ela sorriu e tocou na pérola correspondente.

Agora não tem mais volta Azumi, somos eu, Megume e Inuichi. Pensou ela determinada.

A energia maligna aumentou, todos saíram da cabana.

- Azumi-sama, você está preparada? – perguntou Ikko.

Azumi estreitou os olhos e olhou para a Tasseiga. Ela sabia que isso ia atrair, mas não sabia se ia sair de acordo com o que planejaram.

Vou mudar... Pensou ela.

Mudar o quê? Disse uma voz feminina.

As pérolas pulsaram e Azumi arregalou os olhos.

Entendo. Você quer mudar o destino da pessoa que vai morrer certo? Disse a voz feminina.

É a mesma voz que escutei naquele sonho. Azumi pensou surpresa (n/a: último capítulo da primeira temporada).

Não é, Azumi-chan? Disse a voz.

Azumi estreitou os olhos e percebeu que era...

- Megume... – sorriu ironicamente.

É uma pena você descobrir que não era uma “voz angelical” que estava com você e sim eu. Disse ela ironicamente.

- É hora de parar. – Azumi pegou a Tasseiga e gritou: - Kaze no Kizu!

Assim a aura maligna que tinha ali sumiu, deixando a noite mais delicada e sem nada.

- É muita falta de respeito, Azumi-chan. – disse uma voz conhecida por eles. – Não deverias usar essa espada.

A vagabunda voltou. Pensou Azumi ironicamente.

- E se voltou... Agora a espada.

A Tasseiga pulsou e voou das mãos de Azumi, indo para a floresta. Algo brilhou lá dentro e então viram o pior pesadelo da face da terra.

- Olá, gente. Vocês se lembram de mim? – perguntou Inuichi saindo da floresta, junto com Megume.

Continua...